O Setembro Verde é uma campanha nacional que incentiva e promove a conscientização sobre a importância da doação de órgãos e tecidos no Brasil. Ao site Achei Sudoeste e ao Programa Achei Sudoeste no Ar, a enfermeira Daiara Dourado, que atua no Hospital Municipal Professor Magalhães Neto, em Brumado, onde faz parte da Comissão Intrahospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos Para Transplantes, falou um pouco mais sobre o tema. Dourado relatou que a última doação registrada no município ocorreu no ano de 2023. De lá para cá, segundo informou, o número de protocolos abertos para início do processo de doação diminuiu. “Falta conhecimento. Muitas pessoas têm preconceito com relação ao tema. A morte gera luto, tristeza e acaba tudo isso influenciando [nessa diminuição]”, afirmou. O trabalho feito pela comissão é realizado no Hospital Municipal de Brumado, que atende pacientes de toda região. Para a enfermeira, é preciso mobilizar uma campanha regional para incentivo à doação de órgãos e tecidos a fim de aumentar o número de doadores. “Precisamos priorizar o Setembro Verde. Quando o paciente doa várias vidas são salvas”, ressaltou. Hoje, na Bahia, 2156 pacientes aguardam na fila por um rim, 1638 pacientes esperam por uma córnea, 63 pacientes aguardam por um fígado e 1 paciente espera por um coração. Mesmo que o Brasil seja referência no processo de captação e transplante de órgãos, os números de pacientes na fila de espera só tendem a aumentar. Para ser um possível doador, Daiara orientou que os interessados devem deixar os familiares avisados sobre o seu desejo. “São os nossos familiares que irão decidir de fato. Quem responde por nós são nossos familiares de primeiro e segundo grau. Não adianta só ser documentado”, esclareceu.