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Jequieense será primeira pessoa negra a ocupar cargo na diretoria do Banco Central Foto: Reprodução/G1

A primeira pessoa negra a ser indicada para um cargo na diretoria do Banco Central do Brasil é um homem baiano. Ailton Aquino dos Santos foi nomeado na segunda-feira (8), pelo ministro da Economia Fernando Haddad, para ser o próximo diretor de fiscalização da autarquia. De acordo com o G1, apesar da indicação, Ailton ainda não assumiu o cargo. Primeiro, ele deverá passar por uma sabatina no Senado Federal. A assessoria do Banco Central informou não há data prevista para a posse. Ailton é natural de Jequié, no sudoeste da Bahia, e trabalha no Banco Central há 25 anos, onde é auditor chefe. Ele se formou em Ciências Contábeis pela Universidade Estadual da Bahia (Uneb) e em Direito pelo Centro Universitário do Distrito Federal (UDF), em Brasília. Além disso, o auditor tem outras três especializações em direito público, engenharia econômica de negócios e contabilidade internacional.

Banco Central mantém taxa de juros em 13,75% apesar de pressão do governo Foto: Raphael Ribeiro/BCB

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu, nesta quarta-feira (22), manter a taxa Selic em 13,75% ao ano – patamar em vigor desde o início de agosto de 2022. A decisão se deu em meio a turbulências no sistema bancário global e a críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de ministros do governo ao atual nível da taxa de juros. Em nota emitida após reunião, o Comitê afirmou que, embora a reoneração dos combustíveis tenha reduzido a incerteza dos resultados fiscais de curto prazo, ainda permanecem alguns fatores de risco para o cenário inflacionário.

Banco Central mantém taxa de juros em 13,75% pela quarta vez seguida Foto: Raphael Ribeiro/BCB

O Banco Central decidiu manter a taxa básica de juros, a Selic, em 13,75% ao ano na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) concluída nesta quarta-feira. Essa é a quarta manutenção da taxa e a primeira decisão do colegiado sob o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A manutenção da taxa era a expectativa do mercado, que prevê que a Selic pode ficar neste patamar até o início do segundo semestre, diante da expectativa da inflação de 2023 acima do teto da meta. A grande atenção dos agentes econômicos, contudo, era em relação ao comunicado do comitê, diante da discussão sobre a trajetória crescente da inflação, conforme os últimos boletins do Focus, além da incerteza sobre a política fiscal de longo prazo do novo governo de Lula. O Banco Central afirma que os “fatores de risco” ainda permanecem pressionando a inflação, como a “elevada incerteza” sobre o futuro do marco fiscal do país. “A conjuntura, particularmente incerta no âmbito fiscal e com expectativas de inflação se distanciando da meta em horizontes mais longos, demanda maior atenção na condução da política monetária. Nesse cenário, o Copom reafirma que conduzirá a política monetária necessária para o cumprimento das metas”, cita o comunicado. O Copom começou a elevar a taxa Selic em março de 2021, quando a taxa estava no piso histórico de 2% ao ano. A última elevação foi registrada em agosto do ano passado, quando ela chegou ao patamar de 13,75% ao ano. Mesmo com a manutenção da Selic pela quarta reunião consecutiva do Copom, a inflação permanece alta e reduz as chances de redução da taxa básica de juros no curto prazo.

Mudanças no Pix começam nesta segunda-feira (2) Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

A partir desta segunda-feira (2), começam a valer as novas regras movimentações financeiras com Pix. Em 2023, serão os bancos que vão estabelecer os limites de transferência dentro de determinado horário, não mais o Banco Central. A instituição havia comunicado a mudança no início de dezembro. O período diurno, em geral, é considerado das 6 horas da manhã às 8 horas da noite. Já o noturno, é das 8 horas da noite às 6 horas da manhã do dia seguinte. Mas a definição de um horário noturno diferenciado passará a ser facultativo. Com as novas regras, cada instituição poderá permitir que o cliente, que tiver R$ 5 mil de limite para usar no Pix, use tudo de uma vez se quiser. O Banco Central também alterou os limites do Pix Saque e do Pix Troco, passando de R$ 500,00 para R$ 3 mil durante o dia e de R$ 100,00 para R$ 1 mil à noite. Com a medida, os usuários terão acesso ao serviço em condições semelhantes às do saque tradicional. A autoridade monetária ainda mudou o regulamento para facilitar o recebimento por correspondentes bancários e viabilizar o pagamento de salários, aposentadorias e pensões pelo governo. De acordo com o economista Newton Marques, todas essas mudanças correspondem a um ajuste para as demandas das instituições e dos usuários. O que não vai mudar são as regras para alteração do limite a pedido do cliente. Se o usuário pedir redução, o banco deve reduzir o limite imediatamente. Já o aumento deve ser atendido entre 24 e 48 horas.

Brasileiros gastam quase um terço da renda familiar para pagar dívidas Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

O percentual de famílias brasileiras com renda destinada ao pagamento de dívidas chegou a 28,7% - patamar mais alto desde o início da série, em 2005. Os dados divulgados pelo Banco Central (BC) dizem respeito à tomada de crédito no país e revelam o crescimento da taxa de inadimplência. Em 2021, o índice indicou 25,4%. O principal impacto sentido pelo país é a redução do crescimento econômico causado justamente pela diminuição da capacidade do consumo entre as famílias, responsável por alavancar os índices econômicos no fim do ano, explica André Luís Barbosa, presidente do Conselho Regional de Contabilidade da Bahia (CRCBA).  De acordo com a Confederação Nacional do Comércio (CNC), 2022 é o segundo ano seguido em que a maior fatia do 13º salário deverá ser usada para a quitação de dívidas. A segunda parcela do pagamento deve somar quase R$ 113 bilhões em dezembro, no entanto, 37,8% serão usados para quitar dívidas. Para o presidente do CRCBA, a alta desses indicadores afeta principalmente aqueles que utilizam o 13º salário para novas aquisições no fim do ano. Uma possível solução para estancar o crescimento do endividamento no país entre os endividados é a concessão de créditos e a criação de um fundo para que seja possível a renegociação dessas dívidas. “Os endividados poderiam ter abatimento de 80% a 90% da dívida e todo o restante poderia ser pago à vista, com o dinheiro de empréstimos concedidos por bancos públicos, com prazos de pagamento estendidos, meses de carência e juros mais baixos”, destaca André Luís. O endividamento das famílias chegou a 49,9% em setembro, praticamente sem grandes alterações se comparado ao mês de agosto, mas muito acima dos 47,5%, registrados em 2021. A taxa de juros no rotativo do cartão chegou a 400%, a maior taxa desde 2017.  No atual cenário, é importante reduzir a taxa de juros para que haja incentivo para as empresas contratarem, aquecendo o mercado e permitindo que os brasileiros honrarem suas dívidas e voltem a consumir mais. “A renegociação das dívidas é um benefício que oferece ganhos tanto para o credor quanto para o devedor, mas, ainda assim, é uma medida paliativa que deve ser utilizada como forma de impedir o aumento dos índices que apontam para o endividamento no país”, finaliza André Luís.

Pix bate recorde e supera 100 milhões de transações em um dia Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste

Sistema de transferências instantâneas do Banco Central (BC), o Pix bateu novo recorde na terça-feira (20). Pela primeira vez, a modalidade superou a marca de 100 milhões de transações em 24 horas. Somente ontem, foram feitas 104,1 milhões de transferências via Pix para usuários finais. O volume coincidiu com a data limite para o pagamento da segunda parcela do décimo terceiro salário. A alta demanda não comprometeu o funcionamento do Pix. Segundo o BC, os sistemas funcionaram com estabilidade ao longo de todo o dia. O recorde anterior tinha sido registrado em 30 de novembro, com 99,4 milhões de transações em apenas um dia. Naquela data, tinha acabado o prazo de pagamento da primeira parcela do décimo terceiro. Criado em novembro de 2020, o Pix acumula 143,3 milhões de usuários, dos quais 131,6 milhões são pessoas físicas e 11,7 milhões, pessoas jurídicas. Em setembro deste ano, o sistema superou a marca de R$ 1 trilhão movimentados por mês.

Banco Central vai retomar devolução de “dinheiro esquecido” em bancos Foto: Getty Images

O Banco Central anunciou que retomará o processo de devolução de valores esquecidos pelos clientes em contas bancárias. Segundo a autoridade, há R$ 3,6 bilhões disponíveis para saque, e cerca de 32 milhões de brasileiros ainda teriam saldo a receber. Desse total, cerca de 500 mil pessoas teriam direito a recuperar mais de R$ 1 mil. De acordo com o Tribuna da Bahia, o Sistema Valores a Receber (SVR) foi lançado em janeiro de 2021, e já fez o retorno de R$ 2,3 bilhões para 7 milhões de clientes pessoa física e 300 mil empresas. A devolução de valores foi interrompida em abril deste ano, em razão de uma greve dos servidores do Banco Central, e não foi retomada ainda. De acordo com um comunicado divulgado pelo BC nesta semana, o SVR voltará a receber informações dos bancos a partir de janeiro. Não há, ainda, uma data oficial para os saques voltarem a acontecer, mas a expectativa é que o sistema seja aperfeiçoado ao longo do ano que vem. Além de saldos esquecidos em contas e aplicações financeiras, espera-se que a próxima fase contemple o estorno de tarifas cobradas de forma indevida pelas instituições financeiras e obrigações de crédito não previstas em contrato.

Pix consolida-se como meio de pagamento mais usado no país Foto: Shutterstock

Uma casa ficou destruída após um incêndio, ocorrido na noite de terça-feira (15), em Jacobina, no norte da Bahia. Ninguém ficou ferido. Segundo a Guarda Municipal, moradores disseram que o dono do imóvel ateou fogo ao local, em uma tentativa de vingança por ter sido impedido de agredir a esposa. Com dois anos de funcionamento, o Pix, meio de transferência monetária instantâneo, consolidou-se como o meio de pagamento mais usado pelos brasileiros, informou a Ferderação Brasileira de Bancos (Febraban). De 16 de novembro de 2020, data em que começou a funcionar no país, até o último dia 30 de setembro, foram 26 bilhões de operações feitas no sistema financeiro nacional, com os valores transacionados atingindo R$ 12,9 trilhões. Levantamento feito pela Febraban com base em números do Banco Central mostra que, no primeiro mês de funcionamento, o Pix ultrapassou as transações feitas com DOC (documento de crédito). Em janeiro de 2021, superou as transações com TED (transferência eletrônica disponível). Em março do mesmo ano, passou na frente em número de transações feitas com boletos. Já no mês seguinte (maio), o Pix ultrapassou a soma de todos eles. Quanto aos cartões, o Pix ultrapassou as operações de débito em janeiro deste ano e, em fevereiro, superou as transações com cartões de crédito, quando se tornou o meio de pagamento mais usado no Brasil. Ainda conforme o levantamento, as estatísticas de setembro mostram que quase metade dos usuários do Pix está na Região Sudeste (43%), seguida do Nordeste (26%), Sul (12%), Norte (10%) e Centro Oeste (9%). Quanto aos usuários, 64% têm entre 20 e 39 anos. Desde o lançamento do Pix, já são 523,2 milhões de chaves cadastradas no Diretório de Identificadores de Contas Transacionais do Banco Central. As chaves aleatórias somam 213,9 milhões, seguidas das chaves por CPF (114,2 milhões), celular (108,3 milhões), e-mail (77,5 milhões). Até outubro, 141,4 milhões de brasileiros já tinham usado o Pix em seus pagamentos.

Pela 1ª vez desde março, mercado financeiro estima inflação abaixo de 6% em 2022

Os economistas do mercado financeiro reduziram de 6% para 5,88% a estimativa de inflação para este ano. Esta foi a 13ª queda seguida da estimativa para a inflação deste ano. Também é a primeira vez desde março deste ano que a previsão fica abaixo de 6%. A informação consta do relatório “Focus”, divulgado nesta segunda-feira (26) pelo Banco Central. Foram ouvidas mais de 100 instituições financeiras na semana passada. Além da queda na estimativa da inflação, os economistas também projetam uma alta maior do PIB e estabilidade da taxa de juros até o fim de 2022. A meta de inflação para este ano, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é de 3,5% e será considerada cumprida se oscilar entre 2% e 5%. No entanto, o Banco Central já admitiu que vai estourar o teto da meta, assim como aconteceu em 2021. Quanto maior é a inflação, menor é o poder de compra das pessoas, principalmente das que recebem salários menores. Isso porque os preços dos produtos aumentam sem que o salário necessariamente acompanhe esse crescimento. Para atingir a meta, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central aumenta ou diminui a taxa básica de juros, a Selic. Atualmente, a Selic está em 13,75% ao ano, o maior percentual dos últimos seis anos. Para o próximo ano, a meta central de inflação foi fixada em 3,25% e será considerada formalmente cumprida se oscilar entre 1,75% e 4,75%. De acordo com o boletim Focus, a previsão para 2023 passou de 5,01% para 5%.

Banco Central lança moedas comemorativas dos 200 anos da Independência Foto: Reprodução/Banco Central

O Banco Central (BC) lançou nesta terça-feira (26) duas moedas comemorativas alusivas aos 200 anos da Independência do Brasil. Uma das moedas é de prata e a outra é de cuproníquel (liga de cobre e de níquel). Segundo o BC, a moeda de R$ 2, feita em cuproníquel, é a primeira da história a conter detalhes coloridos em um dos lados. O reverso da moeda exibe uma faixa verde-amarela e a primeira estrofe do Hino da Independência, escrito por Evaristo da Veiga. As moedas, destinadas a colecionadores, serão produzidas pela Casa da Moeda e vendidas exclusivamente pelo site Clube da Medalha – a venda deve começar ainda nesta terça. A moeda de prata custará R$ 420 e a de cuproníquel, R$ 34. “As duas moedas que lançamos hoje retratam esse momento histórico que trouxe como desfecho a independência do nosso país”, afirmou o presidente do BC, Roberto Campos Neto. O lançamento das moedas foi aprovado em setembro do ano passado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). A homenagem está sendo coordenada pela Comissão Interministerial Brasil 200 Anos, chefiada pela Secretaria Especial de Cultura, do Ministério do Turismo. O Banco Central já lançou diversas moedas comemorativas ao longo da história. Entre elas, dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, do centenário da Imigração Japonesa no Brasil e em homenagem ao piloto Ayrton Senna.

Mercado financeiro prevê inflação de 7,54% em 2022 Foto: Reprodução/Jornal O Globo

O mercado financeiro reduziu, pela terceira semana consecutiva, a expectativa para os índices inflacionários projetados para 2022. De acordo com o Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (18), em Brasília, pelo Banco Central, o ano deve fechar com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 7,54%. O IPCA é a inflação oficial do país. Na semana passada, a previsão era de uma inflação de 7,67%; e há quatro semanas, as projeções estavam em 8,27%. Para 2023, a previsão de inflação aumentou agora de 5,09% para 5,20%. É a 15ª semana seguida de previsões de alta deste índice. Há quatro semanas estimava-se inflação de 4,83% para o próximo ano. Para os anos de 2024 e 2025 não há diferenças nas estimativas inflacionárias: 3,3% e 3%, respectivamente. O Boletim Focus é uma publicação semanal que reúne a projeção de cerca de 100 instituições do mercado financeiro para os principais indicadores econômicos do país.

Banco Central projeta crescimento de 1,7% do PIB para 2022 Foto: José Cruz/Agência Brasil

O Banco Central (BC) projetou, para 2022, alta de 1,7% do Produto Interno bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país. A previsão anterior, divulgada em março, era de um crescimento de 1%. A revisão foi apresentada pelo diretor de Política Econômica do BC, Diogo Abry Guillen, em coletiva de imprensa que contou com a participação do presidente do BC, Roberto Campos Neto. De acordo com a Agência Brasil, o anúncio foi uma prévia do relatório trimestral de inflação, adiado para o dia 30, devido à greve de servidores do órgão. De acordo com nota do BC, há expectativa de “arrefecimento da atividade no segundo semestre” em decorrência dos “os efeitos cumulativos do aperto monetário; da persistência de choques de oferta; e das antecipações governamentais às famílias para o primeiro semestre”. Guillen cita como principais componentes da demanda doméstica a alta no consumo das famílias e o recuo dos investimentos (Formação Bruta de Capital Fixo - FBCF).

Mercado estima inflação de 7,65% no ano, acima do teto da meta do Banco Central Foto: Marcelo Casal Jr./Agência Brasil

Após três semanas sem publicação por causa da paralisação dos servidores, o Banco Central voltou a divulgar o boletim Focus, que reúne as projeções do mercado, ontem. Nesse período “no escuro”, as expectativas de?inflação?subiram de 6,86% neste ano, no relatório divulgado em 28 de março, para 7,65% nesta semana. A expectativa, assim, é mais que o dobro da meta oficial da inflação para o ano, de 3,5%, e está em elevação há 15 semanas. O mercado também elevou a sua projeção para a Selic neste ano, que passou de 13% para 13,25%. A expectativa de crescimento do PIB variou de 0,5% para 0,65%. Em março, quando o último relatório foi divulgado, já fazia sete semanas que economistas recalculavam a inflação de 2022 para cima, cada vez mais longe da meta de 3,5% estabelecida para este ano. Mesmo considerando o intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual (p.p.) para cima ou para baixo, o número ainda ficaria acima do teto, que seria de 5%, o que implicaria no descumprimento da meta pelo segundo ano consecutivo. A atual projeção extrapola o teto da meta em 2,65 p.p. A inflação vem se mantendo alta e persistente no Brasil. Os preços também são impactados pelos reflexos da guerra entre Ucrânia e Rússia nos combustíveis e alimentos em todo o mundo. O presidente do BC, Roberto Campos Neto, já admitiu que o núcleo de inflação está muito alto e disse que o indicador do IPCA de março, o maior para o mês desde 1994, foi uma?surpresa.

Site do Banco Central para dinheiro ‘esquecido’ volta a funcionar Foto: Reprodução/Jornal O Globo

Os brasileiros já podem saber se têm dinheiro ‘esquecido’ nos bancos ao consultar um novo site do Banco Central, que entrou no ar no fim da noite de domingo. Estima-se que há cerca de R$ 8 bilhões em instituições financeiras que ainda não foram resgatados por clientes. De acordo com o jornal o Globo, a cifra inclui saldos residuais em contas-correntes, por exemplo, ou cobranças indevidas. A consulta será feita pelo Sistema de Valores a Receber (SVR), que originalmente ficava no portal do BC. Com a sobrecarga de acesso em janeiro, no entanto, o órgão decidiu criar um site exclusivo (valoresareceber.bcb.gov.br). Até agora, R$ 900 mil já foram resgatados. O dinheiro é transferido por Pix. Além de um novo site, a criação de um log in e senha para acessá-lo também será diferente. O acesso por meio do Registrato não vale mais. Será necessário fazer um cadastro no portal Gov.br. Entenda o que é o SVR, veja quem tem direito ao dinheiro ‘esquecido’ e como fazer a consulta.

Brasil é campeão de juros altos após aumento da Selic Foto: Gerd Altmann/Pixabay

O Brasil é o país com a maior taxa de juros ao ano, descontada a projeção de inflação, segundo o ranking mundial de juros reais compilado pelo portal MoneYou e pela gestora Infinity Asset Management. A lista tem 40 países. Essa marca foi alcançada após o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central ter elevado, na última quarta-feira (2), a taxa básica de juros (Selic) em 1,5 ponto percentual, a 10,75% ao ano. Para chegar aos juros reais, porém, o estudo fez uma equação entre as taxas nominais estimadas e aquelas negociadas a mercado para janeiro de 2023. No caso do Brasil, a referência dos juros de mercado é o índice dos contratos DI (Depósitos Interbancários), que estava em cerca de 11,9% ao ano na última quarta. Desse cálculo é descontada a perspectiva de alta da inflação para os próximos 12 meses — para o Brasil, a projeção é 5,38%, segundo a pesquisa Focus do Banco Central. O resultado é uma taxa de juros real de 6,41% ao ano, colocando o Brasil no topo do pódio dos países com o crédito mais caro, à frente de Rússia (4,61%) e Colômbia (3,02%). A lista de nações com taxas positivas é pequena, tem apenas dez posições, ocupadas também por Chile, México, Indonésia, Hungria, Turquia, Malásia e República Tcheca. Outros 30 estão em situação inversa. A Argentina está no fim da fila. O país vizinho tem juros negativos de 14,5%, o que reflete uma inflação que fechou 2021 em alta de 51%. Considerando a média geral dos países listados, a taxa mundial de juros está negativa em 1,27%. As informações são do Valor Econômico.

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