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Google é multado em mais de R$ 18 bilhões por violar regras de concorrência Foto: Shutterstock

O Google foi multado em 2,9 bilhões, o equivalente a R$ 18,7 bilhões, pela União Europeia, na sexta-feira (5), por violar as regras de concorrência do bloco e favorecer os seus próprios serviços de publicidade. A medida aumentou tensão entre o bloco de países e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. No mesmo dia, Trump ameaçou aplicar sanções contra a União Europeia por ter aplicado o que ele considerou uma "multa injusta" contra a empresa de tecnologia. A Comissão Europeia, um órgão executivo do bloco, determinou que a Alphabet, empresa que controla do Google, encerre suas “práticas de autopreferência” e impeça “conflitos de interesse”. O problema em questão é o serviço que exibe anúncios personalizados em vários sites baseado nas atividades dos usuários. A Alphabet chamou a decisão da União Europeia de “errada” e prometeu recorrer. Em sua plataforma Truth Social, Donald Trump criticou a atitude do bloco e ameaçou fazer retaliações. “Não é justo que a União Europeia esteja multando empresas americanas bilionárias só porque elas são bem-sucedidas”, disse Trump. “Se continuarem com essas ações abusivas, os Estados Unidos responderão com tarifas e sanções”.

Google libera aplicativos de aposta esportiva das bets licenciadas Foto: Shutter Speed/Unsplash

O Google anunciou que passa a permitir a entrada na Play Store de aplicativos de aposta esportiva e cassino online, desde que operados por empresas devidamente licenciadas. A decisão marca um passo importante para a consolidação do mercado regulado de apostas no país, fortalecendo a política de controle e combate ao mercado ilegal. Segundo a empresa, apenas operadoras certificadas pela Secretaria de Prêmios e Apostas (SPA) do Ministério da Fazenda poderão disponibilizar seus apps, respeitando critérios rígidos de segurança e transparência. A decisão foi celebrada pelas bets que operam no mercado regulado, em vigor desde janeiro de 2025, e competem com as plataformas que atuam no país sem autorização. Dados recentes apontam que entre 41% e 51% das apostas no Brasil são feitas em sites irregulares, enquanto cerca de 73% dos apostadores utilizaram casas de apostas ilegais ao longo de 2025. Nesse contexto, a liberação de aplicativos oficiais representa um avanço estratégico, pois cria um ambiente mais confiável para os usuários e garante que parte relevante da receita gerada seja devidamente recolhida em impostos e contribuições. De acordo com dados da KTO, uma das primeiras autorizadas de forma definitiva do país, o futebol segue como o eixo central da aposta esportiva no país. Em junho, o esporte representou 80% dos usuários ativos e 89% do volume total de palpites realizados na plataforma. Essa concentração mostra não apenas a paixão nacional pelo futebol, mas também a importância de o mercado regulado ter ferramentas para proteger e orientar os consumidores diante desse enorme fluxo de apostas. O aplicativo da bet KTO já está disponível na loja virtual da plataforma Android. O lançamento deste e de outros apps de bets deve, nesse sentido, permitir que os usuários apostem em um ambiente mais seguro, regulado. A experiência internacional mostra que o fortalecimento do mercado regulado é um dos principais caminhos para reduzir o espaço de operadores ilegais. No Brasil, as autoridades já bloquearam mais de 11 mil domínios de sites sem licença, mas o mercado paralelo persiste. A disponibilização de aplicativos de aposta esportiva autorizados na Play Store funciona como mais uma barreira ao acesso às plataformas clandestinas, que muitas vezes não oferecem qualquer tipo de garantia aos apostadores. Paralelamente a esse avanço, o governo federal prepara a chamada Lista dos Impedidos de Apostar, um cadastro centralizado que reunirá todas as pessoas proibidas por lei de realizar cadastro em bets e utilizar aplicativos de aposta esportiva. Um ponto de destaque é a inclusão dos beneficiários do Bolsa Família, alvos de preocupação do governo. Ainda em 2024, o ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, havia proposto “limite zero” para apostas online usando o cartão do benefício. O ministro reforçou que o programa social não pode ser comprometido por gastos com apostas, lembrando que o recurso deve priorizar a segurança alimentar das famílias atendidas.



Contas inativas serão excluídas pelo Google na próxima semana Foto: Shutterstock

A partir de 1º de dezembro de 2023, o Google vai começar a excluir contas inativas, ou seja, contas que não foram acessadas por seus donos em um período de dois anos. As contas do Google que forem excluídas perderão todo o seu conteúdo, incluindo e-mails e arquivos de Docs, Drive, Meet, Agenda e Fotos. A medida vale apenas para contas pessoais e não vai afetar cadastros na plataforma do Google para empresas, escolas ou outras organizações. Segundo a empresa, a exclusão vai começar por contas que foram criadas e nunca mais foram usadas.

Google contrata Michel Temer para negociar regulamentação das bigs techs Foto: Alan Santos/PR

A empresa Google contratou o ex-presidente da República Michel Temer (MDB) para atuar nas negociações sobre a regulação das big techs — prevista no Projeto de Lei 2630, conhecido como PL das Fake News. Temer já está atuando há três semanas, como uma forma de “mediador”, junto a parlamentares. A informação foi confirmada à Folha de S.Paulo. O ex-presidente chegou a se reunir, em São Paulo, com o deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP), que é relator do PL das Fake News. No encontro, Temer apresentou a perspectiva do Google sobre o projeto, principalmente acerca da possibilidade de responsabilização das plataformas sobre conteúdo publicado pelos usuários. Segundo o deputado Orlando Silva, o relatório está pronto para ser votado em agosto, quando o Congresso retornar do recesso parlamentar. Segundo ele, falta apenas definir a estrutura regulatória, ou seja, o ente que vai monitorar o cumprimento das regras pelas big techs. Há duas sugestões na mesa: a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e o Sistema Brasileiro de Regulação, proposto pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). O projeto de lei também pretende coibir a disseminação de informações falsas nas redes sociais, vetando o uso de robôs ou contas automatizadas que não estejam identificadas como contas que não representam um humano em sua gestão. A ideia é criminalizar o uso das chamadas contas inautênticas, que não representam pessoas reais e são usadas para disseminação em massa de desinformação.

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