Com 470 votos a favor, três contra e uma abstenção, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, agora é também o presidente nacional do PSDB. O primeiro vice-presidente será o governador de Goiás, Marconi Perillo, e o segundo, o deputado Ricardo Tripoli (SP), que é líder da bancada do partido na Câmara. A chapa vai comandar a sigla pelos próximos dois anos. Além disso, Alckmin é alçado é cotado como um dos pré-candidatos à Presidência da República em 2018. Segundo informações do G1, o governador conquistou o posto com a missão de unificar a sigla, dividida entre manter ou não manter o apoio ao governo do PMDB. Ao longo desse ano, quatro tucanos passaram pelo comando da legenda, antes presidida pelo senador Aécio Neves, que foi licenciado do cargo após a divulgação dos áudios da JBS. O diálogo em que ele pede R$ 2 milhões ao empresário Joesley Batista levou o Supremo Tribunal Federal (STF) a afastar o parlamentar do Senado, mas a medida foi revogada pelo Legislativo. Por conta disso, Jereissati assumiu a presidência interina até o início de novembro, quando foi destituído por Aécio, que perdeu o posto uma segunda vez. Assim, Alberto Goldman ocupava a posição.
A Petrobras recebeu a devolução de cerca de 654 milhões de reais por meio de acordos de colaboração celebrados no âmbito da Operação Lava Jato, informou a estatal em comunicado nesta quinta-feira (07). Conforme a companhia, com essa devolução o total de recursos transferidos desde o início da operação da Polícia Federal e do Ministério Público Federal atinge o montante de 1,476 bilhão de reais. “A companhia, que é reconhecida pelas autoridades como vítima dos atos desvendados pela operação, seguirá adotando medidas jurídicas contra empresas e pessoas, inclusive ex-funcionários e políticos, que causaram danos financeiros e à imagem da companhia”, disse a Petrobras no comunicado. O Ministério Público Federal (MPF) do Paraná já havia informado na terça-feira que a Petrobras receberia tal valor recuperado a partir da Lava Jato, que investiga um esquema bilionário de corrupção que envolveu contratos da petroleira.
Em pronunciamento contra a Reforma da Previdência, realizado nesta quarta-feira (6), em Brasília, o deputado federal Waldenor Pereira (PT) afirmou o seu voto contrário à proposta de alterações na Previdência Social feitas pelo governo de Michel Temer. Waldenor criticou o investimento de milhões em recursos públicos do Governo Federal para “disseminar a mentira sobre a Reforma da Previdência”. Para o deputado baiano, Temer usa a propaganda à favor da reforma em uma tentativa de mascarar os reais prejuízos. “O governo Temer afirma que trabalhadores que ganham menos não serão atingidos. Mentira! Todos terão seus benefícios reduzidos (...) Eu que já votei contra a Reforma Trabalhista, que rasgou a CLT. Eu que já votei duas vezes pelo afastamento desse presidente golpista e ilegítimo Michel Temer, vou votar contra a Reforma da Previdência”, discursou o parlamentar.
Eleito com mais de um milhão de votos em 2014, o deputado Tiririca (PR-SP) subiu à tribuna da Câmara nesta quarta-feira para anunciar que faria seu primeiro e último discurso, afirmando que vai "deixar a política". Tiririca disse que deixará o Parlamento "triste para caramba" e acrescentou que o que acontece na política e também no Congresso é “vergonhoso”. “Subo pela primeira vez e a última (à tribuna). Estou saindo triste para caramba, estou muito chateado mesmo com o Parlamento”. “Não fiz muita coisa, mas pelo menos fiz o que fui pago para fazer. O que vi nestes sete anos saio com vergonha. Mas gostaria que vocês - só um pedido de gente, de povo - olhassem mais para o povo”, disse Tiririca. De acordo com o jornal O Globo, o parlamentar disse parlamentares têm "mordomia" e ganham bem. “Nem todos os 513 trabalham. É vergonhoso: ando de cabeça erguida porque tenho coragem, mas muitos de vocês andam disfarçados. Já vi deputados envergonhados. A gente é bem pago, R$ 23 mi limpos, tem apartamento, mordomia. Não fiz nada, mas o pouco que eu fiz, fiz de cabeça erguida. É vergonhoso, é uma vergonha”, emendou. Nestes sete anos, Tiririca ficava no canto do plenário e sentava nas cadeiras destinadas a assessores e não nas reservadas aos deputados. Artista, tendo a profissão de palhaço, o parlamentar sempre preferiu ficar no canto, sempre aceitando tirar fotos e selfies pedidas.
Uma pesquisa do Instituto Datafolha feita com 2.765 pessoas nos dias 29 e 30 de novembro e divulgada nesta quarta-feira (6) pelo jornal “Folha de S.Paulo” informa os seguintes percentuais de avaliação do Congresso Nacional: Ruim/péssimo: 60%; Regular: 31%; Ótimo/bom: 5%; Não sabe: 3%. A rejeição ao desempenho dos 513 deputados federais e 81 senadores foi a maior da história recente, bem como o índice de aprovação, de acordo com o jornal. As pesquisas do Datafolha tiveram início em 1993. Nos dois últimos levantamentos do Datafolha sobre o Congresso - em dezembro de 2016 e abril de 2017 - a reprovação já havia sido recorde. As pesquisas mostraram 58% de rejeição e 7% de aprovação. O resultado desta pesquisa está mais próximo do registrado em 1993, último ano da hiperinflação e data do estouro do escândalo dos Anões do Orçamento, grupo de congressistas acusados de desviar recursos públicos para os próprios bolsos. No segundo semestre, 56% da população rejeitava o trabalho dos parlamentares, de acordo com o instituto. A única vez em que o Datafolha apontou uma avaliação positiva nos últimos 25 anos foi em dezembro de 2003, primeiro ano da primeira gestão de Luiz Inácio Lula da Silva no Planalto (2003-2010).
A Carteira Nacional de Habilitação (CNH) vai mudar novamente e abandonar o formato em papel para virar um cartão de plástico com microchip, que reunirá informações do motorista. Uma resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), que será publicada ainda nesta semana, promete que a mudança será feita até 1º de janeiro de 2019 - prazo final de adaptação dos Detrans estaduais ao novo modelo. Ainda não há informações sobre possíveis diferenças no valor para tirar ou renovar a carteira de motorista - cada Detran deve definir o valor no momento da adoção da tecnologia. De acordo com o G1, quem tiver o documento válido em papel não será obrigado a fazer a troca, que ocorrerá na hora da renovação. De acordo com o ministro das Cidades, Alexandre Baldy, a nova CNH deve reduzir as fraudes e aumentar a durabilidade do documento, além de possibilitar integração com outros países. O formato de cartão “inteligente” se assemelhará a um cartão de débito/crédito convencional, com chip e gravação a laser dos dados do motorista.
O PMDB voltou a cortejar o prefeito de São Paulo João Doria (PSDB) e tenta atrair o tucano para entrar no partido. A sigla, que não tem candidato à Presidência desde Orestes Quércia (1994), pretende ter um em 2018 e não descarta uma eventual candidatura de Doria caso ele tope trocar de legenda. “O PMDB está pronto para receber Doria, porém sem compromisso nem veto quanto à candidatura”, disse uma pessoa próxima ao presidente Michel Temer (PMDB). Procurado pela reportagem, a assessoria de Doria afirmou que “isso não está em discussão”. Nesta terça-feira, o tucano e Temer se encontraram em um evento em São Paulo, na Zona Sul da capital. Em agosto, o presidente chegou a afirmar ao prefeito, durante reunião na prefeitura, que o PMDB estava de portas abertas para recebê-lo.
A Polícia Militar Rodoviária apreendeu na segunda-feira (4), em Rosana (SP), mais de R$ 1,4 milhão dentro de um micro-ônibus abordado na Rodovia Arlindo Béttio (SP-613). Um homem de 51 anos foi preso por evasão de divisas. Segundo a corporação, o veículo, com placas de Dourados (MS) e conduzido pelo homem de 51 anos, foi parado por volta das 21h30. Durante a vistoria, o condutor apresentou “nervosismo exacerbado” e respostas contraditórias sobre a motivação da viagem, o que provocou a fiscalização minuciosa no micro-ônibus. De acordo com o G1, em um fundo falso, na segunda fileira de bancos, foi encontrada grande quantidade de dinheiro em espécie – R$ 1.435.825,00 – em cédulas aparentemente verdadeiras. Questionado, o condutor disse que foi contratado por uma pessoa de nacionalidade paraguaia para fazer o transporte de Maringá (PR) para Dourados (MS), e que receberia 3% do valor total transportado. Foi dada voz de prisão em flagrante delito ao condutor pelo crime de evasão de divisas. A ocorrência foi encaminhada para a Delegacia da Polícia Federal, em Presidente Prudente, que ratificou a voz de prisão em flagrante delito para o autor, bem como elaborou o auto de apreensão do dinheiro e do veículo utilizado. O motorista permaneceu preso para ser apresentado à audiência de custódia na Justiça.
Graças ao foro privilegiado, os políticos envolvidos na Lava Jato se mantêm longe da cadeia, mas não escapam de enfrentar situações embaraçosas. A última delas tem afetado diretamente a vida financeira dos parlamentares. De acordo com a Veja, alguns, depois de se tornar alvo de delações premiadas, passaram a encontrar dificuldades para operar ou abrir contas bancárias e também para obter empréstimos. Isso porque os bancos começaram a restringir suas respectivas carteiras de clientes especiais — “pessoas politicamente expostas”, assim chamados os deputados, senadores, presidentes de partido e seus familiares. Com isso, os bancos aumentaram o rigor da fiscalização sobre os nomes citados na maior investigação de corrupção na história do país. Esse procedimento, inédito, tem incomodado.
Pesquisa do Instituto Datafolha divulgada no domingo (3) aponta que cresceu para 62% o percentual de brasileiros que acham que o governo de Michel Temer (PMDB) é pior que o de sua antecessora, Dilma Rousseff (PT). Para efeito de comparação, um ano atrás, esse percentual era de 40%. Atualmente, só 13% dos ouvidos na pesquisa disseram que que Temer governa melhor do que a petista, enquanto em dezembro do ano passado esse número era 21%. Já o índice de rejeição ao peemedebista permanece alto, embora tenha reduzido dois pontos em relação a setembro, dentro da margem de erro. Temer é rejeitado por 71%. Outros dados da pesquisa: 23% dos brasileiros acham o governo do atual presidente regular, contra 20% na pesquisa passada. Já os que o aprovam como ótimo ou bom seguem em inalterados 5%. A pesquisa do Datafolha mostra ainda os seguintes percentuais de avaliação do governo Temer: Ruim/péssimo: 71%; regular: 23%; ótimo/bom: 5%; e não sabe: 1% O Datafolha fez 2.765 entrevistas entre 29 e 30 de novembro, em 192 cidades. A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos. O nível de confiança da pesquisa, segundo o jornal, é de 95%, o que quer dizer que, se levarmos em conta a margem de erro de dois pontos percentuais, a probabilidade de o resultado retratar a realidade é de 95%.
O ex-governador Jaques Wagner (PT), tem 63% de rejeição por parte da população, em uma possível candidatura a presidência, em 2018. Os dados são da DataFolha. Outro possível substituto de Lula, Fernando Haddad tem 61% de rejeição. Segundo o site O Antagonista, os dois, no entanto, podem ir para o segundo turno. Já que 14% dos eleitores votariam em Fernando Haddad, e outros 21% talvez o fizessem. Jaques Wagner registra 13% de apoio e 19% de “talvez”.
Pesquisa Datafolha divulgada neste sábado aponta que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva permanece na liderança da disputa presidencial de 2018. O levantamento também indica que o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) se consolidou no segundo lugar, superando Marina Silva, anunciada neste sábado como pré-candidata da Rede, que até então aparecia tecnicamente empatada com o parlamentar. Os cenários do levantamento foram alterados e, por isso, só é possível fazer comparações com pesquisas anteriores nas simulações de intenções de voto espontâneo no primeiro turno e estimuladas sobre prováveis segundos turnos. No primeiro caso, Lula surge com 17% das citações e Bolsonaro, com 11%. Todos os outros pontuam de 1% para baixo. O “ninguém” tem 19% e não sabem afirmar em que candidato votariam, 46%. De acordo com o jornal o Globo, em todos os cenários estimulados, Lula também aparece em primeiro lugar, com intenções de voto que variam entre 34% e 37%, dependendo dos possíveis candidatos citados. Bolsonaro chega a até 19%. No que apresenta o maior número de nomes, Lula aparece com 34% dos votos, seguido por Bolsonaro, com 17%. Marina aparece com 9%, tecnicamente empatada com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), e com Ciro Gomes (PDT), ambos com 6%. O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa soma 5%. As intenções de voto em branco e nulo chegam a 12%.
Em certas situações, há uma diferença abissal entre o que os políticos dizem em público e o que armam nos bastidores. Na quarta-feira 29, o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, declarou que o presidente Michel Temer (PT) não tem a pretensão de disputar a reeleição: “O presidente diz, desde sempre, que cumprirá sua missão se conseguir colocar o Brasil nos trilhos. E, graças a Deus, o Brasil está começando a andar nos trilhos”. Nos gabinetes de Brasília, no entanto, o mesmo Padilha aparece como entusiasta da candidatura de Temer à reeleição. Seu principal parceiro nesse projeto é o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco. Para a dupla, Temer, o mandatário mais impopular desde a redemocratização do país, pode conquistar um novo mandato se reerguer a economia. O crescimento do PIB e do nível de emprego transformaria a rejeição recorde de hoje em votos em 2018. De acordo com a Veja não é só a economia que alimenta esse sonho eleitoral. Acusados de cobrar propina, Padilha e Moreira, identificados como “Primo” e “Gato Angorá” nas planilhas da Odebrecht, apostam na reeleição para que eles mesmos, além de Temer, preservem o foro privilegiado.
O desemprego caiu no trimestre encerrado em outubro na comparação com anterior, e atingiu 12,7 milhões de pessoas no período. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada pelo IBGE nesta quinta-feira. A taxa de desocupação no período foi de 12,2% entre agosto e outubro, frente a 12,8% nos três meses imediatamente anteriores. Apesar da queda, o resultado nos últimos três meses ficou acima do patamar registrado no mesmo período do ano passado. No mesmo trimestre de 2016, a taxa de desocupação era de 11,8%, o que representa 1,7 milhão de desempregados a menos naquele período. Em relação ao trimestre terminado em julho, a redução no desemprego foi puxada pelo aumento do trabalho informal e por conta própria, cujos números de trabalhadores cresceram 2,4% e 1,4%, respectivamente. A quantidade de trabalhadores com carteira assinada permaneceu estável no período. De acordo com a Veja, o rendimento médio habitual dos trabalhadores também não teve variação no período, a 2.127 reais, segundo o IBGE.
Das nove malas abarrotadas de dinheiro apreendidas em um apartamento ligado ao ex-ministro Geddel Vieira Lima, no bairro da Graça, em Salvador, no dia 5 de setembro, duas não chegaram a Brasília. É o que indica uma certidão da Polícia Federal, que coloca mais um ponto de interrogação na história dos R$ 51 milhões apreendidos no bunker. No documento, revelado pelo repórter Aguirre Talento, da IstoÉ, a PF em Brasília registra ter recebido sete malas de dinheiro, enquanto o auto de apreensão lavrado pela PF em Salvador, ao realizar a operação no apartamento, em setembro, registrava duas sacolas de dinheiro a mais. A certidão não explica onde foram parar as duas malas. Também não diz se houve sumiço de dinheiro. “Certifico que, quando do recebimento do material encaminhado pela SR/PF/BA, referente a Operação Tesouro Perdido, através dos memorandos nº 3530/2017, 3531/2017 e 3532/2017, foi constatado a presença de somente 7 malas, sendo 6 grandes e 1 pequena, quando no auto de apreensão relaciona 9 malas, sendo 6 grandes e 3 pequenas”, relata a certidão, lavrada pelo escrivão Francisco Antonio Lima de Sousa, lotado na Diretoria de Investigação e Combate ao Crime Organizado, a Dicor, em Brasília.
Procuradores do Ministério Público Federal (MPF) ligados à Operação Lava Jato no Rio de Janeiro, em São Paulo e em Curitiba se reuniram na última segunda-feira (27) e anunciaram ações conjuntas em 2018. O encontro ocorreu na capital fluminense. Durante o evento, o procurador Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato no Paraná, afirmou que nenhum dos investigadores tem pretensão eleitoral e que o ano que vem é decisivo. Para o procurador, 2018 é um ano-chave para “reformas sistêmicas” no Congresso Nacional e para eventuais retrocessos. Como exemplo, ele citou a soltura dos três deputados do PMDB em votação na Alerj após determinação do TRF-2. De acordo com o G1, no evento, os procuradores divulgaram uma carta pedindo apoio da sociedade. O documento cita ataques de políticos para garantir a impunidade de corruptos e pede que os eleitores escolham, nas próximas eleições, “candidatos que apoiem efetivamente a agenda anticorrupção”.
O deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) usou da sua tradicional retórica para defender a violência policial e o armamento da população, em evento Amarelas ao Vivo, promovido pela Veja nesta segunda-feira (27). Perguntado sobre a participação de policiais militares na morte de centenas de pessoas no Rio, o pré-candidato à presidência da República afirmou que “policial que não mata não é policial”. Ele também se disse a favor do direito de proprietários de terra portarem fuzis para enfrentarem movimentos sem terra. Brincou até que seria uma boa ideia instituir o “bolsa fuzil”. “A propriedade privada é sagrada ou não? Então, dentro da nossa casa, para o fazendeiro, fuzil, é sagrado ou não é?”, questionou o parlamentar. Bolsonaro também foi questionado sobre o foro privilegiado, do qual ele é beneficiário como deputado federal e que foi contestado pelo juiz Sergio Moro e pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Luís Roberto Barroso algumas horas antes, entrevistados no mesmo evento. O parlamentar disse ser a favor da manutenção da prerrogativa e classificou como um “engodo” o projeto aprovado no Senado, em março, que põem fim ao foro. Segundo ele, mesmo se não tiverem o direito de serem julgados apenas pelo Supremo, os parlamentares continuariam postergando o desfecho dos processos judiciais por meio de infindáveis recursos nas instâncias inferiores.
Uma inspeção feita na sexta-feira (24) pelo Ministério Público na Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, flagrou alimentos incomuns no cardápio do sistema penitenciário. Na unidade, estão presos os ex-governadores Sérgio Cabral e Rosinha Garotinho, a ex-primeira-dama Adriana Ancelmo, outros políticos, assessores e empresários, muitos deles investigados pela Operação Lava Jato. Na inspeção, as promotoras de Justiça Andrea Amin e Elisa Fraga encontraram alimentos não permitidos na cadeia, como iogurtes, queijos, castanhas, frios diversos, camarão e até bolinhos de bacalhau, itens que não podem ser consumido na penitenciária, que possui cantina com comida própria. O MP vai comunicar o fato à 7ª Vara Federal Criminal e à Justiça Eleitoral de Campos dos Goytacazes, responsáveis pelas prisões dos réus flagrados com alimentos irregulares em suas celas, para serem adotadas as medidas cabíveis. Os servidores da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) que tenham colaborado para a entrada da comida também serão responsabilizados.
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) informou na sexta-feira (24) que o Brasil registrou 41.106.021 linhas fixas de telefone em setembro de 2017, o que corresponde a uma redução de 1.135.158 (-2,69%) quando comparado com o mesmo mês do ano passado. Enquanto as linhas das concessionárias da telefonia fixa apresentaram queda de 1.056.716 linhas (-4,23%), as empresas autorizadas perderam 78.442 acessos (-0,46%) no período. Entre as autorizadas, a TIM, com a entrada de 199.651 novas linhas, apresentou o maior crescimento nos últimos 12 meses, de 38,57%, seguida da Algar Telecom, com mais 70.283 novas linhas (28,55%), e da Oi, com 15.279 novos acessos (9,68%), conforme dados da Anatel. As concessionárias que apresentaram crescimento no período foram Algar Telecom, com 21.035 novas linhas (2,87%), e a Claro, com a adição de 177 novos números (10,79%). As demais registraram redução.
O casal de ex-governadores do Rio de Janeiro, Anthony e Rosinha Garotinho, foi preso pela Polícia Federal na manhã desta quarta-feira (22). De acordo com informações do site G1, Rosinha Garotinho foi levada para a sede da Polícia Federal em Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense. Anthony Garotinho estava no Rio de Janeiro quando foi detido. A Polícia Federal está fazendo agora de manhã uma operação em Campos dos Goytacazes, no Norte do Estado do Rio. Um dos alvos da operação é o ex-secretário de governo da ex-prefeita, Rosinha Garotinho. Os agentes fizeram buscas na casa do ex-secretário e ele foi levado para a sede da polícia federal na cidade.
A Polícia Federal prendeu, na manhã desta segunda-feira, Gabriel Barioni de Alcântara e Silva, ex-estagiário da Justiça Federal em Londrina (PR), acusado de vazar informações sigilosas para uma quadrilha suspeita de tráfico de drogas. Barioni, que pediu demissão do estágio no dia 23 de setembro, também é alvo de um mandado de busca e apreensão e outro de violação do sigilo telemático de e-mail, todos determinados pelo juiz federal Nivaldo Brunoni, da 23ª Vara Federal de Curitiba. Segundo o despacho do magistrado, em dias anteriores ao pedido de demissão do estagiário, sua senha ao e-proc, o sistema digital de processos da Justiça, foi utilizada em Assunção, no Paraguai, em Catanduvas (PR) e Ponta Porã (MS), para consultar as investigações envolvendo a organização criminosa comandada por Luiz Carlos da Rocha. Ainda não está claro se Gabriel emprestou o seu acesso para pessoas ligadas a Rocha ou se ele mesmo o utilizou, como associado à quadrilha. De acordo com a Veja, o juiz Nivaldo Brunoni anota, em sua decisão, uma informação obtida pela Polícia Federal de que o ex-estagiário da Justiça seria namorado de uma filha do traficante. “No caso, há fortes elementos indicando quebra de sigilo funcional em benefício de organização criminosa voltada ao tráfico de entorpecentes e à lavagem de dinheiro, havendo evidências, inclusive, de que Gabriel integre referido grupo”, escreveu o magistrado ao justificar a prisão do jovem.
Um feriado que caia durante a semana agora pode ser transferido para outro dia – para uma sexta, uma terça, uma quarta ou até mesmo um sábado. Isso depende do interesse da empresa, do funcionário e de um acordo estabelecido entre o patrão e o empregado. Pensa no último feriado do dia 15, da Proclamação da República, que caiu no meio da semana: Pois bem, com a reforma trabalhista, o funcionário poderia ter trabalhado normal na quarta-feira, 15, para folgar na sexta-feira, 17, emendando com o final de semana. Em tese, a regra já pode ser adotada pelas empresas. Mas a mudança, agora, é que o texto da reforma trabalhista que entrou em vigor trata exclusivamente do tema. Com isso, tudo pode acontecer com o feriado que cair durante a semana. Muito discutido desde os projetos iniciais da reforma, esse ponto é o chamado “acordado sobre o legislado”, quando há negociação entre empresa e trabalhadores. Ao final, prevalece o que for melhor para ambas as partes. De acordo com a Agência Estado, existem, porém, algumas regras que envolvem esse novo benefício. A lei prevê que apenas trabalhadores com ensino superior completo e salário acima de R$ 11 mil (as duas coisas juntas) poderão negociar diretamente com os chefes nesse tipo de situação. Quem ganha menos ou não tem o curso superior (uma das duas situações), precisa convencer os colegas a, juntos, tentarem a mudança.
O governo anunciou que vai liberar R$ 7,51 bilhões de recursos que estavam retidos no Orçamento. Desse total, R$ 595,6 milhões serão destinados, até o fim do ano, a emendas parlamentares, em uma tentativa do Planalto de melhorar o clima com o Congresso no momento em que o governo precisa de apoio para aprovar medidas econômicas impopulares, como a reforma da Previdência. As emendas são estratégicas para os parlamentares direcionarem recursos às suas bases eleitorais. Embora em valores menores, elas têm impacto local muito grande e são usadas por deputados e senadores como chamariz eleitoral. Segundo o anúncio de desta sexta-feira, 17, R$ 198,5 milhões vão para emendas de bancadas partidárias e R$ 397,1 milhões para emendas individuais dos parlamentares. A equipe econômica antecipou o anúncio da liberação em meio às negociações do presidente Michel Temer para a reacomodação da base aliada no Congresso. O presidente discute reforma ministerial, com entregas da titularidade de algumas pastas a partidos aliados, em busca de votos para aprovação da reforma da Previdência.
Levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública mostra que os negros representam 54% da população, mas são 71% das vítimas de homicídio. Além disso, o abismo entre brancos e negros aumentou na última década. Entre os mortos nos homicídios registrados de 2005 a 2015, o número de brancos caiu 12% e o de negros aumentou 18%. “Nós temos um legado histórico que nunca foi enfrentado”, diz a coordenadora do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Samira Bueno.
Durante um ato na cidade de Diadema, Grande São Paulo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), afirmou que “salário não é renda” e discursou contra o pagamento de imposto de pessoas físicas, segundo reportagem do jornal O Estado de São Paulo. “Salário não é renda, portanto o povo não tem que pagar Imposto de Renda sobre salário. Quem tem que pagar Imposto de Renda é rico”, disse Lula, sem dar mais detalhes de sua proposta populista. “Os coitados dos metalúrgicos, químicos, gráficos, fazem um acordo para receber um aumento de salário e, quando vem o aumento, a Fazenda leva tudo”, disse o ex-presidente, que é réu em seis processos na Justiça e lidera as pesquisas de intenção de voto para o ano que vem. O ato em Diadema foi uma celebração dos 35 anos da vitória de seu partido, o PT, na disputa pela prefeitura da cidade.