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Guanambi: Família expõe inoperância para desburocratizar regulação após morte de idoso
Foto: WhatsApp/Achei Sudoeste/Arquivo Familiar

Na noite de quarta-feira (17), um idoso de 75 anos, identificado como Cosme Fernando Magalhães, morreu na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Guanambi, a 141 km de Brumado, após ficar internado por dias em estado grave aguardando uma vaga em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Ele sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC) em casa, sendo socorrido pelo Samu 192 para a UPA 24 Horas. A família está revoltada com a demora para regulação do paciente. Em entrevista ao site Achei Sudoeste, a filha do idoso, Joana Roberta Magalhães, disse que, com a piora no quadro de saúde do pai, a família começou a se mobilizar para retirar o mesmo da unidade, visto que, no local, ele não estava sendo tratado da forma devida. Segundo Magalhães, os médicos diziam que sequer sabiam o tipo de AVC que o idoso havia sofrido. A família encontrou dificuldades até para realização de exames particulares, visto que a unidade não se responsabilizava pelo deslocamento do paciente. “Na segunda-feira pela manhã, ele entrou em coma, eu precisei autorizar para entubarem ele dentro da UPA. Falei como vão entubar e sedar meu pai dentro de uma UPA? Perguntei ao médico e ele me disse que não tinha nada que pudesse ser feito. Era a melhor forma”, relatou. Mesmo com a indicação para realização de uma cirurgia em caráter de urgência, Magalhães contou que o pai não conseguiu a regulação. A família procurou diversas autoridades da cidade e da região para viabilizar a vaga, porém sem êxito. “Ele precisava de cirurgia, de ventilação e na UPA não tinha nada. Foram vários pedidos negados. Na quarta, ele não aguentou esperar tanto tempo”, afirmou. Joana culpa a burocracia do serviço de saúde pela morte do pai. “Ele ficou sem medicamento nenhum sexta, sábado, domingo e segunda. Tudo tinha que esperar liberar. Estavam esperando morrer. Não tinha cabimento. Foi burocracia mesmo, um sistema de saúde falho”, acusou.  

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