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Apresentadora da TV da Bahia recebe prêmio pela luta contra o racismo Foto: Reprodução/G1

A apresentadora da TV Bahia, Camila Oliveira, recebeu nesta terça-feira (25) o prêmio Maria Felipa, uma honraria concedida a mulheres negras que se destacam na luta por direitos e contra o racismo no estado. De acordo com o G1, o evento aconteceu no Museu da Cultura Afro-Brasileira (Muncab), no Centro Histórico de Salvador. Camila começou a carreira de jornalista aos 17 anos. Natural de Itabuna, no sul da Bahia, ela já trabalhou em rádios e emissora de televisão na sua cidade natal e em Teixeira de Freitas e Eunápolis, no extremo sul do estado. Há 15 anos, a jornalista faz parte da equipe da Rede Bahia de televisão. Atualmente, ela apresenta o Jornal da Manhã ao lado de Ricardo Ishmael. Nesta terça, outras pessoas foram homenageadas com o prêmio, como a cozinha e mãe do cantor Carlinhos Brown, Madalena Brown, a cantora Nara Costa e a influenciadora digital e empresária, Juliana Persan.

Registros de racismo e homofobia disparam no país em 2022 Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2023, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), divulgados hoje (20), mostram que o número de registros dos crimes de injúria racial, racismo e homofobia ou transfobia dispararam em 2022 no país na comparação com o ano anterior. Os registros de racismo saltaram de 1.464 casos em 2021, para 2.458, em 2022. A taxa nacional em 2022 ficou em 1,66 casos a cada 100 mil habitantes, uma alta de 67% em relação ao ano anterior. Os estados com as maiores taxas, de acordo com o anuário, foram: Rondônia (5,8 casos a cada 100 mil habitantes), Amapá (5,2), Sergipe (4,8), Acre (3,3), e Espírito Santo (3,1). Os registros de injúria racial também cresceram. Em 2021 foram 10.814 casos e, em 2022, 10.990. A taxa em 2022 ficou em 7,63 a cada 100 habitantes, 32,3% superior à do ano anterior (5,77). As unidades da federação com as maiores taxas foram Distrito Federal (22,5 casos a cada 100 mil habitantes), Santa Catarina (20,3), e Mato Grosso do Sul (17). Já o crime de racismo por homofobia ou transfobia teve 488 casos registrados em 2022 no país, ante 326, em 2021. A taxa nacional por 100 mil habitantes em 2022 ficou em 0,44 – 53,6% superior ao ano anterior. Os estados com as maiores taxas foram: Distrito Federal (2,4), Rio Grande do Sul (1,1), e Goiás (0,9).

PF apura crime de racismo contra professora negra expulsa de voo em Salvador Foto: Reprodução/G1

A Polícia Federal abriu um inquérito para apurar crime de racismo contra a professora negra que foi expulsa de um voo da Gol Linhas Aéreas, ao se recusar a despachar a mochila com um notebook dentro, na sexta-feira (28). A informação foi divulgada neste domingo (30), pela Superintendência Regional da PF na Bahia, depois que os ministérios da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos acionaram a Procuradoria-Geral da República na Bahia e a PF, para que crimes, infrações e ou violações relacionados ao caso fossem apurados. A PF classificou a retirada da professora Samantha Vitena como “compulsória” e disse que a investigação se manterá em sigilo, até que todo o caso seja apurado. O G1 pediu um posicionamento à companhia aérea, e aguarda retorno. Em uma nota divulgada no sábado (29), a Gol disse que Samantha acomodou a bagagem em um local que obstruía a passagem, o que trazia risco a segurança do voo. Testemunhas e a defesa da professora negam a informação e afirmam que a mochila foi colocada no bagageiro, depois que outros passageiros ajudaram, porque a tripulação a teria ignorado. A reportagem também entrou em contato com a defesa de Samantha, que respondeu que também é necessário apurar a existência de abuso de autoridade.

Lula sanciona lei que equipara crime de injúria racial ao racismo Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou na quarta-feira (11) uma lei aprovada pelo Congresso Nacional que equipara o crime de injúria racial ao de racismo e amplia as penas. A solenidade de sanção ocorreu durante a cerimônia fr posse, no Palácio do Planalto, das ministras Sônia Guajajara (Ministério dos Povos Indígenas) e Anielle Franco (Ministério da Igualdade Racial) Agora, a injúria racial pode ser punida com reclusão de 2 a 5 anos. Antes, a pena era de 1 a 3 anos. A pena será dobrada se o crime for cometido por duas ou mais pessoas. Também haverá aumento da pena se o crime de injúria racial for praticado em eventos esportivos ou culturais e para finalidade humorística. A nova legislação se alinha ao entendimento do Supremo Tribunal Federal que, em outubro do ano passado, equiparou a injúria racial ao racismo e, por isso, tornou a injúria, assim como o racismo, um crime inafiançável e imprescritível. A injúria racial é a ofensa a alguém, um indivíduo, em razão da raça, cor, etnia ou origem. E o racismo é quando uma discriminação atinge toda uma coletividade ao, por exemplo, impedir que uma pessoa negra assuma uma função, emprego ou entre em um estabelecimento por causa da cor da pele.

Nuca: Combate ao racismo visa conquista do Selo Unicef para Brumado Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste

Mobilizadora dos adolescentes no Núcleo de Cidadania dos Adolescentes (Nuca), Luísa de Marilac disse que, neste ano, com a campanha de combate ao racismo (veja aqui), o município de Brumado busca obter a certificação do Selo Unicef. Em entrevista ao site Achei Sudoeste, Marilac explicou que o selo significa que o município melhorou em diversos aspectos, levando em conta áreas como a saúde, educação e social. “O município se desenvolve e ajuda a construir políticas públicas que melhoram a vida da criança e do adolescente”, afirmou. Segundo a mobilizadora, o racismo é um dos temas que o Selo Unicef propõe que seja trabalhado pelas crianças e adolescentes através do Nuca. “Temos também o empoderamento feminino, a igualdade de gêneros, a prevenção da gravidez, oportunidade de empregos, entre outros. Além dos temas trabalhados, o município também precisa alcançar alguns resultados sistêmicos. A ideia é fazer o município crescer”, completou.

Adolescentes do Nuca lançam campanha de combate ao racismo na Câmara de Brumado Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste

Nesta segunda-feira (07), adolescentes do Núcleo de Cidadania de Adolescentes (Nuca) estiveram na Câmara de Vereadores de Brumado para lançar uma campanha de combate ao racismo. Em entrevista ao site Achei Sudoeste, Jeissiane Almeida Lopes disse que a ideia é conscientizar as pessoas sobre o assunto e combater o preconceito racial. “O Nuca me ensinou a amar mais a minha cor, a minha raça. Me mostrou de diversas formas que isso não é algo que eu deva estar escondendo, com vergonha ou algo do tipo. Devo ter orgulho porque, independentemente de qualquer coisa, todos nós somos iguais”, afirmou. Membro do grupo, Sandro Santos destacou que, como parte da programação da campanha, o Nuca realizará palestras nas escolas, rodas de conversa e uma caminhada. Esta acontece no próximo dia 18, da Praça Armindo Azevedo até o Semac, onde será promovido um debate com profissionais da área.

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