Um idoso de 82 anos acabou detido depois de denúncias de abuso sexual praticado contra a neta de 7 anos em Monte Alegre, no oeste do Pará. A polícia teve acesso a um vídeo que mostra o suspeito na frente de casa, tocando nas partes íntimas da menina. Depois da denúncia, a Polícia Civil fez buscas e conseguiu identificar o suspeito e a vítima, que moravam juntos na mesma casa, no bairro Turu. Na delegacia, o idoso negou. Segundo a polícia, como não houve flagrante, o suspeito foi colocado em liberdade e deve responder pelo crime de estupro de vulnerável, caso a Justiça acate o pedido de prisão preventiva. O delegado responsável pelo caso, Almir Alves, disse que vai concluir o inquérito. Além da mãe da criança, algumas testemunhas também foram ouvidas. “Não iremos medir esforços para inibir e punir qualquer violência sexual contra crianças e adolescentes”, disse ao G1.
O Ministério de Minas e Energia (MME) estuda a criação de uma política de amortecimento de preços dos combustíveis que chegue ao bolso do consumidor. Nesta segunda-feira (4), técnicos do MME, da Agência Nacional do Petróleo (ANP) e do Ministério da Fazenda, que integram o grupo de trabalho criado para discutir o assunto, têm reunião marcada. Estão incluídos na discussão os combustíveis derivados do petróleo, como a gasolina. O acordo firmado com os caminhoneiros para o fim do movimento de paralisação define a redução de R$ 0,46 no preço do diesel nas bombas. Agora, a intenção é incluir na discussão também os demais combustíveis, criando um mecanismo que proteja o consumidor final da volatilidade dos preços. Segundo o MME, o grupo de trabalho vai convidar especialistas no assunto para ajudar a construir uma solução que permita, por um lado, a continuidade da prática de preços livres ao produtor e importador e, por outro, o amortecimento dos preços ao consumidor. “Essa política de proteção terá que preservar a atual prática de preços de mercado para o produtor e importador, o que é tido pela atual administração como um ponto fundamental para a atração de investimentos para o setor. Vai trazer previsibilidade e segurança ao consumidor e ao investidor”, diz a pasta em nota.
Titular da Fazenda do presidente Michel Temer (MDB) até abril, o agora ex-ministro Henrique Meirelles (MDB) quer “tirar o rótulo” de candidato do governo e do mercado à Presidência da República. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, ele disse que sua candidatura não “representa especificamente” o governo Temer e, sim, seu currículo pessoal e sua atuação na iniciativa privada e no setor público. “Estou tirando o rótulo. Por exemplo, não sou o candidato do mercado, não sou o candidato do governo, não sou o candidato de Brasília. A minha proposta é a proposta do meu histórico”, afirmou Meirelles. “Não estou tentando tirar um rótulo. Estou tentando tirar qualquer rótulo que não seja a minha proposta, meu histórico”. Recém-filiado ao MDB, Meirelles foi lançado oficialmente como presidenciável no mês passado pelo próprio Temer, que desistiu de tentar se reeleger.
Combinadas, as mudanças no calendário eleitoral e nas regras de financiamento de campanhas transformaram a disputa presidencial em 2018. O encurtamento (de 90 para 45 dias) do período quando a propaganda na ruas e na TV é permitida fez alargar no tempo e aumentar a importância da chamada pré-campanha — uma época de “vale-tudo eleitoral”, em que os pré-candidatos não precisam prestar contas à Justiça Eleitoral. De acordo com o jornal O Globo, desde 7 de abril, os presidenciáveis vêm protagonizando uma disputa de instabilidade política e de falta de transparência nos gastos. Nenhum dos quatro mais bem colocados nas pesquisas nos cenários sem o ex-presidente Lula — Jair Bolsonaro (PSL), Marina Silva (Rede), Ciro Gomes (PDT) e Geraldo Alckmin (PSDB) — soube ou quis informar quanto já gastou ou quanto estima gastar até 16 de agosto, quando passa a ser obrigatória a prestação de contas à Justiça. Por ora, garantem usar recursos dos partidos, sem dizer quanto já receberam em doações ou convites privados para suas atividades de pré-candidatos.
Foi preso, em João Pessoa, o filho do gerente de um posto de combustível, Severiano Maciel Ramos, morto no último sábado (26), no bairro de Manaíra. Segundo o delegado Wagner Dorta, Herick Ramon Diniz, de 25 anos, é suspeito de planejar a tentativa de assalto ao estabelecimento, que terminou causando a morte do pai. O filho foi preso na missa de 7º dia de Severino Maciel. De acordo com o G1, Herick Ramon foi levado para a Central de Polícia Civil, onde foi interrogado na presença do advogado. Segundo informações do delegado Wagner Dorta, o filho de Severino Maciel sabia da presença do pai no posto de combustível e, durante o assalto, ele estava próximo ao local, escondido. “Ele confessou na presença do advogado que deu as coordenadas aos suspeitos”, declarou Dorta. Após a audiência de custódia, no sábado (2), o suspeito teve a prisão temporária mantida e foi encaminhado para o Presídio do Róger, em João Pessoa.
O Palácio do Planalto produziu vídeos para redes sociais em que nega a notícia de que haverá nova greve dos caminhoneiros nos próximos dias. O material diz que “caminhoneiros de verdade” voltaram ao trabalho com o acordo fechado com o governo e a suposta mobilização é organizada por radicais que “tentam botar medo nas pessoas espalhando mentiras por aí”. “É importante que você não acredite em qualquer coisa que chegue para você nos grupos da família ou do trabalho”, diz o vídeo produzido pelo Planalto. O governo defende no material que todas as reclamações dos motoristas foram atendidas, como a redução do preço do diesel, adoção de uma tabela nacional de fretes e a reserva de 30% do transporte da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para autônomos. De acordo com a Veja, a estratégia do governo acontece como uma ação de contrainformação diante de caminhoneiros independentes que se mobiliza para protestar no domingo e segunda-feira em Brasília. Organizadores dizem nas mesmas redes sociais que poderiam levar até 50.000 caminhões para a capital federal. Em algumas mensagens, manifestantes sugerem estocar comida e encher o tanque de combustível. O Planalto diz que há “um bando de aproveitadores” que tem se mobilizado “para se promover”. “Não acredite nessas pessoas”, pede o vídeo. “E tenha consciência na hora de passar para frente essas informações. Na dúvida, não passe para frente”, conclui um dos vídeos.
O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha afirmou que órgãos de inteligência do governo federal estão atuando diante de áudios e vídeos divulgados em redes sociais que alertam sobre nova paralisação dos caminhoneiros na próxima segunda-feira, 4. Os boatos afirmam que a nova greve se daria porque o governo do presidente Michel Temer (MDB) descumpriu acordo firmado com a categoria. “Evidentemente que os órgãos de inteligência do governo foram acionados, porque nós temos um rastreamento da publicação destes vídeos. E nós recebemos por óbvio isso já ontem, nós tínhamos já um cabedal desses vídeos e todo o sistema de segurança está trabalhando em cima disto”, disse Padilha, em entrevista coletiva no Palácio do Planalto. O ministro afirmou ainda que “as pessoas são identificáveis” e que o governo agirá “na hora certa” contra os incitadores da nova paralisação. “Não vai ficar sem punição quem tentar descaracterizar o fato, a verdade dos atos praticados pelo governo. Nós cumprimos com tudo aquilo que nos comprometemos”, garantiu. O ministro criticou ainda aqueles que disseminam o que ele chama de “terror”. “Quem está semeando terror no meio dos caminhoneiros, naturalmente, deverá ter por parte destes, o tratamento correspondente, que é o desprezo, nós queremos a verdade em primeiro lugar”, completou.
A Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis) alega que a redução de R$ 0,46 por litro no preço do óleo diesel nas refinarias pode não chegar às bombas dos postos de todos os estados do país e que o desconto vai depender da alíquota de ICMS cobrada em cada lugar. O corte foi anunciado pelo governo federal para por fim à greve dos caminhoneiros. Em nota, a Fecombustíveis defende que a redução não leva em consideração a adição de 10% de biodiesel ao óleo diesel B, que é comercializado nas bombas de combustíveis. Com isso, na prática, o impacto dessa redução para distribuição e revenda seria de R$ 0,41 por litro (ou 90% de R$ 0,46). De acordo com a federação, o repasse integral da redução só deve chegar ao consumidor nos estados onde houve redução do Preço Médio Ponderado ao Consumidor Final (PMPF), também conhecido como preço de pauta, que serve de base para a cobrança da alíquota de ICMS. Esse preço baixou em São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul. A Fecombustíveis diz que seu presidente, Paulo Miranda Soares, expôs esses argumentos em reunião nesta sexta com o ministro de Minas e Energia, Moreira Franco, o ministro substituto da Justiça, Claudemir Pereira, e representantes do Ministério da Fazenda. A entidade representa 41 mil postos de combustíveis em todo o país.
O presidente da Petrobras, Pedro Parente, pediu demissão na manhã desta sexta-feira (1º) em caráter “irrevogável e irretratável”. Parente ficou exatamente dois anos no comando da Petrobras, já que tomou posse no dia 1º de junho de 2016. De acordo com comunicado da estatal, enviado ao mercado, a nomeação de um CEO interino será examinada ao longo do dia pelo Conselho de Administração. Ainda de acordo com o comunicado, a diretoria executiva da companhia não sofrerá qualquer alteração. Em uma carta enviada ao presidente Michel Temer, com quem se reuniu na manhã desta sexta, Parente diz que a greve dos caminhoneiros e “suas graves consequências para a vida do país” desencadearam um debate “intenso e por vezes emocional” sobre as origens da crise. E que a política de preços da Petrobras adotada durante sua gestão foi colocada sob “questionamento”. Ele, porém, diz que os “resultados obtidos revelam o acerto do conjunto das medidas que adotamos, que vão muito além da política de preços”. A política de preços de combustíveis da Petrobras foi um dos principais alvos dos caminhoneiros durante a paralisação da categoria nos últimos dias. Parente declarou em mais de uma ocasião que não mexeria nos preços e, diante disso, se viu pressionado e sofreu um grande desgaste no comando da estatal. “Tenho refletido muito sobre tudo o que aconteceu. Está claro, sr. presidente, que novas discussões serão necessárias”, diz Parente na carta.
As agências bancárias funcionam normalmente na próxima sexta-feira (1º), após o feriado nacional de Corpus Christi nesta quinta-feira (31). No dia do feriado, a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) lembra que não haverá atendimento nas agências bancárias. A população poderá utilizar os canais alternativos de atendimento, como mobile (celular) e internet banking, caixas eletrônicos, banco por telefone e correspondentes. Segundo a Febraban, os carnês e as contas de consumo (como água, energia, telefone) vencidos no feriado poderão ser pagos sem acréscimo no dia seguinte. Normalmente, os tributos já estão com as datas ajustadas ao calendário de feriados, sejam federais, estaduais ou municipais. Os clientes também podem agendar os pagamentos das contas de consumo ou pagá-las (as que têm código de barras) nos caixas automáticos. Já os boletos bancários de clientes cadastrados como sacados eletrônicos poderão ser agendados ou pagos por meio do Débito Direto Autorizado (DDA).
Uma pesquisa do Datafolha divulgada nesta quarta-feira (30) mostra que 87% dos brasileiros apoiam a paralisação dos caminhoneiros, mas o mesmo percentual rejeita cortes no orçamento e aumento de imposto para atender às reivindicações da categoria. De acordo com o G1, o levantamento com 1,5 mil pessoas aponta que apenas 10% são contra a paralisação dos caminhoneiros, 2% são indiferentes e 1% não soube opinar. Sobre a continuidade da paralisação, porém, o apoio diminui: 56% acham que ela deve continuar enquanto 42% defendem o seu fim. A pesquisa telefônica foi feita na terça-feira (29), dia em que os bloqueios diminuíram e os caminhões começaram a circular com mais frequência nas estradas do país. A margem de erro do levantamento é de três pontos para mais ou para menos.
A Federação Única dos Petroleiros (FUP) anunciou, via rede social, que a greve da categoria começou na madrugada desta quarta-feira (30). Na terça (29), o Tribunal Superior do Trabalho (TST) considerou o movimento ilegal e estipulou multa de R$ 500 mil por dia aos sindicatos, após ação ajuizada pela Petrobras e a Advocacia-Geral da União (AGU). Apesar do anúncio da Federação, a movimentação de caminhões de combustíveis na Refinaria de Duque de Caxias (Reduc), na Baixada Fluminense, acontece normalmente nesta manhã. As refinarias não se manifestaram sobre paralisação das atividades em suas unidades. De acordo com o G1, os petroleiros decidiram parar as atividades por 72 horas em solidariedade ao movimento dos caminhoneiros e para pedir a destituição de Pedro Parente do comando da estatal, entre outras reivindicações.
Em entrevista à imprensa estrangeira em fórum de investimentos em São Paulo, o presidente Michel Temer (MDB) afirmou nesta terça-feira que “não há risco” de “intervenção militar” em decorrência da paralisação de caminhoneiros, que chega ao seu 9º dia. Cartazes e faixas pedindo intervenção militar para derrubar o governo foram visto com alguns grevistas. Após sua participação na abertura do Fórum de Investimentos Brasil de 2018, Temer disse ainda que a redução do preço do óleo diesel anunciada pelo governo como parte das medidas para tentar acabar com a greve não irá reverter as reformas realizadas pela Petrobras para garantir a independência da estatal. Durante sua palestra, no evento que foi organizado pelo governo federal e pelo Banco Interamericano de Investimento, Temer chegou afirmar que age com “autoridade” para preservar a ordem.
Em um novo balanço sobre a greve dos caminhoneiros, o Ministério da Defesa e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) anunciaram na segunda-feira, 28, que não existem mais bloqueios totais ou parciais nas rodovias do país. De acordo com o levantamento da PRF, ainda há 494 pontos de aglomeração de motoristas, mas todos estão parados nos acostamentos ou nos pátios de postos de gasolina. Policiais da inteligência da PRF estão infiltrados no movimento para tentar identificar e prender líderes que insistem para que os caminhoneiros permaneçam parados, afirmou o diretor-geral da instituição, Renato Antônio Borges. Segundo Borges, agentes da PRF perceberam que em alguns pontos de aglomeração os caminhoneiros estão sendo coagidos por falsas lideranças a manter a greve. “Se flagrarmos um desses falsos líderes, faremos a prisão em flagrante da pessoa”, garantiu. O diretor disse, ainda, que, caso haja resistência de um desses “falsos líderes”, os militares, que acompanham as operações de liberação de vias, “garantirão a lei e a ordem”. “Estamos prontos e preparados para garantir a segurança de todo motorista que desejar seguir viagem”. O principal gargalo a ser vencido após nove dias de greve continua sendo o desabastecimento de combustíveis, aponta o governo. As informações são da Veja.
O Senado aprovou nesta segunda-feira (28) um pedido de urgência para o projeto que elimina a cobrança de PIS-Cofins sobre o óleo diesel até o fim deste ano. Na prática, com a decisão, a proposta será incluída na pauta de votações e pode ser analisada mais rapidamente pelo plenário. De acordo com o G1, o presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), não falou em data de votação, disse somente que o projeto será apreciado oportunamente. A eliminação do PIS-Cofins foi incluída pela Câmara, na semana passada, no projeto que trata da reoneração da folha de pagamentos de 28 setores da economia. A medida, sobre a qual ainda não há acordo entre os partidos, seria uma tentativa de buscar recursos para amenizar as perdas da União com descontos nos preços do óleo diesel.
O presidente Michel Temer (MDB) anunciou na noite do domingo (27) uma série de medidas para tentar debelar a greve de caminhoneiros que chegou ao sétimo dia. Entre as iniciativas, o governo editou uma Medida Provisória para estabelecer o valor de frete mínimo e ainda baixou em R$ 0,46 por litro de diesel pôr sessenta dias, com a redução da Cide e do PIS/ Cofins somadas prometeu isenção em pedágios de todo país de caminhão vazio, tabela com preço mínimo de fretes, 30% dos fretes da Comab, refém desde a última quinta-feira (24) quando anunciou um acordo inexistente, o governo foi obrigado a recuar para tentar desobstruir rodovias em todo o país. “Vamos pagar essa diferença de custo sem nenhum prejuízo para a Petrobras”, afirmou Temer em pronunciamento. “Compreendemos as dificuldades naturais dos caminhoneiros, mas são incríveis os depoimentos que temos recebido referente à falta de medicamentos e insumos básicos na área medicamentosa”, completou o presidente.
A liberação de alguns trechos de estradas, como em São Paulo, está longe de significar o fim da greve. Nos grupos de WhatsApp dos caminhoneiros, a ordem é manter a paralisação, pelo menos, até terça-feira (29). Por ora, a maioria concordou em liberar as estradas e continuarem estacionadas em pontos estratégicos. Mas, nas últimas postagens, lideranças dos caminhoneiros começam a organizar novas paralisações a partir de amanhã, às 8 horas. Num vídeo que está circulando nos grupos de WhatsApp, representantes chamam, além dos caminhoneiros, veículos de passeio para parar as BRs. Além disso, uma manifestação em pontos estratégicos das principais capitais também está sendo organizada. De acordo com a Revista Época, pelo tom das conversas, as reivindicações vão além do problema do preço do diesel. Depois da dimensão que a greve tomou nos últimos dias, os motoristas acreditam que podem mudar o rumo do País. Cada um tem uma tese, mas todos apostam no força do exército como aliada e na intervenção militar como solução para os problemas do País.Alguns vídeos mostram a atuação dos soldados acionados para liberar as estradas. Eles são recepcionados com palmas e continência pelos caminhoneiros, que prometem manter um protesto pacífico, o que é apoiado pelos soldados. Em outros vídeos, a polícia militar também demonstra apoio aos grevistas.
A greve nacional dos caminhoneiros ainda deixa 586 pontos de estradas bloqueados em todo o país. A estimativa foi divulgada pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), considerando a situação encontrada até o sábado (26). Segundo a corporação, a maioria dos bloqueios é parcial e sem prejuízo à livre circulação. A PRF também registrou 77 pontos desbloqueados ao longo do sábado. O número total de bloqueios considerados variou durante o dia com novas mobilizações e liberações. A PRF relatou ainda que está mantendo corredores para a circulação de transporte de animais vivos, gêneros alimentícios, equipamentos essenciais, medicamentos, combustíveis e outras cargas sensíveis. A greve dos caminhoneiros teve início no último dia 21. Desde então, bloqueios em estradas prejudicam o transporte de produtos em todo o país.
A Federação Única dos Petroleiros (FUP) e seus sindicatos filiados decidiram neste sábado (26) entrar em greve nacional de 72 horas a partir de 0h da próxima quarta-feira (30). A categoria cobra diminuição dos preços do gás de cozinha e dos combustíveis. Além disso, pede a saída do presidente da Petrobras, Pedro Parente, que, "com o aval do governo Michel Temer, mergulhou o país numa crise sem precedente", de acordo com nota divulgada pela FUP. Para este domingo (27) os trabalhadores planejam realizar atrasos e cortes de rendição nas quatro refinarias e fábricas de fertilizantes que estão em processo de venda, inclusive na Refinaria Landulpho Alves (RLAM) e na Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados da Bahia (Fafen-BA), localizadas em território baiano. "A atual política de reajuste dos derivados de petróleo, que fez os preços dos combustíveis dispararem, é reflexo direto do maior desmonte da história da Petrobrás", criticou a FUP no comunicado deste sábado (26).
Em edição extra do Diário Oficial da União, foi publicado na noite desta sexta-feira (25) o decreto que estabelece a Garantia de Lei e da Ordem (GLO) no país, permitindo o uso das Forças Armadas em todo o país para desbloquear as estradas federais bloqueadas por protestos de caminhoneiros. A medida está válida desta a sexta e vai até o dia 4 de junho. Além da desobstrução das vias, o decreto também estabelece: remoção ou a condução de veículos que estiverem obstruindo a via pública; escolta de veículos que prestem serviços essenciais ou transportem produtos considerados essenciais; garantia de acesso a locais de produção ou distribuição de produtos considerados essenciais; e medidas de proteção para infraestrutura considerada crítica. Junto com o decreto, veio também uma portaria do governo federal autorizando a Força Nacional a acompanhar a Polícia Rodoviária Federal (PRF) nas ações para desbloquear as rodovias, pelo tempo em que as manifestações durarem.
O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, disse que determinou à Polícia Federal se houve a participação dos empresários como incentivadores da greve dos caminhoneiros, iniciada na segunda-feira. Essa prática é conhecida como locaute, o que configura crime. “A utilização pelos patrões, distribuidoras para manter ou ampliar margens de lucro caracteriza locaute, que, ao contrário da greve de trabalhadores que é um direito constitucional, é uma ilegalidade. Por isso pedi ao diretor da PF a abertura de inquérito para determinar se houver irregularidades”, afirmou Jungmann. Segundo ele, já há duas dezenas de empresários sob investigação. “Temos a relação de duas dezenas de empresários que estão sendo investigados, e responderão, caso se comprove o locaute, por algumas das tipificações, como atentado contra segurança de serviço de utilidade pública, atentado contra segurança do transporte marítimo aéreo e fluvial, liberdade do trabalho e sofrimento da população brasileira e dos caminhoneiros”. De acordo com a Veja, o ministro citou números da Polícia Rodoviária Federal para dizer que já há redução da greve. “Chegamos a ter 933 obstruções de rodovias, das quais 419 foram liberadas. Temos 519 interdições em andamento, nenhuma delas é total, todas são parciais, o que aponta para a adesão crescente dos senhores caminhoneiros aos termos do acordo que foi fechado pelo palácio e pela equipe coordenada pelo ministro Eliseu Padilha”.
A decisão do presidente Michel Temer (MDB) de acionar as forças federais para desobstruir as rodovias fez a Associação Brasileira de Caminhoneiros (Abcam) recomendar que a categoria suspenda as interdições. Segundo o presidente da entidade, José da Fonseca Lopes, a os caminhoneiros já mostraram sua força para o governo. “A Abcam, preocupada com a segurança dos caminhoneiros envolvidos, vem publicamente pedir que retirem as interdições nas rodovias, mas, mantendo as manifestações de forma pacífica, sem obstrução das vias”, diz nota assinada por Fonseca. “Já mostramos a nossa força ao governo, que nos intitularam como minoria. Conseguimos parar 25 estados brasileiros com mais de 504 interdições”. Fonseca abandonou a reunião realizada na quinta-feira no Palácio do Planalto com os ministros por dizer que não concordava com os termos da negociação. O acordo anunciado após o encontro previa desconto de 10% no diesel por 30 dias, reajustes de preços a cada 30 dias – em vez da política da atual periodicidade diária – zerar alíquota da Cide, entre outros pontos. De acordo com a Veja, o líder grevista atribuiu a atual situação de caos à ‘manifestação tardia do presidente Michel Temer, que esperou cinco dias de paralisações intensas da categoria’. “Estamos desde outubro do ano passado na expectativa de sermos ouvidos pelo governo. Emitimos novo alerta no dia 14 de maio, uma semana antes de iniciarmos os protestos”. Ele criticou a forma como Temer atacou o movimento grevista. “É lamentável saber que mesmo após tanto atraso, o presidente da República preferiu ameaçar os caminhoneiros por meio do uso das forças de segurança ao invés de atender às necessidades da categoria”. Fonseca diz que não fez acordo e mantém o pedido da Abcam pela retirada do PIS/Cofins sobre o óleo diesel.
O ministro da Defesa, Joaquim Silva e Luna, afirmou nesta sexta-feira (25) que as Forças Armadas atuarão de maneira “rápida” e “enérgica” para liberar as rodovias bloqueadas por caminhoneiros pelo país. Silva e Luna deu a declaração após se reunir com os comandantes de Exército, Marinha e Aeronáutica para definir a atuação dos militares. De acordo com o G1, mais cedo, nesta sexta, o presidente Michel Temer (MDB) afirmou em pronunciamento no Palácio do Planalto que havia acionado as tropas federais para liberar as estradas onde há bloqueios.
Uma mensagem que diz que o governo pretende cortar os sinais de internet no Brasil para que os manifestantes envolvidos na paralisação de caminhoneiros não consigam se comunicar e interrompam a greve tem bombando na web. Mas ela não é verdadeira. “O governo ou a Anatel não têm a capacidade de causar uma queda ou corte no sinal de internet no Brasil. Assim, não há intenção de um corte na internet programado para hoje ou para os próximos dias”, afirma a Agência Nacional de Telecomunicações. De acordo com o G1, o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações também nega qualquer possibilidade. “É um absurdo, um boato. Não procede a informação”.
O presidente Michel Temer (MDB) disse nesta sexta-feira (25) que acionou forças federais para desbloquear estradas, ocupadas por caminhoneiros em greve. Ele fez um pronunciamento no Palácio do Planalto. “Comunico que acionei as forças federais de segurança para desbloquear as estradas e estou solicitando aos senhores governadores que façam o mesmo”, disse o presidente. Segundo assessoria do Ministério da Segurança Pública, as forças federais incluem: Exército, Marinha, Aeronáutica e Polícia Rodoviária Federal (PRF). De acordo com o G1, Temer disse que tomou a decisão para evitar que a população fique sem produtos de “primeira necessidade”. “Não vamos permitir que a população fique sem gêneros de primeira necessidade. Não vamos permitir que os hospitais fiquem sem insumos para salvar vidas. Não vamos permitir que crianças sejam prejudicadas pelo fechamento de escolas. Como não vamos permitir que produtores tenham seu trabalho mais afetado”, afirmou Temer. O chefe do executivo brasileiro optou por acionar as forças federais depois de se reunir com ministros para uma “avaliação de segurança” sobre a situação no país.