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Guerra entre CV e milícia na Zona Oeste do Rio de Janeiro matou 684 em dois anos Foto: Betinho Casas Novas/TV Globo

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) afirma, em denúncia juntada ao processo da Megaoperação Contenção, que a expansão do Comando Vermelho (CV) pela Grande Jacarepaguá resultou em média de 1 homicídio por dia em 2 anos. As informações são do G1.

O documento registra 684 mortes entre 2023 e 2024 e cita como referência uma reportagem do RJ2 publicada em 5 de fevereiro de 2025.

Ao todo, o MPRJ denunciou 69 pessoas por associação para o tráfico. Na última terça (28), 113 pessoas foram presas, e outras 121 foram mortas, incluindo 4 policiais civis e militares.

Segundo a peça, o CV passou a ocupar comunidades antes controladas pela milícia em áreas da Barra da Tijuca, Recreio dos Bandeirantes, Itanhangá e Vargens, formando o que é descrito como Complexo de Jacarepaguá. O MPRJ relaciona essa expansão a confrontos armados e ao aumento dos homicídios na região.

A denúncia contextualiza a dinâmica territorial a partir de Gardênia Azul e Cidade de Deus, indicando vias de acesso e a progressão para outras comunidades do entorno. Nessa seção, o texto também referência a reportagem do RJ2 ao tratar da escalada de mortes na área.

O Ministério Público aponta que a ofensiva do CV na Zona Oeste está associada à disputa com grupos paramilitares e descreve a presença de quadros da facção vinculados ao Complexo da Penha na coordenação do avanço.

Argentina declara CV e PCC como organizações narcoterroristas Foto: Reprodução/Correio 24h

A Argentina declarou alerta máximo nas fronteiras com o Brasil nesta quarta-feira (29), após a megaoperação no Rio de Janeiro. Além disso, o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV) foram classificados como organizações narcoterroristas.

A operação no Rio foi desencadeada na terça-feira (28), nos complexos do Alemão e da Penha, e mirou alvos do CV. Ao todo, 121 pessoas morreram, incluindo quatro policiais. A operação foi a mais letal da história do estado.

Diante da megaoperação, o governo de Javier Milei anunciou que vai reforçar os controles de segurança em pontos da fronteira entre os dois países.

A ministra da Segurança Pública da Argentina, Patricia Bullrich, afirmou que brasileiros que entrarem no país serão examinados “minuciosamente”, mesmo que não tenham antecedentes criminais.

“Esse alerta máximo significa observar com muita atenção todos os brasileiros que venham à Argentina, verificando se têm ou não antecedentes, mas sem confundir turistas com integrantes do Comando Vermelho”, disse. As informações são do G1.

Deputado é preso pela PF por suspeita de ligação com o Comando Vermelho Foto: Divulgação/Alerj

O deputado estadual Thiego Raimundo dos Santos Silva, o TH Joias, foi preso nesta quarta-feira (3) em uma operação conjunta da Polícia Federal (PF), do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) e da Polícia Civil do Rio. O parlamentar é suspeito de tráfico de drogas, corrupção, lavagem de dinheiro e de intermediar a negociação de armas e acessórios para o Comando Vermelho (CV). TH não foi localizado inicialmente em sua residência no condomínio de luxo na Barra da Tijuca, mas acabou sendo encontrado em outro conjunto de imóveis de alto padrão no mesmo bairro, segundo a TV Globo. Ao todo, 18 pessoas eram procuradas em operações simultâneas, e 14 já foram presas. Entre os detidos estão Gabriel Dias de Oliveira, o Índio do Lixão, apontado como um dos chefes do CV; Gustavo Steel, delegado da PF; Luiz Eduardo Cunha Gonçalves, o Dudu, assessor de TH; e o próprio deputado. A defesa de TH e dos demais presos não havia se manifestado. A Alerj informou que “prestou apoio às autoridades competentes”, enquanto o MDB anunciou a expulsão do parlamentar dos quadros do partido. As prisões fazem parte de duas operações integradas: uma com mandados expedidos pela Justiça Federal, outra pelo Tribunal de Justiça do RJ. Um dos endereços alvo das buscas foi a Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). Segundo a PF, foi identificado “um esquema de corrupção envolvendo a liderança da facção no Complexo do Alemão e agentes políticos e públicos”. Para o MPRJ, TH teria usado o mandato para beneficiar o CV, inclusive nomeando comparsas para cargos na Alerj.

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