Achei Sudoeste
Achei Sudoeste
fechar

15/Dez/2015 - 00h00

Na falta de larvicida, agentes de endemias utilizam peixe para combater a dengue em Brumado

Na falta de larvicida, agentes de endemias utilizam peixe para combater a dengue em Brumado Foto: Lay Amorim/Brumado Notícias

Há meses o município de Brumado não recebe o larvicida para combater o mosquito aedes aegypti, transmissor da dengue, zika vírus e da chikungunya. Desde então, o índice de proliferação do mosquito subiu, o que preocupa a Vigilância Epidemiológica (Vigep). Dentre os locais mais afetados estão os bairros São Félix, Malhada Branca, São Sebastião, Apertado do Morro, Urbis II e III, Residencial Bom Jesus, Cidade das Esmeraldas e Irmã Dulce. Nessas localidades os agentes de endemias Genivaldo Rocha da Silva e Valdir de Freitas Santos estão utilizando uma espécie de peixe conhecido no agreste do Pernambuco como Guppy para combater o mosquito. É um peixe pequeno, que se alimenta de 100% das larvas que surgem nos reservatórios. Ele também é conhecido como “chupa pedra” por trabalhar limpando as bordas das caixas de alvenaria, comendo qualquer substância orgânica que encontrar pela frente. O peixe é forte e resiste a água clorada e com baixa salinidade, além de se reproduzir rápido - uma fêmea pode produzir até 100 filhotes por mês, segundo dados coletados pelos agentes. 

Na falta de larvicida, agentes de endemias utilizam peixe para combater a dengue em Brumado Foto: Lay Amorim/Brumado Notícias

Valdir, que fez a primeira captura de 26 peixes há seis anos, disse ao site Brumado Notícias que já distribuiu vários filhotes na região. “Sempre que fazemos a entrega incentivamos os moradores que tão logo percebam que os peixes deram cria passem para seus vizinhos. Desta forma todos se tornam agentes multiplicadores no combate ao mosquito”, afirmou o agente de endemias. Segundo Genivaldo Rocha, supervisor dos agentes de endemias na região, foram detectadas mais de 900 larvas do mosquito na localidade durante o ano. O supervisor apresentou um lote com mais de 170 amostras coletadas no último mês. “Se a comunidade não participar, não vamos conseguir vencer esse mosquito. O peixinho vai ajudar e muito, mas para isso os moradores precisam colaborar com as nossas ações. Sem a mobilização popular e do poder público, o mosquito conseguirá fazer muitas vítimas em nossa cidade”, pontuou o agente supervisor.

Comentários

Aviso: Os comentários são de responsabilidade dos autores e não representam a opinião do Achei Sudoeste. É vetada a postagem de conteúdos que violem a lei e/ou direitos de terceiros. Comentários postados que não respeitem os critérios podem ser removidos sem prévia notificação.

Ivan Silva
Como eu faço para esses peixes chegarem aqui em Dom Basílio? Essa novidade tem que ser divulgada, aguardo ansioso.

Deixe seu comentário

Mais notícias

Arquivo