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01/Out/2018 - 00h00

Segurança do trabalho é pouco aplicada na área da construção civil em Brumado

Segurança do trabalho é pouco aplicada na área da construção civil em Brumado Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste

A cidade de Brumado virou um canteiro de obras, sejam do setor público ou privado, e o momento é considerado bom para o setor da construção civil, o que tem mobilizado uma grande mão de obra que vem ajudando a minimizar os efeitos do desemprego na cidade. Porém, o que pouco se observa nesses empreendimentos em construção é a aplicação do uso de equipamentos de segurança para os operários. O déficit na segurança no setor da construção civil foi o tema da entrevista do site Achei Sudoeste com o professor Jorge Malaquias, gestor em segurança do trabalho, saúde e meio ambiente, que citou a não observação de condições seguras nos ambientes de trabalho nas obras locais. O professor ressaltou que é flagrantemente observada a não aplicação das diretrizes de segurança para o setor. Em tom de crítica, ele disse que raramente se vê os operários da construção civil utilizando itens básicos de segurança, como capacetes, luvas, máscaras, óculos, cintos de segurança em andaimes e calçados adequados. Malaquias ainda ressaltou a falta de conhecimento dos operários com ferramentas ou no manuseio de materiais quimicamente processados, como o cimento, que contém, segundo ele, o amianto, produto altamente perigoso para saúde do homem por ser apontado como cancerígeno.

Segurança do trabalho é pouco aplicada na área da construção civil em Brumado Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste

“Daí a necessidade de utilizar a máscara na hora do manuseio ou processamento da massa”, frisou o especialista em saúde do trabalho. Jorge Malaquias foi incisivo ao cobrar do próprio Ministério Público do Trabalho, que não disponibiliza agentes fiscalizadores para atuar nessas obras e, dessa forma, os acidentes de trabalho no setor são crescentes. “Quando acontece um acidente de trabalho, primeiro podemos perder o cidadão, provedor da família, e, quando esse não vem a óbito, fica com sequelas que lhe impossibilitam de produzir. Ficando ocioso por conta do acidente, ele vai onerar o setor público, pois passará a receber por encosto, além de perder a própria dignidade por não estar na linha de frente produtiva ou executando aquilo que lhe era prazeroso, seu labor que lhe garante o sustento e de sua família. E tudo partiu às vezes da simples falta de um capacete na cabeça ou de um cinto preso na cintura”, declarou o especialista, que desqualificou os chamados "quebra-galhos, gambiarras que dizem fazer de tudo, mas nada sabem na observância do trabalho seguro”.

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