
Os senadores baianos Jaques Wagner (PT) e Otto Alencar (PSD) foram confirmados como integrantes da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Crime Organizado, que será instalada na terça-feira (4), no Senado Federal. O colegiado terá como objetivo investigar a atuação, expansão e estrutura de milícias e facções criminosas em todo o território nacional.
Jaques Wagner foi indicado pelo Partido dos Trabalhadores para representar a base governista, enquanto Otto Alencar também participará da comissão como representante da Bahia. Pela oposição, foram indicados nomes de destaque da direita, como os senadores Flávio Bolsonaro (PL) e Sérgio Moro (União Brasil).
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil), anunciou, na última semana, em Brasília, a data de instalação da CPI. Segundo ele, o grupo terá a missão de aprofundar as investigações sobre o funcionamento e a expansão do crime organizado no país, com foco especial nas milícias e nas facções criminosas.
“É hora de enfrentar esses grupos criminosos com a união de todas as instituições do Estado brasileiro, assegurando a proteção da população diante da violência que ameaça o país”, afirmou o senador Davi Alcolumbre, em nota divulgada à imprensa.
De acordo com o presidente do Senado, a decisão de instaurar a comissão foi tomada após conversas com o senador sergipano Alessandro Vieira (MDB), um dos autores do requerimento que deu origem à CPI.
O colegiado será formado por 11 senadores titulares e sete suplentes, com prazo inicial de 120 dias para realizar os trabalhos. Os parlamentares deverão investigar o modo de atuação das organizações criminosas, suas formas de estruturação regional e seus mecanismos de comando.