No momento em que se discute a limitação do uso da banda larga fixa, o ministro das Comunicações, André Figueiredo, disse hoje (20) que o governo vai propor às operadoras de internet um termo de compromisso que preserve os direitos dos usuários. Ele defendeu a coexistência de planos de franquia limitada e ilimitada e também o respeito aos contratos vigentes. Segundo Figueiredo, a proposta deve ser feita na próxima semana. Para o ministro, no caso dos planos ilimitados, não deve haver cobrança abusiva. Questionado se teme uma judicialização da questão da limitação do uso de banda larga fixa, o ministro respondeu que conversa com o setor e não crê nessa possibilidade. Ontem (19), a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e a Proteste Associação de Consumidores criticaram o posicionamento da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) em relação à possibilidade de as operadoras de banda larga fixa estabeleçam limites de navegação para os consumidores.
Um motorista de 62 anos causou um acidente de trânsito ao perceber que seria flagrado por transportar entorpecentes em sua carreta, no km 577,4 da Rodovia Raposo Tavares (SP-270), em Álvares Machado. Segundo o delegado titular da Delegacia de Investigações sobre Entorpecentes (Dise), de Presidente Prudente, Celso Marques Caldeira, dois policiais civis acompanhavam o autor na cabine do veículo até a unidade policial, momento em que ele “jogou” a carreta em uma ribanceira. “Ele estava dirigindo, quando olhou para os dois policiais e falou: 'Eu vou morrer, mas vocês dois vão comigo'. Em seguida, puxou o veículo para o lado direito. Com o impacto, toda a carga de soja caiu em cima da cabine. O veículo bateu de frente em uma árvore”, contou o delegado ao G1.
A velocidade registrada no momento do acidente foi de 120 km/h. O motorista e os dois policiais foram socorridos com escoriações leves pelo Corpo de Bombeiros. No caminhão, estavam R$ 26 mil, sete tabletes de cocaína e 12 tabletes de crack. O motorista foi conduzido à delegacia, onde permanece à disposição da Justiça. Ele responderá por tráfico de drogas e duas tentativas de homicídio. O celular do autor também foi apreendido. O delegado ainda afirmou que a carga de soja será levada para o Paraná, porém, a suspeita é de que a droga seria deixada em Presidente Prudente.
O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quarta-feira (20) adiar o julgamento sobre a validade da nomeação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para ocupar o cargo de ministro-chefe da Casa Civil, suspensa no mês passado, por meio de uma liminar proferida pelo ministro Gilmar Mendes. Há pouco, no início da sessão em que os recursos seriam julgados, os ministros decidiram adiar a análise para julgar em conjunto outras duas ações que chegaram à Corte, e que também questionam a decisão de Mendes. As novas ações são de relatoria de outro ministro, Teori Zavascki, que pediu mais tempo para analisá-las. De acordo com a Agência Brasil, o Supremo julgaria nesta tarde recursos protocolados pela defesa do ex-presidente e a Advocacia-Geral da União (AGU) contra a decisão do ministro Gilmar Mendes, que no dia 18 de março, atendeu a dois mandados de segurança protocolados pelo PSDB e pelo PPS e suspendeu a nomeação de Lula, por entender que o ato administrativo da Dilma teve objetivo de objetivo de retirar a competência do juiz federal Sérgio Moro - responsável pelos processos da Operação Lava Jato - para julgá-lo e passar a tarefa ao Supremo, instância que julga ministros de Estado.
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) autorizou que a Polícia Federal faça diligências e colete provas para embasar os processos de cassação da chapa de Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (PMDB) em 2014. De acordo com o colunista Lauro Jardim, do jornal o Globo, entre os pedidos, estão perícia contábil nas gráficas Editora Atitude (a mesma que Sérgio Moro já havia quebrado o sigilo, meses atrás); Gráfica VTPB Ltda; Red Seg Gráfica e Editora e Focal Confecção e Comunicação Visual Ltda, que trabalharam para a campanha de Dilma e Temer. Foram autorizados ainda os depoimentos de Augusto Mendonça, da Toyo Setal, do ex-gerente da Petrobras, Pedro Barusco, do executivo da Camargo Corrêa, Eduardo Leite, do empreiteiro Ricardo Pessoa, do operador Hamylton Padilha, do lobista Julio Camargo, do lobista Zwi Skornicki e do ex-ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos Marcelo Neri.
O desemprego ficou em 10,2% no trimestre encerrado em fevereiro, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (20) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse é o maior índice da série, iniciada em 2012. Pela primeira vez, a taxa da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios - Contínua (Pnad Contínua) atinge dois dígitos. O índice ficou bem acima do registrado no mesmo período de 2015, quando chegou a 7,4%. A população desocupada somou 10,4 milhões de pessoas e também atingiu o maior patamar desde o início da Pnad. Esse indicador mostrou forte alta, principalmente na comparação com o mesmo período de 2015, quando o contingente subiu 40%. Diante do trimestre de setembro a novembro, o avanço foi menor, de 13,8%. Por outro lado, a população ocupada mostrou queda próximo de 1% nas duas bases de comparação ao chegar a 91,1 milhões. A quantidade de empregos com carteira assinada no setor privado sofreu diminuição de 1,5% sobre o trimestre de setembro a novembro de 2015 e de 3,8% na comparação com igual trimestre do ano anterior. As maiores quedas partiram da indústria geral (-5,9%) e do setor de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (-2,5%). O rendimento médio de quem estava trabalhando no período foi de R$ 1.934. Sobre o trimestre de setembro a novembro, o valor não variou, mas em relação ao trimestre de dezembro a fevereiro do ano passado, o rendimento caiu 3,9%.
O ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e hoje advogado, Joaquim Barbosa, utilizou o seu perfil no Twitter para desabafar sobre o teor dos votos dos deputados no processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). O ex-ministro não se manifestou a favor nem contra o impeachment da petista. “É de chorar de vergonha! Simplesmente patético!”, afirmou o ex-ministro. O comentário de Barbosa foi feito logo após criticar a imprensa brasileira. De acordo com a Época, nos votos, a maioria dos parlamentares favoráveis ao afastamento da petista não fez nenhum comentário ou posicionamento sobre as pedaladas fiscais - manobras contábeis que embasam o pedido de impeachment - e utilizaram como justificativa seus próprios familiares, “Deus”, “cristianismo”, o fim da corrupção, dentre outros motivos que surpreenderam até jornais internacionais. “Anotem: teremos outras razões para sentir vergonha de nós mesmos em toda essa história”, disse Barbosa. No último domingo (17) a Câmara dos Deputados aprovou, com 367 votos favoráveis, mais do que os 342 necessários, a continuidade do processo de impedimento de Dilma, que agora está sob análise no Senado.
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse que prevê uma paralisia do Congresso Nacional até o Senado decidir sobre o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). De acordo com o G1, ele voltou a cobrar celeridade na tramitação do processo no Senado. “Nesta semana, não vamos ter votação. Semana que vem, o governo não é reconhecido pela Casa. O que vai acontecer a partir da semana que vem: nós temos uma ‘ainda’ presidente da República e ninguém vai reconhecer absolutamente nada para efeito de matérias. Então, há uma paralisia do Congresso Nacional até o Senado decidir. É isso que vai acontecer”, afirmou Cunha.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, classificou como censura decisões judiciais que determinam a retirada de matérias jornalísticas de sites de jornais ou portais na internet. Para o ministro, pessoas que se sentem ofendidas por determinadas publicações podem recorrer à Justiça, mas não podem requerer que as reportagens sejam retiradas do ar. Segundo Barroso, atualmente, a maioria dos veículos de imprensa não publica mais jornais impressos e mantém páginas na internet, cujo conteúdo permanece nos arquivos para serem acessados pelos usuários. Segundo o ministro, dessa forma, censurar um texto na internet tem o mesmo significado da censura de material impresso.
A Polícia Federal (PF) anexou, na segunda-feira (18), a inquérito que apura crimes cometidos pela empreiteira Andrade Gutierrez laudo com detalhamento sobre a movimentação financeira da empresa. O laudo mostra que os pagamentos de R$ 3,6 milhões feitos por palestras do ex-presidente Lula e doações ao instituto que leva o nome do ex-presidente, entre 2011 e 2014, foram realizados por meio de uma conta contábil identificada como “overhead”. Segundo a PF, trata-se de conta utilizada para registro das taxas de “administração central” dos empreendimentos tocados pela construtora, que em geral é embutido em orçamentos de obras. De acordo com o jornal o Globo, o laudo não aponta qualquer irregularidade no uso da conta pela empreiteira. Pela conta “overhead” passaram R$ 140 milhões doados a partidos políticos, os valores pagos a Lula, pagamentos a fornecedores da empreiteira e também a empresas investigadas por lavagem de dinheiro de propina na Lava-Jato. Por meio de nota, os advogados de Lula disseram que “o laudo apresentado não tem consistência técnica” e “trabalha com ilações”. “Está clara a utilização do aparato do Estado por alguns agentes com o intuito de perseguir o ex-presidente Lula e macular a sua história e a sua luta pelos brasileiros”, escreveram na nota.
Após a aprovação do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), conta com apoio de partidos como o PP, PR e PSD e de parte da oposição para arquivar o processo no Conselho de Ética e salvar seu mandato. Aliados de Cunha garantem já ter maioria para salvá-lo. Um dos sinais de que Cunha poderá receber uma espécie de anistia foi o grande número de deputados que rebatiam as falas contra Cunha durante a votação no domingo (17). Além disso, o presidente da Câmara é próximo de possíveis candidatos à presidência da Casa em 2017. Presidido pelo deputado José Carlos Araújo (PR-BA), o Conselho de Ética tem até dia 19 de maio para concluir a instrução e até 2 de junho para votar o parecer do relator Marcos Rogério (DEM-RO).
Dos 513 deputados federais inscritos para a votação que decidiu sobre o processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff (PT), 298 respondem a processos na Justiça. O número representa o total de 58,09% dos parlamentares que compõem a Câmara dos Deputados. Os dados foram levantados pelo Portal EBC na plataforma do Projeto Excelências, da ONG Transparência Brasil. Dentre os parlamentares que se posicionaram favoravelmente ao prosseguimento do processo de impeachment, 58% possuem algum questionamento jurídico. Já entre os que votaram a favor do governo, 54% respondem ou já foram condenados em algum processo. Entre deputados ausentes ou que se abstiveram de votar, 100% têm pendências judiciais. Os processos estão em diversas instâncias e vão desde crimes eleitorais até processos de má gestão do dinheiro público e corrupção. O deputado recordista em termos de números de processos, de acordo com a Transparência Brasil, é membro da Mesa Diretora da Câmara. Beto Mansur (PRB-SP), 1ª Secretário da equipe presidida por Eduardo Cunha (PMDB-RJ), tem 45 processos na Justiça.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reconheceu que a presidente Dilma Rousseff (PT) dificilmente voltará ao Palácio do Planalto caso o Senado aprove a abertura do processo de impeachment. A avaliação foi feita durante reunião com o presidente do PT, Rui Falcão, e representantes de movimentos de esquerda. Lula também avaliou como remotas as chances de impedir o prosseguimento do processo no Senado. É necessária a maioria simples para que o processo de impeachment tenha prosseguimento no Senado. A votação deve ocorrer no início de maio. Em um prazo de até 180 dias, os senadores têm que decidir sobre o mérito do pedido de impeachment, cuja aprovação requer dois terços da Casa. Em reunião realizada no Instituto Lula, o ex-presidente admitiu a dificuldade de Dilma reassumir a Presidência depois que Temer ocupar a cadeira e conquistar o poder de negociação com os senadores. Na manhã desta terça (19), Lula participará de reunião do diretório nacional do PT para avaliação do cenário.
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) determinou nesta segunda-feira (18) que as operadoras de internet banda larga suspendam a cobrança adicional ou que cortem o acesso dos consumidores após o fim da franquia. A medida cautelar foi direcionada às empresas que pertencem aos grupos da Vivo, que comprou a GVT, Claro e Oi, sob multa diária de R$ 150 mil, até o limite de R$ 10 milhões, caso seja descumprida a decisão. As companhias só poderão realizar a restrição de acesso ou cobrança a mais por franquia se cumprirem algumas exigências da agência. Entre elas, está permitir aos consumidores acompanhar o consumo de dados e deixar claro em seus anúncios a existência dos limites. A Anatel afirmou que a decisão sobre uso excessivo de dados só pode ser aplicada 90 dias após ser informada pelas operadoras do cumprimento das exigências. Nas redes sociais, usuários de internet banda larga se mobilizaram contra a cobrança adicional. Um abaixo-assinado na internet reuniu mais de 1 milhão de assinaturas. Ameaças de boicote às operadoras foram compartilhadas nas redes sociais.
Com a aprovação na Câmara pela continuidade do processo de impedimento da presidente Dilma Rousseff (PT), a próxima etapa agora é que o processo seja encaminhado ao Senado. De acordo com o Estadão, pelo menos 41 parlamentares da Casa devem referendar a decisão tomada pelos deputados para a petista ser afastada e ter início o processo de julgamento do crime de responsabilidade. No levantamento feito pelo Estadão mostra que já há 44 senadores favoráveis à abertura do processo por crime de responsabilidade e 21 que se declararam contrários. Seis parlamentares se disseram indecisos e 10 não quiseram responder.
A presidente Dilma Rousseff (PT) reiterou várias vezes, durante pronunciamento na última segunda-feira (18) no Palácio do Planalto, que se sente injustiçada com a decisão da Câmara dos Deputados sobre o prosseguimento do processo de impeachment ao qual responde. Por 367 votos a 137, os deputados aprovaram neste domingo (17) autorizar a abertura do processo no Senado, instância responsável por julgar se a presidente cometeu crime de responsabilidade. De acordo com o G1, Dilma afirmou que se sente injustiçada, entre outras razões, porque a sessão da Câmara foi presidida por alguém que é acusado de ter contas ilegalmente no exterior, em referência ao deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). “Também me sinto injustiçada por não permitirem nos últimos 15 meses que eu tenha governado num clima de estabilidade política”, declarou. De acordo com a presidente, a injustiça também é praticada porque, segundo afirmou, não cometeu crime de responsabilidade e devido a um suposto tratamento diferenciado. “Não há crime de responsabilidade. Os atos pelos quais eles me acusam foram praticados por outros presidentes da República antes de mim e não foram caracterizados como atos ilegais ou criminosos”, declarou. Ela destacou, porém, que não se sente desanimada e que não vai se abater nem se deixar paralisar. “Tenho ânimo, força e coragem para enfrentar – apesar de, com sentimento de muita tristeza – essa injustiça”, disse a presidente.
De forma reservada, o grupo mais próximo da presidente Dilma Rousseff (PT) já admite que ela foi a principal culpada pela expressiva derrota na noite de domingo (17) na abertura do processo de impeachment. Esse sentimento também é compartilhado pelo grupo mais próximo do ex-presidente Lula. Há o reconhecimento de que o descaso com a articulação política por parte da própria Dilma nos últimos cinco anos teria sido a causa de muitos votos favoráveis ao impedimento da presidente. “Foi um erro ter deixado a política em segundo plano durante tanto tempo”, disse um auxiliar próximo de Dilma ao Blog do Camarotti. “Quando a gente acordou para resolver a falta de interlocução com a política, já era tarde demais”, concluiu. A crítica é ainda mais dura por parte dos lulistas, que atribuem a Dilma boa parte da erosão da herança política deixada pelo ex-presidente. A avaliação é que muitos aliados deram o troco pelo tratamento recebido do Palácio do Planalto até recentemente. Internamente, o governo já admitia que o cenário já estava tão deteriorado do ponto de vista político que não havia mais governabilidade junto ao Congresso Nacional, tamanha a fragilidade política de Dilma.
A Polícia Federal prendeu o prefeito de Montes Claros, Ruy Adriano Borges Muniz, durante a manhã desta segunda-feira (18). A Justiça também expediu mandado de prisão contra a secretária de Saúde da cidade mineira, Ana Paula Nascimento. A polícia apura um esquema de fraudes no sistema de saúde do município. Segundo o G1, investigações apontam que os acusados prejudicavam o funcionamento do Hospital Universitário Clemente Faria, Santa Casa, Aroldo Tourinho e Dilson Goldinho, para beneficiar Hospital das Clínicas Mario Ribeiro da Silveira, que segundo a PF, pertence ao prefeito e a seus familiares. Neste domingo (17), a deputada federal e esposa de Ruy Adriano, Raquel Muniz, citou o marido durante seu voto a favor do impeachment. "O meu voto é para dizer que o Brasil tem jeito, e o prefeito de Montes Claros mostra isso para todos nós com sua gestão", falou a parlamentar.
Menos da metade dos manifestantes que foram à Avenida Paulista, em São Paulo, defender o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) estão esperançosos ou otimistas com o eventual governo Temer. O dado foi obtido em pesquisa de opinião realizada pela startup Lean Survey a pedido da Veja. Somadas as participações dos que se disseram otimistas ou esperançosos com Temer, substituto legal de Dilma em caso de impeachment, obtém-se 44,5% do total de entrevistados. Os demais dizem que os sentimentos que mais os definem são medo, indiferença, apreensão, pessimismo e tristeza, totalizando 48,4%. Apesar da incerteza, 70% dos entrevistados afirmaram que o eventual governo Temer, cada vez mais provável, será melhor do que o de Dilma. Só 3,6% acham que o peemedebista terá desempenho ainda pior. Para a pesquisa, a empresa Lean Survey entrevistou 466 pessoas na manifestação da Avenida Paulista de domingo. A margem de erro é de 4,6 pontos porcentuais, para cima ou para baixo.
Um grupo de seis senadores vai propor hoje eleições antecipadas para presidente e vice-presidente do Brasil. A ideia é aprovar uma proposta de emenda à Constituição (PEC) no Congresso para que a escolha ocorra em outubro, juntamente com o pleito para definir os novos prefeitos e vereadores. A iniciativa parte de Randolfe Rodrigues (Rede), João Capiberibe (PSB-AP), Lídice da Mata (PSB-BA), Paulo Paim (PT-RS), Cristovam Buarque (PPS-DF) e Walter Pinheiro (ex-PT-BA, agora sem partido). Os quatro primeiros já se manifestaram contra a abertura do impeachment no Senado, que implicaria o afastamento de Dilma por 180 dias, enquanto Cristovam Buarque é a favor e Pinheiro não se posicionou. A partir de hoje, o PT e seus aliados, incluindo parte dos movimentos sociais, devem iniciar uma investida para desgastar politicamente Temer e seu grupo, que enfrentariam, nessa perspectiva, forte oposição em um eventual governo. O PT debate a possibilidade de coletar assinaturas em uma campanha nacional pela tramitação da PEC eleitoral. A estratégia, chamada de "contragolpe", é conseguir amplo apoio popular à proposta, pressionando o Congresso a votá-la. Pesquisas de opinião mostram que a rejeição a Temer é tão grande quanto a de Dilma, o que, em tese, ajudaria o movimento a crescer.
Quinze horas antes de a oposição obter o 342º voto em favor do prosseguimento do processo de impeachment, a presidente Dilma Rousseff (PT) seguiu a sua rotina normal. Ela assistiu a votação na biblioteca do Palácio do Planalto, acompanhada do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O ministro Jaques Wagner divulgou uma nota considerando a decisão um retrocesso e disse que espera “justiça”. Em tom de lamento, o ministro afirmou que a decisão “ameaça interromper 30 anos de democracia no país” e insinuou que espera uma atenção maior do Senado, uma vez que a decisão em relação às pedaladas fiscais pode abrir brechas para ter efeito também sobre governadores. O petista disse ainda que os deputados federais “fecharam os olhos” às melhorias dos últimos doze anos, período em que o PT está à frente do Palácio do Planalto. “Confiamos nos senadores e esperamos que seja dada maior possibilidade para que a presidente apresente sua defesa e que lhe seja aplicada justiça. Acreditamos que o Senado possa observar com mais nitidez as acusações contra a presidenta”, disse, criticando a falta de argumentos e de sustentação jurídica no pedido aprovado. De acordo com a revista Época, a presidente convocou uma reunião emergencial com ministros e parlamentares da base aliada para definir a estratégia para os próximos dias. Em entrevista coletiva, depois do resultado, o advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, afirmou que a presidente estava tranquila, mas que não iria desistir da luta. Segundo ele, Dilma tem uma trajetória de “causas” e que não aceitaria entrar na história como alguém que desiste da batalha.
O diretório do Partido dos Trabalhadores (PT) deve defender na próxima terça-feira (19) que a presidente Dilma Rousseff envie ao Congresso uma proposta de redução do seu próprio mandato e de convocação de novas eleições presidenciais junto às disputas municipais deste ano. Segundo a jornalista Mônica Bergamo, o mesmo projeto estabeleceria que seu sucessor tenha um mandato de seis anos, sem reeleição. Se aprovada pelo partido, a proposta pode ser levada oficialmente à presidente nos próximos dias. A proposta conta com apoio de parlamentares petistas e ministros. Além disso, outras legendas, que já foram informadas da ideia, podem aderir ao projeto.
No fim de março, correu a história de que um voto contrário ao impeachment da presidente Dilma Rousseff custaria R$ 1 milhão. Já a abstenção à votação do último domingo (17) poderia custar R$ 400 mil. O deputado Nílson Leitão (PSDB-MT) afirmou que recebeu “informações de que deputados foram assediados”. De acordo com o R7, o assédio, segundo o tucano, teria como canal o pagamento de recursos em troca do voto “não”. De acordo com o parlamentar, fala-se nos bastidores que o voto poderia custar até R$ 2 milhões, pagos em parcelas, e liberados na forma de emendas parlamentares. “Tem gente dizendo que os deputados podem receber R$ 500 mil de entrada e R$ 1,5 milhão se votar. Pode haver de tudo. O fato principal é que o PT está agindo e tomando iniciativas e atitudes que a República e a Legislação duvidariam. Mas, pelo modus operandi e o histórico do PT, isso ninguém duvida”, disse o deputado.
O ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), José Eduardo Cardozo, afirmou na madrugada desta segunda-feira (18) que, apesar de a Câmara ter autorizado o prosseguimento do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), a petista não pretende renunciar ao mandato nem “fraquejar”. Na noite de domingo, os deputados federais aprovaram por 367 a favor, 137 contra, 7 abstenções e 2 ausências a continuidade do processo de afastamento de Dilma da Presidência. O caso será, agora, analisado pelo Senado. “Eu ouvi indagarem: ela [Dilma] vai renunciar? Ela vai de alguma forma fraquejar? Não. Uma pessoa que acredita em causas que luta por causa vai até o fim desta luta para escrever na história que ela não se acovardou e que brigou pelo que acredita. Se ela é vítima hoje de uma ação orquestrada, cabe a ela lutar com suas forças para demonstrar à sociedade que não se abre mão da democracia que foi tão duramente conquistada”, disse Cardozo. De acordo com ele, se engana quem imagina que Dilma “se curvará” diante do resultado da votação deste domingo. “Ela lutará com todos aqueles que querem a manutenção do estado de direito”, ressaltou o ministro. Segundo o advogado-geral da União, Dilma irá se manifestar nesta segunda-feira (18) sobre a decisão da Câmara. O ministro, no entanto, não informou o horário no qual a presidente fará o pronunciamento.
Vários brumadenses soltaram fogos em comemoração a votação que culminou na admissibilidade do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) na Câmara dos Deputados. Agora o processo segue para o Senado Federal. Ao todo, foram 367 votos a favor, 137 contra, 07 abstenções e dois faltaram à sessão. O voto que decidiu foi dado mais de nove horas depois de iniciada a sessão deste domingo e cinco horas e meia após o início da votação. Os senadores podem agora manter a decisão dos deputados e instaurar o processo ou arquivar as investigações, sem analisar o mérito das denúncias. Nenhuma manifestação pós ou contra Dilma foi realizada na capital do minério, mas nas redes sociais muitos expressaram o descontentamento com o governo da petista e a satisfação pela aprovação do processo.
Teve início às 14h05 deste domingo (17) a sessão da Câmara dos Deputados que decidirá se o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) segue para o Senado. O presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), começou a sessão explicando como deve funcionar o rito de votação do pedido de afastamento de Dilma, de autoria dos juristas Hélio Bicudo, Miguel Reale Júnior e Janaína Paschoal. Antes da apreciação, o relator do processo, deputado Jovair Arantes (PTB-GO), terá 25 minutos para discursar no plenário da Casa. Logo depois, os líderes partidários poderão usar a palavra. O tempo varia de 3 a 10 minutos, de acordo com o tamanho da bancada. Eles também podem fazer uso de mais um minuto para orientação do voto dos deputados da legenda. A votação será por chamada nominal. Cunha começará por deputados da região Norte e alternará entre parlamentares do Norte e do Sul. A chamada, estado por estado, é por ordem alfabética. De acordo com o peemedebista, uma segunda chamada poderá ser feita em caso de deputados ausentes, ao fim da votação pelo estado do parlamentar faltoso. Para o processo ser remetido ao Senado, os defensores do impeachment precisam arregimentar 342 votos, o que representa dois terços dos 513 parlamentares. Caso o número não seja alcançado, o parecer pró-impeachment é arquivado.