O vice-prefeito de Brumado, Édio da Silva Pereira, está sendo questionado por servidores públicos e sindicalistas quanto ao seu posicionamento no que se refere aos projetos de lei que estão em tramitação na Câmara de Vereadores. As propostas, de origem do executivo, visam a extinção e terceirização de determinados serviços públicos, além de barrarem a representação sindical individualizada das categorias. Comunista e sindicalista de formação, o ex-vereador travou uma batalha acirrada em 2012 contra o então prefeito Eduardo Lima Vasconcelos (PSB), que, na época, já intencionava terceirizar os serviços de vigilância patrimonial, alegando inconstitucionalidade na proposta do gestor. Nos anos de 2010 e 2011, o comunista também brigou em prol da realização de concursos públicos para provimento de cargos administrativos. Nos dois momentos, o então vereador saiu vitorioso diante das imposições da administração. Já na última gestão, Édio também promoveu uma campanha pelo reconhecimento da APLB/Sindicato como instituição representativa dos professores do município e atuou como articulador entre o Sindguardas e a administração municipal, pondo fim a uma greve da categoria. No atual momento, como aliado do prefeito, Édio Pereira ainda não apareceu em público para se manifestar quanto aos debates em questão. Alguns sindicalistas até consideram que como vice-prefeito ele perdeu sua identidade sindical, pois agora segue as regras do chefe do executivo. Na ocasião em que foi anunciado como candidato a vice-prefeito, ele perdeu o apoio de vários servidores públicos, principalmente dos professores. Agora, com sua omissão diante dos projetos que tramitam no legislativo, a sua rejeição cresceu significativamente. “Ele morreu politicamente e ainda sepultou sua identidade sindicalista. Lamentável, pois o enxergávamos como uma liderança em nossas lutas”, disseram representantes sindicais e servidores públicos ao site Brumado Notícias.