Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), se pronunciou neste sábado (22) sobre a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Através de uma rede social, o gestor estadual afirmou que o país vive “um momento que ecoará por muito tempo” e avaliou que a decisão da Justiça representa um marco importante para a defesa da democracia.
O ex-presidente foi preso em casa na manhã deste sábado e levado à sede da Polícia Federal em Brasília.
A prisão é preventiva, sem prazo determinado, e foi solicitada pela PF ao Supremo Tribunal Federal (STF). A Procuradoria-Geral da República (PGR) concordou com a prisão. A ordem foi expedida pelo ministro Alexandre de Moraes, que apontou indícios de que Bolsonaro estava planejando uma fuga.
Segundo o governador Jerônimo Rodrigues, a prisão de um ex-chefe de Estado “não é espetáculo, nem conquista de um lado sobre o outro”, mas sim “o reflexo de uma Justiça que responde com firmeza àqueles que desafiaram a democracia e o povo brasileiro”.
Ele pontuou que, nos últimos anos, o Brasil enfrentou um cenário de tensão, marcado por “mentiras, ameaças e ataques às instituições”.
Jerônimo destacou que a medida adotada pelo Judiciário envia uma mensagem direta sobre a responsabilidade de quem tentou romper com a ordem constitucional. “Há consequências para quem tentou romper com a ordem democrática”, afirmou.
O governador encerrou o pronunciamento ressaltando que o momento deve servir como alerta e fortalecimento das instituições. “Sem dúvida, hoje é um grande dia”, concluiu o governador.
Foto: Divulgação/Sinspeb Mais de 60% dos presídios da Bahia registram mais detentos que a capacidade. Entre deles está o Conjunto Penal de Eunápolis, no extremo sul do estado, onde 16 presos fugiram na quinta-feira (12). Até esta quarta (18), nenhum deles foi recapturado. Segundo a Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap), das 27 unidades prisionais da Bahia, 18 estão superlotadas. Juntas, essas cadeias têm menos de 11 mil vagas (10.954), mas a população carcerária do estado é de 13.604 detentos. Ou seja, são 2.650 presos acima do que o sistema comporta. O Conjunto Penal de Feira de Santana tem capacidade para 1.280 presos, mas abriga 1.946 internos, 666 acima do que deveria. Na Penitenciária Lemos Brito, em Salvador, são 1.409 presos, o que significa 509 detentos além do limite, que é de 900. O Conjunto Penal de Teixeira de Freitas, no extremo sul da Bahia, está com praticamente o dobro da capacidade máxima: são atualmente 608 detentos, sendo que comporta 316. As informações são do G1.