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                                Foto: Reprodução/G1                            O parto normal de um bebê de 6,5 quilos e 55 centímetros em Colatina, no Espírito Santo, gerou indignação na família da dona de casa Ariane Borges, de 39 anos. Ela estava com 42 semanas de gestação e havia recebido orientação médica para realizar uma cesariana, mas a equipe do Hospital e Maternidade São José optou por induzir o parto normal. Alderico, como foi batizado, ficou cinco minutos sem respirar após o nascimento e precisou ser entubado. A mãe teve hemorragia e precisou levar 55 pontos.
Moradora de Água Doce do Norte, também na região Noroeste do estado, Ariane é mãe de nove filhos. O parto aconteceu em 9 de agosto, e tanto ela quanto o bebê enfrentaram complicações. Alderico permaneceu dez dias internado no Hospital e Maternidade São José, em Colatina, onde recebeu os primeiros cuidados. Hoje, os dois estão em casa e o bebê segue em acompanhamento médico e fisioterapia por causa de uma lesão no braço.
Segundo a mãe, o ombro da criança deslocou no momento do nascimento. “O neném quase perdeu a vida também, porque ele ficou cinco minutos sem suspirar. Na hora que eles puxaram, rompeu o cordão umbilical e eu tomei um susto”, contou ao portal G1. Ariane relembra ainda que cerca de dez profissionais participaram do parto. “O médico até falou: ‘Se você já ganhou oito de parto normal, esse é mole para a senhora’. Foi uma surpresa. O médico ficou assustado e até se emocionou depois que ele voltou a respirar”, relatou.
Mesmo com a gravidade do quadro inicial, os médicos informaram à família que Alderico deve recuperar completamente os movimentos do braço, afetado por uma lesão de plexo braquial, problema causado pelo estiramento dos nervos na região durante o parto. Ele vai precisar fazer fisioterapia.
O hospital informou, em nota, que o nascimento da “criança com 6,5 quilos foi resultado de uma avaliação cuidadosa e criteriosa da equipe médica, visando sempre a segurança da mãe e da criança”. A instituição destacou que realiza mais de 300 partos por mês, com equipes experientes e atendimento humanizado, segundo o texto.
Ariane contou que a gestação foi tranquila e que os exames de pré-natal não indicaram que o bebê seria tão grande. “No último ultrassom, a médica falou que ia ser um bebê grande, mas não imaginava que seria assim. Ela até falou que não queria me assustar, então eu achei que era brincadeira”, lembrou.
A dona de casa foi ao hospital acompanhada do marido, acreditando que faria uma cesariana, já que estava com 42 semanas de gestação. No entanto, segundo ela, o parto normal foi induzido.
 Foto: Reprodução/Correio 24h
                                Foto: Reprodução/Correio 24h                            A jornalista Adriana Oliveira, da TV Bahia, movimentou as redes sociais nesta quarta-feira (21) ao se posicionar publicamente em defesa de mulheres adultas que colecionam ou interagem com bonecas reborn. As informações são do Correio 24h. Em uma publicação no Instagram, a repórter criticou os julgamentos e preconceitos enfrentados por essas pessoas, o que acabou gerando uma enxurrada de reações, positivas e negativas, entre os internautas. “Que saco!!! Pra não soltar um palavrão. Mais um suposto debate direcionado pelos likes e que esbarra no vazio de uma minoria barulhenta”, iniciou Adriana em seu texto. Ela chamou atenção para o fato de que homens adultos são comumente aceitos como gamers, enquanto mulheres que colecionam bonecas hiper-realistas ainda são vistas com estranheza. “O ato de brincar é democrático, mas as mulheres adultas são julgadas como 'portadoras de maluquice e carência'”, escreveu. Segundo a jornalista, o mercado de bonecas reborn está em expansão, com projeção de crescimento anual de 8%. Ela ainda lembrou que o conceito surgiu após a Segunda Guerra Mundial e que hoje tem papel terapêutico importante em casos como depressão, Alzheimer, autismo e paralisia cerebral. “O termo reborn significa renascer. A arte virou ofício e ferramenta de apoio em diversos tratamentos”, argumentou Adriana, finalizando com um apelo à empatia e à saúde mental: “Tolice é continuar acreditando no EU, sozinho, quando viver é NÓS”. A postagem, no entanto, dividiu opiniões. Muitos internautas criticaram práticas mais extremas do universo reborn, como levar as bonecas a consultas médicas ou até tentar batizá-las. “Se fosse só ter uma boneca, tudo bem. Mas levar para UPA, tentar batizar? Me desculpe, mas normalizar isso é estranho!”, escreveu um usuário. Outro comentou: "É maluquice mesmo, todo mundo doido”. Houve também quem saísse em defesa do ponto de vista da repórter. “Perfeito, Adri! Assino embaixo e vou repostar!”, escreveu uma seguidora. “Sábias palavras, são apenas brinquedos e devem ser tratados como tal”, disse outra. Apesar das críticas, Adriana manteve sua posição firme na valorização da diversidade e no combate ao preconceito, destacando a importância de respeitar práticas que podem representar alívio e acolhimento para muitas pessoas.
 Foto: Kauê Souza/Achei Sudoeste
                                Foto: Kauê Souza/Achei Sudoeste                            O médico e vice-prefeito de Dom Basílio, Álvaro Neto (PT), fez um desabafo nas redes sociais sobre a polêmica envolvendo os bebês reborn. Nele, o médico, que também atende no Hospital Municipal de Brumado, chamou a sociedade para refletir sobre o seu verdadeiro papel enquanto seres humanos. “Quantas crianças estão em orfanatos? Outras tantas crianças que não têm uma educação de qualidade, não têm uma alimentação decente. Está na hora de refletir”, propôs. Neto pediu que essas mesmas pessoas que gastam altas quantias com as bonecas e bonecos reborn façam uma adoção responsável ou ajudem crianças carentes. “Adotem crianças, até vão os orfanatos. Caso não queiram ter o trabalho de serem pais e mães durante 24 horas por dia, 7 dias por semana, façam uma adoção diferenciada. Ajudem crianças carentes com estudos, com medicamentos, com alimentação. Reflitam bem!”, reforçou. Dr. Álvaro considera um idiota cuidar de uma boneca enquanto várias pessoas, principalmente crianças, estão tendo necessidades pelo mundo. “Vamos ser menos idiotas e mais seres humanos”, finalizou.
