A data de 31 de janeiro é dedicada mundialmente ao combate à Hanseníase. O Brasil é o país que concentra o maior número de casos e o único que não está em processo de eliminação da doença, segundo a Organização Mundial da Saúde. Para explicar mais sobre a hanseníase, a Agência Brasil conversou com o coordenador Nacional do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan), Arthur Custódio. “A hanseníase, antes conhecida como lepra, hoje tem tratamento que dura entre seis meses e um ano, e se caracteriza por manchas na pele que não têm sensibilidade e se não tratadas, deixam sequelas. O índice negativo do Brasil é que 10% das pessoas já chegam aos postos de saúde com sequelas e por isso temos de falar muito na doença”, diiz Arthur. Para o coordenador, hanseníase permanece como um grave problema de saúde pública no Brasil porque está relacionada com qualidade de vida. Arthur concorda que, nos últimos anos, a qualidade de vida no Brasil melhorou muito, mas explica porquê isso não repercutiu na doença. “Porque tem um tempo de incubação longo. Caso adotemos políticas públicas que melhorem a qualidade de vida, com certeza, isso vai impactar nos índices da doença”, considera. O coordenador do Morhan ressalta que a doença é simples. “Precisa- se de profissionais treinados e capacitados. Além, é claro, de muitas campanhas nacionais. O trabalho do Morhan é voluntário no país inteiro, voltado para educação e saúde. No Rio de Janeiro, por exemplo, desenvolve um trabalho intenso junto aos professores, ativos e inativos, com várias atividades dentre elas e principalmente para os direitos humanos”.