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05/Jul/2018 - 00h00

Brumado: Roubo de celulares sustenta o tráfico e o mercado negro mantidos por receptadores

Brumado: Roubo de celulares sustenta o tráfico e o mercado negro mantidos por receptadores Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste

Como na maioria das cidades em franco crescimento, uma das principais práticas de crime em Brumado, com e sem registro, é o roubo de celulares smartphones. Todos os dias são registradas várias ocorrências de furtos e roubos de celulares de transeuntes, seja andando com o mesmo na rua ou apenas pelo simples gesto de tirar o aparelho do bolso para consultar a hora. Dados da polícia civil apontam que boa parte dos aparelhos é roubada por usuários que, sem dinheiro para comprar entorpecentes, utilizam os celulares das vítimas como moeda de troca nas bocas de fumo. Desta forma, um único aparelho alimenta tanto o usuário quanto o traficante. Na linha investigativa da própria polícia, há um terceiro e quarto elementos que muito colaboram para o crescimento da quantidade de aparelhos roubados na cidade: o proprietário de estabelecimento de revenda no mercado negro, que adquire o aparelho do atravessador traficante por cerca de 70% abaixo do custo da loja e, no topo da lista, o celular será encontrado nas mãos do consumidor final, que não se importa quanto à procedência do aparelho e paga cerca de 30% a 40% mais barato pelo mesmo, sem se importar que está alimentando o vício do usuário, o tráfico de drogas, o mercado negro e a própria insegurança.

Brumado: Roubo de celulares sustenta o tráfico e o mercado negro mantidos por receptadores Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste

“Um ciclo vicioso no cotidiano de qualquer cidade do porte de Brumado. No final das contas, muitos que se classificam como cidadãos de bem são os que colaboram com o crescimento dessa modalidade criminosa na cidade”, informou um investigador ao site Achei Sudoeste. Acompanhando a nossa reportagem na produção da matéria, um técnico de segurança pública listou várias situações em que as vítimas acabam se expondo com os aparelhos, facilitando a abordagem dos marginais, que ficam de plantão aguardando a oportunidade certa. Algo comum visto pelo profissional é o uso dos aparelhos para acessar redes sociais enquanto se atravessa a rua na faixa de pedestres. “Ótima oportunidade para o marginal a bordo de uma motocicleta passar em alta velocidade e obter êxito no roubo”, disse. Segundo o técnico, além disso, muitas mulheres carregam o celular no bolso de trás da calça, com parte do mesmo para fora do bolso. “A segurança é obrigação do estado, mas, como o estado não dá conta de estar presente em cada esquina protegendo o cidadão a cada momento do dia, então cabe a cada um de nós tomarmos as nossas próprias medidas preventivas e protetivas, pelo menos no intuito de tentar inibir as ações dos bandidos”, pontuou o técnico de segurança pública.

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