Achei Sudoeste


Pesquisadores baianos desenvolvem aplicativo que calcula probabilidade de infarto
Foto: Divulgação

Cuidar do corpo é importante para manter a saúde. O coração, um dos principais órgãos do corpo humano, merece atenção especial. Uma pesquisa desenvolvida na Bahia é responsável por auxiliar a população com esse cuidado. É que o professor Luís Claudio Correia, da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, a partir da ideia do aluno João Victor Sales, desenvolveu um aplicativo que calcula, a partir da dor no peito, a probabilidade de ser decorrente de angina ou infarto. A utilização de aplicativos para cálculo de probabilidade tem ajudado médicos com diagnósticos de diversas doenças. Para o cientista, ações como essa também servem para popularizar a ciência. “O aplicativo está disponível como uma forma de tornar mais aplicável o conhecimento científico. Ele é uma forma prática de utilizar um modelo de regressão para calcular probabilidade”, afirma ao jornal Tribuna da Bahia. De acordo com o professor, o estudo é uma maneira de ajudar no atendimento de pessoas que apresentem dores torácicas. “Já existem aplicativos com vários outros modelos para diferentes doenças. Isso é uma coisa vigente em termos de ciência médica e criação de modelos, porém faltava um modelo para dor torácica aguda e foi isso que a gente desenvolveu”, explica Luís. O aplicativo, que está disponível gratuitamente para iOS e Android, é de fácil manuseio e pode ser utilizado pelo usuário em qualquer ambiente e momento do dia. “A ideia é que pessoas, uma vez que estejam no trabalho e utilizem o App de maneira que o julguem relevante, possam, de maneira mais simples, fazer esse cálculo de probabilidade no dia a dia”, completa o pesquisador. O objetivo de Luís Cláudio é seguir os próximos passos com a linha de pesquisa para que a medicina possa evoluir no sentido racional. “A nossa linha de pesquisa é centrada principalmente no pensamento médico em formas de melhorar o raciocínio clínico em prol da racionalidade. A medicina é a ciência da incerteza e a arte da probabilidade. Eu sinto que poderemos evoluir muito com esse tipo de linha de pensamento”, conclui. Desenvolvido com apoio de um grupo de pesquisadores e alunos da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, o aplicativo levou cerca de um mês para ser concluído, mas os estudos que levaram à criação dele duraram cerca de 10 anos. O projeto tem apoio financeiro do CNPq e da Fundação Maria Emília, que financia o Registro de Síndromes Coronarianas Agudas (Resca).

Comentários

Aviso: Os comentários são de responsabilidade dos autores e não representam a opinião do Achei Sudoeste. É vetada a postagem de conteúdos que violem a lei e/ou direitos de terceiros. Comentários postados que não respeitem os critérios podem ser removidos sem prévia notificação.



Nenhum comentário, seja o primeiro a enviar.