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Economia
Brasil perde 21,7% dos trabalhadores sindicalizados após reforma trabalhista Foto: Divulgação

O número de trabalhadores associados a sindicatos trabalhistas teve queda de 21,7% desde a reforma trabalhista, ocorrida em 2017. Isso corresponde a um contingente de, aproximadamente, 2,9 milhões de profissionais que, em três anos, cancelaram a adesão à respectiva entidade de classe. É o que apontam os dados divulgados nesta quarta-feira (26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com o G1, a reforma trabalhista foi aprovada em julho de 2017. Até então, todos os trabalhadores, sindicalizados ou não, eram obrigados a pagar, uma vez por ano, uma contribuição ao sindicato de sua respectiva categoria profissional. Com a mudança legislativa, tal obrigatoriedade foi derrubada. A queda no número de sindicalizados já vinha ocorrendo desde 2014, mas foi em 2018 que ela ocorreu de modo mais expressivo – 1,5 milhão de trabalhadores cancelaram a adesão ao sindicato naquele ano. Em 2017, quando ocorreu a reforma trabalhista, houve redução de 432 mil sindicalizados no país. “Tudo leva a crer que [a queda do número de sindicalizados] se acentuou com a reforma trabalhista”, avaliou a gerente da pesquisa do IBGE, Adriana Beringuy.

Petrobras aumenta preço da gasolina em 6% e do diesel em 5% nas refinarias Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste

A Petrobras informou nesta quinta-feira (20) que vai aumentar os preços médios do diesel em 5% e os da gasolina em 6% em suas refinarias, a partir de sexta-feira (21). Na semana passada, a estatal havia elevado os preços do diesel em 2% e os da gasolina em 4%, com o consumo de combustíveis mostrando retomada. A elevação do diesel, combustível mais consumido do Brasil, é a sétima seguida. Já a gasolina terá o segundo aumento consecutivo, após uma redução no final de julho que foi antecedida por nove altas, conforme acompanhamento da Reuters com base em anúncios da Petrobras.

Desemprego na pandemia sobe mais de 20% entre maio e julho, aponta IBGE Foto: Agência O Globo

A pandemia do coronavírus fez o número de desempregados no Brasil aumentar em 20,9% entre maio e julho. É o que apontam os dados divulgados nesta quinta-feira (20) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com o G1, além do aumento do desemprego, a pesquisa mostrou que: Caiu em 3,5% o número de trabalhadores ocupados na comparação com maio; O país perdeu 1,9 milhões de trabalhadores informais em três meses; Houve queda de 42,6% no número de trabalhadores afastados devido ao isolamento social; 3,2 milhões de trabalhadores afastados ficaram sem remuneração em julho; 4 milhões de brasileiros recorreram a empréstimos financeiros na pandemia. De acordo com o levantamento, o país encerrou o mês de julho com 12,2 milhões de desempregados, cerca de 2,1 milhões a mais que o registrado em maio, quando somavam, aproximadamente, 10,1 milhões de pessoas. Com isso, a taxa de desemprego passou de 12,4% em junho para 13,1% em julho. Ainda segundo o levantamento, o número de trabalhadores ocupados teve queda de 3,5% entre maio e julho, passando de 84,4 milhões para 81,4 milhões. Ou seja, em três meses caiu em 2,9 milhões o número de pessoas ocupadas no mercado de trabalho. O levantamento foi feito por meio da Pnad Covid19, versão da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua realizada com apoio do Ministério da Saúde para identificar os impactos da pandemia no mercado de trabalho e para quantificar as pessoas com sintomas associados à síndrome gripal no Brasil.

Governo quer incluir 6 milhões do auxílio emergencial no Renda Brasil

Além de prorrogar o auxílio emergencial, o presidente Jair Bolsonaro deseja criar o programa Renda Brasil ainda neste ano, para começar a vigorar em janeiro de 2021. O primeiro formato do novo programa social, prevê o governo, deve beneficiar 20 milhões de famílias no país. De acordo com o Blog do Valdo Cruz, a equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes, junto com o Ministério da Cidadania, trabalha num modelo que prevê o pagamento do novo benefício às 14 milhões de famílias cadastradas no Bolsa Família, mais 6 milhões de famílias que recebem o auxílio emergencial. Nas reuniões para definir o novo programa social, que seria a marca do governo Bolsonaro na área, o ministro Paulo Guedes tem dito que o cadastro do auxílio emergencial permitiu identificar 6 milhões de famílias que estavam “invisíveis” e “em situação de vulnerabilidade”. Essas famílias não recebiam nenhum benefício social, apesar de precisarem deles para sobreviver. O auxílio emergencial já foi pago a mais de 60 milhões de pessoas, mas várias podem fazer parte de uma mesma família. Deste total, a equipe do governo Bolsonaro argumenta que uma parcela significativa voltará a ter renda depois de superada a fase mais crítica do combate ao coronavírus. Ou seja, não precisariam mais do benefício. Desse grupo, porém, 6 milhões de famílias vão seguir em situação de vulnerabilidade e precisam ser incluídas em algum tipo de benefício social. Por isso, os técnicos estão fechando uma primeira versão do Renda Brasil incluindo as 14 milhões de famílias do Bolsa Família e as novas 6 milhões identificadas pelo auxílio emergencial.

Desemprego na pandemia continua subindo e chega a 13,7%, diz IBGE Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste

Nos últimos quatro meses, em que o país passa pela pandemia de covid-19, cerca de 3 milhões de pessoas ficaram sem trabalho. Na quarta semana de julho, a taxa de desocupação chegou a 13,7%, o que corresponde a 12,9 milhões de pessoas. Os dados são da edição semanal da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) Covid-19, divulgada nesta sexta-feira (14) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Quando a pesquisa teve início, na primeira semana de maio, eram 9,8 milhões de pessoas desocupadas. Na comparação com a terceira semana de julho, houve aumento de 550 mil pessoas entre os desocupados. A população ocupada do país foi estimada em 81,2 milhões, estável em relação à semana anterior e com queda em relação à semana de 3 a 9 de maio, quando 83,9 milhões de pessoas entravam nessa categoria, segundo a Agência Brasil. 

A estimativa de julho para a safra baiana de grãos em 2020 prevê uma produção recorde de 9.534.331 toneladas - a maior da série histórica do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) desde 1972. Segundo informações do IBGE, a safra de grãos na Bahia deve ficar 15% acima (ou mais 1.250.671 toneladas) em relação à safra de 2019 (8.283.660 toneladas). A previsão de julho ficou 1,9% maior que a de junho, quando a estimativa era de uma safra de 9.359.331 toneladas de grãos em 2020, no estado. Isso ocorreu por conta da revisão para cima na estimativa de produção baiana de milho, que ficou em 1.800.200 toneladas em julho, 31,8% maior que a de 2019 (1,365 milhão de toneladas). De acordo com o IBGE, o aumento na previsão de safra de milho na Bahia se deu em razão ao ganho de produtividade, uma vez que a área plantada com a cultura se manteve estável entre junho e julho, em 363.500 hectares. O IBGE afirma que há aumento na previsão de safra de soja, também, por causa da expectativa de crescimento na área plantada, de 1,600 milhão para 1,620 milhão de hectares, na passagem de maio para junho (+1,2%). Com isso, a produção do grão neste ano (6,027 milhões de toneladas) deve ficar 13,5% maior que a de 2019 (5,309 milhões de toneladas).

Senado aprova limitar juros do cheque especial e cartão Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O Senado aprovou o projeto que prevê a limitação dos juros do cheque especial e do cartão de crédito durante a pandemia. Pelo texto aprovado, os bancos só vão poder cobrar o limite de 30% e as fintechs, 35%. A medida vale até dezembro. Só isso já era um problema para os bancos, mas os senadores ainda foram além e aprovaram uma emenda que determina que o Conselho Monetário Nacional estabeleça limites para a cobrança de juros. Um tabelamento permanente é o que os bancos mais temem. Agora terão que tentar convencer os deputados a alterarem o projeto na Câmara para não perderem os lucros de duas de suas linhas mais rentáveis. O cheque especial e o cartão representaram, em 2019, segundo relatório do Banco Central, 20% da margem líquida dos bancos apesar de juntas responderem por apenas 5% do crédito total concedido pelas instituições. Neste ano, já haveria uma redução das margens porque o BC limitou a cobrança a 8% ao mês. Mas em contrapartida permitiu que os bancos cobrassem taxas pelo serviço.

Mais de 3 milhões deixam de contribuir para a Previdência em 3 meses Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste

Em 3 meses, mais de 3 milhões brasileiros deixaram de contribuir para a Previdência Social, aponta a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Mensal (PNAD Contínua), divulgada nesta quinta-feira (6) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) com dados referentes ao 2º trimestre. Segundo o IBGE, o número de trabalhadores que contribuem para o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) encolheu de 58,4 milhões no trimestre encerrado em março para 55,2 milhões – menor patamar desde meados de 2012. De acordo com o G1, a redução do número de contribuintes ocorre em meio à pandemia de coronavírus, que tem provocado a eliminação de postos de trabalho no país e um encolhimento recorde no número de brasileiros ocupados (veja aqui). Em 3 meses, 8,9 milhões de brasileiros ficaram sem trabalho no país. O número de pessoas ocupadas no Brasil teve redução recorde de 9,6% em relação ao trimestre encerrado em março, somando 83,3 milhões de pessoas, menor nível da série histórica iniciada em 2012. Em razão da queda recorde da população ocupada, o percentual de contribuintes entre os trabalhadores ocupados avançou de 63,4% em março para 66,3% no trimestre encerrado em junho, maior percentual já registrado pela série histórica iniciada em 2012. Até então, o maior nível tinha sido atingido em 2016 (65,7%). A redução do número de contribuintes só não foi ainda maior, uma vez que a maior quantidade de postos perdidos foram de trabalhadores informais, que em geral não costumam contribuir para instituto de previdência.

A taxa oficial de desemprego no Brasil subiu para 13,3% no trimestre encerrado em junho, atingindo 12,8 milhões de pessoas, com um fechamento de 8,9 milhões de postos de trabalho em apenas 3 meses em meio aos impactos da pandemia de coronavírus. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Mensal (PNAD Contínua), divulgada nesta quinta-feira (6) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado representa uma alta de 1,1 ponto percentual na comparação com o trimestre encerrado em março (12,2%) e de 1,3 ponto percentual em relação ao mesmo trimestre de 2019 (12%). Trata-se da maior taxa de desemprego desde o trimestre terminado em maio de 2017, quando também ficou em 13,3%. E o desemprego só não foi maior porque muita gente simplesmente deixou de procurar emprego ou não estava disponível para trabalhar em meio à pandemia de coronavírus. A taxa de desemprego em junho ficou ligeiramente abaixo da mediana de 30 instituições financeiras e consultorias ouvidas pelo Valor Data, de 13,4%.

Banco Central corta taxa básica de juros para 2% ao ano Foto: Getty Images

Sem novidades, chegou corte de 0,25 ponto na meta dos juros básicos. O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) do Brasil levou a Selic ao novo piso histórico de 2% ao ano nesta quarta-feira (5). A decisão foi unânime. De acordo com o Valor, é a taxa de referência mais baixa desde 1999, quando o nível de preços no Brasil passou a ser controlado pelo regime de metas de inflação. Foi o nono corte consecutivo na rota iniciada em agosto passado, quando a Selic começou a descer do seu então piso histórico, de 6,5% ao ano. Em seu último comunicado, há 42 dias, os diretores do BC projetavam que “um eventual ajuste futuro no atual grau de estímulo monetário” seria “residual”. Ou seja, de menor intensidade que o anterior, de 0,75 ponto.

Governo Federal planeja novas parcelas do auxílio emergencial até o fim do ano Foto: Divulgação

Vendo os impactos positivos do auxílio emergencial na economia e na popularidade do presidente Jair Bolsonaro, o governo federal já está discutindo a possibilidade de estender o auxílio emergencial até o fim do ano. Entretanto, segundo o blog da jornalista Ana Flor, no G1, para evitar um rombo ainda maior nas contas públicas de 2020, a ideia do governo é negociar com o Congresso um valor menor, entre R$ 200 e R$ 300. Mas, para modificar o repasse, é preciso aval dos parlamentares. Na semana passada, economistas do mercado financeiro viam nas viagens de Bolsonaro um sinal de que não haveria clima para encerrar o auxílio emergencial. Já para reduzir os valores, a equipe econômica argumenta que já há sinais de retomada para muitos setores.

Esse ano as compras de presentes para o Dia dos Pais promete ser mais tímida. Com a crise financeira provocada pelo novo coronavírus, a tendência é que a data comemorativa tenha uma queda de 8% nas vendas em relação ao ano passado, segundo levantamento da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado da Bahia (Fecomércio). A queda nas vendas vai gerar forte impacto financeiro para os lojistas. A estimativa é que nos 9 primeiros dias de agosto o varejo perca R$ 103 milhões de reais, para um total de faturamento de R$ 1,11 bilhão. No ano passado o resultado já havia sido negativo de -3,1%, com faturamento de R$ 1,21 bilhão. De acordo com a Fecomércio, esse cálculo é feito levando em conta as atividades que de alguma forma têm relação com a data comemorativa. O segmento que deve apresentar a maior queda nas vendas é o setor de vestuário, tecidos e calçados, com 28% de queda nas vendas. Esse é o ramo que sempre aparece em primeiro lugar nas pesquisas de intenção de compra, como camisa, calça, meia, pijama etc. Outro setor que vai sofrer é o de móveis & decoração e também no de eletroeletrônico com desempenhos estimados de -26% e -18%, respectivamente. “São duas atividades com preços de produtos mais elevados, com compras realizadas a crédito e em parcelas. Diante da insegurança no emprego, as famílias preferem evitar qualquer tipo de dívida neste momento. Então compras de computador, celular, fritadeira elétrica, por exemplo, devem ser negativas para o período”, estima o consultor econômico da Fecomércio-BA, Guilherme Dietze.

Foi aprovada na tarde desta quarta-feira, 29, pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) do Banco Central (BC), a criação da cédula de R$ 200. Seguindo o perfil de valorização da natureza, por meio da representatividade animal, a nova nota trará a imagem do lobo-guará, animal nativo das savanas do Brasil, estampada.  De acordo com o BC, a previsão é que sejam impressas cerca de 450 milhões de cédulas até o fim deste ano. Ainda conforme a autarquia monetária, as notas devem começar a circular no fim de agosto.

A economia brasileira fechou 1,19 milhão de vagas de trabalho com carteira assinada no primeiro semestre de 2020, informou nesta terça-feira (28) o Ministério da Economia. Os números fazem parte do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). O saldo é a diferença entre as contratações e a demissões. No semestre foram registrados 7,9 milhões de desligamentos e 6,7 milhões de novas admissões. No mesmo período de 2019, o saldo havia sido positivo. Na época, foram criadas 408 mil vagas, o melhor resultado desde 2014. Considerando exclusivamente o mês de junho, foram fechadas 10,9 mil vagas de emprego formal. Em maio, haviam sido 350 mil. O mercado de trabalho, assim como toda a economia, sofreu diretamente o impacto da pandemia do novo coronavírus. O alto risco de contágio em locais cheios ou fechados, assim como as medidas de isolamento social, tomadas de acordo com orientações de autoridades de saúde, diminuíram a circulação de pessoas e o consumo de diversos bens e serviços. Em grande parte dos estados, as medidas foram flexibilizadas nas últimas semanas.

Aneel proíbe corte de energia de famílias mais pobres até o fim do ano Foto: Reprodução

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) proibiu, nesta terça-feira (21), o corte de energia elétrica de famílias de baixa renda, por falta de pagamento, até o fim do ano. A regra já tinha sido definida mas, por enquanto, só tinha validade até o fim de julho. A diretoria da agência reguladora decidiu estender essa norma até o fim do estado de calamidade pública pela pandemia do coronavírus, decretado pelo Congresso Nacional e válido até 31 de dezembro. Essa prorrogação só vale para os consumidores enquadrados como "baixa renda", beneficiados pela Tarifa Social de Energia Elétrica. Para as demais residências e para imóveis comerciais, o prazo de 31 de julho está mantido.

A Bahia sofreu um rombo bilionário nos seus cofres públicos por causa do coronavírus. Só nos últimos três meses, o Estado teve uma perda de R$ 1,5 bilhão em receitas brutas, em comparação com o mesmo período em 2019. O levantamento foi feito pela Secretaria da Fazenda do Estado (Sefaz-BA), considerando o total arrecadado com os impostos e taxas estaduais e as transferências obrigatórias do Fundo de Participação dos Estados (FPE). De acordo com o secretário da pasta, Manoel Vitória, levando em conta que as perdas tomam por base os números do ano passado e não refletem a crise econômica de 2020, já que o Estado foi obrigado a desembolsar altas quantias no enfrentamento à pandemia, a tendência é que o impacto nas contas públicas seja ainda maior. “O pacote de ajuda federal foi desidratado nas discussões entre o congresso e a equipe econômica, o que na prática reduziu seu alcance, prolongando a situação de dificuldade que os Estados já vinham enfrentando antes da pandemia”, afirma Vitório. Ainda de acordo com a Sefaz, só com o ICMS, o principal tributo do Estado, a perda foi de R$ 1,02 bilhão. A segunda perda mais relevante foi no FPE, que teve queda de R$ 395,8 milhões. As demais perdas são relativas a IPVA, ITD e taxas. A pasta pontua ainda que tratam-se de valores brutos, ou seja, ainda sem considerar os repasses obrigatórios de 25% da receita com ICMS para os municípios e, no caso do FPE, de 20% para o Fundeb e de 1% para o Pasep.

Jair Bolsonaro autoriza suspensão de contratos por mais 60 dias Foto: Reprodução

O presidente Jair Bolsonaro autorizou a ampliação do prazo para redução de até 70% na jornada e salário e suspensão de contratos de trabalho, medidas que fazem parte do BEM, programa do governo federal para mitigar o fechamento de postos de trabalho com carteira assinada durante a pandemia do novo coronavírus. De acordo com decreto publicado nesta terça-feira, 14, fica autorizado que empresas possam reduzir por mais 30 dias a jornada e o salário, completando quatro meses (120 dias) desde que a medida foi anunciada. Para a suspensão dos contratos, o prazo foi ampliado em 60 dias, e também passa a completar quatro meses (120 dias). Até o momento, 12,9 milhões de acordos para alteração de contratos foram assinados, segundo o Ministério da Economia. A permissão para mudança dos contratos e o pagamento de benefício emergencial para trabalhadores que sofreram com a mudança está vigente desde abril, com a publicação da medida provisória 936. O aumento do prazo do BEM, como é chamado o programa, era considerado fundamental para dar mais fôlego às empresas durante a retomada gradual em meio à pandemia. A permissão para ampliação do programa foi dada pelo Legislativo, quando aprovou a MP. Com isso, Bolsonaro pode dilatar o BEM via decreto, conforme feito nesta terça-feira. Na avaliação do Ministério da Economia, o programa é um sucesso e ajudou a segurar demissões durante a fase mais aguda da crise. A ampliação do prazo é tida como uma ferramenta para preservar empregos durante a retomada. Tendo ferramentas para não demitir, os empresários ganham fôlego para estudar qual o tamanho necessário da mão de obra, enquanto o governo tem mais tempo para traçar planos de retomada do emprego, fundamentais para o momento pós-crise.

IBGE estima crescimento de 13% da produção de grãos na Bahia Foto: Divulgação

O sexto Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), relativo ao mês de junho, projetou a produção baiana de cereais, oleaginosas e leguminosas, para este ano, em torno de 9,3 milhões de toneladas, o que representa uma expansão de 13,% em comparação ao ano passado. Em maio, o levantamento apontava uma safra de nove milhões de toneladas. Em relação à área, o IBGE projeta uma ligeira retração de 0,8% na plantada e de 1,4% na colhida na comparação anual, registrando, em ambos os casos, uma extensão aproximada de 3,1 milhões de hectares. As informações, divulgadas nesta quinta-feira (9), foram sistematizadas e analisadas pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Secretaria do Planejamento (Seplan). “Esta expansão da safra baiana de cereais, oleaginosas e leguminosas, mesmo neste ano de enfrentamento da pandemia, comprova a eficiência das políticas públicas do Governo da Bahia de estímulo à produção agrícola. Como vinha ocorrendo nos meses anteriores, os principais destaques são a soja, milho, feijão, cana-de-açúcar, cacau e café, além do crescimento da safra de cebola”, disse o secretário estadual do Planejamento, Walter Pinheiro. A lavoura de soja, cuja colheita está finalizada, ficou estimada em 6,0 milhões de toneladas, a segunda maior da série histórica do levantamento – inferior apenas à de 2018 (6,2 milhões de toneladas). Com isso, houve expansão de 13,5% em relação ao volume produzido em 2019. A área colhida de 1,6 milhão de hectares superou em 1,3% à da safra anterior.

Após dois meses seguidos de deflação impactados diretamente pela queda da demanda do consumo devido a crise do coronavírus, os preços no país voltaram a subir e registraram alta de 0,26% em junho, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado nesta sexta-feira, 10, pelo IBGE. O dado, entretanto, é menor que o esperado pelo mercado, que previa crescimento de 0,30% no período. A taxa foi influenciada pelo aumento nos preços dos combustíveis, que nos últimos meses vinham em quedas seguidas devido o choque do petróleo e a queda da demanda, e também aumento no valor dos alimentos. Com o resultado de junho, a inflação acumula alta de 0,10% em 2020. Nos últimos 12 meses, a alta é de 2,13%, bem abaixo da meta para o ano, que é de 4%. De acordo com o IBGE, dos nove grupos de produtos pesquisados, sete tiveram alta no mês, o que pode ser mais um indicativo do aumento da demanda após meses de consumo deprimido. No caso dos transportes, que subiu 0,30%, o resultado foi puxado pela alta da gasolina (3,24%) e do etanol (5,74%). Passagens aéreas amargaram mais um mês de queda nos preços (-26,01%), devido a queda no número de passageiros por causa da crise do novo coronavírus. O grupo com maior impacto do resultado do IPCA de junho foi Alimentação e bebidas (0,38%), que aumentou em relação ao resultado de maio (0,24%). Este conjunto de itens, no entanto, já vinha de uma sequência de alta, que está em parte ligada à demanda elevada durante a pandemia do Covid-19.

Brasil tem 2,6 milhões de pedidos de seguro-desemprego Foto: Agência Brasil

O número de pedidos de seguro-desemprego chegou a 653.160 em junho, uma queda de 32% em relação a maio, quando foram registrados 960.309 requerimentos. De acordo com dados divulgados nesta quinta-feira pelo Ministério da Economia, os pedidos do benefício feitos no mês passado representam um aumento de 28,4%, quando comparados com julho de 2019. De acordo com os dados, os três Estados com maior quantidade de requerimentos foram São Paulo (199.066), Minas Gerais (70.333) e Rio de Janeiro (52.163). Por setor, os pedidos se distribuíram entre serviços (41,7%), comércio (25,4%), indústria (18,7%), construção (10,1%) e agropecuária (4,1%). Do total de pedidos de junho, 39,6% foram feitos por mulheres e 60,4%, por homens. A faixa etária que concentrou a maior proporção de requerentes foi de 30 a 39 anos, com 32,1% do total Sobre a escolaridade, 59,9% dos solicitantes têm ensino médio completo. A pasta da Economia mostra ainda que, no acumulado do ano, de janeiro a junho, foram contabilizados 3.950.606 pedidos de seguro-desemprego, o que equivale a uma alta de 14,8% em comparação com o acumulado no mesmo período de 2019 (3.442.780).

Pesquisa aponta que sete em cada dez brasileiros tiveram a vida afetada pela pandemia

Sete em cada dez. Esse foi o número de brasileiros que fazem parte da chamada população economicamente ativa e tiveram a vida afetada pela pandemia de Covid-19. Foi que apontou uma pesquisa realizada pelo Serasa após as medidas de restrição econômica e isolamento social provocadas pelo novo coronavírus. Ao todo, foram ouvidas 358 pessoas entre 18 e 74 anos (55% homens e 45% mulheres), de todas as regiões do Brasil, pela internet. Conforme os dados, o desemprego aumentou 5 pontos percentuais em relação ao mesmo período do ano passado e 41% dos entrevistados no levantamento apontaram a pandemia de Covid-19 como causa. Além disso, a maior parte dos que perdeu o emprego (54%), ganhava menos que dois salários mínimos e trabalhava em pequenas e médias empresas. A pesquisa do Serasa também revelou que o aumento do desemprego ou a redução dos postos de trabalho empurrou um grande contingente de trabalhadores para a informalidade ou para trabalhos autônomos: pouco mais de 30% da população está inserida neste cenário. E a situação não afeta somente as pessoas de forma isolada. Na questão familiar, 89% dos entrevistados dizem já haver queda dentro de casa e 53% afirmaram que todos da família perderam renda por causa da crise. Desta forma, o panorama retratado pelo levantamento apontou para, conforme o órgão, um cenário de dificuldades em curso e que tende a causar problemas de curto, médio e longo prazos para uma parcela significativa da população, justamente a de menor poder aquisitivo. Para tentar se equilibrar neste período conturbado, uma parte já está à procura de uma renda extra ou outro emprego, mas há outras pessoas que pensam em pegar dinheiro para pagar as despesas - 91% afirmaram que farão empréstimo pessoal. Contudo, especialistas da área econômica alertam que a decisão pode complicar ainda mais a vida financeira. Segundo eles, sem um vínculo ou comprovação de renda, a única opção para conseguir dinheiro é realizando empréstimos em modalidades que cobram juros maiores. Neste caso, se não houver a recuperação da capacidade de gerar renda no curto prazo, o cidadão também terá problemas para pagar os empréstimos.

Paulo Guedes promete 'três ou quatro' grandes privatizações em 2020 para aquecer a economia Foto: Reprodução/Google Fotos

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou neste domingo (5), em entrevista à CNN Brasil , que serão feitas "três ou quatro grandes privatizações" nos próximos "30, 60, 90 dias". Guedes não deu a lista das estatais, mas indicou algumas empresas que podem entrar nos processos de privatização. Guedes diz que a equipe econômica se concentra em atacar "frontalmente" o desemprego no Brasil e garante que as privatizações podem diminuir a queda de arrecadação do governo neste ano e minimizar os efeitos da crise causada pela pandemia do novo coronavírus (Sars-Cov-2). O ministro voltou a defender ainda a criação de um imposto sobre transações digitais, uma espécie de 'nova CPMF'. Questionado sobre as empresas que estariam na lista de privatizações, o ministro desconversou. "Vamos esperar um pouquinho. Vocês vão saber já, já", disse. Guedes, indicou, porém, que os Correios "seguramente" estariam na lista, e defendeu que as subsidiárias da Caixa Econômica Federal (CEF) façam uma oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), com valor entre R$ 20 bilhões e R$ 50 bilhões, "bem maior até" que o valor total da privatização da Eletrobras, segundo ele. O ministro reconheceu que as privatizações não vêm tendo resultado "satisfatório", mas disse que, nos próximos meses, esse cenário vai mudar e a economia vai iniciar a retomada. Guedes se mostrou tranquilo em relação ao cenário fiscal e previu recuperação gradual ainda neste ano, com o fim da primeira onda da contaminação pelo novo coronavírus. Segundo ele, a reforma tributária também deve ser enviada ao Congresso ainda em 2020.

Número de afastados do trabalho cai e indica retomada, diz IBGE Foto: Kaio Lakaio/Veja

O número de pessoas ocupadas que estavam temporariamente afastadas do trabalho devido ao isolamento social, medida de combate ao novo coronavírus, caiu de 13,5 milhões na primeira semana de junho para 12,4 milhões na segunda semana do mês. Como a população desocupada ficou estável nesse período, os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira, 3, indicam que 1,1 milhão de pessoas voltaram ao trabalho com a flexibilização do distanciamento social adotada em algumas cidades do país. Segundo a Pnad Covid, pesquisa desenvolvida pelo instituto em parceria com o Ministério da Saúde, na primeira semana de maio 16,6 milhões estavam afastadas. A retomada da atividade econômica está no radar do Ministério da Economia. O ministro Paulo Guedes sustenta que o fundo do poço foi atingido em abril, e de maio para frente, já há sinais de reaquecimento. Como mostra a Revista Veja desta semana, dados de emissões de notas fiscais em junho — melhores até que no ano anterior — e índices de confianças de empresários, corroboram a visão de que o fundo do poço, ao menos na economia, ficou para trás. No caso do mercado de trabalho, ainda há o fechamento de vagas, mas a retomada gradual das atividades, somada a medidas que podem ajudar a conter a demissão no mercado formal, têm dado indicadores positivos sobre a atividade brasileira. Apesar disso, ainda há muita gente sem emprego, e é justamente a reativação da mão de obra a medida que vem sendo gestada pela equipe econômica. Na segunda semana de junho, o IBGE estima que 170 milhões pessoas estavam em idade para trabalhar, mas somente 83,5 milhões estavam ocupadas. Esse número permaneceu estável desde a primeira semana de maio, e mostra que menos da metade (49,0%) das pessoas estavam trabalhando na segunda semana de junho.

Retomada parcial faz indústria subir 7% em maio Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste

Após um forte recuo em abril, quando a atividade industrial caiu para o menor nível em mais de 18 anos, a produção da indústria reagiu e cresceu 7% em maio, segundo dados divulgados nesta quinta-feira, 2, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O dado é o primeiro positivo em três meses. A volta de atividades não essenciais em alguns estados no mês anterior, bem como a baixa margem de comparação devido a queda brusca de abril – mês que marcou a aceleração dos casos de coronavírus e endurecimento das medidas de distanciamento social, além da concessão de férias coletivas para diversos trabalhadores – ajudaram na reação. O sinal é positivo e mostra que a fase mais aguda de paralisia econômica ficou para trás. No entanto, vale lembrar que o saldo do ano continua negativo: o setor acumula queda de 11,2% nos cinco primeiros meses do ano e de 5,4%, levando em consideração os últimos 12 meses. “A partir do último terço de março, várias plantas industriais foram fechadas, sendo que, em abril, algumas ficaram o mês inteiro praticamente sem produção, culminando no pior resultado da indústria na série histórica da pesquisa. O mês de maio já demonstra algum tipo de volta à produção, mas a expansão de 7,0%, apesar de ter sido a mais elevada desde junho de 2018 (12,9%), se deve, principalmente, a uma base de comparação muito baixa”, analisa André Macedo, gerente da Pesquisa Mensal da Indústria. A queda da produção de 2020 como efeito no novo coronavírus fica evidente na comparação com o mesmo período do ano anterior. A queda chegou a 21,9%, sétimo resultado negativo subsequente na comparação interanual.

Após ter interrompido a sequência de 18 revisões para baixo do Produto Interno Bruto (PIB) de 2020, o mercado financeiro voltou a projetar para baixo a estimativa do resultado da economia brasileira para 2020. Segundo o Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira, 29, pelo Banco Central, o país deve ter uma recessão na casa de 6,54% este ano. Na semana passa, a estimativa era de 6,50%. A instabilidade quanto a evolução do coronavírus no país, além do ambiente político tumultuado, ajudam a empurrar as projeções do país para baixo. A média das previsões do mercado, contidas no Focus, são menos pessimistas de que agentes internacionais. Na semana passada, o Fundo Monetário Internacional (FMI) projetou queda do PIB brasileiro em 9,1% neste ano, enquanto o Banco Mundial projeta tombo de 8%. O Banco Central tem visão um pouco menos pessimista que os outros agentes e vê retração de 6,4% na economia este ano. Segundo o presidente do BC, Roberto Campos Mello, a autoridade monetária enxerga uma melhora na condição com a efetividade de programas de crédito e transferência de renda, como o auxílio emergencial. De toda forma, a queda significativa do PIB atinge o país no ano em que se esperava uma retomada econômica de mais fôlego. No início do ano, quando a pandemia do coronavírus estava concentrada na China e não se sabia ao certo quando e como chegaria ao Brasil, os especialistas estimavam crescimento econômico para este ano na casa de 2,3%. Porém, com o avanço da doença e a piora no cenário político, a previsão para a economia tem piorado. Vale lembrar, entretanto, que as revisões na estimativa do PIB têm sido mínimas há quatro semanas, variando cerca de 0,05 ponto porcentual para cima ou para baixo. Esse movimento coincide com a reabertura de atividades não essenciais em grandes cidades brasileiras, como Rio de Janeiro e São Paulo.

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