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02/Out/2013 - 08h32

Genivaldo Guimarães comenta crítica do ministro Joaquim Barbosa aos juízes

Genivaldo Guimarães comenta crítica do ministro Joaquim Barbosa aos juízes “Só não aplica a lei aquele juiz que é medroso, é comprometido ou politicamente engajado”, disse o magistrado. (Foto: Lay Amorim/Brumado Notícias).

No último dia 30, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, criticou a forma como muitos juízes ascendem na carreira, através influência política. “Só não aplica a lei aquele juiz que é medroso, é comprometido ou politicamente engajado. E isso o distrai, o impede moralmente”, falou o ministro na ocasião. No dia 1º de outubro o site Brumado Notícias entrevistou o juiz da comarca de Brumado, Genivaldo Alves Guimarães, para saber o que ele pensa sobre a declaração do presidente do STF. “Eu não acho que se trata de uma crítica, o ministro disse o que é do conhecimento dele. E isso é do nosso conhecimento também, pois realmente alguns colegas às vezes se sentem um pouco pressionados [pela política], mas acho que isso é a minoria”, comentou Guimarães. O juiz de Brumado, que já passou por muitas comarcas do interior, disse ser óbvio existirem algumas pessoas que tentam intimidar os magistrados. “Mas nós não podemos ceder, a justiça tem que atuar com independência, com serenidade. E não existe nenhum político, seja quem for, que vai impedir que o judiciário trabalhe com independência”, enfatizou. Para Genivaldo, um juiz não pode ter receio de desagradar outras pessoas, não pode trabalhar no sentido de querer agradar também. “A lei, doa a quem doer, tem que ser aplicada. E é isso, pelo que deu a entender a fala do ministro Joaquim Barbosa, que alguns colegas são pressionados e isso é verdade”, completou. O magistrado acredita que todos os juízes devem condenar ou absolver sem se importar com a opinião da sociedade. “A sociedade às vezes se engana, alguns querem ver condenação a todo custo e o juiz não se convence e absolve. E então a sociedade crítica a posição do juiz sem conhecer as provas e o inverso também ocorre”, finalizou.

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