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Economia
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Criada na reforma trabalhista, demissão por acordo cresce 60% Foto: Reinaldo Canato/Veja

Desde novembro de 2017, as empresas já realizaram 109,5 mil demissões em comum acordo com seus funcionários. Implementado na reforma trabalhista, essa modalidade de desligamento vem crescendo conforme a regra se consolida no âmbito das relações entre empregados e empregadores, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Em janeiro, as demissões acordadas representavam 0,78% do total de desligamentos registrados. Em agosto, esse tipo de saída passou para 1,21% do total. Ainda que pequena a relação, o total de acordos desse tipo cresceu 60% na comparação entre agosto e janeiro – ao passo que o total de desligamentos aumentou apenas 3%. A possibilidade foi criada na reforma trabalhista, vigente desde novembro do ano passado. A demissão por acordo possui regras específicas, que podem desonerar alguns dos gastos do empregador em detrimento ao que o trabalhador teria para receber em uma rescisão comum. O empregado recebe apenas 50% dos valores do aviso prévio e da multa do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) – em vez de 40%, recebe 20% do saldo da conta. Em caso de demissão comum, o patrão pagaria uma multa de 40%, o que costuma elevar o custo do desligamento. O trabalhador também recebe apenas 80% dos recursos depositados por seu empregador no FGTS. Os 20% restantes permanecem no fundo, rendendo juros.

A dívida pública federal, que inclui os débitos do governo dentro do Brasil e no exterior, subiu 0,98% em agosto, para R$ 3,785 trilhões, informou a Secretaria do Tesouro Nacional nesta segunda-feira (24). Em julho, a dívida somava R$ 3,748 trilhões.  O aumento da dívida pública em agosto está relacionado unicamente com as despesas do governo com juros, que somaram R$ 42,71 bilhões. Isso porque o resgate de títulos públicos superou as emissões de novos papeis em R$ 5,88 bilhões. Se a emissão de papeis ficasse acima dos resgates, a dívida teria registrado crescimento maior. A dívida pública é a emitida pelo Tesouro Nacional para financiar o déficit orçamentário do governo federal, ou seja, pagar por despesas que ficam acima da arrecadação com impostos e tributos. Em todo ano passado, a dívida pública teve aumento de 14,3%, segundo números oficiais. A expectativa da Secretaria do Tesouro Nacional é de uma nova alta em 2018, podendo chegar a quase R$ 4 trilhões no fim do ano.

A arrecadação com impostos, contribuições e demais receitas teve crescimento real (acima da inflação) de 1,08% em agosto deste ano e atingiu R$ 109,751 bilhões, informou nesta sexta-feira (21) a Secretaria da Receita Federal. Foi o maior valor para meses de agosto desde 2014, ou seja, em quatro anos. No mesmo mês do ano passado, a arrecadação federal somou R$ 108,576 bilhões (valor corrigido pela inflação). De acordo com a Receita Federal, o mês de agosto também foi o décimo mês consecutivo em que a arrecadação federal teve crescimento real frente ao mesmo período do ano anterior. A última queda foi em outubro do ano passado, mas o resultado foi influenciado pela receita extra com a chamada “repatriação”, em outubro de 2016. A alta da arrecadação acontece em um momento de reaquecimento, ainda que mais fraco do que esperado, da economia, que saiu da recessão no ano passado – quando o Produto Interno Bruto (PIB) registrou um crescimento de 1%, depois de dois anos de recessão. Os valores arrecadados também estão sendo influenciados positivamente pelas receitas com “royalties” do petróleo – por conta da alta do preço do produto no mercado internacional. Em agosto deste ano, a arrecadação dos “royalties” subiu 24,63% em termos reais (acima da inflação), para R$ 2,56 bilhões.

O Banco Central editou na quinta-feira (20) uma circular que busca facilitar as transferências unilaterais de recursos do exterior para o Brasil. Pelas novas regras, que valerão a partir de 1º de novembro, o destinatário final receberá os recursos em sua conta corrente ou de poupança, no Brasil, em reais, sem a necessidade de fazer operações de câmbio ou de arcar com custos adicionais. Isso vale para operações de transferências pessoais de até 10 mil reais. Antes, quando um trabalhador que está em outro país enviava recursos para sua família no Brasil, o destinatário do dinheiro precisava realizar operação de câmbio (trocar a moeda estrangeira por reais). O processo era mais burocrático e era preciso arcar com custos operacionais no Brasil. Além disso, até que a operação fosse feita, não se sabia exatamente quanto o destinatário receberia, em reais. Agora, conforme o BC, todos os custos da operação ficarão a cargo do remetente, no banco de origem. Assim, um trabalhador brasileiro que estiver no Japão (dekassegui), por exemplo, resolverá toda a questão do envio em seu banco. Quando o dinheiro chegar à conta corrente do familiar, no Brasil, ele já estará convertido em reais e não haverá burocracia adicional. Os dados mais recentes do BC mostram que as receitas do país com transferências pessoais somaram 1,482 bilhão de dólares de janeiro a julho. Apenas em julho, foram 211 milhões de dólares.

O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) decidiu nesta quarta-feira (19) manter a taxa básica de juros (Selic) em 6,5% ao ano. A decisão já era esperada pelo mercado financeiro. Fixado desde março deste ano, este é o menor patamar da Selic desde o início do regime de metas para a inflação, em 1999. A expectativa dos analistas é que a taxa não seja alterada até o fim deste ano e, em 2019, seja elevada gradualmente até alcançar 8% ao ano. No comunicado sobre a decisão, o Copom informou que o cenário econômico atual “prescreve manutenção da taxa Selic no nível vigente”. Diferentemente dos comunicados anteriores, o texto indica a possibilidade de elevação dos juros caso haja a possibilidade de aumento da inflação “no horizonte relevante para a política monetária”. O Comitê ressalta que os próximos passos da política monetária continuarão dependendo “da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e das projeções e expectativas de inflação”.

Dados da Associação Brasileira do Trabalho Temporário (Asserttem) e Caixa Econômica Federal mostram que devem ser abertas 434,4 mil vagas temporárias entre setembro e dezembro, nos setores da indústria, comércio e serviços, em decorrência do aumento das vendas para o Dia das Crianças, Natal e Ano Novo.  O crescimento deve ser de 10% em relação ao mesmo período de 2017, quando foram abertas 394,9 mil vagas. A alta, segundo a entidade, é puxada pela indústria, em especial dos segmentos farmacêutico, alimentar, químico e agroindustrial. Em relação a 2016, o número previsto para contratações temporárias é 22% maior. Mas é distante do registrado em 2014, quando 490.435 vagas foram abertas, antes de a crise econômica se intensificar e levar ao aumento da taxa de desemprego. Já a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) prevê a contratação de 72,7 mil trabalhadores temporários para o varejo, recuo de 1,7% em relação aos 73,9 mil postos criados no ano passado. De acordo com a CNC, a desaceleração da economia diante do cenário de incertezas do segundo semestre deverá levar ao crescimento menor das vendas no Natal, de 2,3%. Em 2017, a alta foi de 3,9% em relação a 2016.

O nível de atividade da economia brasileira registrou expansão em julho, mês que marca o início do terceiro trimestre, de acordo com informações divulgadas pelo Banco Central nesta segunda-feira (17). O chamado Índice de Atividade Econômica do BC (IBC-Br), considerado um tipo de “prévia” do Produto Interno Bruto (PIB), teve expansão de 0,57% em julho, comparado com o mês anterior. O resultado foi calculado após ajuste sazonal (uma espécie de “compensação” para comparar períodos diferentes). Quando comparado a julho de 2017, o IBC-Br cresceu 2,56% (neste caso, sem ajuste sazonal). Os números do BC mostram que esse foi o segundo mês seguido de crescimento do nível de atividade, que já havia avançado 3,42% em junho – após o tombo de 3,35% em maio, por conta da greve dos caminhoneiros. Os números do BC mostram ainda que, nos sete primeiros meses deste ano, o indicador do nível de atividade registrou uma expansão de 1,19%, sem o ajuste sazonal. No acumulado em 12 meses até julho, a prévia do PIB (indicador dessazonalizado) registrou crescimento de 1,46%.

A 5ª edição do Índice de Confiança Robert Half apontou que 86% dos profissionais desempregados entrevistados para a pesquisa estão dispostos a aceitar uma proposta salarial inferior à do último emprego para voltar ao mercado de trabalho. O comportamento retratado na pesquisa reflete a dificuldade de recolocação no mercado de trabalho. Em julho, havia 12,9 milhões de desempregados no país, segundo o IBGE. A pesquisa mostrou ainda que 64% dos desempregados entrevistados estão confiantes de que o mercado estará melhor nos próximos seis meses: 7% estão muito confiantes, 23% apresentam alta confiança e 34% revelaram um nível médio de confiança. Baixa e muito baixa foram, respectivamente, 23% e 12%. De acordo com o G1, dentro desse grupo estão os desempregados qualificados (com 25 anos de idade ou mais e formação superior completa).  A pesquisa apontou ainda queda de otimismo dos profissionais (incluindo empregados e desempregados) quanto ao mercado de trabalho atual (de 30,9 pontos em abril para 28,8 pontos em julho) e futuro (de 50,2 pontos para 47,1 pontos). No total, foram entrevistados 1.161 profissionais qualificados, com 25 anos de idade ou mais e formação superior completa, sendo 387 empregados, 387 desempregados e 387 recrutadores - profissionais com poder de decisão sobre o preenchimento de uma vaga dentro das empresas - de diferentes regiões do país, entre os meses de julho e agosto de 2018.

Contas de luz vão continuar mais caras até o fim do ano Foto: iStockphoto/Getty Images

A bandeira vermelha 2 da conta de luz continuará acionada até o fim do ano, mesmo com o início do período chuvoso em novembro. A informação foi confirmada nesta quinta-feira, 13, pelo diretor geral do Operador Nacional do Sistema (ONS), Luiz Eduardo Barata. De acordo com a Veja, o sistema de bandeiras – verde, amarela, vermelha 1 e vermelha 2 – é usado para indicar o patamar tarifário da conta de luz. Exceto pela verde, na qual não há cobrança extra, a tarifa fica mais cara na vigência das demais. A medida é uma forma de compensar o acionamento das usinas termoelétricas, cuja operação é mais cara, em momentos em que os reservatórios estão em níveis baixos. Na bandeira amarela, o consumidor paga 1 real adicional a cada 100 kilowatts-hora. No patamar 1 da bandeira vermelha, são 3 reais para a mesma quantidade de energia consumida. A tarifa vermelha 2 acrescenta 5 reais a cada 100 kilowatts-hora consumidos. Barata, no entanto, afastou o risco do desabastecimento de energia elétrica, mesmo com a chegada do verão. Segundo ele, o acionamento das usinas termelétricas serão suficientes para atender à demanda, poupando os reservatórios das hidrelétricas.

Financiamento de veículos chega a meio milhão de unidades pela 1ª vez desde 2014 Foto: Fábio Tito/G1

O financiamento de veículos novos e usados somou 505.068 unidades em agosto passado, segundo dados da B3. A empresa opera a base integrada de dados que reúne o cadastro das restrições financeiras de veículos oferecidos como garantia em operações de crédito. Foi a primeira vez, desde dezembro de 2014, que o volume passou de meio milhão de veículos. De acordo com o G1, desse total de financiados, 194.936 foram de zero quilômetro e 310.132 de usados. As vendas a crédito em agosto foram 7,7% maiores do que as do mesmo período de 2017. Na mesma comparação, o número de veículos novos financiados aumentou 15,4% e o de usados, 3,4%. De janeiro a agosto, 3,5 milhões de veículos novos e usados foram financiados, 8,4% mais do que no mesmo período de 2017.

O pagamento do abono salarial do PIS começa nesta quinta-feira (13) para os trabalhadores nascidos em setembro. O valor varia de 80 a 954 reais, dependendo do período trabalhado em 2017 — ano-base do calendário de pagamento. Os recursos do Pasep serão liberados para servidores com número final de inscrição 2. O PIS é pago pela Caixa Econômica Federal, enquanto o Pasep é liberado pelo Banco do Brasil. Nesta etapa, uma novidade: oito bancos privados poderão liberar aos cotas do PIS/Pasep diretamente aos seus correntistas. Segundo a Caixa, os bancos podem começar a repassar os créditos do PIS nesta quinta-feira para clientes do Santander, Bancop, Siscred e Banestes. Correntistas do Bradesco, Itaú, BRB e Mercantil recebem o dinheiro até a próxima semana. O Banco do Brasil disse que o crédito começou a ser liberado aos bancos na terça-feira (11). Os clientes do Bradesco foram os primeiros a receber, seguidos pelos correntistas do Santander. Nesta quinta-feira, o dinheiro será repassado para clientes do Bancoop e Itaú. Amanhã, será a vez dos clientes do Mercantil, Banestes, BRB e Sicredi.

Petrobras sobe preço da gasolina, que atinge novo recorde: R$ 2,25 Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste

A Petrobras anunciou nesta quinta-feira, 13, o aumento de 1% no preço médio do litro da gasolina nas refinarias, que passa para 2,2514 reais. O reajuste representa nova máxima histórica desde que a estatal passou a divulgar o preço médio diariamente em seu site, em 19 de fevereiro. De acordo com a Veja, já o valor do litro do diesel permanece em 2,2964 reais, conforme tabela disponível no site da empresa. Na quarta-feira, a estatal também havia anunciado um reajuste no preço da gasolina, batendo a máxima histórica anterior – chegou a 2,2294 reais. Além dos reajustes diários da gasolina, a companhia tem a opção de utilizar um mecanismo de proteção financeira (hedge) para controlar o preço da combustível. Com isso, os reajustes poderão ser realizados a cada quinze dias.

Agropecuária baiana gera mais de R$ 15,4 bi com grãos e frutas Foto: Reprodução/Correio

Os municípios baianos estão entre as maiores economias agrícolas do país, na lista dos que mais produzem alimentos e mais geram riquezas, é o que confirma a Pesquisa Agrícola dos Municípios, a PAM, divulgada na manhã desta quinta-feira (13) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo o jornal Correio, os dados apresentam os resultados consolidados de 2017 e incluem os valores da produção, o rendimento médio no campo e a quantidade produzida. Na área de grãos, os destaques vão para os municípios do Oeste da Bahia.  De acordo com o IBGE, os produtores rurais de São Desidério arrecadaram no ano passado R$ 2,4 bilhões com a produção agrícola. A marca é 49,7% superior a 2016, e fez o município subir do 11º lugar para o 3º lugar, voltando ao pódio do ranking nacional da agricultura. O município baiano, que havia perdido a liderança devido a seca, agora está atrás apenas de Sorriso e Sapezal, no Mato Grosso. São Desidério é o 2º maior produtor de soja do Brasil e o 3º maior produtor de algodão. As duas commodities são responsáveis, respectivamente, por 61% e 29% dos recursos gerados pelos agricultores do município. Na mesma região, Formosa do Rio Preto, subiu do 17º para o 8º lugar no ranking nacional.  Barreiras avançou dezoito posições, saíndo do 42º para o 24º lugar. Já Luiz Eduardo Magalhães saltou 33 posições, indo do 61º para o 28º lugar. O estímulo para a produção de grãos foi impulsionado principalmente pelas chuvas abundantes e dentro do período esperado para o plantio, que ajudou no aumento da produtividade. Em 2017, os produtores de soja da região arrecadaram um valor 72,7% maior do que em 2016.

Caixa oferece crédito consignado com garantia do FGTS Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste

Trabalhadores da iniciativa privada poderão contar com uma nova opção de crédito até o final do mês. O empréstimo consignado com uso do FGTS como garantia passará a ser oferecido pela Caixa a partir do dia 26. A linha de financiamento, que estará à disposição de 36,9 milhões de brasileiros, terá juros de no máximo 3,5% ao mês, com prazo de pagamento de até 48 meses. “Nosso objetivo é disponibilizar aos trabalhadores uma linha de financiamento que seja realmente viável tanto para tomar o dinheiro quanto para pagar depois”, afirmou, em nota, o ministro do Trabalho, Caio Vieira de Mello. Os valores emprestados dependerão do quanto os trabalhadores têm depositado na conta vinculada do FGTS. De acordo com a Veja, pelas regras, eles podem dar como garantia até 10% do saldo da conta e a totalidade da multa em caso de demissão sem justa causa, valores que podem ser retidos pelo banco no momento em que o trabalhador perder o vínculo com a empresa em que estava quando fez o empréstimo consignado.

Petrobras anuncia mudança na política de reajustes da gasolina Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A Petrobras informou, nesta quinta-feira (6) que irá criar um mecanismo de proteção financeira (hedge) para controlar o preço da gasolina. Com isso, os reajustes, que hoje são diários, poderão acontecer a cada 15 dias. “A Petrobras entende ser importante implementar mecanismos que lhe permitam ter a opção de alterar a frequência dos reajustes diários do preço da gasolina no mercado interno, podendo até mantê-lo estável por curtos períodos de tempo, de até 15 dias, conciliando seus interesses empresariais com as demandas de seus clientes e agentes de mercado em geral”, informou a companhia. O diretor financeiro da Petrobras, Rafael Grisolia, afirmou que a empresa identificou que era importante “trazer mecanismos financeiros de proteção para os momentos de volatilidade da gasolina e do câmbio”. Ele não informou, no entanto, porque a empresa optou por utilizar essas ferramentas financeiras neste momento. Na quarta-feira (5), litro da gasolina ficou 1,68% mais caro nas refinarias do país, passando de 2,17 reais para 2,20 reais. É o maior valor desde a política adotada há um ano, com os preços atrelados ao mercado internacional.

O governo federal publicou no Diário Oficial da União desta quarta-feria, 5, a tabela com os novos preços para o frete mínimo do transporte rodoviário. A nova tabela incorpora os efeitos do reajuste de 13% no preço do diesel anunciado na sexta-feira, 31. A definição da nova tabela foi tomada em reunião entre técnicos da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e do Ministério dos Transportes. O reajuste ocorre depois que boatos sobre uma nova paralisação dos caminhoneiros assustou parte da população e provocou filas nos postos de combustíveis. Diante deste cenário, o governo decidiu acelerar o atendimento de dois pedidos da categoria: corrigir a tabela de preços mínimos do frete rodoviário e colocar fiscais nas estradas para verificar seu cumprimento. A perspectiva de uma correção imediata da tabela conteve, ao menos por ora, o ímpeto de uma nova paralisação dos caminhoneiros. “O governo pode afirmar de forma peremptória que não acontecerá uma nova greve”, disse na segunda-feira o ministro-chefe da Secretaria de Governo, Carlos Marun. O governo também decidiu intensificar a fiscalização do cumprimento da tabela. O governo está em alerta porque alas do movimento estão convocando uma manifestação em frente à sede da ANTT no próximo dia 12 para cobrar a fiscalização. Antes do aumento do diesel, a falta dela era a principal queixa da categoria.

Consumidores vão pagar R$ 1,9 bilhão a mais na conta de luz Foto: iStockphoto/Getty Images

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta terça-feira, 4, um aumento extraordinário de 1,937 bilhão de reais no orçamento da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), que passará de 18,843 bilhões de reais para 20,053 bilhões de reais. Com a medida, haverá aumento nas contas de luz. O impacto médio previsto nas tarifas será de 1,6% para os consumidores dos estados do Centro-Sul e de 0,3% do Norte e Nordeste. O valor será repassado por meio da tarifa de energia, na conta de luz das distribuidoras de energia que ainda passarão por reajustes tarifários esse ano. Para as demais, o valor deverá ser compensado nos processos do ano que vem como componente financeiro. A CDE é usada para custear diversas políticas públicas do setor elétrico brasileiro, como o subsídio à conta de luz de famílias de baixa renda; programas como o Luz Para Todos; pagamento de indenizações a empresas e compra de parte do combustível usado pelas termelétricas. A revisão dos valores já havia sido proposta pela Aneel no início de agosto.

Quase a metade das pessoas que têm contas em atraso (46%) acredita que não conseguirá pagar as dívidas pelos próximos três meses. Foi o que mostrou a pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). O levantamento mostrou também que 49% dos inadimplentes confiam que vão conseguir regularizar a situação, sendo que 36% já planejam quitar todo o valor e 13% apenas parte dele. A sondagem entrevistou 609 consumidores com dívidas em atraso por mais de noventa dias em todas as capitais brasileiras. O valor médio das dívidas do brasileiro chega a 2.615,98 reais. Entre as pessoas com renda familiar de até cinco salários mínimos, a dívida média é de 2.530,96 reais, e as classes A e B devem em média 3.718,48 reais, de acordo com a pesquisa. Há ainda 14% de inadimplentes que nem sabem quanto devem. De acordo com a sondagem, os fatores que dificultam o pagamento das dívidas é a renda insuficiente (para 36% dos entrevistados), o desemprego (para 27% das pessoas) e as pendências serem muito superiores aos ganhos (15%). Há ainda 9% de inadimplentes que não conseguem abrir mão de gastos com os quais estão acostumados.

Gasolina da Petrobras perto do recorde da era de reajustes diários Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O preço médio da gasolina praticado pela Petrobras nas refinarias alcançou nesta terça-feira (28) o segundo maior nível da era de reajustes diários, a 2,0829 reais por litro, apenas ligeiramente abaixo do recorde de 2,0867 reais registrado em maio, durante os protestos dos caminhoneiros. A empresa informou em seu site que tal cotação será mantida também na quarta-feira (29). Em agosto, o valor da gasolina já acumula alta de quase 6% e reflete tanto a firmeza das referências do petróleo no mercado internacional quanto a disparada do dólar ante o real, parâmetros estes utilizados pela petroleira em sua política de formação de preços de combustíveis, em vigor há pouco mais de um ano. A valorização do derivado de petróleo também se segue a uma interrupção de produção na Replan, a maior refinaria da Petrobras, localizada em Paulínia (SP), que sofreu uma explosão no último dia 20.

INSS corta 533 mil benefícios por falta de prova de vida Foto: Agência Brasil

O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) cortou o pagamento do benefício de 533 mil pessoas que não compareceram às agências neste ano para fazer a prova de vida. O procedimento deve ser feito obrigatoriamente todos os anos para todos que recebem os benefícios em conta-corrente, conta poupança ou cartão magnético. Segundo o INSS, esse número representa apenas 1,5% do total de beneficiários – são 34,7 milhões de pessoas, ao todo. O prazo para fazer a prova de vida se encerrou no fim de fevereiro. A prova de vida podia ser feita diretamente no banco em que o beneficiário recebe o pagamento, mediante apresentação de documento de identificação com foto. O Maranhão foi o Estado com maior taxa de benefícios cortados por falta de comprovação de vida: 1,91%. Em seguida, aparecem o Ceará (1,85%) e Rio Grande do Norte (1,84%).

Começa nova fase de adesão ao acordo de perdas da poupança Foto: iStock

Começou nesta segunda-feira (20) mais uma fase do acordo de perdas provocadas nas cadernetas de poupança pelos planos econômicos Bresser (1987), Verão (1989) e Collor 2 (1991). Para receber a indenização prevista no acordo negociado no fim do ano passado pela Advocacia Geral da União (AGU) com bancos, os poupadores devem aderir à plataforma eletrônica pagamento da poupança –  a adesão ao sistema criado pelo sistema bancário é feita pelos advogados. Nesta nova fase, podem aderir os poupadores nascidos entre 1939 e 1943 que entraram com ação na Justiça pedindo a correção de aplicações na poupança – quem não recorreu à Justiça, não tem mais direito à indenização. De acordo com o presidente da Frente Brasileira pelos Poupadores (Febrapo), Estevan Pegoraro, essa é a etapa mais importante do acordo porque reúne o maior número de beneficiários . “Nos primeiros lotes, efetuamos os pagamentos dos poupadores mais idosos, que reunia um número menor de pessoas”, afirma. Desde que foi lançado, o site para acordos registrou a adesão de mais de 70 mil poupadores, segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban).

FGTS vai distribuir lucro de R$ 6,23 bilhões a trabalhadores Foto: Correio

Trabalhadores com conta no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) receberão rendimento extra de 1,72% pelo lucro que o fundo obteve no ano passado. Na média, o rendimento extra representa R$ 38 para cada uma das 258 milhões de contas. O dinheiro começa a ser depositado nesta terça-feira, 14, e todas as contas terão o recurso extra até o dia 31 de agosto. Devem ser beneficiadas 90,7 milhões de pessoas. A remuneração extra é resultado da partilha do lucro do Fundo no ano passado. Segundo os gestores do FGTS, o resultado somou R$ 12,46 bilhões, sendo que R$ 6,23 bilhões serão divididos com os próprios trabalhadores. Para calcular o valor que vai receber em sua conta do FGTS, o cotista precisa multiplicar o índice de 0,0172 ao saldo existente em 31 de dezembro de 2017. Por exemplo, quem tinha R$ 1 mil, receberá R$ 17,20. Esse é o segundo ano em que metade do lucro do FGTS é distribuído entre os trabalhadores e que o rendimento total fica acima da inflação. Se levar em conta a atualização mensal já paga durante os meses do ano passado, as contas do Fundo tiveram remuneração total de 5,59% no acumulado de 2017. O porcentual, destaca a Caixa, foi praticamente o dobro da inflação oficial do período, de 2,95%. Cotistas poderão consultar o valor recebido a partir de 31 de agosto no site da Caixa ou através do aplicativo para telefones celulares. O FGTS investe em diversas operações financeiras, como títulos públicos, financiamento de projetos de infraestrutura e no Fundo de Investimento do FGTS (FI-FGTS), entre outras.

Governo libera saque do PIS/Pasep para trabalhadores de todas as idades Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Os trabalhadores de todas as idades que tiverem direito a cotas dos fundos dos programas de Integração Social (PIS) e de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep) já podem sacar o benefício. O governo federal liberou a retirada a partir desta terça-feira (14) até o dia 28 de setembro. Segundo informações da Agência Brasil, desde o dia 8 de agosto, o crédito está sendo feito automaticamente para correntistas da Caixa e do Banco do Brasil. Agora, todas as pessoas poderão sacar seus recursos corrigidos. Mas quem perder esse prazo, só poderá receber as quantias dos dois fundos nos casos previstos pela Lei 13.677/2018. Para ter direito ao saque, a pessoa deve ter trabalhado com carteira assinada antes da Constituição de 1988. Essas cotas são os rendimentos anuais depositados nas contas de trabalhadores que foram criadas entre 1971, ano de criação do PIS/Pasep, e 1998, quando foi promulgada a Constituição. Assim, para conferir o saldo e confirmar se tem direito ao benefício, o trabalhador deve consultar os sites do PIS e do Pasep. No primeiro caso, os cotistas que tiverem o Cartão Cidadão também podem contatar a Caixa Econômica Federal no telefone 0800-726-0207 ou nos caixas eletrônicos da instituição. Já no caso do Pasep, a outra opção de consulta deve ser feita através do Banco do Brasil, nos telefones 4004-0001 ou 0800-729-0001.

O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) decidiu na quarta-feira (1º) manter a taxa básica de juros da economia, a Selic, em 6,5% ao ano. De acordo com o G1, a decisão já era esperada pelo mercado financeiro. Esta é a terceira vez seguida que o Copom decide não alterar a taxa Selic. A taxa está no menor patamar desde o início do regime de metas para a inflação, adotado em 1999. De outubro de 2016 a março de 2018, a Selic foi reduzida 12 vezes seguidas, passando de 14,25% ao ano para 6,5% ao ano. Em maio deste ano, em meio à volatilidade do câmbio e das turbulências do cenário externo, o Comitê pôs fim ao ciclo de cortes nos juros. A expectativa dos analistas é que a taxa seja mantida neste patamar até o fim de 2018 e chegue a 8% em 2019. No comunicado divulgado após a reunião, o Comitê não deu indicações sobre manutenção ou alteração na Selic nas próximas reuniões.

IBGE: Desemprego cai para 12,4%, mas ainda atinge 13 milhões Foto: Rede Almeidense

A taxa de desemprego no Brasil recuou para 12,4% no trimestre encerrado em junho. Isso significa que 13 milhões de pessoas estão desempregadas no país. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), por meio da pesquisa Pnad Contínua. A taxa ficou abaixo da registrada no trimestre terminado em maio, quando o índice foi de 12,7%, e também na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior (13%). De acordo com o G1, o número de desempregados também caiu. No trimestre encerrado em maio eram 13,2 milhões. Já na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, quando havia 13,5 milhões de desocupados, o número de desempregados caiu 3,9%, ou menos 520 mil pessoas nesta situação. A população ocupada no país (91,2 milhões) aumentou 0,7% em 3 meses, um adicional de 657 mil pessoas em relação ao trimestre encerrado em março. Em 12 meses, houve aumento de 1,1%, ou mais 1,0 milhão de pessoas. Os dados do IBGE mostram que a queda da taxa de desemprego tem sido puxada pela geração de postos informais. Em 3 meses, o número de empregados sem carteira de trabalho assinada cresceu 2,6% (mais 276 mil pessoas) e 3,5% em 12 meses (mais 367 mil pessoas). Por outro lado, o número de trabalhadores com carteira recuou 0,2% em 3 meses e caiu 1,5% em 1 ano (menos 497 mil pessoas). Já o número de trabalhadores por conta própria aumentou 0,5% em 3 meses e 2,5% na comparação anual, um acréscimo de 555 mil pessoas em 12 meses.

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