A Vigilância Epidemiológica do Município de Brumado realizou um levantamento sobre o índice de infestação do aedes-aegypti na última semana e o relatório aponta uma queda significativa nos índices de infestação predial do mosquito transmissor da tríplice epidemia para 1,3. Segundo apurou o site Brumado Notícias, tão expressiva foi a queda que nos últimos noventa dias as notificações suspeitas das doenças foram quase zero no município. Em alguns bairros mais populosos, como São Félix, Malhada Branca e Vila Presidentes Vargas, onde os índices de infestação eram de 4,6, os moradores apostaram na proposta dos agentes de endemias e passaram a criar em seus reservatórios um predador natural do mosquito transmissor: o peixe Chupa Pedras. Nessas localidades, o índice despencou para 1,2. Brumado fechou o primeiro semestre com quase 800 notificações suspeitas da Zika e quase 300 da dengue. Já neste segundo semestre, quase não foram registradas notificações suspeitas na cidade. 

No entanto, mesmo com os números positivos, o coordenador de endemias Fábio Azevedo alertou que Brumado continua no mapa de risco para uma epidemia das doenças, levando em consideração que, embora tenha havido uma queda, os índices da cidade ainda estão acima do tolerável estipulado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Outro fator está nas condições climáticas do município. “Essa baixa tem dois aspectos: um é a participação popular com os agentes de endemias que se conscientizaram mais quanto ao problema e a outra é o período seco do inverno, que não favorece a eclosão de larvas do mosquito. Porém, com a chegada do verão e as chuvas do período, se não nos mantivermos em alerta vigiando nossos domicílios, poderemos sim ter uma grande epidemia em Brumado. Por isso, convocamos a população a manter o padrão de atenção, pois já estamos perto do período em que mais aparecem casos das doenças em nossa cidade”, destacou Azevedo.