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Bahia registra mais de 3 mil casos de adolescentes atendidos por autoagressão Foto: Freepik

A Bahia registrou entre 2023 e 2024 mais de 3 mil atendimentos a adolescentes entre 10 e 19 anos por autoagressão ou tentativa de suicídio. Os dados são da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), com base no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), e revelam a dimensão do problema no Brasil. A cada 10 minutos, um atendimento é registrado no país. Nesses dois anos, somente no estado baiano foram 3.127 registros, além de 147 internações hospitalares e 43 mortes por suicídio nessa faixa etária. A Bahia ocupa posição de destaque no Nordeste, que concentrou mais de 19 mil notificações no período. Divulgado nessa segunda-feira (22), o estudo foi realizado no contexto do Setembro Amarelo, mês internacionalmente dedicado à prevenção do suicídio. Para especialistas, os números indicam a urgência de políticas públicas e ações de prevenção, já que a realidade pode ser ainda mais grave devido à subnotificação, comum em casos de saúde mental. Muitas vezes, as autoagressões representam um pedido silencioso de ajuda. Diante dos desafios do dia-a-dia, é fundamental que pais, responsáveis e educadores escutem e, sobretudo, acolham os adolescentes. O acompanhamento com o pediatra também tem papel central, já que, nas consultas, ele pode atuar de forma preventiva, identificando sinais de alerta e orientando tanto o adolescente quanto a família”, explica o presidente da SBP, Edson Liberal. Entre os principais sinais de risco, especialistas citam a perda de interesse em atividades antes prazerosas, queda no desempenho escolar, frases que demonstram desesperança e comportamentos de autolesão. A SBP reforça que qualquer manifestação de desejo de morrer deve ser levada a sério.

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