Foto: Lay Amorim/Brumado Notícias Moradores da comunidade Caatinga Grande, na região do distrito de Cristalândia, em Brumado, protestaram na manhã desta quarta-feira (26) contra as empresas que estão coordenando as obras do Parque Eólico. Eles alegam que as empresas estão invadindo propriedades particulares para alargamento das estradas vicinais sem negociação e indenização às famílias. O presidente da Associação de Moradores da Comunidade da Caatinga Grande, Alex Meira Santos, confirmou ao site Brumado Notícias que as obras estão avançando sem o aval da comunidade. Segundo ele, as empresas teriam prometido indenizar as famílias, o que não foi feito até o momento. Cercas que demarcavam as propriedades particulares foram recuadas para alargar as vias de acesso. Nossa reportagem registrou vários piquetes de marcação das obras dentro das cercas.
Foto: Lay Amorim/Brumado Notícias Os moradores também reclamam de um aterro feito sobre um riacho para nivelar a estrada. Após reconhecerem a falha no aterro, as empresas resolveram canalizar a passagem do riacho no trecho. Para os moradores, a mudança deixará as comunidades sem acesso à sede do município, uma vez que a obra de canalização impedirá o fluxo da estrada. Tentando impedir a continuidade da obra até que haja um acerto entre as partes, o presidente a associação comunitária estacionou uma máquina agrícola no local. Os lugares supostamente invadidos pela empresa situam-se às margens da BR-030. Apesar do impasse, o alargamento é de suma importância para execução da obra visto que dão passagem para as torres geradoras que serão instaladas no Parque Eólico. As primeiras torres, inclusive, devem chegar na próxima semana.
Foto: Lay Amorim/Brumado Notícias Representantes das empresas Enel e Cortez Engenharia conversaram com os populares, mas não tiveram autorização para tratar do assunto com a imprensa. Na conversa com os representantes comunitários, porta-vozes das empresas disseram que as obras só avançaram em terras particulares porque tiveram o aval da prefeitura de Brumado, porém não apresentaram nenhuma documentação comprobatória. As máquinas que estavam prontas para executar as obras foram retiradas do trecho e os representantes das empresas declararam que irão acionar a justiça no intuito de ter a permissão para continuar com as atividades. Em contrapartida, os moradores foram até a sede do Ministério Público Estadual para apresentar as denúncias e mover uma ação contra as empresas.
