Após recomendação do Ministério Público (MP), que solicitou contenção de gastos no São Pedro de Aracatu, a população chegou a cogitar que a festa seria cancelada. A informação, porém, foi negada pelo Secretário de Cultura, Esportes e Turismo, Mateus Jackson, que se pronunciou em sua rede social, na quarta-feira (5). Na publicação, o secretário confirmou a realização do evento, mas explicou que a programação será alterada. “Pessoal, estamos tentando salvar toda a programação do São Pedro, mas a ação do Ministério Público nos obrigou a conter gastos. Haverá sim o evento! Isso já está decidido, porém, é bem provável que a programação do domingo (9) seja cancelada. Os outros dias estão mantidos. Lamento informá-los tardiamente, mas só agora tivemos um parecer”, escreveu. Com a notícia, a população de Aracatu e de municípios vizinhos se preparam para o Arraiá do Gererê, que acontece na sexta (07) e no sábado (08).
Após a polêmica quanto ao valor do cachê de R$ 28 mil da Banda Calcinha Preta em show na cidade de Aracatu, no sudoeste baiano, a prefeitura municipal publicou uma errata no Diário Oficial, na última segunda-feira (3), e ajustou o valor da apresentação para R$ 40 mil. Segundo apurou o site Achei Sudoeste, R$ 12 mil a mais serão pagos para o grupo de forró se apresentar no Arraiá do Gererê, no São Pedro de Aracatu, de acordo com a primeira publicação. Na última sexta-feira (30), a administração pública já tinha aditivado shows de outros artistas, indo de encontro à recomendação de Ministério Público Estadual (MPE), que visa reduzir os gastos com os festejos de São Pedro, que serão realizados entre os dias 07 e 09 de julho. O promotor do caso, Ruano Fernando da Silva Leite, ainda não se pronunciou oficialmente acerca dos aditivos, visto que o custo do festejo, que era já considerado alto pelo MP, ficou até o momento R$ 23 mil mais caro. A nossa reportagem falou, por telefone, com o empresário do grupo Calcinha Preta, Guto Rodrigues, que confirmou a apresentação da banda no próximo domingo, 09 de julho, em Aracatu.
Um dia após o Ministério Público Estadual (MPE) solicitar da Justiça que o município de Aracatu, no sudoeste da Bahia, seja obrigado a reduzir os gastos com os festejos de São Pedro, que será realizado entre os dias 07 e 09 de julho, e se abster de contratar artistas ou bandas mediante inexigibilidade de licitação, o Diário Oficial desta sexta-feira (30) traz a ratificação de dois processos administrativos de inexigibilidade (veja). Segundo apurou o site Achei Sudoeste, a prefeitura de Aracatu aumentou de R$ 35 mil para R$ 41 mil o show do cantor Adelmário Coelho que será realizado no dia 08 de julho. Já o cachê da Banda Samyra Show saltou de R$ 25 mil para R$ 30 mil. Somando os dois ajustes, o festejo de São Pedro teve um acréscimo de R$ 11 mil. As publicações foram assinadas pelo prefeito Sérgio Silveira Maia (PV). Já a polêmica com a Banda Calcinha Preta ainda continua, já que a administração ainda não se pronunciou oficialmente sobre o caso.
O empresário Guto Rodrigues, da Axemais Entretenimento Eireli, negou, em entrevista por telefone ao site Achei Sudoeste, na manhã desta sexta-feira (30), que a Banda Calcinha Preta tenha qualquer contrato assinado com a Prefeitura Municipal de Aracatu, cidade administrada pelo prefeito Sérgio Silveira Maia (PV), para apresentação durante os festejos de São Pedro no município. De acordo com ele, o município chegou a acionar a sua produtora com o intuito de contratar o grupo musical para os festejos, mas a contratação não se efetivou. Guto assegurou que a publicação no Diário Oficial do Município de um show da banda no dia 09 de julho na cidade está errada e fora da realidade do mercado atual. “Houve um contato com a nossa produtora, enviamos a documentação, mas não existe nenhum contrato assinado com a Prefeitura de Aracatu. Fizeram uma reserva da data, enviamos a nossa documentação, mas pelo valor de R$ 28 mil não realizaremos a apresentação, pois está fora do nosso orçamento e não paga nem a folha de pagamento da banda Calcinha Preta”, garantiu. Apesar de no cartaz oficial divulgado pela prefeitura de Aracatu constar a banda Calcinha Preta como atração da festa, os munícipes que são fãs não terão como curtir o show. Segundo apurou a nossa reportagem, durante o período de São João, a banda realizou shows de R$ 90 mil a R$ 140 mil, a depender do local e logística. Já no período de São Pedro, o show da banda gira em torno de R$ 70 mil a 80 mil, dependendo também da logística. Vale ressaltar que os festejos em Aracatu já estão fora da data do período. Na última quinta-feira (29), o Ministério Público Estadual (MPE) quer que o município seja obrigado a reduzir os gastos com os festejos de São Pedro, que será realizado entre os dias 07 e 09 de julho.
O Ministério Público Estadual (MPE), através do promotor Ruano Fernando da Silva Leite, quer que o município de Aracatu, no sudoeste baiano, administrado pelo prefeito Sérgio Silveira Maia (PV), seja obrigado a reduzir os gastos com os festejos de São Pedro, que será realizado entre os dias 07 e 09 de julho, e se abster de contratar artistas ou bandas mediante inexigibilidade de licitação, através de empresas intermediárias, detentoras de meras cartas de exclusividade temporárias com os respectivos artistas. Segundo apurou o site Achei Sudoeste, o promotor ingressou uma ação civil pública na comarca de Brumado. Com gastos em torno de R$ 350 mil, o MP requer que a Justiça determine ao Município que suspenda os contratos já firmados, sem licitação, através de empresas intermediárias, com máxima urgência, para evitar eventuais pagamentos decorrentes de contratações ilícitas; que suspenda o contrato relativo à estrutura e organização e reduza os gastos com os festejos de São Pedro, ou em qualquer outra data que a municipalidade venha a fixar, estabelecendo-se o limite total de R$ 80 mil, incluindo gastos com organização, sonorização, artistas, divulgação e quaisquer outros relacionados direta ou indiretamente com o evento. “Aracatu é um município pobre e que não tem conseguido atender às suas obrigações constitucionais mínimas, inclusive nas áreas da saúde e educação”, destacou o promotor. Vale ressaltar que Aracatu faz parte dos 106 municípios que tiveram situação de emergência decretada em virtude da escassez das chuvas que tem comprometido a regularidade no fornecimento de água potável.