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10/Fev/2015 - 15h00

Sem investimento do estado e do município, Brumado convive com surto de Calazar

Sem investimento do estado e do município, Brumado convive com surto de Calazar Foto: Lay Amorim/Brumado Notícias

A cidade de Brumado recebia até o ano de 2012 cerca de dois mil quites para coletar amostras em cães no combate à Leishmaniose Visceral, o Calazar. No último ano, o município recebeu apenas 400 quites, o suficiente para cobrir apenas a área do Bairro Malhada Branca, onde foram notificados casos da doença. Os números da Vigilância Epidemiológica do município (VIGEP) apontam que nos últimos três anos tem havido um crescimento considerável nas notificações da doença. Segundo o relatório da VIGPE, em 2012, os agentes de endemias conseguiram realizar pouco mais de mil triagens, das quais 28 deram resultado positivo nos testes feitos em cachorros. Já em 2013, foram realizados pouco mais de 400 testes, dos quais 60 foram positivados para o Calazar. Em 2014, com menos quites, os agentes conseguiram realizar poucas coletas, mas os números de cães infectados mais que dobraram. 

Sem investimento do estado e do município, Brumado convive com surto de Calazar Foto: Lay Amorim/Brumado Notícias

De acordo com a Vigilância, a estimativa é de que haja mais de 7 mil cães em Brumado, mas o setor não tem dado conta de avaliar todos os animais, vez que o material enviado pela secretaria estadual não é suficiente para atender a demanda. Outra problemática é o quadro reduzido dos agentes de endemias. O site Brumado Notícias apurou que a incidência nos casos de Calazar na cidade se configuraria como um surto, que pode se tornar uma epidemia, agravada pela falta de investimentos do governo do estado e da prefeitura local. Para se ter uma ideia da situação, muitos cães foram sacrificados no ano passado com Calazar - em todos os casos os proprietários tiveram de pagar pela análise laboratorial. Informações obtidas pela nossa reportagem dão conta de que o município já registrou alguns casos da doença em humanos.

Comentários

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Rui Lobo
Apesar de verídica, acho muito perigosa a matéria em questão, no que abre um precedente para que os vereadores culpados, o poder público estadual e municipal possam utilizar esta pesquisa para sacrificar discriminadamente animais sadios, na conta mão da política de proteção dos animais adotada em todos o mundo que é dotar os municípios de canil com tratador e veterinário para realizar a castração dos machos e vacinas periódicas dos cães e gatos de rua. Desta forma, fica parecendo que a culpa é dos animais que são seres irracionais, tirando o ônus dos governantes que, para não gastar, procuram resolver o problema da forma mais barata, porem hedionda, que é o sacrifício de animais sadios. É como se para acabar com a pobreza, matasse todos os pobres.

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