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03/2019
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Brasil abre 34.313 vagas com carteira em janeiro Foto: Agência Estado

O mercado de trabalho brasileiro gerou 34.313 vagas com carteira assinada em janeiro. segundo números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta quinta-feira, 28, pelo Ministério da Economia. O resultado positivo decorreu de 1.325.183 admissões e 1.290.870 desligamentos e segue a tendência de 2018. Apesar disso, o número é menor que janeiro do ano passado, quando houve 77.822 contratações com carteira assinada.  No período, cinco dos oito setores da economia contrataram mais que demitiram. Quem mais empregou foi o setor de serviços, com saldo de 43.449 postos de trabalho entre admissões e demissões.  Indústria de transformação teve saldo de 34.929 vagas, construção criou  14.275 postos. O setor de agropecuária teve saldo de 8.328 e extatismo mineral, 84 postos. Já quem mais fechou vaga foi o comércio, com saldo negativo de 65,978 vagas a menos, consequência do fim dos contratos temporários para a temporada de festas de fim de ano. O setor de administração pública (-686) e serviços industriais de utilidade pública: (88) também ficaram no vermelho. As novas modalidades de trabalho, em vigor desde novembro com a reforma trabalhista, também tiveram saldo positivo. O trabalho intermitente registrou 7.768 admissões e 4.416 desligamentos, gerando saldo positivo de 3.352 vínculos em janeiro.  Já o trabalho parcial teve saldo de 135 vagas.

Mãe cobra estruturação das escolas de tempo integral e aponta imposição do projeto em Brumado Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste

Durante a sessão da Câmara de Vereadores de Brumado desta quinta-feira (28), pais e alunos fizeram um protesto contra a falta de estrutura das escolas de tempo integral no município. Na oportunidade, Ivânia Bernardes, mãe de um estudante do CMEAS, discursou representando todas as mães de alunos. Ela frisou que os pais não são contrários à escola de tempo integral, mas sim contra a imposição do modelo. Bernandes disse que o Município deveria oferecer algumas unidades funcionando no modelo normal para que os pais possam ter a opção de escolha, tendo em vista que vivemos em uma democracia. A ideia pode ser boa, mas, segundo ela, muitas considerações precisam ser observadas, tal como a estrutura das unidades de ensino e as restrições das crianças especiais.

Mãe cobra estruturação das escolas de tempo integral e aponta imposição do projeto em Brumado Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste

Além disso, Ivânia afirmou que a decisão de as crianças passarem o dia inteiro fora de casa tem de partir da família. “Cobramos aqui o nosso direito de ir e vir. Exigimos o nosso direito de conviver e participar da vida dos nossos filhos. A escola precisa ser atraente e não está sendo, basta olhar a quantidade de pais e alunos insatisfeitos”, declarou, acrescentando que a decisão teria de ter sido discutida através de plebiscito ou audiência pública. Após o seu pronunciamento, Ivânia foi sabatinada pelo presidente da Câmara Municipal a respeito do ponto de vista dos pais sobre o modelo de tempo integral aplicado em Brumado.

Alunos aprovam tempo integral, mas cobram do prefeito de Brumado respeito e estrutura nas escolas Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste

Em pronunciamento na Câmara Municipal de Brumado, na sessão desta quinta-feira (28), a estudante Kauane Santos disse que o ano de 2019 começou conturbado em si tratando da educação municipal. “Como todos sabem o prefeito Eduardo Vasconcelos implantou o regime de tempo integral em todas as escolas pertencentes ao município, visando cumprir a lei do Ministério da Educação (MEC), mas não a obedecendo por completo, pois nenhuma das escolas que temos em nosso município tem estrutura suficiente para atender as necessidades dos alunos”, afirmou. 

Alunos aprovam tempo integral, mas cobram do prefeito de Brumado respeito e estrutura nas escolas Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste

Segundo ela, o gestor está contrariando a vontade da grande maioria dos pais e alunos ao propor um modelo de tempo integral aquém das exigências legais. “É um desrespeito a forma pela qual os alunos estão sendo tratados no turno oposto”, disse, se referindo à qualidade das refeições e à falta de estrutura nas escolas. Kauane ainda citou que a maioria dos professores também se opõe à implantação do modelo nas escolas municipais. “Deixo aqui meu sincero repúdio a essa arbitrariedade e espero que a vontade dos pais e alunos seja, com urgência, atendida”, finalizou.

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