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23/Jun/2015 - 12h00

Brumado: Vereadores e líderes religiosos reprovam proposta da identidade de gênero

Brumado: Vereadores e líderes religiosos reprovam proposta da identidade de gênero Foto: Lay Amorim/Brumado Notícias

A discussão sobre a proposta nacional de Identidade de Gênero (IG) chegou com força na manhã desta segunda-feira (22), na Câmara de Vereadores de Brumado, onde foi ventilado que o plano municipal de educação estaria incluindo a proposta, a qual seria apresentada e implantada nas escolas públicas do município. A proposta não apareceu no conteúdo do plano, mas gerou uma grande discussão, que contou com a reprovação da maioria dos parlamentares. O site Brumado Notícias ouviu as opiniões de dois vereadores e de dois representantes religiosos quanto ao tema.  “Se eu fosse ateu eu continuaria sendo contra essa proposta para não causar conflitos na cabeça de uma criança. Penso que, ao invés de tirar uma dúvida, vai acrescentar mais dúvidas na cabeça da criança ainda em formação. Nosso mundo já é bastante complicado e penso que não precisamos complicá-lo ainda mais. Temos que preservar o respeito e os sentimentos de cada família. Não sou contra quem faz suas opções e toma suas decisões depois de adulto, mas não aprovo querer empurrar isso a uma criança de cinco. Como chefe de família eu não concordo”, disse o vereador Márcio Moreira (PSB), que foi apoiado pelo colega de parlamento, José Santos (PTC), o Santinho. “Estão tentando jogar os princípios da Bíblia contra a opinião pública, até classificando-a como homofóbica. Se fosse assim, o primeiro homofóbico seria Deus, o autor da Bíblia. O governo e suas esferas estão tentando impor algo a nossas crianças para manipular suas mentes sem que as mesmas tenham seus próprios princípios de decisão. A escolha do que serão será feita na idade adulta”, completou Santinho. 

Brumado: Vereadores e líderes religiosos reprovam proposta da identidade de gênero Foto: Lay Amorim/Brumado Notícias

Os representantes religiosos concordaram com as alegações. “É uma tentativa de ideia que se tenta colocar de forma arbitrária, onde prega que o sexo biológico não teria influência, colocando que o próprio ser se faz homem ou mulher. Mas estão tentando imputar isso as crianças, apresentando o sexo neutro, onde a diferença biológica não é a única, mas não podemos brincar com a identidade do ser humano, é uma questão delicada”, destacou o Padre Eutrópio, alertando em seguida que o assunto deverá ser discutido em âmbito estadual. Já o Pastor Daniel Guerreiro, presidente da Ordem dos Ministros Evangélicos do Sudoeste Baiano, apontou a ideia como uma afronta movida por segmentos contrários à orientação bíblica. “Vai diretamente contra um princípio básico da Bíblia, da sociedade e da família. Nossa defesa visa manter o propósito de Deus pela família. É um segmento contrário às raízes da sociedade, onde uma conjunção das lideranças políticas, grupos homossexuais e outros tentam implantar essa ideologia nas escolas atingindo a inocência das nossas crianças. Nossa manifestação é em defesa das nossas famílias”, concluiu ele.

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