Mesmo com o anúncio de sua inauguração para o mês de abril, o presídio de Brumado continua em estado de abandono, com rachaduras e muito mato tomando conta de suas dependências. O problema já havia sido reportado pelo site Achei Sudoeste no mês de agosto de 2018 (veja aqui), porém, desde então, a única ação do Estado foi enviar uma equipe técnica para fazer um levantamento das avarias na unidade. Quase quatro anos depois, nossa reportagem retornou ao local e o presídio continua nas mesmas condições precárias.
Outro problema diz respeito à principal estrada de acesso ao complexo prisional: a via chegou a ser patrolada no ano passado, com alargamento para melhorar o acesso, porém nada mais foi feito. Em abril de 2016, a Câmara de Vereadores de Brumado aprovou, por unanimidade, uma indicação para que o então prefeito Aguiberto Lima Dias (PSL) realizasse a pavimentação asfáltica e iluminação do trecho, o que não saiu do papel. Com as fortes chuvas do último trimestre do ano passado, o mato tomou conta de metade da via e a outra metade está intrafegável diante dos imensos buracos obstruindo a passagem. A expectativa é que as secretarias de ressocialização e de infraestrutura do estado atuem nas próximas semanas para sanar os problemas e liberar o complexo para inauguração e operação.
Uma mulher foi capturada por equipes da 77ª Companhia Independente da Polícia Militar, após ser flagrada com 148 munições de diferentes calibres, no município de Vitória da Conquista, a 132 km de Brumado, na quinta-feira (10). Durante o flagrante, ela disse aos policiais que guardava as munições a pedido do companheiro, que foi preso no mês de janeiro deste ano por porte ilegal de arma de fogo. Com ela foram encontradas munições de calibres 380, 38 e 9mm. A mulher foi conduzida para Delegacia Territorial da cidade onde confessou, sendo autuada pelo crime de posse irregular de munição de uso permitido.
Cinco estudantes de Direito suspeitos de integrar uma quadrilha de tráfico de drogas foram presos na sexta-feira (23), na cidade de Mucugê, na Chapada Diamantina. De acordo com informações da Secretaria da Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), os suspeitos eram responsáveis por abastecer a região com drogas levadas de Salvador para o município. Segundo a SSP, com os estudantes foram apreendidos trouxinhas e mudas de maconha, LSD (comprimidos e adesivos), notas de Real, Dólar e Euro, além de um carro e material plástico usado na embalagem de drogas. A SSP informou que os entorpecentes estavam escondidos na casa de um dos suspeitos presos. Conforme a SSP, os policiais chegaram até os estudantes após um morador da cidade fazer uma denúncia. Os cinco suspeitos foram levados para a Delegacia de Mucugê, onde foram autuados. Os estudantes estão à disposição da Justiça.
De acordo com o Sindicato dos Policiais Civis (Sindpoc), a cada 100 homicídios que ocorrem na Bahia, apenas 8 são elucidados, o que corresponde à resolução de apenas 8% dos assassinatos. O investigador Eustácio Lopes, vice-presidente sindical, destacou que as delegacias territoriais se transformaram em delegacias para registros de ocorrências, com interrupção das investigações criminais e a consequente queda da elucidação dos delitos. Ainda segundo o Sindpoc, dos 417 municípios baianos, cerca de 180 estão sem policiais civis ou possuem efetivo insuficiente para dar conta da demanda. O total de servidores da Polícia Civil é menor que 7,5 mil, quando, conforme o sindicato, deveria ser 12 mil. Para o presidente do Sindpoc, Marcos Maurício, a sociedade baiana vive uma guerra que está sendo maquiada e escondida pela Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA). Em nota divulgada pela SSP-BA, a pasta rebateu a pesquisa e prometeu acionar as instituições realizadoras do Atlas da Violência 2017.