Representantes de instituições financeiras consultados pelo Banco Central reduziram a projeção para o crescimento da economia, neste ano. A expectativa do mercado é que o Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – fique em 2,48%, segundo dados do Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira, 16. Na semana passada, os economistas previam o PIB fosse de 2,50% ao fim de 2019. Para o próximo ano, a expectativa subiu de 2,50% para 2,58%. Em 2021 e 2022, a projeção segue em 2,50%. Essas são as previsões de instituições financeiras consultadas pelo BC todas as semanas sobre os principais indicadores econômicos. Os outros índices permaneceram estáveis. Para a inflação, os economistas mantiveram a previsão de 3,87% para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ao final de 2019. A previsão do mercado segue abaixo da meta de inflação fixada para este ano, de 4,25%, fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). A meta tem um intervalo de tolerância que vai de 2,75% a 5,75%. O mercado também manteve em 6,5% ao ano a previsão para a Selic, taxa básica de juros na economia. A taxa é a mesma vigente atualmente, menor patamar da história. De acordo com a Veja, para o câmbio, os analistas consultados pelo BC mantém a previsão que o dólar termine o ano cotado a 3,70 reais.
O volume de vendas do setor de eletroeletrônicos cresceu em média 5% em 2018. A expectativa para o ano era de 15%, mas fatores como a greve dos caminhoneiros e a incerteza política seguraram as compras. Os dados foram informados pela Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros). Em número brutos, a linha branca – jargão no setor para produtos como fogão, geladeira, lavadora de roupa, entre outros, – vendeu 14,6 milhões de unidades em 2018, contra 13,9 milhões no ano passado. As vendas de ar condicionado também aumentaram, com o modelo janela crescendo 65% e a linha split, 3%. “O intenso calor, associado à troca de muitos aparelhos mais antigos, explicam bem esses números”, diz José Jorge do Nascimento, presidente da entidade. Nesse sentido, os ventiladores também tiveram um ano positivo, passando de 9,8 milhões de unidades para 10,4 milhões no mesmo período, uma alta de 6%. Nos produtos eletrônicos, conhecidos como linha marrom, destaque para a produção de televisores, que teve aumento de 1% no período, saindo de 11,3 milhões de unidades em 2017 para 11,5 milhões em 2018. “A previsão, apenas em televisores, para 2019, é de fecharmos com 12 milhões de aparelhos”, acrescentou ele. Apesar de positivos, os números estão abaixo do esperado. No início de 2017, a entidade anunciou a expectativa de fechar o ano com crescimento de 15%. Para Nascimento, o desempenho foi bom, principalmente quando se leva em conta o quanto o setor sofreu com reajustes de matérias-primas como plástico e aço, a greve dos caminhoneiros e os problemas que se seguiram relacionados ao valor do frete e com a incerteza política das eleições, que seguraram o consumo.
Os trabalhadores autônomos que pagam o carnê da Previdência devem ficar atentos aos novos valores vigentes. Os novos valores são referentes à competência de janeiro e vencem nesta sexta-feira, 15. A emissão do carnê pode ser feita pelo site do INSS e paga na rede bancária. O reajuste nas contribuições segue o aumento das aposentadorias do INSS. Neste ano, os benefícios vinculados ao salário mínimo subiram de 954 reais para 998 reais (aumento de 4,61%). As aposentadorias, auxílios e pensões maiores que o piso, tiveram reajuste de 3,43%. De acordo com a Veja, os contribuintes que recolhem pelo plano simplificado precisam pagar 109,78 reais à Previdência. Antes, o custo era de 104,94 reais. O valor é equivalente a 11% do salário mínimo. No plano simplificado, a contribuição vale apenas para a contagem para a aposentadoria por idade, onde o segurado pode pedir o benefício ao completar 60 anos (mulher) ou 65 anos (homem), além de ter 15 anos de contribuição. A outra opção para o autônomo é o plano completo, que conta para a aposentadoria por tempo de contribuição (sem idade mínima, a partir de 30 anos de recolhimento para as mulheres e 35 para os homens). Nesse caso, a contribuição parte de 199,60 reais (para quem contribui pelo salário mínimo) até 1.167,89 (para quem contribui pelo teto, reajuste de 3,43%). O plano completo cobra alíquota de 20% sobre o salário. Até o ano passado, a contribuição variava de 190,80 reais a 1.129,16 reais.
O secretário de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Rogério Marinho, afirmou nesta quinta-feira (14) que a proposta do governo de reforma da Previdência Social vai prever idade mínima de aposentadoria de 65 anos para homens e de 62 anos para mulheres ao final de um período de transição de 12 anos. Segundo ele, a proposta será assinada pelo presidente Jair Bolsonaro e enviada ao Congresso Nacional na próxima quarta-feira (20). Por se tratar de proposta de emenda à Constituição (PEC), a reforma precisa do apoio mínimo de três quintos dos deputados (308 dos 513) para ser aprovada e enviada ao Senado.
A equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes, vai incluir no texto da reforma da Previdência, entre as propostas de idade mínima para aposentadoria no país, a preferida do presidente Jair Bolsonaro (PSL): 62 anos para homens e 57 para mulheres, que passaria a valer ao final do seu mandato, em 2022. Segundo um dos formuladores da reforma, esse limite de idade constaria da regra de transição, que poderá ser de 10, 15 ou 20 anos. Ou seja, ao final do mandato de Bolsonaro, mulheres poderiam se aposentar aos 57 anos e homens, aos 62. Mas a regra teria sequência após 2022. Ao final dela, a equipe de Paulo Guedes gostaria que homens e mulheres tivessem uma idade igual de aposentadoria, 65 anos. De acordo com o G1, o presidente, porém, já defendeu uma idade diferente de aposentadoria, menor para as mulheres. Técnicos acreditam, porém, que essa proposta, apesar de já ter sido defendida pelo presidente, pode acabar não vingando, porque ela representaria, no curto prazo, um endurecimento das regras em relação à proposta do ex-presidente Michel Temer (MDB). Na do emedebista, a regra de transição previa também uma idade mínima de 62 para homens e 57 para mulheres em 2022, mas levaria cinco anos para atingir esse patamar. Agora, três anos. O texto da reforma está finalizado, faltando pequenos ajustes, e deve ser apresentado ao presidente Bolsonaro assim que ele deixar o hospital e voltar a despachar em Brasília. Existe uma possibilidade de o presidente voltar ao trabalho na sexta-feira (15).
Os indicadores de inadimplência começaram 2019 com sinais de acomodação, segundo dados do Indicador de Inadimplência da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). Levantamento das entidades demonstram que mesmo com o crescimento do número de consumidores negativados na comparação anual, o avanço foi menor em janeiro de 2019 em comparação com os últimos meses, e atingiu 2,42%. Em relação ao número de dívidas, a CNDL indicou que houve recuo de 0,29% no mesmo período, embora o volume de pendências continue crescendo em dois setores específicos: o de bancos, com avanço de 2%, e o de água e luz, com aumento expressivo de 14%. Em contrapartida, comércio e comunicação registraram queda de 7%. Quanto a faixa etária, a maior frequência de negativados continua entre os que têm idade de 30 e 39 anos. Em janeiro, mais da metade da população nesta faixa (51%) estava com o nome inscrito em alguma lista de devedores, somando um total de 17,6 milhões. De acordo com o Bahia Notícias, outro destaque é a proporção significativa de inadimplentes com idade de 25 e 29 anos (44%), da mesma forma que acontece na população idosa, considerando-se a faixa etária entre 65 a 84 anos, em que a proporção é de 33%. Já entre os mais jovens, com idade de 18 a 24 anos, a proporção cai para 17%.
Os brasileiros do segmento de renda mais alta (private banking) – aqueles com pelo menos R$ 3 milhões investidos – somaram 121 mil em 2018, e fecharam o ano com um patrimônio total de R$ 966 bilhões, divulgou nesta segunda-feira (11) a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). O número de contas neste segmento representa um aumento de 2,5% – ou mais 4 mil clientes ativos – em relação a 2017. A medição exclui os investimentos em Previdência. Segundo a Anbima, a recomendação é de que o private banking inclua clientes com mais de R$ 3 milhões, mas este valor pode variar de acordo com a política de cada instituição financeira.
Na primeira reunião do governo Bolsonaro, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central deve manter, nesta quarta-feira (6), os juros básicos da economia estáveis em 6,5% ao ano. Essa é a expectativa do mercado financeiro. Se a previsão do mercado se confirmar, esta será a sétima manutenção seguida da taxa, que está no menor nível desde 1986 - quando começa a série histórica do Banco Central. A decisão do Copom será anunciada após as 18h. Essa deverá ser a última reunião do Copom comandada pelo atual presidente da instituição, Ilan Goldfajn, levado ao cargo pelo ex-presidente Michel Temer (MDB). Segundo o G1, ele deixará o comando do BC após a sabatina, e aprovação pelo Senado (se ocorrer), do nome de Roberto Campos Neto, indicado pelo presidente Jair Bolsonaro para chefiar a instituição.
As famílias brasileiras passaram a administrar melhor o orçamento e, consequentemente, criar uma relação mais saudável com o dinheiro, de acordo com um levantamento da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com o Banco Central do Brasil (BCB). O estudo divulgado pelo Bahia Notícias indicou que oito em cada dez brasileiros (79%) mudaram seus hábitos no dia a dia. Entre as medidas adotadas pelas famílias, destaca-se a pesquisa de preços (59%) antes da aquisição de algum produto. Os dados levantados apontam ainda que 56% passaram a limitar gastos com lazer e 55% a controlar despesas pessoais. O aperto financeiro também fez com que muitas pessoas encontrassem alternativas para economizar. Mais da metade (54%) dos entrevistados procurou reduzir o consumo de luz, água e telefone. Outros 53% passaram a ficar atentos às promoções em busca de preços menores, enquanto 46% substituíram produtos por marcas similares mais baratas e 42% admitem ter incorporado em sua rotina a prática de pechinchar.
A produção da indústria brasileira cresceu 1,1% em 2018, informou nesta sexta-feira, 1º, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse é o segundo ano consecutivo de resultado positivo no setor, depois de sucessivas quedas entre 2014 e 2016. O resultado, porém, é menor que o desempenho de 2017, quando houve alta de 2,5%. Segundo o gerente da Pesquisa Industrial Mensal, André Macedo, apesar de a taxa ter sido positiva no acumulado do ano, a indústria perdeu ritmo nos últimos meses de 2018. O quarto trimestre, inclusive, fechou com queda de 1,1% frente ao trimestre anterior. “Atividades como alimentos, metalurgia e bebidas, que mostraram comportamento positivo no início do ano, perderam intensidade ao longo dos meses”, explica Macedo. Ainda no acumulado do ano, entre as categorias econômicas, bens de consumo duráveis, 7,6%, bens de capital, 7,4%, e bens intermediários, 0,4%, registraram taxas positivas, enquanto bens de consumo semi e não duráveis caíram 0,3%. “O crescimento em bens de capital foi influenciado principalmente pelo aumento na produção de caminhões e materiais de construção. Já bens de consumo duráveis foi beneficiado pela expansão na produção de televisores impulsionada pela Copa do Mundo”, comenta. Em relação a novembro, a produção aumentou 0,2% em dezembro, com influência do setor de alimentos, que cresceu 1,5%. Já a queda mais significativa veio do setor de veículos automotores, reboques e carrocerias, que recuou 3,1%. Houve queda de 3,6% com relação a dezembro de 2017.
A partir deste sábado, 2, a Petrobras vai reduzir em 0,99% o preço médio da gasolina nas refinarias. O valor vai passar de 1,4907 reais para 1,4758 reais. O custo do óleo diesel foi mantido pela petroleira em 2,0198. A política de preços da Petrobras leva em consideração o valor do câmbio e as cotações internacionais. Os reajustes podem ser feitos diariamente. Porém, para ter um pouco mais de estabilidade no valor a petroleira adota um mecanismo comercial que permite segurar os preços por até quinze dias. O repasse do reajuste da gasolina ao consumidor final depende tanto das distribuidoras como dos postos de combustível. Segundo a companhia, o valor da gasolina na refinaria equivale a 25% do total. Outro 16% são da distribuidora e dos postos, e 59%, de imposto.
A taxa de desemprego no Brasil ficou em 11,6% no trimestre encerrado em dezembro do ano passado, atingindo 12,2 milhões de brasileiros, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (31). A taxa representa uma estabilidade frente ao trimestre encerrado em novembro e um recuo de 0,3 ponto percentual em relação ao 3º trimestre (11,9%). No ano de 2018, a taxa média de desocupação foi de 12,3%, ante 12,7% em 2017. O país encerrou o ano passado com apenas 116 mil desempregados a menos, no comparativo com o 4º trimestre de 2017. Já na comparação com o 3º trimestre, houve uma redução de 297 mil pessoas no número de desempregados. O gerente da pesquisa, Cimar Azeredo, destacou que entre os fatores que contribuíram para a maior geração de postos de trabalho nos últimos meses de 2018 estão o fim da incerteza eleitoral, a Black Friday em novembro, e o Natal. Na comparação com o 3º trimestre, o aumento na população ocupada se deu, principalmente, no comércio, com 266 mil trabalhadores ocupados a mais. No segmento de comunicação, o aumento no contingente de ocupados foi de 190 mil novos trabalhadores. Já no setor de transportes, o aumento foi de 157 mil novos ocupados.
Para reduzir fraudes no INSS, o governo baixou uma medida provisória (MP) que prevê, entre outras mudanças, que idosos de baixa renda e pessoas com deficiência terão de abrir mão do sigilo bancário se quiserem receber o Benefício de Prestação Continuada (BPC), auxílio de um salário mínimo a que esses cidadãos têm direito. De acordo com o jornal o Globo, a regra entrará em vigor daqui a três meses. A MP traz ainda outras mudanças mais abrangentes do que o que foi divulgado pelo governo. Com o objetivo de apertar o cerco contra pessoas usadas como laranjas em fraudes previdenciárias, até mesmo os mais pobres poderão perder o único imóvel da família se forem pegos cometendo crime contra o sistema público de aposentadorias.
Uma norma editada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) no ano passado, que tinha como objetivo disciplinar as cobranças de encargos em caso de atraso no pagamento do cartão de crédito, acabou por prejudicar os clientes que pagam pelo menos o mínimo da fatura. Dados divulgados nesta terça-feira, 29, pelo Banco Central mostram que, desde que as medidas entraram em vigor, em junho de 2018, o juro médio do rotativo do cartão subiu de 242,6% ao ano para 268,0% ao ano. Estes porcentuais dizem respeito ao chamado rotativo regular, que considera operações em que pelo menos o mínimo da fatura foi pago. De acordo com a Veja, a Resolução nº 4.655 do CMN, que entrou em vigor em 1º de junho, estabelecia que as instituições não poderiam mais cobrar juros especiais, quase sempre maiores, de clientes que estivessem no rotativo e ficassem inadimplentes. O juro cobrado continuaria sendo o do rotativo, apenas acrescido de 2% de multa e 1% ao mês de juro de mora. Até então, havia instituições que cobravam porcentuais maiores se o cliente ficasse inadimplente. Além disso, a medida previa que as próprias instituições poderiam fixar o porcentual mínimo a ser pago em cada fatura. Antes, este porcentual mínimo era de 15%.
A dívida pública federal, que inclui os endividamentos do governo dentro do Brasil e no exterior, teve aumento de 8,9% em 2018, para R$ 3,877 trilhões, informou a Secretaria do Tesouro Nacional nesta segunda-feira (28). De acordo com o G1, trata-se do maior patamar da série histórica, que teve início em 2004. No fim de 2016 e de 2017, a dívida estava em R$ 3,112 trilhões e em R$ 3,559 trilhões, respectivamente. A dívida pública subiu R$ 317,789 bilhões no ano passado.
Os analistas das instituições financeiras baixaram a estimativa de inflação para este ano, e também passaram a prever uma alta menor do Produto Interno Bruto (PIB) em 2019. As previsões constam no boletim de mercado, também conhecido como relatório Focus, divulgado nesta segunda-feira (28) pelo Banco Central (BC). O relatório é resultado de levantamento feito na semana passada com mais de 100 instituições financeiras. Para 2019, os economistas do mercado financeiro diminuíram a expectativa de inflação de 4,01% para 4%. A meta central deste ano é de 4,25%, e o intervalo de tolerância do sistema de metas varia de 2,75% a 5,75%. A meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic). Para 2020, o mercado financeiro manteve em 4% sua estimativa de inflação – em linha com a meta central, que também é de 4% para o próximo ano. No ano que vem, a meta terá sido oficialmente cumprida se a inflação oscilar entre 2,5% e 5,5%.
As contas de luz vão permanecer com bandeira verde no mês de fevereiro, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Isso significa que não haverá cobrança extra para os consumidores. A bandeira verde está em vigor desde dezembro. As duas variáveis que definem o sistema de bandeiras tarifárias são o preço da energia no mercado de curto prazo (PLD) e o nível dos reservatórios das hidrelétricas. “Mesmo com a elevação do Preço de Liquidação das Diferenças (PLD) provocada pela diminuição das chuvas em janeiro, a estação chuvosa está em curso, propiciando elevação gradativa da produção de energia pelas usinas hidrelétricas e melhora do nível dos reservatórios, com a consequente recuperação do risco hidrológico (GSF)”, diz a nota.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta quarta-feira (23) em Davos que a proposta de reforma da Previdência que está sendo estruturada pelo governo pode render uma economia de R$ 700 bilhões a R$ 1,3 trilhão em dez anos. De acordo com o G1, a declaração foi feita em entrevista à agência de notícias Reuters durante o Fórum Econômico Mundial na estação de esqui suíça de Davos. Se os números se confirmarem, a reforma proposta de reforma do governo de Jair Bolsonaro pode chegar a dois terços a mais do que o esforço da gestão de Michel Temer, que não conseguiu avançar com o projeto no Congresso. A proposta original de Temer previa economia de R$ 800 bilhões em 10 anos. Após sofrer alterações no Congresso, a medida passou a ter economia estima em R$ 480 bilhões, mas ainda assim o projeto não avançou. “É uma reforma significativa e nos dará um importante ajuste estrutural fiscal”, disse Guedes, apontando que os números ainda estão sendo estudados. “Isso terá um poderoso efeito fiscal e vai resolver por 15, 20, 30 anos”, disse ele, que acrescentou: “É isso ou seguimos (o caminho da) Grécia”.
O comércio varejista encerrou 2018 com o maior número de contratações líquidas de trabalhadores dos últimos quatro anos. Entre admissões e demissões, devem ter sido abertas 62 mil vagas com carteira assinada em 2018, segundo projeções da Confederação Nacional do Comércio (CNC). Os dados oficiais do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do ano de 2018 fechado devem ser conhecidos nesta quarta, 23. Em relação aos demais setores, o comércio foi o terceiro maior na expansão de vagas em 12 meses até novembro, atrás apenas dos serviços em geral e serviços de utilidade pública. Apesar de o pior momento do varejo ter ficado para trás, os dois anos seguidos de saldo líquido positivo de empregos – 2017 e 2018 – conseguiram recuperar só um quarto dos 410 mil postos de trabalho destruídos na crise. “O lado bom da moeda é que estamos nos distanciando da fase mais aguda da crise; o ruim é que a recuperação está sendo lenta”, diz o economista-chefe da CNC, Fabio Bentes, responsável pelas projeções. Como o novo governo está mais preocupado em fomentar o investimento e não o consumo, essa estratégia deve ajudar o varejo só mais para frente, prevê Bentes. Em 2018, as vendas do comércio devem ter crescido 5,3% e, para 2019, a CNC espera um avanço de 5,8%. Dos dez segmentos analisados em 12 meses até novembro, supermercados e farmácias, setores que vendem itens essenciais como alimentos e remédios, lideraram as contratações. O saldo líquido de vagas abertas pelos supermercados foi de 36,1 mil no período e as pelas farmácias foi de 13,8 mil.
A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) em março foi de 0,30%, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira, 23. É o menor resultado registrado para o mês desde 1995. O indicador é considerado uma “prévia” da inflação oficial do mês em que é divulgado. A gasolina foi o item que mais registrou queda no período, de 2,73%. No começo do ano, a Petrobras baixou o preço do combustível vendido nas refinarias ao menor valor, desde 2017, vendido a 1,4337 reais por litro. A queda dos preços na ponta da cadeia dessa vez foi sentida nas bombas e chegou ao consumidor final. Segundo a Agência Nacional do Petróleo (ANP), o valor médio do combustível no país foi de 4,258 na semana entre os dias 13 e 19 de dezembro. Na segunda quinzena de dezembro, o combustível custava 4,365 em média no Brasil. Segundo o IBGE, os preços do etanol (-1,17%) e do óleo diesel (-3,43%) também caíram, contribuindo para o resultado de -2,4% dos combustíveis. Completam as baixas no setor de transportes os preços de passagens aéreas (-3,94%), que haviam subido 29,61% em dezembro. Em comparação com o período anterior, dezembro, o IPCA-15 teve aceleração, já que havia registrado deflação de -0,16%. Segundo o IBGE, o setor de alimentação teve alta nos preços nas primeiras semanas de janeiro e pesou no resultado. A inflação oficial do Brasil em 2018, IPCA, fechou em 3,75%.
O trabalho intermitente, que permite que a empresa contrate o funcionário apenas pelo tempo em que precisa dele, teve saldo de 50.009 postos de trabalho em 2018, segundo o Cadastro Nacional de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado nesta quarta-feira, 23. O saldo equivale a 9,4% das vagas criadas no ano passado, quando foram abertos 529.554 novos postos com carteira assinada. O contrato intermitente é uma das novidades da reforma trabalhista, que foi implantada em novembro de 2017. Nessa modalidade, o trabalhador recebe por hora trabalhada assim que for convocado pelo empregador. Ou seja, no fim do mês pode ganhar menos de um salário-mínimo ou mesmo não receber nada por não ter sido convocado para o trabalho. Segundo Mário Magalhães, diretor de Emprego e Renda do Ministério da Economia, apesar do Caged não conseguir medir o quanto dos contatos intermitentes estão efetivamente estão gerando renda, o dado revela que as empresas estão lançando mão da nova modalidade trabalhista para compor seus quadros de funcionários. “As empresas não contratam apenas por contratar, elas tem intenção de utilizar a mão de obra”, afirmou. Do saldo de empregos do ano, 21.859 postos foram criados pelo setor de Serviços, equivalente a 43,7% do total. 12.272 vagas foram abertas pelo Comércio, 8.393 pela Construção Civil e 6.434 pela postos na Indústria de Transformação.
Após três anos seguidos de demissões, a economia brasileira voltou a criar empregos carteira assinada em 2018. Segundo dados do do Cadastro Nacional de Empregados e Desempregados (Caged), foram abertos 529.554 vagas formais. O levantamento foi divulgado nesta quarta-feira, 23, pelo Ministério da Economia. O número de empregos abertos é a diferença entre as admissões que totalizaram 15.384.283 em 2018, e as demissões, de 14854.729 pessoas. O resultado dos empregos em 2018 é o melhor em cinco anos. Em 2013 foram abertas 1.138.562 empregos com carteira assinada. Deste modo, é o maior número de vagas abertas em cinco anos. O setor de serviços foi quem mais gerou vaga no ano, com 398.603 novas vagas com carteira assinada, alta de 2,38% com relação a 2017. Os serviços em comércio e administração de imóveis, serviços médicos e odontológicos e de alimentação foram destaques. No comércio, foram abertas 102.007 novos empregos formais. Indústria de transformação (2.610), construção civil (17.957) e agropecuária (3.245) também tiveram saldo positivo de empregos. Apenas o setor de administração pública fechou 4.190 vagas no ano passado. Somente em dezembro de 2018, porém, houve fechamento de vagas, onde foram fechadas 334.462 vagas formais. Segundo o Ministério da Economia, o saldo menor em dezembro é esperado porque há menos contratações de trabalhadores temporários no período.
Os jovens dos países em desenvolvimento estão enfrentando um ambiente perverso. Cerca de 20% da população de 15 a 24 anos não estuda nem trabalha, segundo um relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgado nesta terça-feira (22). A fatia apurada equivale ao dobro do observado nos países avançados. A ausência de jovens do mercado de trabalho e da escola tem como principal consequência a redução do crescimento potencial dos países e aumento dos conflitos sociais, de acordo com o FMI. As economias emergentes costumam se beneficiar da entrada de novas pessoas no mercado de trabalho para acelerar o crescimento. Se essa força de trabalho não é bem utilizada, o avanço econômico dos países acaba limitado. “A perda potencial implícita para a economia é agravada pela demografia – cerca de um terço da população em idade ativa nos mercados emergentes e nas economias em desenvolvimento é composta por uma população jovem, quase o dobro da participação observada nas economias avançadas”, escreveu o FMI no relatório. O estudo também mostrou que, apesar de o desemprego juvenil ter recuado nos anos 2000, ele segue elevado nos países emergentes, em 18%. Nas economias avançadas, é de 12%. Uma das explicações para os resultados ruins do mercado de trabalho entre jovens se dá pela diferença de condição entre gêneros. Segundo o FMI, a taxa de mulheres que não trabalha nem estuda é de 30% nas economias emergentes. É o dobro do apurado entre homens jovens na mesma posição.
Analistas do mercado financeiro reduziram a projeção para a taxa de câmbio em 2019. O dólar comercial deve fechar o ano cotado a 3,75 reais. É a primeira revisão no valor do câmbio em seis semanas. A expectativa anterior era que a moeda norte-americana fechasse o ano valendo 3,80 reais. Os dados constam no Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira, 21, pelo Banco Central. De acordo com a Veja, com o otimismo do mercado frente ao governo de Jair Bolsonaro e bons sinais no mercado externo (incluindo, por exemplo, a expectativa de uma possível trégua na guerra comercial entre Estados Unidos e China), o dólar fechou a última semana cotado a 3,75 reais. Nas primeiras três semanas do ano, a moeda brasileira se valorizou 1,36% ante ao dólar. Os economistas consultados pelo BC também revisaram a projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) para este ano. O índice recuou de 2,57% para 2,53%. O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia. Para o ano que vem, entretanto, a expectativa do mercado financeiro para expansão da economia subiu de 2,50% para 2,60%. O mercado financeiro também reviu ligeiramente a previsão para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). O índice oficial de inflação no país deve fechar em 4,01%. Na semana anterior, os economistas previam o IPCA em 4,02%. Caso os economistas acertem a projeção, a inflação fechará abaixo da meta para o ano, que é de 4,25%. O intervalo de tolerância é de 1,5% para mais ou para menos, variando entre 2,75% a 5,75%. Já a expectativa para a taxa básica de juros da economia, a Selic, se manteve estável, a 7% para 2019. A taxa é 0,5% maior que a vigente agora, de 6,5%, menor patamar da história.