Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste A cidade de Malhada de Pedras vive um momento grave de calamidade hídrica. Ao site Achei Sudoeste e ao Programa Achei Sudoeste no Ar, Lucas Ataíde, secretário de Agricultura, Meio Ambiente e Recursos Hídricos e coordenador da Defesa Civil municipal, disse que a situação é ainda mais preocupante, visto que não há locais de captação de água na cidade. “Antigamente, tínhamos diversas fontes de água, mananciais que poderíamos fazer a captação para distribuição à comunidade, mas hoje não temos”, afirmou. Sem fontes hídricas, o local mais próximo para captação de água na região é Brumado. No período de chuvas de 2024/2025, Ataíde explicou que o município passou por uma seca severa e não foi feita a pluviosidade adequada, o que reflete no momento atual e complica a questão da estiagem na região. Com uma média de chuvas que varia de 700 a 900 mm anualmente, o coordenador informou que, no ano passado, o Município não supriu a sua necessidade hídrica, registrando apenas 200 mm de precipitações. Aliado ao fato de novembro de 2024 ter sido o mês mais quente da história, Malhada de Pedras tem o prognóstico de viver uma seca mais alongada neste ano. “As previsões não são animadoras. Infelizmente, as perspectivas a longo prazo não são favoráveis, mas pra Deus nada é impossível”, finalizou.
Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste O prefeito de Malhada de Pedras, Beto de Preto Neto (PSD), se reuniu com a comunidade neste sábado (12) para discutir ações de convivência com a seca, tendo em vista o agravamento da estiagem na cidade. Em entrevista ao site Achei Sudoeste e ao Programa Achei Sudoeste no Ar, o gestor destacou que a situação é séria e exige total atenção do poder público. “Acreditamos que esta será a maior seca dos últimos tempos. Por isso, estamos aqui hoje reunidos com vereadores, lideranças comunitárias e presidentes de sindicatos e associações para traçarmos um plano de ação para o combate à seca porque o caso é muito sério”, afirmou. Apesar de todo empenho da gestão, o prefeito explicou que a demanda é grande e a ideia é buscar ajuda do Governo do Estado. “Vamos formalizar um documento e mostrar para o governador a real situação e um retrato do que vivemos aqui hoje”, apontou.
Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste Atualmente, mais de 60 poços artesianos encontram-se funcionando na zona rural. Segundo Beto de Preto Neto, o governador já prometeu que irá mandar o mais breve possível uma equipe para o município a fim de fazer funcionar os poços de propriedade do Estado na região. Do governo, a administração também solicitou recursos financeiros para contratação de carros pipa, limpezas de aguadas, cestas básicas, extensão de redes de água e melhorias dos sistemas que já existem na cidade. Com poços diminuindo a vazão e secando devido à falta de chuvas, o prefeito disse que a solução pode ser temporária. “É preocupante. A cada momento, vemos a situação se agravando, mas nós temos que ir cuidando da melhor maneira que pudermos”, completou.
Foto: WhatsApp/Achei Sudoeste O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), por meio da Defesa Civil Nacional, reconheceu, nesta sexta-feira (11), a situação de emergência no município de Caetanos. De acordo com o Diário Oficial da União (DOU) a cidade foi afetada pela estiagem. Agora, a prefeitura já pode solicitar recursos do Governo Federal para ações de defesa civil, como compra de cestas básicas, água mineral, refeição para trabalhadores e voluntários, kits de limpeza de residência, higiene pessoal e dormitório, entre outros. Cidades com o reconhecimento federal de situação de emergência ou de estado de calamidade pública podem solicitar ao MIDR recursos para ações de defesa civil. A solicitação pelos municípios em situação de emergência deve ser feita por meio do Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2iD). Com base nas informações enviadas nos planos de trabalho, a equipe técnica da Defesa Civil Nacional avalia as metas e os valores solicitados. Com a aprovação, é publicada portaria no DOU com o valor a ser liberado. A Defesa Civil Nacional oferece uma série de cursos a distância para habilitar e qualificar agentes municipais e estaduais para o uso do S2iD. As capacitações têm como foco os agentes de proteção e defesa civil nas três esferas de governo.
Foto: Kauê Souza/Achei Sudoeste A situação da Barragem Luiz Vieira inspira preocupação. Na última segunda-feira (07), o reservatório registrou um volume de 39.618.349 m³, o que equivale a 39,87% de sua capacidade total. Moradores e produtores rurais da região estão apreensivos com a possibilidade de o cenário se agravar, tendo em vista que não há previsão de chuvas significativas até o mês de outubro. De acordo com as previsões, neste mês de abril, pequenos volumes de chuva devem ocorrer, porém o acumulado não é suficiente para causar mudanças significativas no nível do açude. Com a estiagem prolongada, o temor é que o desabastecimento impacte negativamente na produção agrícola local, especialmente na fruticultura, que é uma das principais atividades econômicas do município. Os produtores já começaram a reavaliar estratégias de uso da água e clamam por ações do poder público para mitigar os efeitos da escassez nos próximos meses.
Foto: WhatsApp/Achei Sudoeste O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), por meio da Defesa Civil Nacional, reconheceu, nesta terça-feira (8), a situação de emergência na cidade baiana de Mirante, afetada pela estiagem. A portaria com o reconhecimento foi publicada no Diário Oficial da União (DOU). Agora, a prefeitura já pode solicitar recursos do Governo Federal para ações de defesa civil, como compra de cestas básicas, água mineral, refeição para trabalhadores e voluntários, kits de limpeza de residência, higiene pessoal e dormitório, entre outros. Até o momento, a Bahia tem 83 reconhecimentos vigentes, dos quais 63 por estiagem, 18 por chuvas intensas, um por enxurradas e um por alagamentos.
Foto: Kauê Souza/Achei Sudoeste Diante da grave seca que assola o município de Malhada de Pedras, o prefeito Beto de Preto Neto (PSD) afirmou em entrevista ao site Achei Sudoeste e ao Programa Achei Sudoeste no Ar, que a população será ouvida antes da prefeitura decidir sobre a realização de eventos tradicionais no município, como o São João e o aniversário da cidade, comemorado em julho. “Eu fiz aqui uma análise, fiz contas e Malhada de Pedras não tem condições de fazer festas e tratar do combate à seca. Então nós vamos fazer uma audiência pública, vou convocar a autoridades do município, as lideranças, vereadores e o povo e vou consultar o nosso povo se eu posso gastar o nosso recurso pouco que nós temos com combate à seca ou fazer festa”, afirmou o prefeito. A decisão será tomada com base na escuta popular. “É claro que a festa é bom, é uma coisa boa demais, porém nós não temos recursos para fazer as duas coisas e eu vou tomar a decisão que o povo tomar. Eu vou ouvir o povo do que a gente deve fazer o que é melhor para eles.”, reforçou Beto. A situação hídrica do município é crítica: diversas aguadas estão completamente secas e a prefeitura tem atuado com caminhões-pipa para abastecer as comunidades rurais. Atualmente, dois veículos da frota municipal atuam diariamente — inclusive aos domingos e a gestão deve abrir credenciamento para contratação de novos pipeiros, aumentando a capacidade de atendimento. O prefeito também destacou uma ação importante no enfrentamento à crise: a liberação de água do Açude do Truvisco. “Já conseguimos, mas não chegou no município e agora estamos recorrendo ao governador para liberar essa água para chegar aqui, porque os açudes da zona rural de Malhada de Pedras já estão secas ou secando, então nós temos que ter um lugar, um açude para poder pegar de carro pipa que é esse açude de malhada de pedras. Estamos na luta e vamos conseguir”, explicou o prefeito. Enquanto a decisão sobre a realização das festas não é tomada, a prefeitura segue concentrada nas ações de enfrentamento à seca, com prioridade máxima no abastecimento de água às comunidades da zona rural do município.
Foto: Amanda Ercília/GOVBA Neste domingo (6), o governador Jerônimo Rodrigues (PT) reuniu no Centro de Operações e Inteligência (COI), no Centro Administrativo da Bahia, secretários estaduais e dirigentes de órgãos ligados à defesa civil, segurança hídrica, desenvolvimento rural, assistência social, entre outros, com o objetivo de consolidar estratégias e definir novas ações do Governo do Estado para a convivência com a seca. A reunião com a equipe serviu como base para a elaboração de um plano emergencial que será apresentado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda nesta semana, em Brasília. “A Bahia sempre teve embates firmes com os efeitos da seca. É histórico. Mais de 70% do nosso território é semiárido e agora temos regiões em transição para condição de áridas, praticamente em processo de desertificação”, explicou Jerônimo. Atualmente, cerca de 70 municípios já decretaram situação de emergência e esse número deve aumentar nos próximos dias. Jerônimo explicou que o decreto facilita o acesso a recursos federais e o aporte do próprio Estado para ações emergenciais. As iniciativas incluem limpeza de aguadas, apoio com carros-pipa, construção de cisternas e entrega de equipamentos para alimentação animal. O Governo do Estado deve anunciar novos investimentos em até dez dias.
Foto: WhatsApp/Achei Sudoeste Em meio à forte estiagem que atinge o município de Malhada de Pedras, a prefeitura vem intensificando as ações para combater os efeitos da seca e garantir o abastecimento de água para a população. Um dos destaques mais recentes é a perfuração de um poço artesiano na comunidade de Saco Fundo, que apresentou uma vazão surpreendente de 36 mil litros de água doce. O poço, perfurado em frente à igreja da localidade, deve beneficiar diretamente 30 famílias e também vai servir de apoio para outras comunidades vizinhas, inclusive com o uso de caminhões-pipa para a distribuição da água. “Realmente a gente está aqui com uma preocupação muito grande que é a seca e nós estamos buscando recursos para amenizar a situação do nosso povo. Tivemos a benção de Deus nesse poço artesiano. Perfuramos vários, mas esse na comunidade de Saco Fundo deu 36 mil litros de água doce, onde a gente vai poder distribuir para a comunidade e também abastecer outras localidades”, afirmou o prefeito Beto de Preto Neto (PSD), em entrevista ao site Achei Sudoeste e ao Programa Achei Sudoeste no Ar. De acordo com o gestor, o município tem trabalhado de forma contínua na perfuração de novos poços e na ativação de outros que estavam inativos. “Alguns estão funcionando e outros a gente vai instalar agora e instalamos alguns poços que a Cerb tinha perfurado e não tinha instalado e fizemos algumas distribuições através de rede de água e agora estamos planejando para que a gente possa perfurar mais poço e distribuir mais águas para a nossas comunidades, para assim amenizar o sofrimento do nosso povo”, explicou o prefeito. Com a seca se intensificando em regiões da zona rural, a gestão municipal definiu como prioridade em 2025 o enfrentamento à estiagem e o atendimento direto às famílias atingidas. “Inclusive, nesse ano de 2025, a prioridade do nosso governo é ajudar a amenizar o sofrimento do nosso povo diante dessa seca. Os recursos que nós temos, vamos priorizar o atendimento ao nosso povo”, reforçou Beto.
Foto: João de Jesus/Macaúbas FM/Achei Sudoeste A tradicional festa de aniversário da cidade de Ibipitanga, que é realizada em 16 de julho, pode não acontecer em virtude da seca. O prefeito Humberto Rodrigues (PT), o Beto, disse em entrevista à Macaúbas FM 103,9 que, devido ao agravamento da situação, ele e sua equipe estabeleceram uma data limite para decidir sobre a promoção ou não da festa. “Não depende da gente, depende do clima. Como que vamos fazer festa se o povo tá sofrendo? Se o povo estiver sofrendo não tem alegria”, afirmou. Rodrigues acredita que só com a ocorrência de chuvas em abundância o cenário seria modificado, com perspectivas positivas para realização do evento. A prioridade, conforme reforçou, é garantir o abastecimento de água e apoiar a população mais vulnerável. “Estamos planejando a festa e planejando cuidar do povo. Se chover bem, mudar o clima e tiver condições, nós iremos fazer a festa. Se não tiver clima, a seca se abater sobre o nosso município e nosso povo tiver sofrendo e necessitando de cuidados, vamos pegar o dinheiro da festa para cuidar do povo”, adiantou. O prefeito justificou que o dinheiro seria usado para a abertura de poços artesianos, serviços de encanamento de água, limpeza de aguadas e outras ações de convivência com a seca para diminuir o sofrimento do povo. “É preciso ter cautela, a gente tem que cuidar do povo. Não podemos de maneira nenhuma deixar o povo desassistido. Nossa principal preocupação é com o povo, que ele sofra o menos possível”, finalizou.
Foto: Divulgação/UPB A grave seca enfrentada pelos municípios baianos levou o presidente da União dos Municípios da Bahia (UPB), Wilson Cardoso, a solicitar apoio do Governo Federal, em Brasília, na quinta-feira (03). O prefeito de Andaraí participou com o presidente Lula do lançamento do programa Brasil Dando a Volta por Cima, esteve no Palácio do Planalto, onde relatou a escassez de água que afeta o interior, na região da Chapada Diamantina e Irecê. A estiagem prolongada cortou o Rio Utinga, provocou a morte de rebanhos e já há municípios suspendendo aulas por conta do desabastecimento de água. Cardoso reforçou a importância de dar celeridade na assistência à população dos municípios atingidos. Ele acrescentou ainda que a UPB fará a orientação aos municípios sobre a solicitação do estado de emergência, que deve ser feita à Defesa Civil, com portaria de reconhecimento federal da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil, do Ministério da Integração Nacional. O estado de emergência é uma situação jurídica especial que permite a execução de ações de socorro e assistência humanitária.
Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), por meio da Defesa Civil Nacional, reconheceu, nesta sexta-feira (4), a situação de emergência nas cidades baianas de Bom Jesus da Lapa, na região oeste da Bahia e Ibitiara, na Chapada Diamantina, afetadas pela estiagem. A portaria com os reconhecimentos foi publicada no Diário Oficial da União (DOU). Agora, as prefeituras já podem solicitar recursos do Governo Federal para ações de defesa civil, como compra de cestas básicas, água mineral, refeição para trabalhadores e voluntários, kits de limpeza de residência, higiene pessoal e dormitório, entre outros. Até o momento, a Bahia tem 85 reconhecimentos vigentes, dos quais 65 por estiagem, 18 por chuvas intensas, um por enxurradas e um por alagamentos.
Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste O presidente da União dos Municípios da Bahia (UPB) e prefeito de Andaraí, Wilson Cardoso, chamou de gravíssima a crise hídrica que afeta populações ribeirinhas e o abastecimento de municípios na região da Chapada Diamantina. Em reunião nesta terça-feira (1°), com a presença do secretário de Relações Institucionais, Adolpho Loyola, do secretário de Desenvolvimento Rural, Osni Cardoso, da presidente da Assembleia Legislativa, Ivana Bastos, e da presidente do Consórcio Chapada Forte, prefeita Vanessa Senna de Lençóis, Wilson fez um alerta sobre a necessidade de ações emergenciais e estruturantes que evitem situações como a do Rio Utinga, que secou quase que completamente por conta da estiagem prolongada. “No início do governo de Jerônimo foi uma situação grave, mas sem drama, essa é a mais grave. É gravíssima. Se for pelas previsões aí do Climatempo, nós não vamos ter chuva até início de novembro. Então, se tiver é cinco, 10 milímetros, que não dá nem para tirar a poeira. Então, a situação é muito grave, não só água para o consumo humano, mas nós temos a região de Wagner, que está em uma situação muito crítica, que o abastecimento de água da cidade, depende, pura e exclusivamente do Rio Utinga, onde já cortou”, explicou o presidente da UPB, que na última semana se reuniu com o secretário estadual do Meio Ambiente, Eduardo Sodré Martins, e a diretora do Inema, Maria Amélia Lins. Cardoso pediu o apoio e a articulação do secretário Adolpho Loyola para ações imediatas de abastecimento da população, mas também para obras estruturantes de pequenos barramentos que reduzem as chances de seca do rio. A prefeita Vanessa Senna também apontou demandas como a perfuração e limpeza de poços artesianos, além do uso de cisternas. “A cidade de Wagner está com aulas suspensas. Então, a gente está vivendo uma situação muito difícil”, disse a gestora que preside o Consórcio Chapada Forte. O prefeito de Souto Soares, Doutor Lucas, também esteve presente para alertar que o rio que abastece o município, o Rio Tijuco, também está quase secando. O prefeito de São Gabriel, Mateus Machado, também participou da reunião. Adolpho Loyola afirmou que o Governo do Estado, junto ao Governo Federal, atuará para minimizar os impactos da estiagem. “Nosso compromisso é seguir ampliando os esforços com responsabilidade e sensibilidade social. Vamos seguir mobilizando recursos, ouvindo as lideranças locais e trabalhando em parceria para garantir soluções que cheguem a quem mais precisa”, destacou o titular da Serin pelas redes sociais.
Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), por meio da Defesa Civil Nacional, reconheceu, nesta quarta-feira (2), a situação de emergência em duas cidades baianas afetadas pela estiagem: Vitória da Conquista e Oliveira dos Brejinhos. A portaria com os reconhecimentos foi publicada no Diário Oficial da União (DOU). Mediante a atualização, as prefeituras podem solicitar recursos do Governo Federal para ações de defesa civil, como compra de cestas básicas, água mineral, refeição para trabalhadores e voluntários, kits de limpeza de residência, higiene pessoal e dormitório, entre outros. Até o momento, a Bahia tem 83 reconhecimentos vigentes, dos quais 63 por estiagem, 18 por chuvas intensas, um por enxurradas e um por alagamentos. O reconhecimento de situação de emergência é válido por três meses.
Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste A cidade de Macaúbas está sendo bastante afetada pela seca. A estiagem prolongada na região tem impactado na falta de água para consumo humano. Ao site Achei Sudoeste e ao Programa Achei Sudoeste no Ar, o prefeito Aloísio Rebonato (MDB) disse que, caso não sejam registradas chuvas, já começará a faltar água para os animais entre os meses de agosto e setembro. Diante da situação crítica, a prefeitura tem articulado algumas ações de convivência com a seca, como a execução da operação pipa, a criação e limpeza de aguadas e o mapeamento de todos os poços artesianos do município. “Estamos realmente preocupados. Temos feito reuniões nas comunidades para que possamos em conjunto buscar outras soluções”, afirmou. Classificando o cenário como de calamidade hídrica, Rebonato fez um apelo à população em prol do consumo consciente da água. “Precisamos ter consciência porque aqui chove bem, mas em um período só”, apontou.
Foto: Divulgação/UPB Diante da grave seca que assola o estado, a União dos Prefeitos da Bahia (UPB) já tem se articulado para definir ações estratégicas para auxiliar os municípios baianos nesse momento de crise. Em entrevista ao site Achei Sudoeste e ao Programa Achei Sudoeste no Ar, o prefeito de Andaraí, Wilson Cardoso (PSB), presidente da entidade, informou que se reuniu com representantes do governo do estado nesta terça-feira (01) a fim de socorrer os municípios mais atingidos. “É uma preocupação muito grande”, afirmou. Sem previsão de chuva para os próximos cinco meses, Cardoso disse que a ideia é garantir medidas eficazes de abastecimento da população e ações de convivência com a seca.
Foto: Kauê Souza/Achei Sudoeste A seca tem afetado diversas cidades da região. Em Ituaçu, na Chapada Diamantina, o prefeito Phellipe Brito (PSD) disse que os moradores estão começando a enfrentar algumas dificuldades devido à estiagem prolongada. Ao site Achei Sudoeste, Brito afirmou que, embora as comunidades rurais do município tenham um sistema de abastecimento de água estruturado, com a baixa quantidade de chuvas, a tendência é que a disponibilidade vá diminuindo com o passar do tempo. “Estamos atentos e, nas comunidades onde houver necessidade de carro pipa, vamos ter que contratar. No momento, não temos precisado, mas com essa seca e sem previsão alguma de chuva será necessário”, afirmou. Para o prefeito, o maior problema é ter onde buscar água para consumo humano no caso de necessidade de implantação da operação pipa. “Com a baixa nos poços artesianos e o baixo volume de água nos rios, como vamos fazer para abastecer? É preocupante, inclusive já relatei isso para o Governo do Estado”, completou.
Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste O município de Malhada de Pedras está vivendo em situação de calamidade hídrica. Preocupado, o prefeito Beto de Preto Neto esteve com uma comitiva na cidade de Caculé pedindo a liberação emergencial da água da Barragem do Truvisco a fim de atender as famílias mais afetadas na zona rural. Em entrevista ao site Achei Sudoeste e ao Programa Achei Sudoeste no Ar, o gestor destacou que cerca de 2 milhões de m³ de água foram liberados da região, porém parte do volume foi represado em algumas barragens no percurso do Rio do Antônio e outra foi absorvida em pontos de areia seca. No momento, a água restante encontra-se na divisa do município de Guajeru com Malhada de Pedras. O prefeito garantiu que está lutando para que a água continue sendo liberada com o objetivo de encher a barragem da cidade. “É uma alternativa para oferecermos água para zona rural com caminhão pipa, senão, nos próximos meses, não teremos de onde pegar água de caminhão pipa para servir ao povo”, explicou. Caso a barragem seja abastecida em sua capacidade máxima, o Município conseguirá oferecer água à população do interior durante o ano através de caminhões pipa. Aliado a isso, o prefeito afirmou que a administração tem perfurado e instalado poços artesianos na zona rural a fim de aliviar o sofrimento do povo. Nesse mesmo propósito, Neto esteve nesta quinta-feira (27) com a presidente da AL-BA, deputada Ivana Bastos, e com representantes da Superintendência Estadual de Recursos Hídricos para angariar recursos para ações de convivência com a seca. “Estamos buscando todo apoio. Vamos recorrer onde for possível para minimizar o sofrimento do homem do campo. Durmo e acordo pensando na seca em Malhada neste ano porque tudo se encaminha para ser a maior dos últimos anos”, concluiu.
Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste Em Guanambi, as comunidades rurais vivem um momento difícil em virtude da seca e da falta d’água. Ao site Achei Sudoeste e ao Programa Achei Sudoeste no Ar, o secretário municipal de agricultura e recursos hídricos, Vanderlei Florêncio, informou que as famílias afetadas estão sendo abastecidas através da Operação Pipa, tendo em vista que os reservatórios que abastecem a cidade estão operando bem abaixo de sua capacidade. “A nossa maior preocupação é com a água para os animais. A potável, graças a Deus, com a Operação Pipa a gente consegue amenizar um pouco”, ponderou. Com muitas aguadas já secas, o secretário afirmou que diversos produtores rurais estão encontrando dificuldades para matar a sede dos animais. Cerca de 60% desses agricultores familiares vivem em calamidade hídrica. Apesar da situação crítica, a previsão meteorológica prevê a ocorrência de chuvas para este final de mês. Em algumas comunidades rurais da região, pequenas precipitações foram registradas.
Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste Em alusão ao Dia Mundial da Água, celebrado em 22 de março, a Associação Divina Providência fez um alerta à sociedade para reflexão sobre esse bem tão precioso. Em entrevista ao site Achei Sudoeste e ao Programa Achei Sudoeste no Ar, a diretora da entidade Luciane Martins destacou que, na região do Sertão Baiano, a água está escassa e se vive um período crítico com relação à seca. Sem previsão de chuvas, Martins salientou que é muito importante usar a água de forma consciente. “Precisamos economizar, não desperdiçar água porque ela fará falta”, pontuou. Neste ano, o tema da Campanha da Fraternidade é Ecologia Integral e a associação busca refletir não só sobre a escassez de água, mas também sobre todas as ações que praticamos e degradam o meio ambiente, especialmente em um momento de tantos eventos climáticos adversos. Luciane informou que, desde 2005, a Divina Providência trabalha como entidade executora de programas de convivência com o semiárido. “Já construímos, não só no território do Sertão Produtivo e na Bacia do Paramirim, mas em outros territórios também cerca de 24 mil cisternas”, apontou. São milhares de famílias atendidas com essas tecnologias de convivência com a seca que mantém as pessoas na zona rural com água de qualidade. Isso porque, segundo Martins, famílias de baixa renda não conseguiriam executar esse tipo de projeto, que é de alto custo. “É um benefício muito grande”, exaltou. Na data simbólica, a Divina Providência chamou a atenção nas mídias sociais sobre a necessidade de preservação da água, emergências climáticas e exaustão do planeta.
Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste A seca também tem castigado Vila Mariana e demais comunidades rurais da cidade de Caraíbas. Ao site Achei Sudoeste e ao Programa Achei Sudoeste no Ar, o morador José Carlos Lima Santos destacou que a região vive um momento delicado devido à estiagem prolongada. Os produtores rurais têm sido especialmente afetados porque, além da água para consumo, a seca diminuiu a água utilizada para plantação e criação animal. “O pessoal está na mão com a cabeça sem saber o que fazer”, afirmou. Segundo José Carlos, a prefeitura não tem condições de dar assistência à demanda total de moradores que têm sofrido com a seca na zona rural. Aqueles que têm melhores condições conseguem viabilizar água por meio de recursos próprios, porém aqueles que não ficam no aguardo de uma solução por parte do poder público. A Barragem do Rio Gavião, em Anagé, é a responsável por abastecer a cidade de Caraíbas. No entanto, o morador apontou que a situação é grave, visto que as aguadas estão todas secas. “Esperamos que nos próximos dias a chuva venha amenizar o sofrimento dessas pessoas. Vivemos uma dificuldade grande”, lamentou. Na região, um caminhão pipa custa, em média, R$ 250.
Foto: Kauê Souza/Achei Sudoeste A cidade de Feira da Mata, no oeste da Bahia, tem sofrido com a seca intensa. Neste ano, o município registrou baixíssima quantidade de chuvas e o prefeito Valmir Rodrigues (PSD) define a situação como insustentável. Ao site Achei Sudoeste e ao Programa Achei Sudoeste no Ar, ele relatou que, de janeiro até agora, a estiagem piorou bastante. Com a sua economia baseada na pecuária, a cidade está vivendo um período muito difícil. “Estamos muito preocupados”, afirmou. Caso não sejam registradas chuvas nos próximos dois meses, o gestor afirmou que a economia do município será totalmente afetada. “Sem comentários. Não tem como sobreviver sem chuva. A economia fica 100% afetada”, completou. No momento, Feira da Mata tem realizado a Operação Pipa para assistência às famílias mais atingidas.
Foto: Macaúbas FM Diante da grave falta de água que atinge o município de Novo Horizonte, na Chapada Diamantina, a prefeitura decretou estado de calamidade pública. Segundo a Macaúbas FM, todas as festividades tradicionais do ano, incluindo cavalgadas e festas juninas, estão suspensas. A decisão foi tomada pelo prefeito Rogério Prado (PSD), visando priorizar o abastecimento da população e dos animais. A crise se agravou com a redução drástica na vazão dos poços, chegando a menos de um terço da capacidade normal. A gestão municipal já busca apoio do governo federal para abertura de novos poços e envio de carros-pipa. “Água é vida. Sem água, não há vida para nós nem para nossos animais”, ressaltou Prado. O gestor destacou que há meses a gestão municipal aguardava chuvas para amenizar a crise, mas com a continuidade da estiagem, foi inevitável decretar a calamidade. Ao todo, 14 eventos deixarão de acontecer no município este ano. A prefeitura pede a compreensão de todos e segue adotando medidas emergenciais para minimizar os impactos da estiagem.
Foto: Kauê Souza/Achei Sudoeste Nesta sexta-feira (21), o governador Jerônimo Rodrigues (PT) esteve na cidade de Cocos, no oeste da Bahia, na inauguração de um trecho da BR-135. Ao site Achei Sudoeste e ao Programa Achei Sudoeste no Ar, o chefe do executivo estadual falou sobre a seca que tem castigado vários municípios na Bahia. O governador assegurou que o governo está pronto para socorrer os locais com ações de convivência. “O que podemos fazer é socorrer com adução de água, carro pipa, alimentação animal... Vamos ter que renovar o pacote que fizemos em 2023”, garantiu.
Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste Na região sudoeste da Bahia, muitos municípios declararam situação de emergência em virtude da seca extrema. Ao site Achei Sudoeste e ao programa Achei Sudoeste no Ar, o climatologista do Departamento de Geografia da Uesb, em Vitória da Conquista, Rosalve Lucas, informou que a previsão de chuvas é para o mês de outubro em diante. O especialista detalhou que, embora as temperaturas registrem uma queda, a incidência de chuvas é baixíssima para os meses de março, abril, maio, junho, julho, agosto e setembro. “Vai ser frio, mas as chuvas vão se reduzir bastante. E, quando acontecerem, vão ser bem mal distribuídas. Até setembro, a previsão é de poucas chuvas”, destacou. O cenário, segundo o climatologista, é um reflexo dos fenômenos do El Niño e da La Niña, que tem interferência direta no dia a dia dos pequenos agricultores. “Vai ser um período triste para o pessoal que tem a sua sobrevivência vinculada às atividades agrícolas, principalmente o pequeno agricultor”, completou.
Foto: WhatsApp/Achei Sudoeste Na zona rural de Tanhaçu, a moradora Sineide Rosa da Silva cobrou das autoridades políticas assistência para os moradores, que têm sofrido com a falta d’água. Ao site Achei Sudoeste e ao programa Achei Sudoeste no Ar, ela relatou que a situação é tão crítica na região que uma idosa de 75 anos, cega de um olho, faz buracos no chão para tentar encontrar água. “Num sol quente desse, fazer o trabalho de uma máquina retroescavadeira?”, lamentou. Para a moradora, a prefeitura deveria investir na construção de uma adutora para levar água da barragem de Anagé para Tanhaçu. “Precisam tomar providências. A seca é muito grande. As comunidades estão sofrendo”, afirmou. Muitas comunidades estão sendo assistidas por caminhões pipa, porém a demanda não é suficiente para atendimento de todas as famílias afetadas.