
A Bahia fechou o 3º trimestre de 2025 com a menor taxa de desocupação desde o início da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), em 2012. O índice caiu para 8,5%, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (14) pelo IBGE, e representou a segunda queda consecutiva em relação ao trimestre anterior, quando havia sido de 9,1%. Apesar do recorde positivo, o estado ainda mantém a 3ª maior taxa de desemprego do país, atrás apenas de Pernambuco (10,0%) e Amapá (8,7%), bem acima da média nacional de 5,6%.
O avanço do mercado de trabalho baiano no trimestre foi impulsionado principalmente pelo aumento do número de pessoas ocupadas e pela redução da população desocupada. “Entre julho e setembro, a Bahia teve o maior número de trabalhadores (6,554 milhões) e o menor número de pessoas desocupadas/ desempregadas (605 mil procurando trabalho) em toda a série histórica”, explicou o IBGE.
Os trabalhadores por conta própria foram os que mais cresceram no trimestre, somando 1,859 milhão de pessoas, representando um aumento de 69 mil. Já o setor público ganhou 49 mil empregados e atingiu 936 mil trabalhadores. Em contrapartida, o emprego sem carteira assinada caiu, com menos 47 mil pessoas nessa condição. Mesmo assim, a informalidade ainda representa mais da metade do mercado de trabalho: 51,5% dos ocupados no estado.
Entre os setores econômicos, a administração pública teve o maior salto, com 92 mil novos trabalhadores, seguida pela agropecuária, que abriu 33 mil vagas. Comércio e serviços domésticos foram os que mais recuaram, com perdas de 67 mil e 22 mil postos, respectivamente.
O rendimento médio real também apresentou melhora. Na Bahia, subiu 3,3% e chegou a R$ 2.278. Em Salvador, o aumento foi de 3,8%, elevando a renda média para R$ 3.251, enquanto a RMS registrou R$ 3.025, alta de 3,2% no trimestre. Apesar do crescimento, os valores seguem entre os mais baixos do país.
A massa de rendimentos - que indica o volume de dinheiro gerado pelo trabalho - chegou a R$ 14,63 bilhões na Bahia, alta de 4,6% frente ao trimestre anterior e de 11,1% na comparação anual. Para o IBGE, os resultados mostram uma recuperação consistente do mercado de trabalho baiano, ainda que marcada por desigualdades regionais e pela forte presença da informalidade.