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Funcionário é decapitado por hélice de avião antes da decolagem Foto: Reprodução/Redes Sociais

Um homem, que trabalhava no aeroporto de Boyarskiy (Khanty-Mansiysk, Rússia), morreu após ser atingido por uma das hélices de um avião que se preparava para decolar na última sexta-feira (19). O funcionário, identificado como Andrey Abakumov, tinha 48 anos e era técnico no aeroporto. O trabalho dele consistia em preparar os aviões para a decolagem. Pouco antes do acidente, o homem foi flagrado, através das câmeras de segurança, auxiliando no preparo da aeronave. Em um determinado momento, Andrey abaixou para não ser atingido por uma das hélices, mas acabou se descuidando e teve seu pescoço arrancado do corpo. Ele trabalhava no aeroporto há cinco anos. De acordo com informações do jornal 'Pravda', ele chegou a passar por exames médicos antes de trabalhar.

Mãe escreve na filha por medo de perdê-la na guerra na Ucrânia Foto: Reprodução/Instagram

Quando as tropas russas invadiram a Ucrânia, Aleksandra Makoviy foi tomada pelo medo. Moradora de Kiev, disse ter sido acordada com o “sons ensurdecedores e poderosos de explosões”. De acordo com o jornal o Globo, sem perspectiva sobre como seriam os próximos dias, temeu o que aconteceria com a filha, Vira, de apenas dois anos. Ela decidiu então escrever com uma caneta os dados pessoais nas costas da menina. “Assinei com as mãos tremendo muito. Pensava no caso de algo acontecer conosco e alguém buscar por sobreviventes. Ou ainda que ela poderia se perder, o que, na minha lógica, só aconteceria se eu também fosse vítima de algo”, compartilhou Aleksandra em um post no Instagram na última sexta-feira (01). A ucraniana também escreveu em um papel as informações sobre a filha e o colocou no bolso de um macacão que ela usava. Estavam ali o nome completo, contato dos avós e até o endereço da família na capital. Felizmente, ela e a menina conseguiram fugir da guerra e as informações “tatuadas” no corpo da criança não foram necessárias. “Dói ver a galeria de fotos. Há ali uma vida tão maravilhosa que tivemos. Ainda não consigo tirar do bolso do macacão esse papel embaralhado. Embora estejamos agora num local seguro”, contou. Aleksandra está hoje abrigada no Sul da França. Nesta terça-feira, informou que foi acolhida como refugiada após atravessar a fronteira com a Polônia. A publicação não tem notícias sobre o marido dela, o escultor Vitaliy Makoviy. Homens entre 18 anos e 60 anos foram proibidos de deixar o país. “Quero agradecer aos voluntários da França. E também a todas as pessoas que nos ajudaram a fugir e nos apoiaram. E sou especialmente grata à Polônia. O que este país fez pelos ucranianos é inestimável. Sem a ajuda deles, não teríamos sobrevivido”, ressaltou em outra publicação.

Baiano relata fome e dormida em rua para fugir da guerra na Ucrânia Foto: Arquivo pessoal

Um brasileiro relatou ter passado fome e dormido na rua, em um frio de - 4º C, para fugir da guerra na Ucrânia. Ele chegou à Bahia na quarta-feira (23) e reencontrou a família, após passar por outros países, como Moldávia, Romênia e Sérvia. De acordo com o G1, Alain Santos Cidreira é consultor financeiro internacional e vivia na Ucrânia há quatro anos, por causa do trabalho. O apartamento onde ele morava fica em Odessa e ele contou como foi o começo dos conflitos por lá. “Dia 24 de fevereiro, às 4h, eu escutei a primeira bomba. Às 7h, eu ouvi a segunda, às 8h foi a terceira. Muito forte o impacto, o prédio tremendo, os vizinhos todos correndo. Na descida do prédio, na rua principal da avenida que eu morava, já estavam meus vizinhos todos na rua, alguns armados”, lembrou. Na fuga, Alain deixou para trás o emprego, o imóvel, além do carro e até o cachorrinho de estimação, chamado Sammy. Ele percorreu mais de 1200 km de carro até a fronteira com a Moldávia, com ajuda de um atravessador. Para chegar a uma estação de trem, Alain precisou caminhar por mais de duas horas e meia e da Moldávia, foram mais 430 km percorridos em trem e ônibus até chegar a Bucareste, na Romênia. De lá, ele enfrentou mais uma viagem de avião, até chegar em Belgrado, capital da Sérvia. “Cheguei na Sérvia e dormi na rua por uma noite, porque o dinheiro tinha acabado. Passei frio, fome. Naquele dia estava -4º. Não tinha comida e eu estava muito com frio. No dia seguinte, fui para embaixada brasileira”, recordou, emocionado. Depois de chegar na embaixada, foram mais duas semanas esperando a repatriação. O processo burocrático duraria cerca de dois meses, mas a família e os amigos se organizaram e arrecadaram R$ 4 mil para pagar mais uma passagem aérea. Alain chegou a Salvador depois de mais de 30 horas de viagem em um voo com escalas no Catar e em São Paulo. No aeroporto, ele recebeu o carinho da família.

Com voto do Brasil, ONU aprova texto contra a invasão da Ucrânia pela Rússia Foto: Reprodução/ONU

Após três dias de discursos de mais de cem de países no Fórum da Assembleia Geral das Nações Unidas para defender a paz e a segurança, nesta quarta-feira (2) foi aprovada uma resolução contra a invasão russa da Ucrânia. O Brasil se alinhou à ampla maioria e também votou a favor. Os países que votaram contra foram Rússia, Belarus, Síria, Coreia do Norte e Eritreia. A China se absteve. O texto “deplora nos mais fortes termos a agressão da Rússia contra a Ucrânia”. Ela é não vinculante, o que significa que, a partir dela, os países não são obrigados a fazer nada. Sua importância, portanto, é política: mostra como a maioria dos países vê a invasão promovida por Moscou. Boa parte da comunidade internacional acusa a Rússia de Vladimir Putin de violar o artigo 2 da Carta das Nações Unidas, que pede aos seus membros para não recorrer a ameaças ou à força para solucionar conflitos. O texto, promovido pelos países europeus e Ucrânia, e apoiado por 141 países de todas as regiões do mundo, sofreu inúmeras alterações nos últimos dias para chegar a um acordo mínimo aceitável para os mais relutantes. A resolução deixou de “condenar”, como estava inicialmente previsto, para "deplorar nos mais fortes termos a agressão da Rússia contra a Ucrânia”. Praticamente todos os oradores na Assembleia condenaram a guerra, a insegurança e o risco de escalada do conflito armado em um mundo que começava a se recuperar dos estragos devastadores da pandemia de Covid-19, como demonstra a escalada de preços das matérias-primas, principalmente do gás e petróleo, ou a queda das bolsas de valores. Sem mencionar a iminente crise humanitária que já levou centenas de milhares de cranianos a deixar o país em busca de um lugar seguro e causou dezenas de mortes de civis. A Rússia sustenta que sua invasão é “legítima defesa”. “Não foi a Rússia que iniciou esta guerra. Essas operações militares foram iniciadas pela Ucrânia contra os habitantes de Donbass (a região separatista no leste do país) e contra todos aqueles que não concordavam com ela”, defendeu como um mantra o embaixador russo Vassily Nebenzia, no fórum internacional em Nova York.

Fifa proíbe a Rússia de disputar Eliminatórias e Copa do Mundo Foto: AFP

Conforme antecipado pelo Ge, a Fifa suspendeu a Federação de Futebol da Rússia. O que significa que o país está proibido de disputar as Eliminatórias para a Copa do Mundo do Catar – e consequentemente do próprio Mundial. A decisão, que foi tomada em conjunto com a Uefa, envolve todas as seleções russas, incluindo seleções de base, masculinas e femininas, além dos clubes do país. A Rússia pode recorrer da decisão ao Tribunal Arbitral do Esporte (TAS). As medidas foram tomadas pelo Bureau do Conselho da Fifa, instância da entidade que inclui os presidentes das seis confederações continentais de futebol, e pelo Comitê Executivo da Uefa – órgão que toma todas as decisões mais importantes do futebol europeu. A Uefa também anunciou a rescisão do contrato de patrocínio com a empresa estatal russa Gazprom. A dura medida ocorre no mesmo dia em que o Comitê Olímpico Internacional (COI) recomendou às federações de cada modalidade que excluam atletas de Rússia e Belarus de todas as competições internacionais. A Rússia disputaria uma partida pela repescagem das Eliminatórias para a Copa no dia 24 de março, contra a Polônia – que se recusava a participar do jogo e enfrentar a Rússia em qualquer circunstância. A mesma posição era compartilhada por República Tcheca e Suécia, que também se enfrentam pelas Eliminatórias – num jogo cujo vencedor pegaria quem ganhasse entre Rússia e Polônia. Ainda não está decidido se a Polônia vai avançar diretamente à próxima fase das Eliminatórias da Europa para a Copa do Mundo ou se alguma outra solução esportiva será encontrada. O certo é que a Uefa é quem tomará essa decisão.

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