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Economia
Após greve, produtos de higiene e limpeza podem começar a faltar Foto: Reinaldo Canato/Veja

Depois dos problemas de abastecimento com produtos perecíveis, como frutas, verduras, carnes, leite e ovos, o consumidor deve enfrentar nos próximos dias a escassez de artigos de higiene pessoal e limpeza de casa. Normalmente, os supermercados trabalham com estoques superenxutos desses itens industrializados. Eles foram vendidos nos últimos dias, e agora terão de ser repostos. “Tudo vai depender da agilidade das indústrias, que tiveram problemas na entrega de insumos, de retomar o ritmo de produção normal desses itens”, diz o superintendente da Associação Paulista de Supermercados (Apas), Carlos Correa. De acordo com a Veja, as dificuldades de abastecimento de perecíveis nos supermercados paulistas persistiram em relação ao dia anterior. Segundo Correa, a oferta deve melhorar hoje e amanhã nos supermercados porque foram desobstruídos 50 pontos de bloqueio de caminhões no Estado de São Paulo. Esses pontos de bloqueio estavam espalhados entre rodovias, centros de distribuição das indústrias e também dos supermercados. De forma geral, o executivo acredita que deve demorar entre 15 e 30 dias para que as lojas consigam restabelecer o abastecimento normal de todos os itens.

Perdas com a greve dos caminhoneiros superam R$ 75 bilhões Foto: Paula Futema/Arquivo Pessoal

As projeções preliminares de diversos segmentos da economia após dez dias de greve dos caminhoneiros apontam para perdas de mais de 75 bilhões de reais. Em alguns casos, os prejuízos ainda podem aumentar mesmo após o fim do movimento, pois, dependendo do tipo de atividade, a retomada poderá levar de uma semana a 20 dias. De acordo com a Veja, também há preocupação sobre como será a volta das atividades. “Não sabemos ainda, por exemplo, como será precificado o aumento do frete”, afirma José Carlos Martins, presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic). “Dá arrepios só de pensar”. O setor calcula que deixou de gerar, até agora, 3,8 bilhões de reais, e precisará de duas a três semanas para retomar totalmente as atividades. A Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) estima que as áreas de comércio e serviços deixaram de faturar cerca de 27 bilhões de reais entre os dias 21 e 28. “São nítidos os transtornos causados pelo desabastecimento generalizado, que pode provocar danos ainda maiores ao País, como aumento do desemprego, falta de gêneros alimentícios, estoques, baixo fluxo de vendas e prejuízo ao desenvolvimento econômico”, diz o presidente da Fecomércio de Minas Gerais, Lúcio Emílio de Faria Júnior. Os supermercados contabilizam 2,7 bilhões de reais em prejuízos. Para os distribuidores de combustível, as perdas já atingem 11,5 bilhões de reais.

Governo cancela gasto e corta benefícios por diesel mais barato Foto: Alexandro Martello

O governo federal informou na quinta-feira (31) que decidiu acabar com benefícios para a indústria química, quase eliminar incentivos para exportadores e cancelar parte de gastos de uma série de programas públicos. De acordo com o G1, o objetivo das medidas, que constam de edição extraordinária do “Diário Oficial da União”, é viabilizar o desconto de R$ 0,46 por litro do diesel. O abatimento no preço do diesel é parte do acordo firmado pelo governo com caminhoneiros para colocar fim à greve que provocou bloqueios em estradas e desabastecimento em todo o país. O subsídio para o preço do diesel, que custará R$ 9,58 bilhões, tem por objetivo manter, por 60 dias, o desconto de 10% no diesel, anunciado na semana passada pela Petrobras, e que equivale a uma redução de R$ 0,30 no preço do litro do combustível. Depois disso, o preço oscilará mensalmente, segundo acordo fechado com os caminhoneiros. Para viabilizar esses subsídios, o governo está cancelando gastos públicos. Para conceder o desconto adicional de R$ 0,16 por litro do diesel, completando os R$ 0,46 de abatimento total anunciados, o governo contou com a reoneração da folha de pagamentos, já aprovada pelo Congresso Nacional. Essa medida renderá R$ 830 milhões neste ano.

Diesel cairá R$ 0,46 nos postos na sexta Foto: Jorge William

O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, afirmou nesta quarta-feira (30) que as regras que o governo adotará para assegurar que o preço do litro do diesel nos postos, a partir de sexta (1º), seja R$ 0,46 menor que o praticado em 21 de maio, quando começou a greve dos caminhoneiros. Marun deu a informação após uma reunião do grupo de ministros que monitora a greve da categoria e o reabastecimento de produtos pelo país. Segundo o ministro, o desconto valerá a partir do momento em que o posto for abastecido. “O desconto será obrigatoriamente repassado. Se no dia 21 de maio, no posto de combustíveis, o caminhoneiro abasteceu um litro de diesel por R$ 3,46, por exemplo, obrigatoriamente, a partir do momento que o posto for abastecido, [o litro] terá de ser R$ 3,00. Terá que haver o desconto”, disse Marun. De acordo com Carlos Marun, a redução de R$ 0,46 no preço do litro do diesel corresponde ao percentual incidente de PIS-Cofins e Cide sobre o combustível. A redução no preço do diesel faz parte da proposta de acordo apresentada no último fim de semana pelo governo aos caminhoneiros. A categoria está parada há onze dias e protesta contra o aumento no preço do diesel. Em Brumado, a paralisação terminou na última quarta-feira (30).

Economia brasileira cresce 0,4% no 1º trimestre, diz IBGE Foto: Agência Brasil

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 0,4% no primeiro trimestre deste ano em relação ao quarto trimestre de 2017, informou na manhã desta quarta-feira (30) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado veio dentro do intervalo das estimativas dos analistas consultados pelo Projeções Broadcast, que esperavam desde uma estabilidade (0,00%) até uma expansão de 0,53%, e superou a mediana de 0,30%. Na comparação com o primeiro trimestre de 2017, o PIB avançou 1,2% no primeiro trimestre deste ano. O resultado ficou dentro das estimavas dos analistas, que previam um avanço de 0,70% a 1,80%, e levemente abaixo da mediana positiva de 1,30%. Ainda segundo o IBGE, o PIB do primeiro trimestre do ano totalizou R$ 1,641 trilhão. Os técnicos do instituto vão conceder entrevista ainda pela manhã para comentar os resultados.

Petrobras eleva preço da gasolina nas refinarias em 0,74% Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste

Após 5 cortes seguidos, a Petrobras anunciou nesta quarta-feira (30) uma elevação no preço da gasolina nas refinarias. O preço do litro da gasolina subirá 0,74% a partir desta quinta-feira (31), passando de R$ 1,9526 para R$ 1,9671. O último reajuste tinha sido anunciado na segunda-feira, quando houve redução de 2,84% no preço da gasolina. Em maio, já foram anunciadas 13 altas e 6 quedas no preço da gasolina. De acordo com o G1, já o preço do diesel segue congelado em R$ 2,1016, conforme anteriormente anunciado devido a um acordo da estatal com o governo brasileiro em meio à greve de caminhoneiros.

Ministro recua e nega subir impostos para compensar o diesel Foto: Alexandro Martello/G1

O ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, afirmou nesta terça-feira (29) que o governo não considera mais a possibilidade de aumento de tributos para compensar a redução da Cide e do PIS-Cofins sobre o diesel. No domingo (27), o presidente Michel Temer anunciou novas medidas para tentar pôr fim à greve dos caminhoneiros, que chegou ao nono dia. Entre as medidas está a redução de R$ 0,46 no valor do litro de diesel, sendo que parte desse desconto (R$ 0,16) virá do corte da Cide e redução do PIS-Cofins. Segundo o G1, na segunda (28), em entrevista coletiva, Guardia disse que o governo poderia elevar outros tributos para compensar a queda da arrecadação com a redução da Cide e do PIS-Cofins sobre o diesel. Agora, de acordo com ele, essa compensação virá da redução de incentivos fiscais - desoneração que o governo ou o Congresso, por exemplo, propõem a alguns setores, normalmente para incentivar a produção e geração de empregos. Entretanto, ele não especificou quais setores serão afetados pela redução de incentivos fiscais.

Valor de mercado da Petrobras cai R$ 126 bilhões Foto: Divulgação

A greve dos caminhoneiros completou nove dias nesta terça-feira (29), e desde o início da paralisação a Petrobras perdeu mais de R$ 126 bilhões em valor de mercado. É o que aponta levantamento feito pela Economatica. As ações da empresa já vinham em um movimento de queda nos dias anteriores ao início do protesto. Em oito pregões, a empresa perdeu mais de R$ 146 bilhões. De acordo com o G1, a queda fez com que a Petrobras perdesse o posto de empresa com o maior valor de mercado entre as que estão listadas na bolsa. A empresa perdeu a liderança para a Ambev no dia 23 de maio. Mas, após acumular ainda mais desvalorizações, nesta segunda recuou para a quarta colocação, sendo ultrapassada por Vale e Itaú Unibanco. Com a queda de mais de 14% de suas ações nesta segunda, a Petrobras atingiu valor de mercado de R$ 259 bilhões.

Bandeira tarifária ficará no patamar mais alto em junho Foto: Reprodução

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou que a bandeira tarifária em junho ficará no segundo patamar da cor vermelha, o mais alto. Com isso, as contas de energia terão cobrança extra de R$ 5 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. Em maio, a bandeira em vigor é a amarela, com cobrança de R$ 1 a cada 100 kWh. Segundo a Aneel, com o fim do período de chuvas, os reservatórios do Sul apresentaram redução no volume, o que impacta no custo de geração de energia. Com menos água nos reservatórios, aumenta o uso de usinas termelétricas, que geram energia a um custo maior. Além disso, a previsão de chuvas é baixa quando comparada à média histórica. Em 2018 a bandeira havia ficado verde de janeiro a abril, mudando para amarela em maio.

Greve dos caminhoneiros já provocou perdas de mais de R$ 10 bilhões, diz jornal Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

A greve nacional dos caminhoneiros, que provoca uma crise de abastecimento no país, já provocou perdas de ao menos R$ 10,2 bilhões na economia. O levantamento foi divulgado pela Folha de S. Paulo neste domingo (27), com base em estimativas de diferentes setores. Os mais prejudicados foram o da construção e da indústria de carnes, com prejuízo de R$ 2,4 bilhões cada. A paralisação dos caminhoneiros teve início no último dia 18. Desde então, os trabalhadores bloqueiam estradas e dificultam o transporte de mercadorias. Na avaliação do presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Martins, 40% das atividades do setor foram atingidas. No mercado de carnes, exportações deixaram de ser feitas, o abate está sendo postergado e produtos estão apodrecendo. Ainda segundo o levantamento divulgado pela Folha de S. Paulo, pelo menos outros quatro setores da economia acumulam perdas de mais de R$ 1 bilhão desde o início da greve: indústria automotiva, indústria têxtil, indústria de leite e indústria farmacêutica.

Petrobras reduz preço do diesel em 10% por 15 dias nas refinarias Foto: EBC

O presidente da Petrobras, Pedro Parente, anunciou na noite de quarta-feira (23) a redução de 10% no preço do diesel nas refinarias e disse que a redução será mantida por 15 dias. Segundo Parente, a redução anunciada significa uma queda de 23 centavos no preço do litro nas refinarias e de 25 centavos para os consumidores. De acordo com o G1, Parente deixou claro que decisão sobre o diesel não abre margem para que o preço da gasolina também caia. “É uma medida de caráter excepcional. Não representa uma mudança de política de preço da empresa", afirmou o presidente da estatal durante entrevista coletiva. "São 15 dias para que o governo converse com os caminheiros”, acrescentou. Ainda segundo o presidente da petroleira, a empresa não cedeu a pressões de movimentos sociais ou mesmo do governo federal. Parente classificou a medida como sendo um gesto de “boa vontade”. “Não tivemos pressões do governo ou de movimentos sociais. Estamos fazendo uma avaliação realista da situação do país”, explicou.

Imposto dos combustíveis vai ser zerado, diz deputado Rodrigo Maia Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste

Depois de sair de uma reunião com o ministro da fazenda, na tarde desta terça-feira (22), em Brasília, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, disse em seu perfil no Twitter que o governo vai zerar a Contribuição de intervenção no domínio econômico incidente sobre as operações realizadas com combustíveis (Cide). Pode haver também uma redução na cobrança de PIS-Cofins tanto sobre gasolina como diesel. De acordo com a Revista Globo Rural, com isso, o governo abrirá mão de R$ 2 bilhões em arrecadação apenas com o diesel, disse Maia. A expectativa é que a decisão contente os transportadores, que estão bloqueando estradas em todas as regiões do país. O ato dos caminhoneiros é contra a alta nos preços do óleo diesel e começou na madrugada de segunda-feira (21), afetando diversos setores.

Receita com royalties cresce 38,5% e rende R$ 3,5 bilhões a mais no ano Foto: Daniel Silveira/G1

A escalada dos preços internacionais do petróleo tem ajudado o caixa da União, estados e municípios. De janeiro a abril, arrecadação com royalties e participações especiais sobre a produção do petróleo no país cresceu 38,5%, na comparação com o mesmo período do ano passado, garantindo uma receita extra de R$ 3,5 bilhões. Segundo levantamento do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), a partir de dados da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), essa fonte de receita atingiu R$ 12,873 bilhões nos 4 primeiros meses do ano, contra uma arrecadação de R$ 9,292 bilhões de janeiro a abril do ano passado. De acordo com o G1, na semana passada, o barril de petróleo do tipo Brent superou os US$ 80 pela 1ª vez desde novembro de 2014. Há 1 ano, o préço médio do barril rondada os US$ 50. Pelas projeções do CBIE, se o preço médio do barril de petróleo se mantiver em US$ 70, a receita total de royalties e participações especiais no Brasil poderá chegar a R$ 43,3 bilhões no ano, o que representará uma alta anual de 42,1% e o maior valor anual já recolhido no país.

Falta de recursos ameaça o programa Minha Casa Minha Vida Foto: Bruno Peres/Fotos Públicas

Enquanto o presidente Michel Temer aproveita as entregas de moradias do Minha Casa Minha Vida como palanque, o orçamento do programa de habitação popular corre o risco de ficar sem recursos para a construção de nenhuma moradia destinada às famílias mais pobres, que ganham até R$ 1,8 mil por mês. Na reunião da semana passada da junta orçamentária — que reúne os ministros da Fazenda, do Planejamento e da Casa Civil — foi avisado que, se o governo não conseguir reduzir as despesas obrigatórias, como pagamento de salários, previstas para o ano que vem, será preciso cortar uma série de programas sociais e proibir qualquer contratação com impacto fiscal, como as casas do programa, cujo subsídio chega a 90%. De acordo com a Veja, para contornar essa situação, os ministros da junta propuseram dar prioridade para a aprovação do projeto que acaba com a desoneração da folha de pagamento para alguns setores e adiar o reajuste dos servidores previsto para entrar em vigor em janeiro. A equipe econômica aceita que um número de setores maior fique fora do aumento da carga tributária. O governo gasta por ano R$ 16 bilhões para manter 56 setores com a desoneração. Se conseguir adiar o reajuste de cerca de 370 mil servidores previsto para o ano que vem, seriam economizados R$ 5 bilhões.

Três milhões procuram emprego há mais de dois anos, indica IBGE

Três milhões de pessoas desocupadas no mercado de trabalho estão procurando emprego há mais de dois anos, conforme os dados do primeiro trimestre de 2018. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgados nesta quinta-feira, 17, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com a Veja, o contingente de pessoas desempregadas há mais de dois anos representa 22% do total da população desocupada no primeiro trimestre, que chegou a 13,7 milhões de pessoas. Na comparação com os três primeiros meses de 2017, houve crescimento de 4,8% no total de pessoas desempregadas há mais de dois anos. A maioria dos desempregados procura ocupação há mais de um mês, mas menos de um ano – 6,384 milhões de pessoas. Esse contingente encolheu em 8,5% ante o primeiro trimestre de 2017. Por outro lado, o total de pessoas procurando emprego há menos de um mês saltou 14,6% entre o primeiro trimestre de 2017 e os três primeiros meses de 2018. Para o coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo, os dados são “bastante preocupantes”.

Banco Central surpreende e encerra série de cortes de juros Foto: Michel Filho/Agência O Globo

Em uma decisão que surpreendeu o mercado, o Banco Central manteve a taxa básica de juros da economia em 6,50% ao ano. Foi a primeira vez que a atual diretoria da autoridade monetária não seguiu o que sinalizava ao mercado financeiro. A expectativa era que o Comitê de Política Monetária (Copom) anunciasse um novo corte de 0,25 ponto percentual da taxa básica e o fim do ciclo de queda que começou em 2016. O aumento dos riscos para a economia fez o BC antecipar os planos. “Na avaliação do Copom, a evolução do cenário básico e, principalmente, do balanço de riscos tornou desnecessária uma flexibilização monetária adicional para mitigar o risco de postergação da convergência da inflação rumo às metas. Para as próximas reuniões, o Comitê vê como adequada a manutenção da taxa de juros no patamar corrente”, disse o Banco Central em comunicado publicado após a reunião. De acordo com o jornal O Globo, com o movimento, o BC encerra um ciclo de 12 quedas consecutivas dos juros básicos. A manutenção da Selic ocorre em um cenário de dólar valorizado no mundo todo, em decorrência de uma expectativa de aceleração do processo de alta de juros nos Estados Unidos.

Negros são maioria em empregos braçais ou de pouca qualificação Foto: Celso Tavares/G1

Para a aposentada Geni Aparecida de Oliveira, a brincadeira terminou cedo e o trabalho começou depressa. Aos 9 anos, virou empregada doméstica e não parou mais de se esfalfar em serviços pesados: passou 30 de seus 57 anos como faxineira e outros 10 como metalúrgica. Sua filha, Natalie Flaviane de Moura, de 24 anos, conseguiu adiar a entrada no mercado de trabalho, mas já trabalha há cinco anos como atendente de telemarketing, uma ocupação que exige pouca qualificação. De acordo com o G1, mãe e filha são negras, o grupo populacional no Brasil que ocupa a maioria das vagas em serviços braçais ou que exigem pouco preparo, como operador de telemarketing, vigilante e cortador de cana-de-açúcar. No grupo das profissões altamente qualificadas, como as de engenheiro de computação e professor medicina, a maioria dos trabalhadores é branca. Isso é o que aponta um levantamento do G1 feito a partir de dados oficiais do Ministério do Trabalho e Emprego. A discrepância, afirmam especialistas consultados, é fruto do abismo social que distancia brancos e negros da educação às oportunidades de ascensão profissional. Ainda de acordo com especialistas, esses são ecos da escravidão, que perdurou durante anos no Brasil e foi encerrada com a Lei Áurea, que completa 130 anos neste domingo (13).

Com a incerteza eleitoral, a retomada do PIB perde força

Pela primeira vez desde 2013, o ano havia começado com alguma dose de otimismo em relação às perspectivas da economia brasileira. Com a inflação controlada e mantida em níveis baixos e a consequente redução dos juros básicos pelo Banco Central para patamares inéditos, o cenário parecia róseo: a melhora do mercado de trabalho e a recomposição do poder de compra da população seriam motores de uma retomada digna de um crescimento em torno de 3% do produto interno bruto (PIB). De acordo com a Veja, a alta do consumo e os juros baixos seriam a senha para estimular a volta dos investimentos do setor privado. Os presidenciáveis governistas — o presidente Michel Temer (MDB) e o então ministro da Fazenda, Henrique Meirelles — contavam com a retomada como o principal trunfo nas eleições de outubro. Mas a realidade mostrou sua carranca e desmanchou os planos. Os dados já divulgados relativos ao início do ano mostram resultados aquém do projetado de forma generalizada, o que desencadeou uma série de revisões de bancos e consultorias para as estimativas de expansão do PIB. Lamentavelmente, a alta de 3% ficou distante, e agora a regra é algo próximo de 2,5% ou até menos.

Idec vai à Justiça contra reajuste de plano de saúde Foto: Thinkstock/Veja

O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) recorreu à Justiça pedindo a suspensão do reajuste anual dos planos de saúde individuais e familiares para os anos de 2018/2019, previsto para ser divulgado nas próximas semanas pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). O processo é baseado em um relatório do Tribunal de Contas da União (TCU), que aponta distorções, abusividade e falta de transparência na metodologia usada pela ANS para calcular o porcentual máximo de reajuste dos planos individuais. “Com base nessas conclusões, o Idec pediu que a agência não autorize o próximo reajuste, uma vez que há problemas na forma como são determinados os aumentos”, diz o instituto em nota. De acordo com a Veja, a revisão dos valores atinge cerca de 9 milhões de usuários de planos individuais, dos cerca de 47 milhões de consumidores que têm convênios médicos. Nos pedidos à Justiça Federal, o instituto requer que seja reconhecida a ilegalidade e abusividade dos reajustes autorizados pela ANS desde 2009.

Michel Temer libera mais de R$ 4 bi para estados e municípios Foto: Divulgação

O presidente Michel Temer (MDB) anunciou, por meio de sua conta oficial no Twitter, que assinou a liberação de crédito suplementar no valor de R$ 4 bilhões para estados e municípios. Os recursos são resultado das compensações financeiras pela produção de petróleo e gás natural. “Estes recursos irão beneficiar a população brasileira”, destacou Temer, em seu comunicado. Segundo o Palácio do Planalto, a sanção do projeto de lei será publicada na edição de amanhã do Diário Oficial da União. O crédito suplementar havia sido aprovado no último dia 25, pelo Congresso Nacional, e prevê, além da compensação financeira decorrente da exploração de petróleo e gás, no valor de R$ 4,3 bilhões, a compensação pela utilização de recursos hídricos na geração de energia elétrica, no valor de R$ 6,7 milhões, e devolução de R$ 18,3 bilhões de Imposto Territorial Rural. Os recursos a serem repassados são oriundos de excesso de arrecadação de impostos pela União. Na justificativa do projeto de lei, o governo havia assegurado que as transferências não afetam o alcance da meta fiscal prevista para este ano, que projeta um déficit primário de R$ 159 bilhões.

Depósito supera saque em abril na poupança Foto: Reprodução

Os depósitos na caderneta de poupança superaram as retiradas em R$ 1,237 bilhão em abril, informou o Banco Central na segunda-feira (7). De acordo com o G1, esse resultado positivo foi o maior para meses de abril desde 2013, quando R$ 2,616 bilhões ingressaram na aplicação. Além disso, é a primeira vez, também desde 2013, que os depósitos superam os saques em um mês de abril. Se considerados os quatro primeiros meses deste ano, entretanto, as retiradas superaram os depósitos em R$ 694 milhões. Mesmo assim, foi o melhor resultado para este período desde 2014.

Produção de veículos no país cresce 40,4% no mês de abril Foto: Exame/Veja

A produção de veículos totalizou 266,1 mi unidades em abril, uma alta de 40,4% em relação ao mesmo mês de 2017, segundo a Anfavea, entidade que representa as montadoras instaladas no país. Na comparação com março, houve, no entanto, queda de 0,5% na produção das montadoras, em conta que engloba carros de passeio, utilitários leves, caminhões e ônibus. O resultado do mês passado levou para 965,9 mil o total produzido pela indústria de veículos no acumulado dos quatro primeiros meses do ano, 20,7% a mais do que o volume registrado em igual período de 2017. De acordo com a Veja, só nas fábricas de carros de passeio e utilitários leves, responsáveis pelo maior volume de produção, foram montadas 253,7 mil unidades no mês passado, o que representa um crescimento de 39,3% frente a abril de 2017. Na comparação com março, a produção nesse segmento caiu 0,4%. Já a produção de caminhões, de 9,1 mil unidades no mês passado, avançou 54,2% no comparativo interanual, mas caiu 8,6 % ante março. O balanço da Anfavea mostra ainda que a produção de ônibus mais do que dobrou (alta de 121,2%) em abril comparativamente ao volume do mesmo período de 2017. No total, 3,3 mil ônibus foram fabricados no mês passado, 16,5% a mais do que o número que saiu das linhas de montagem de coletivos em março.

Saiba o que fazer se perdeu o prazo para entregar a declaração Foto: iStock

O prazo para entregar a declaração do Imposto de Renda de 2018 se encerrou às 23h59 desta segunda-feira.  Quem perdeu o prazo pode enviar a declaração para a Receita Federal a partir das 8h desta quarta-feira, dia 2. O sistema de envio ficará fora do ar nesta terça-feira. De acordo com a Veja, o contribuinte em atraso pode enviar a declaração em qualquer momento, mas a recomendação é que faça isso o quanto antes. É que o valor da multa é calculado de acordo com o atraso – 1% ao mês. A multa mínima de 165,74 reais e a máxima de 20% do imposto devido – o cálculo considera sempre o maior valor. O contribuinte que atrasa a entrega da declaração fica com o CPF pendente de regularização, o que pode gerar uma série de transtornos – como não poder participar de concurso público, tirar passaporte, abrir conta, conseguir empréstimo bancário ou obter certidão negativa de venda de imóveis. A regularização acontece assim que a declaração é enviada para a Receita.

Governo deve dar reajuste de 5,67% para o Bolsa Família Foto: Jocélio Oliveira/G1

O presidente Michel Temer (MDB) fez um pronunciamento em cadeia nacional na noite desta segunda-feira (30) para reagir a críticas e anunciar o reajuste do Bolsa Família. Segundo integrantes do governo, o reajuste médio a partir de maio será de 5,67%. De acordo com o G1, foi uma vitória da ala política do governo. A equipe econômica queria um reajuste de cerca de 3%, pouco acima da inflação do ano passado (2,95%). Como a fala já estava gravada antes da decisão sobre o reajuste, Temer não revelou o percentual no pronunciamento. Disse apenas que estava anunciando o reajuste, sem mencionar os 5,67%. O pronunciamento na véspera do Dia do Trabalhador é tentativa de criar uma agenda positiva.

Prazo para declarar Imposto de Renda encerra nesta segunda (30)

O período estabelecido para a entrega do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPR) chega ao fim às 23h59 desta segunda-feira (30). Pessoas que receberam acima de R$ 28.559,70 no ano de 2017 são obrigadas a declarar. No caso da atividade rural, a obrigatoriedade é imposta àqueles que tiveram receita bruta acima de R$ 142.798,50. Quem fizer o procedimento depois do prazo, iniciado em 1º de março, terá que pagar multa de 1% por mês de atraso. A taxa pode ser de R$ 164, 74 até 20% sobre o imposto devido.

Contas de luz terão cobrança extra em maio

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou na sexta-feira (27) que a bandeira tarifária será amarela em maio. Isso significa que, no próximo mês, as contas de energia voltam a ter a cobrança extra que, neste caso, será de R$ 1 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) de energia consumidos. De acordo com o G1, entre janeiro e abril de 2018, a bandeira tarifária ficou na cor verde, e a cobrança extra nas contas de luz foi suspensa. A manutenção da bandeira verde coincidiu com o período de chuvas mais intensas nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, onde estão as principais hidrelétricas do país. Com mais chuva, o armazenamento de água nos reservatórios sobe e o país usa ainda mais energia gerada por hidrelétricas, que é mais barata.

Governo limita juros do cartão e acaba com pagamento mínimo de 15% Foto: Reprodução/EPTV

O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou nesta quinta-feira (26) novas mudanças que devem ter reflexo nos juros cobrados pelas operadoras de cartões de crédito. Entre as alterações está a limitação no valor dos encargos em caso de atraso e o fim da exigência de pagamento mínimo de 15% da fatura para o cliente entrar no chamado “rotativo regular”. De acordo com o G1, as mudanças começam a valer em 1º de junho e foram anunciadas um ano após entrarem em vigor as novas regras para o uso do rotativo do cartão de crédito. Desde abril do ano passado, o consumidor só pode fazer o pagamento mínimo de 15% do cartão por um mês. Na fatura seguinte, o banco não pode mais rolar a dívida. O cliente tem que pagar o valor total ou parcelar a dívida em outra linha de crédito, com o juro mais barato. Antes dessa regra, o cliente podia pagar o mínimo da fatura por vários meses consecutivos, "rolando" a dívida. O problema é que o juro do cartão de crédito é um dos mais caros da economia e a dívida muitas vezes ficava impagável. Uma das mudanças aprovadas nesta quinta pelo CMN foi a extinção do pagamento mínimo de 15%. Isso significa que, a partir de agora, caberá às instituições a definição de um percentual mínimo de pagamento em cada fatura, de acordo com o perfil dos clientes e com a política de crédito de cada banco.

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