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Economia
Brasil cria 2,7 milhões de empregos formais em 2021, diz ministério Foto: Agência O Globo

O Brasil criou 2.730.597 vagas de emprego formal em 2021, revertendo o fechamento de 190,7 mil vagas em 2020, primeiro ano da nova metodologia de cálculo do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). De acordo com o jornal o Globo, o salário médio de admissão, no entanto, vem caindo. Em dezembro de 2021, o salário de admissão médio foi de R$ 1.793,47. Em dezembro de 2020, o pagamento médio era de R$ 1.909,19. A redução foi de 6,06%. Os números foram divulgados nesta segunda-feira pelo Ministério do Trabalho. O saldo de 2021 é fruto de 20.699.802 admissões e de 17.969.205 desligamentos de empregados com carteira assinada. No mês de dezembro, como ocorre todos os anos, houve retração no mercado de trabalho e foram fechados 265.811 postos de trabalho, resultado de 1.437.910 admissões e de 1.703.721 desligamentos naquele mês. O salário médio ficou em R$ 1.793,47. O resultado positivo de 2021 vem após uma série de ajustes na série do Caged que dissolveram o bom desempenho de 2020. O saldo de 2020 foi reduzido em 46,82% em relação ao divulgado pelo próprio governo no mês de janeiro daquele ano. O desempenho do mercado formal em 2021 refletiu a retomada da economia no período de reabertura em meio à redução de casos de Covid. Também mostrou os efeitos do programa de manutenção do emprego e renda (BEm), que permitiu a suspensão de contratos de trabalho e redução de jornada e salários, com um período subsequente de estabilidade no emprego.

Governadores decidem manter congelamento de ICMS sobre combustíveis Foto: Marcelo Brandt/G1

Os governadores decidiram prorrogar por 60 dias o congelamento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que se encerraria em 31 de janeiro. Em nota, eles também cobram do governo Jair Bolsonaro (PL) a mudança na política de paridade internacional nos preços dos combustíveis, praticada pela Petrobras. A nota atribui a necessidade de prorrogação ao “fim da observação do consenso e a concomitante atualização da base de cálculo dos preços dos combustíveis, atualmente lastreada no valor internacional do barril de petróleo”. Diz ainda que essa decisão será tomada “até que soluções estruturais para a estabilização dos preços desses insumos sejam estabelecidas”. Entre os signatários, há desde opositores abertos de Bolsonaro, como o pré-candidato a presidente João Doria (PSDB-SP) e governadores nordestinos, até aliados, como Claudio Castro (PL-RJ) e Romeu Zema (Novo-MG). Os governadores congelaram o valor do imposto em novembro do ano passado, a princípio por um prazo de 90 dias, que venceria no final deste mês. A ideia inicial era pressionar Bolsonaro a tomar medidas para baixar os combustíveis, mostrando que os estados estavam fazendo a sua parte. Há duas semanas, os secretários estaduais de Fazenda, aprovaram manter o fim do congelamento em janeiro, mas a falta de acenos do presidente sobre o tema levou os governadores à decisão de prorrogar o arranjo. Os governadores e Bolsonaro vêm travando um cabo de guerra com relação ao preço dos combustíveis, que tem registrado sucessivas altas. O presidente atribui a culpa maior aos estados, responsáveis pela cobrança do ICMS, enquanto os governadores dizem que o problema está na política de repasse de preços internacionais do petróleo. Bolsonaro anunciou na semana passada que vai propor uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) para baixar o preço dos combustíveis por meio da redução de impostos, inclusive o ICMS, o que também gerou reações.

Arrecadação federal soma R$ 1,87 trilhão em 2021 e bate recorde Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

A Secretaria da Receita Federal informou nesta terça-feira (25) que a arrecadação federal de impostos, contribuições e demais receitas atingiu R$ 1,878 trilhão em 2021. Em valores corrigidos pela inflação, a arrecadação totalizou R$ 1,971 trilhão, o que representa novo recorde e alta real de 17,36% na comparação com o mesmo período do ano passado (R$ 1,679 trilhão). Os números da Receita Federal mostram ainda que essa foi a maior arrecadação para um ano desde o início da série histórica, em 1995. Com isso, o resultado representa a maior arrecadação em 27 anos.

Seca e chuva devem pressionar a inflação dos alimentos em 2022 Foto: Divulgação

A seca no Sul do País e o excesso de chuvas em partes do Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste geraram perdas na produção agropecuária, estão aumentando os custos no campo e devem pressionar a inflação dos alimentos ao consumidor neste ano. De acordo com o Tribuna da Bahia, os problemas climáticos se estendem desde o fim do ano passado, como resultado do fenômeno La Niña que, em resumo, provoca chuvas fortes no Norte e Nordeste do Brasil e estiagem no Sul. Por causa desses choques, municípios do Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia, Goiás e Tocantins, por exemplo, chegaram a declarar situação de emergência.

Quatro dias após ter vetado integralmente o projeto que previa a criação de um programa de renegociação de dívidas para pequenos negócios, o governo editou nesta terça-feira (11) medidas para regularizar dívidas de microempreendedores individuais (MEIs) e de pequenas empresas optantes do Simples Nacional. As duas medidas foram publicadas em edição extraordinária do "Diário Oficial da União". As propostas permitem pagamento de entrada de 1% do valor do débito e dão descontos em juros e multas. O Simples Nacional é o regime simplificado de tributação destinado a microempresas e empresas de pequeno porte. No caso das microempresas, o limite de faturamento anual é de até R$ 360 mil. Para as empresas de pequeno porte, o valor é R$ 4,8 milhões. Ao todo, 1,8 milhão de empresas estão inscritas na dívida ativa da União por débitos do Simples Nacional, das quais 160 mil são MEIs. O valor total dos débitos do Simples Nacional inscritos na dívida ativa da União é de R$ 137,2 bilhões.

Inflação de 2021 é a mais alta em 6 anos Foto: Reprodução/Tribuna da Bahia

A inflação calculada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerada a taxa oficial do país, fechou 2021 em 10,06%, segundo divulgou nesta terça-feira (11) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os combustíveis ficaram entre os principais vilões da inflação no ano passado. Na liderança, com a maior alta de preços entre todos os itens pesquisados pelo IBGE, aparece o etanol, que ficou 62,23% mais caro. Já a gasolina subiu 47,49%, enquanto o óleo diesel teve alta de 46,04%. Com isso, os combustíveis para veículos subiram, em média, 49,02% no ano. Foram eles, por sinal, os principais responsáveis pela alta média de 21,03% nos custos com transportes em 2021. Dentro de casa, pesaram nas contas as altas de alguns alimentos, como café (+50,24%) e açúcar (+47,87%). Mas o grande baque veio mesmo dos preços do gás de botijão, que disparou 36,99%, e da conta de luz, com alta de 21,21%.

Petrobras sobe preços da gasolina e do diesel amanhã Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste

A Petrobras comunicou nesta terça-feira (11) que os preços da gasolina e do diesel às distribuidoras serão reajustados a partir de quarta (12). Segundo a estatal, o preço médio de venda da gasolina da Petrobras para as distribuidoras passará de R$ 3,09 para R$ 3,24 por litro, o que representa um aumento de 4,85%. O valor do diesel vai subir de R$ 3,34 para R$ 3,61 por litro, alta de 8,08%.  último ajuste nos preços foi realizado em dezembro do ano passado, quando a Petrobras promoveu uma redução no valor da gasolina de 3,13%. Foi a primeira queda desde 12 de junho. Já o último aumento foi anunciado em outubro do ano passado.

Preço da gasolina nos postos subiu 46% em 2021, diz ANP Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste

O preço médio da gasolina vendida nos postos do país avançou 46% no acumulado de 2021, segundo levantamento divulgado nesta segunda-feira (3) pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O levantamento semanal da agência apontou que o preço médio do litro do combustível passou de R$ 4,517 entre 27/12/2020 a 02/01/2021 para R$ 6,618 entre 26/12/2021 a 01/01/2022. Na variação semanal, no entanto, houve queda de 0,1% no valor médio do litro da gasolina: de R$ 6.776 para R$ 6.769. O valor médio do litro do etanol, por sua vez, registrou alta de 58% no ano passado, de acordo com a ANP. O preço do combustível foi de R$ 3,180 para R$ 5,063 no mesmo período. Na semana, a queda foi de 0,31%. Entre o começo e o fim de 2021, o valor médio do litro do diesel foi de R$ 3,675 para R$ 5,336, o que representa uma alta de 45%. No mesmo intervalo, o preço médio do gás de cozinha de 13kg passou de R$ 75,29 para R$ 102, 28 - uma alta equivalente a 36%. Tanto o litro do diesel como o botijão de gás tiveram estabilidade nos preços na comparação semanal. O principal 'motor' da alta dos combustíveis em 2021 foi a desvalorização do real. No ano passado, o dólar – moeda à qual o valor do petróleo é atrelado –registrou alta de 7,47% sobre o real.

Jair Bolsonaro prorroga isenção de IPI na compra de carro para taxistas e pessoas com deficiência Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste

O Presidente da República, Jair Bolsonaro, sancionou o Projeto de Lei (PL) 5.149 de 2020 que prorroga a isenção do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) na aquisição de automóveis de até 2 mil cilindradas por motoristas profissionais, como taxistas e motoristas de aplicativos, e para pessoas com deficiência. A sanção foi publicada nesta sexta-feira (31) no Diário Oficial da União (DOU). A prorrogação da isenção do IPI na compra de veículos novos vale até 31 de dezembro de 2026. O benefício vale para a aquisição de veículos novos de até R$ 200 mil, incluídos os tributos incidentes. Anteriormente, esse limite era de R$ 140 mil. A isenção vale para motoristas profissionais e para pessoas com deficiência física, visual, auditiva e mental severa ou profunda e pessoas com transtorno do espectro autista. O projeto teve um trecho vetado, que ampliava a isenção para incluir acessórios que não sejam de fábrica. Hoje, apenas os acessórios e opcionais que sejam de fábrica são beneficiados pela isenção. O dispositivo foi vetado com o argumento de que não foi feito o cálculo do impacto econômico financeiro, nem foram apresentadas medidas compensatórias.

R$ 1212,00: Novo salário mínimo entra em vigor Foto: Priscila Zambotto/Getty Images

Começa a valer, a partir deste sábado (1º), o novo valor do salário mínimo no Brasil, que passa a ser de R$ 1.212. A mudança foi oficializada na sexta-feira (31), por meio de uma medida provisória (MP) assinada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL). O novo valor considera a correção monetária pelo Índice Nacional de Preço ao Consumidor (INPC) de janeiro a novembro de 2021 e a projeção de inflação de dezembro de 2021, estimada pela área técnica do Ministério da Economia. De acordo com a Agência Brasil, no total, o aumento será de 10,18% em relação ao valor anterior, que era de R$ 1.100. Os estados também podem ter salários mínimos locais e pisos salariais por categoria maiores do que o valor fixado pelo governo federal, desde que não sejam inferiores ao valor do piso nacional. O novo mínimo altera o valor de cálculo de benefícios previdenciários, sociais e trabalhistas. No caso das aposentadorias e pensões por morte ou auxílio-doença, os valores deverão ser atualizados com base no novo mínimo. O mesmo vale para o Benefício de Prestação Continuada (BPC), que corresponde a um salário mínimo e é pago a idosos a partir de 65 anos e pessoas com deficiência de baixa renda. Cálculos das contribuições dos trabalhadores ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) também serão reajustados. Uma portaria do Ministério da Economia deverá ser publicada, nos próximos dias, com a oficialização dos novos valores.

Bahia arrecadou R$ 82 bilhões em impostos durante 2021 Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Muita gente costuma brincar que não sabe ‘se está vivendo ou só pagando imposto’, e com toda a razão: no Brasil, são cobrados quase vinte tipos de tributações diferentes, dentre as quais se destacam o Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) que incide sobre todas as transações financeiras, e o Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) para os donos de veículos. Mesmo com a manutenção do cenário de pandemia, a arrecadação tributária teve bons números neste ano, e a Bahia não foi exceção. O Impostômetro, indicador criado há mais de 15 anos pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP), mostrou que do começo de 2021 até o fechamento desta edição os baianos já pagaram R$ 82,9 bilhões em tributos. A capital, Salvador, representa um terço desse montante, com R$ 27 bilhões arrecadados. Ainda com informações do Impostômetro, são 151 dias de trabalho apenas para pagar os impostos, tempo que não sofreu alterações com a pandemia da Covid-19. A ACSP já tinha projetado uma melhora na arrecadação para este ano, se comparado com o primeiro ano de crise sanitária, e o motivo principal é o retorno gradativo a um nível próximo da normalidade, ocasionado pela retomada das atividades comerciais. “Além de as atividades não estarem mais tão restritivas em seu funcionamento quanto estavam no pico da pandemia, na metade deste ano, o poder público também se mexeu para arrecadar mais”, disse a entidade responsável pelo Impostômetro.

Desemprego cai para 12,1%, mas ainda atinge 12,9 milhões de brasileiros Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste

A taxa de desemprego no Brasil caiu para 12,1% no trimestre encerrado em outubro, mas a falta de trabalho ainda atinge 12,9 milhões de brasileiros, segundo informou nesta terça-feira (28) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Trata-se da menor taxa de desemprego desde o trimestre encerrado em fevereiro de 2020 (11,8%), mas ainda maior que o patamar de antes do início da pandemia de coronavírus. Apesar da queda do desemprego, o rendimento médio da população ocupada encolheu pelo 5º trimestre seguido, para uma mínima histórica. Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad). No levantamento anterior, referente ao trimestre encerrado em setembro, a taxa de desemprego estava em 12,6%, atingindo 13,5 milhões de pessoas. O resultado de veio um pouco melhor do que o esperado. A mediana das previsões em pesquisa da Reuters era de que a taxa ficaria em 12,3%. “A população desocupada (12,9 milhões de pessoas) diminuiu 10,4% (menos 1,5 milhão de pessoas) frente ao trimestre terminado em julho (14,4 milhões de pessoas) e caiu 11,3% (menos 1,7 milhão de pessoas) ante ao mesmo trimestre móvel de 2020 (14,6 milhões de desocupados)”, informou o IBGE.

Materiais escolares podem ficar até 30% mais caros em 2022 Foto: Rovena Rosa/Tribuna da Bahia

Daqui a poucos dias 2022 inicia e com ele todas as despesas de começo do ano. E quem tem filhos na escola tem uma conta a mais: a compra do material escolar, que vai acompanhar a inflação e a alta do dólar. Segundo a Associação Brasileira de Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares (ABFIAE), o aumento pode chegar a 30%. “Para 2022, temos reajustes elevados em todas as categorias de materiais escolares, variando de 15% a 30%, em média”, afirmou o presidente executivo da ABFIAE, Sidnei Bergamaschi. De acordo com entidade, as indústrias e os importadores estão sofrendo esse ano um grande aumento de custos. “São aumentos elevados e frequentes nas diversas matérias-primas como, por exemplo, papel, papelão, plástico, químicos, embalagem, etc. Para os produtos importados, os principais impactos são a variação do dólar no Brasil, os aumentos de custos na Ásia e a elevação dos preços de fretes internacionais, decorrente da falta de containers. Além disso, as medidas antidumping para importações de lápis da China, adotadas pelo governo brasileiro este ano, aumentaram os custos na categoria de lápis”, observou Bergamaschi. O executivo afirmou que nenhum produto escapará da alta de preços. “Provavelmente todas as categorias de produtos sofrerão aumentos de preços”. E mesmo os produtos nacionais não terão tanta procura, por falta de opções. “Pode ocorrer alguma migração de volume de produtos importados para nacionais, mas em pequena escala. Para a maioria dos produtos atualmente importados, as opções de fornecimento nacional são pequenas”. Este ano foi marcado por aulas híbridas em diversos estados, e com isso muitos estudantes reaproveitaram materiais escolares de 2020. Com o avanço da vacinação e a volta às aulas totalmente presencial, pelo menos na Educação Básica, a expectativa da entidade para 2022 é cautela.

Risco de PIB negativo, inflação e juros altos dificultam retomada da economia Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

O ano de 2021 termina em um cenário nada animador quando se olha para o horizonte a partir de 2022. O país não consegue crescer e está preso a uma armadilha da qual não será fácil sair no ano que começa, especialmente, com a inflação acima de 10% e os juros voltando ao patamar de dois dígitos, o que poderá colocar o país em uma nova recessão em pleno ano eleitoral. De acordo com o jornal Tribuna da Bahia, após o tombo de 4% no Produto Interno Bruto (PIB), em 2020, por conta da pandemia da covid-19, a atividade econômica iniciou 2021 com um impulso inesperado de 1,3% no primeiro trimestre, apesar da segunda onda da covid-19 e dos atrasos na entrega das vacinas no país. As estimativas de crescimento no ano chegaram a ser revisadas para mais de 5%, em alguns casos. Contudo, os meses se passaram e a retomada esperada não ocorreu em meio à inflação persistente no Brasil e no mundo e às trapalhadas do governo Jair Bolsonaro (PL) na condução das políticas econômica e monetária, que ficou mais preocupado em se reeleger a qualquer custo. O fato é que a realidade se impôs. Em meio à escalada da inflação e da deterioração das expectativas do mercado que viu que o governo não conseguiu cumprir as promessas de campanha, a atividade perdeu o fôlego e o PIB recuou 0,4%, no segundo trimestre, e mais 0,1%, no terceiro, colocando o país em um cenário de recessão técnica — quando há dois resultados negativos do PIB consecutivos. Projeções do mercado passaram a ser revisadas para baixo e, para 2022, indicam que, na melhor das hipóteses, o país poderá crescer entre 0,5% e 1%, mas o risco de novo PIB negativo não está descartado. O consenso entre os analistas é de que a atividade econômica anda de lado, e eles reconhecem que o risco de o país ficar preso nessa armadilha do baixo crescimento sem prazo determinado é considerável. Aliás, o desafio para o país crescer a partir de 2022 será ainda maior, porque o cenário macroeconômico piorou, a inflação está persistente e elevada, acima de 10% e deverá continuar neste patamar, pelo menos, até abril ou maio de 2022. Para piorar, a taxa básica de juros (Selic), atualmente em 9,25% ao ano, continuará subindo no ano que vem, podendo encerrar dezembro entre 11% e 11,75% anuais.

Prévia da inflação fecha o ano em 10,42%, maior valor desde 2015 Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), prévia da inflação oficial, subiu 0,78% em dezembro e encerrou o ano de 2021 com alta acumulada de 10,42%, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (23). Esse é o maior acumulado do ano desde 2015. Dos 9 grupos de produtos e serviços pesquisados, 7 apresentaram alta em dezembro. A maior variação veio de Transportes (2,31%), que encerrou o ano com alta acumulada de 21,35%. O resultado foi influenciado principalmente pelos preços dos combustíveis (3,40%). No grupo Habitação a alta foi de 0,90%, impactada pelo preço da energia elétrica. Desde setembro, está em vigor a bandeira Escassez Hídrica, que acrescenta R$ 14,20 na conta de luz a cada 100 kWh consumidos. Segundo a Aneel, o motivo é a piora da crise hídrica, que exigiu medidas adicionais do setor elétrico para não faltar energia em outubro e novembro – os meses mais críticos do ano. Em Alimentação e bebidas, a alta de 0,35% teve contribuição individual do café moído (9,10%), além dos preços das frutas (4,10%) e das carnes (0,90%) que subiram em dezembro, após recuos do mês anterior. No lado das quedas, os destaques foram o tomate (-11,23%), o leite longa vida (-3,75%) e o arroz (-2,46%). O grupo Educação não registrou aumento. O único com queda foi Saúde e cuidados pessoais que teve variação negativa (-0,73%). Isso correu principalmente por conta dos itens de higiene pessoal (-3,34%), em particular o perfume (-9,82%), os produtos para pele (-8,70%) e os artigos de maquiagem (-4,71%).

Datafolha: 42% afirmam que economia vai melhorar em 2022 Foto: Priscila Zambotto/Getty Images

Pesquisa Datafolha divulgada pelo jornal “Folha de S.Paulo” mostra que 42% dos brasileiros avaliam que a situação econômica do país vai melhorar nos próximos meses. 20% acreditam que irá piorar, e 35% afirmam que ficará como está. O levantamento foi realizado entre os dias 13 e 16 de dezembro, com 3.666 entrevistas em 191 cidades do país. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. No fim do ano passado, 28% dos brasileiros avaliavam que a economia iria melhorar em 2021, 41% acreditavam numa piora e 28% numa estabilidade.

O Brasil gerou 324.112 empregos com carteira assinada em novembro deste ano, informou o Ministério do Trabalho e da Previdência nesta quinta-feira (23). Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Ao todo, segundo o ministério, o país registrou em novembro 1.772.766 contratações e 1.448.654 demissões. O resultado representa piora na comparação com novembro do ano passado, quando foram abertas 376.265 vagas formais. Porém, foi o melhor resultado mensal desde agosto deste ano, quando foram criados 275.284 empregos com carteira assinada. A comparação dos números com anos anteriores a 2020, segundo analistas, não é mais adequada porque o governo mudou a metodologia no início do ano passado. De acordo com o Ministério do Trabalho, o resultado do emprego formal em novembro sofre influência das contratações de fim de ano no comércio, para as vendas de Natal, e também do setor de serviços. A expectativa do governo, porém, é de que em dezembro, assim como em anos anteriores, ocorram mais demissões do que contratações.

Petrobras anuncia redução no preço da gasolina nas refinarias Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste

A Petrobras anunciou nesta terça-feira (14), a redução do preço médio da venda da gasolina A para as distribuidoras de R$ 3,19 para R$ 3,09 por litro, refletindo redução média de R$ 0,10. A redução de 3% começa a valer a partir desta quarta-feira, 15. “Considerando a mistura obrigatória de 27% de etanol anidro e 73% de gasolina A para a composição da gasolina comercializada nos postos, a parcela da Petrobras no preço da gasolina na bomba passará a ser de R$ 2,26 a cada litro em média. Uma redução de R$ 0,07”, informou a estatal. Segundo a Petrobras, a redução é reflexo da cotação do petróleo no mercado internacional e na estabilização da desvalorização do real ante o dólar. “Esse ajuste reflete, em parte, a evolução dos preços internacionais e da taxa de câmbio, que se estabilizaram em patamar inferior para a gasolina”, informou. O corte ocorre mais de uma semana após o presidente Jair Bolsonaro (PL) anunciar que a Petrobras iria fazer reajuste de preços, no último dia 5. A estatal rebateu no dia seguinte afirmando que não havia decisões sobre uma possível redução dos preços. O último reajuste praticado pela empresa foi em outubro, quando o valor da gasolina aumentou R$ 0,21, passando para R$ 3,19 o litro, e o diesel sofreu acréscimo de R$ 0,28, passando para R$ 3,34. Desde o início do ano, a gasolina sofreu acréscimo de 68% no valor cobrado aos distribuidores, passando de R$ 1,84 na virada do ano para o atual patamar. Já o diesel registrou alta de 65%.

IBGE prevê aumento de 10% na safra de grãos em 2022 no país Foto: Reprodução/Sou de Algodão

A safra brasileira de cereais, leguminosas e oleaginosas deve fechar 2022 com recorde 278 milhões de toneladas, uma alta de 10% em relação à produção prevista para este ano. Esse é o segundo prognóstico para a safra do ano que vem sendo divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A estimativa divulgada nesta quinta-feira (9) é ainda mais otimista do que a divulgada no primeiro prognóstico, no mês passado, ao aumentar em 2,7%, ou 7,3 milhões de toneladas, a previsão para 2022. São esperadas, para o ano que vem, altas de 3,4% para a soja, 13,9% para a primeira safra do milho, 28,4% para a segunda safra do milho e de 4,3% para o algodão herbáceo. Por outro lado, são estimadas quedas de 4,2% para o arroz e de 8,5% para o trigo. A previsão é que a safra de 2022 se encerre com 25,2 milhões de toneladas a mais do que neste ano, que deve fechar em 252,8 milhões de toneladas, ou 0,5% abaixo da produção de 2020. Apesar das altas de 10,5% para a soja, de 4,9% para o arroz e de 26% para o trigo, este ano deve fechar com quedas de 14,6% para o milho e de 17,6% para o algodão herbáceo.

Renda média do trabalhador é a menor desde o final de 2012, aponta IBGE Foto: Marcelo Casal Jr./Agência Brasil

A renda média dos trabalhadores recuou 4% no 3º trimestre deste ano, em relação aos três meses anteriores para R$ 2.459, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta terça-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Trata-se do menor rendimento médio real (descontada a inflação) desde o 4º trimestre de 2012 (R$ 2.451). O rendimento médio real habitual dos trabalhadores considera a soma de todos os trabalhos. Foi a quarta queda seguida na comparação com o trimestre imediatamente anterior, o que faz o valor se aproximar do menor nível da série história, iniciada em 2012. O movimento de retrações começou no quarto trimestre de 2020, com perda de 4%, seguido por recuos de 0,8% no primeiro trimestre e de 2,8% no segundo trimestre, destaca o Valor Online. Com a nova queda, o valor médio de renda se aproxima do menor nível da série histórica que considera apenas os trimestres padrões do calendário, de R$ 2.438, registrado no primeiro trimestre de 2012, há quase dez anos. Na comparação com o terceiro trimestre de 2020, a queda do rendimento do trabalhador encolheu 11,10%. Naquele momento, a renda média era de R$ 2.766, ou seja, há uma redução de R$ 204, para os R$ 2.459.

Com aumento da gasolina, brasileiros gastam quase o dobro para percorrer o mesmo percurso Foto: Romildo de Jesus/Tribuna da Bahia

O preço da gasolina vendida ao consumidor?subiu 84,1% nos últimos cinco anos. Na cidade de São Paulo, a mais populosa do País, o valor médio do litro passou de?R$ 3,40 em outubro de 2016?para?R$ 6,26 em outubro de 2021. No mesmo período, o salário mínimo foi reajustado em 25% e a?inflação acumulada?(IPCA) é de 27%. Para se ter uma ideia, em 2016 era possível viajar da Praça da Sé, em São Paulo, até a Praia do Boqueirão, em Santos, gastando pouco menos de R$ 20 em gasolina para um trajeto de 80 quilômetros. Hoje, se o consumidor abastecer o carro com o mesmo valor, irá chegar a Capivari, bairro da zona rural de São Bernardo do Campo, rodando pouco mais de 43 quilômetros. Para fazer a mesma viagem até Santos, o motorista gasta hoje cerca de R$ 36. Os preços são para um carro que roda 14 quilômetros com um litro de gasolina — média do?INMETRO?para veículos compactos e médios. O principal aumento aconteceu nos últimos 12 meses. O valor médio do litro da gasolina na cidade de São Paulo?passou de R$ 4,23 em outubro de 2020?para?R$ 6,26 no mesmo mês de 2021?— um aumento de 48%. Nesse período, a inflação acumulada é de 11,62%. Em outros municípios, o valor da gasolina é ainda mais alto. Bagé, no Rio Grande do Sul,?tem a gasolina mais cara do País. O litro do combustível custa em média R$ 7,99 na cidade, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). As razões para o forte aumento, segundo especialistas, são a valorização do barril de petróleo e a depreciação do real frente ao dólar. O?preço do barril do petróleo tipo Brent passou de US$ 37 em outubro do ano passado para US$ 84 no mesmo mês deste ano. Já o valor do dólar disparou no início da pandemia e se manteve em alta, ficando na casa dos R$ 5,60 em outubro.?Em 2019, a moeda americana valia cerca de R$ 4. As informações são do Tribuna da Bahia.

Aneel prevê alta de 21,04% nas contas de luz em 2022 Foto: Domingos Peixoto/Agência O Globo

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) estima que as contas de luz terão uma alta de 21,04% em 2022, número que considera uma média nacional de reajuste. Caso confirmado, o reajuste se soma a uma série de aumentos já vistos neste ano por conta da crise hídrica, que deixou o país sob ameaça de apagão e racionamento de eletricidade. As contas de luz são reajustadas anualmente e variam conforme a distribuidora de energia. A principal causa do aumento apontado pela Aneel está nas medidas tomadas pelo governo para garantir o abastecimento de energia elétrica. O governo acionou todo o parque de usinas termelétricas do país, um tipo de geração mais cara. Além disso, realizou um programa para reduzir o consumo de energia nos horários de pico, conta que acaba caindo sobre o consumidor. “Nesse contexto, nossas estimativas apontam para um cenário de impacto tarifário médio em 2022 da ordem de 21,04%, quando avaliado todo o universo de custos das distribuidoras e incluídos esses impactos das medidas para enfrentamento da crise hídrica”, diz um memorando da Aneel ao qual o jornal o Globo teve acesso e que foi assinado no dia 5 de novembro pela Gestão Tarifária da agência. De acordo com dados do IBGE, a energia elétrica residencial já acumula uma alta de 19,13% neste ano.

Governo baiano comemora perspectiva de crescimento na safra, indústria e comércio Foto: Reginaldo Ipê/Tribuna da Bahia

Se confirmada a estimativa de 10,24 milhões de toneladas em 2021, a safra baiana de grãos terá crescimento de 3,5% na comparação com 2020. Para este ano está previsto ainda, dentre outras culturas, o crescimento nas safras de cana-de-açúcar, cacau, uva e banana. Além da produção agrícola, o Governo do Estado comemora também números positivos da economia baiana no comércio varejista, que cresceu 5,5% no acumulado do ano, e o aumento de 3,7% da produção industrial de setembro, em relação ao mês de agosto.     “A perspectiva de safra recorde de soja é a boa notícia em meio à queda na produção de grãos em algumas lavouras como algodão e milho, que foram afetadas pelas condições climáticas e de mercado. Outra boa notícia se trata da perspectiva de aumento na produção de frutas, o que nos deixa bastante satisfeitos. Mesmo que ainda tenha retração em algumas análises, os segmentos de comércio varejista e indústria apresentam sinais de recuperação. Nosso esforço é que voltem a ser pujantes”, avaliou o vice-governador João Leão, secretário do Planejamento. As informações da safra foram apuradas pelo décimo Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), relativo a outubro deste ano, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e sistematizado pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Secretaria do Planejamento (Seplan). 

Mexer nos preços da Petrobras pode gerar desabastecimento, diz ministro Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste

O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, manifestou nesta terça-feira (9) uma “preocupação grande” com a possibilidade de desabastecimento de combustíveis ao ser questionado em audiência no Senado sobre a hipótese de mudança na política de preços da Petrobras. De acordo com o G1, o petróleo e a valorização do dólar em relação ao real têm provocado aumentos consecutivos nos preços dos combustíveis no Brasil, e o governo sofre pressão para conter a alta. Segundo o ministro, o preço do petróleo tende a avançar mais com a chegada do inverno no hemisfério norte, que, em razão da necessidade de aquecimento, faz aumentar a demanda por gás e por outros combustíveis. Neste ano, o preço do petróleo já sofreu uma elevação de cerca de 60% no mercado mundial. Albuquerque deu as declarações em audiência pública na Comissão de Serviços de Infraestrutura do Senado Federal.

Governo da Bahia anuncia congelamento para ICMS dos combustíveis até 2022 Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste

A Bahia oficializou o congelamento de valores de referência para o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) dos combustíveis. A medida está no decreto assinado pelo governador Rui Costa e publicado na edição desta sexta-feira (5) do Diário Oficial do Estado. De acordo com o decreto, os valores vigentes no último dia 1º de novembro permanecerão os mesmos até 31 de janeiro de 2022. A Bahia segue a decisão dos estados, anunciada na última semana pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), de congelar por 90 dias os valores de referência para cálculo do ICMS sobre os combustíveis. O congelamento inclui o Preço Médio Ponderado a Consumidor Final (PMPF) e a Margem de Valor Agregado (MVA). Conforme informou o governo do estado, a Bahia, que não aumentou as alíquotas de ICMS para combustíveis nos últimos anos, com a iniciativa conjunta dos estados, está congelando também os valores de referência levados em consideração para cálculo do imposto a ser cobrado. Segundo o governo da Bahia, a última alteração do ICMS no estado ocorreu em março de 2016, para as alíquotas de diesel e álcool.

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