A semana começou difícil para os brumadenses que foram às compras em busca do tradicional feijão de cada dia, pois o quilo do grão deu um salto de quase 100% no valor. Até a semana passada, o feijão carioquinha era encontrado a R$ 5 em alguns supermercados da cidade, no entanto, os preços foram reajustados com a nova remessa que chegou aos estoques. O site Brumado Notícias percorreu a seção de cereais no mercado municipal e os valores encontrados foram os mesmos dos supermercados. Os cerealistas repassaram as explicações dos atravessadores de que fenômenos naturais como a seca na região produtiva, no estado de Minas Gerais, e a entressafra provocaram a alta. Os comerciantes apontam que há duas semanas compraram o saco de feijão a R$ 250, mas na última remessa o alimento foi entregue com valores entre R$ 500 e R$ 600, o que afetou o repasse ao consumidor final. Agora, os consumidores foram pegos de surpresa com o valor de R$ 9,25 e R$ 10. “E os preços podem subir ainda mais nas próximas semanas”, alertam os comerciantes. Aliado ao fenômeno natural, tiveram ainda os gastos com logística, pois, sem o feijão mineiro, os comerciantes brumadenses passaram a receber o grão do estado do Paraná, mas distante e mais caro. Para alguns munícipes, a saída está sendo o feijão preto, que manteve o preço de R$ 5,50. Outros consumidores preferem saídas alternativas para complementar a mesa, como está sendo feito na casa da professora aposentada Celcides Nunes, onde moram dez pessoas. “Quando der a gente come feijão. Na minha casa o consumo é de um quilo de feijão por dia, mas aí agora não vamos poder bancar esse custo. O pirão e a salada serão os companheiros do arroz até o feijão ficar com o preço mais acessível”.