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Delegada do Neam destaca ações em alusão ao Maio Laranja na região de Brumado
Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste

Em entrevista ao site Achei Sudoeste e ao Programa Achei Sudoeste no Ar, a delegada titular no Núcleo Especializado de Atendimento à Mulher (Neam) em Brumado, Ellen Pierotte, falou a respeito do Maio Laranja. Ela explicou que se trata de uma campanha nacional de conscientização, enfrentamento e prevenção ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes. “Foi criada com o intuito de mobilizar a sociedade, informar sobre os sinais da violência e reforçar a importância da denúncia e da proteção de meninas e meninos”, declarou. Pierotte destacou que a Polícia Civil aderiu à campanha diante do cumprimento de mandados de busca e apreensão e mandados de prisão e da maior celeridade aos procedimentos envolvendo menores em crimes sexuais. “É emblemático para gente poder abraçar esse compromisso com as nossas crianças e adolescentes”, pontuou. Do ponto de vista jurídico, a delegada explicou que o abuso ocorre quando uma criança ou adolescente é submetido a atos de natureza sexual. “Não tem necessariamente que haver o toque. Pode acontecer dentro da família, na escola, no meio social em que a criança/adolescente está ambientada”, afirmou. Com relação à exploração sexual, Pierotte detalhou que a mesma envolve troca por dinheiro, por favores ou outros benefícios. “Geralmente está associado à prostituição infantil, à pornografia e ao tráfico de menores”, acrescentou. Ambos são crimes graves, previsto no Código Penal e no Estatuto da Criança e do Adolescente, com penas que variam de 8 a 30 anos de prisão. A delegada alertou que a proteção à infância é dever de todos: a família deve oferecer um ambiente seguro, afetuoso e atento às necessidades da criança/adolescente; a escola tem papel fundamental na identificação de sinais de violência, encaminhamentos devidos e acolhimento da criança/adolescente; e o Estado, através dos profissionais de saúde e assistência social, que tem o dever legal de comunicar as autoridades sempre que houver suspeita ou confirmação de abuso e exploração sexual infantil. “Se algo parecer errado com a criança e adolescente, escute, observe e denuncie. Que a gente possa se comprometer a olhar com mais atenção, empatia e coragem para a infância”, finalizou.

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