Uma aluna da escola onde houve o massacre no Texas, na terça-feira (24), contou à rede CNN Internacional que só sobreviveu porque fingiu estar morta. Miah Cerrillo, 11, disse que espalhou sangue pelo corpo e ficou deitada no chão. Ainda com medo, ela não quis aparecer diante das câmeras. A menina ficou ferida com fragmentos de balas e foi internada, mas já teve alta e está em casa. Sua avó afirmou que a menina ainda não consegue expressar o que viu. Outro aluno, Jayden Perez, 10, após presenciar um atirador matar quase todos os seus colegas de sala, é categórico ao responder se quer voltar a estudar: “Não, por causa do que aconteceu. Eu não quero ter nada a ver com outro tiroteio em uma escola. E eu sei que isso pode acontecer de novo, provavelmente”. Em entrevista à CNN Internacional, Perez contou que ele e seus colegas faziam treinamentos frequentes para eventuais ataques à escola. “Foi assustador porque eu nunca pensei que um ataque iria realmente acontecer”, afirmou o estudante, que contou ter se escondido em uma área da sala onde ficam as mochilas, enquanto a maioria dos alunos ficou debaixo das mesas. Sua família demorou uma hora e meia para descobrir que ele estava vivo. Olhando para uma série de cruzes colocadas na entrada do colégio em homenagem às vítimas, ele disse ainda estar muito triste por ter pedido seus colegas, que nomeou, seguindo os nomes em cada cruz. “Basicamente todos eram meus amigos”.
Pessoas não vacinadas que foram infectadas com a variante ômicron não desenvolvem respostas imunes efetivas que as protejam contra outras variantes do coronavírus, sugere um novo estudo publicado na Nature nesta quarta-feira (18). A descoberta foi feita quando os pesquisadores analisaram amostras de sangue de camundongos infectados com uma cepa do vírus que não contém mutações importantes (WA1) e também com as variantes delta e ômicron. Eles observaram, então, que a infecção pela ômicron gerou uma resposta imune reduzida quando comparada com uma infecção por WA1 e pela variante delta. Sete dias após a infecção desses camundongos, os pesquisadores testaram suas amostras de sangue e perceberam que aqueles que foram infectados pela ômicron induziram somente a neutralização do vírus da própria variante. Já aqueles com a delta apresentaram uma neutralização efetiva contra o WA1, as variantes alfa, beta e delta, e alguma neutralização contra ômicron. Depois disso, os pesquisadores analisaram amostras de sangue de dez indivíduos não vacinados que se recuperaram da ômicron. Da mesma forma que aconteceu com os camundongos, essas amostras mostraram uma neutralização somente contra a variante ômicron. Já as amostras de pessoas que foram vacinadas e que haviam sido infectadas pela ômicron ou pela delta mostraram altas taxas de neutralização para todas as amostras dos vírus isolados. “Nossos resultados demonstram que a infecção pela ômicron aumenta a imunidade preexistente induzida por vacinas, mas, por si só, pode não conferir ampla proteção contra variantes não-ômicron em indivíduos não vacinados”, argumentam os pesquisadores no estudo. Segundo a publicação, indivíduos vacinados que foram posteriormente infectados com a ômicron apresentaram uma imunidade contra outras variantes.
O primeiro caso de hepatite aguda grave de origem desconhecida da América Latina foi registrado nesta quinta-feira (05), na Argentina, segundo o Ministério da Saúde do país. A doença foi detectada em um menino de 8 anos internado no Hospital das Crianças da cidade de Rosario, Santa Fé. Ainda não se sabe a origem da infecção registrada em crianças, principalmente, em países da Europa e Estados Unidos. A doença, porém, pode desencadear uma série de problemas, incluindo a necessidade de transplante de fígado e a morte. Até o dia 3 de maio, mais de 200 casos em foram registrados em 20 países, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), sendo a grande maioria deles no Reino Unido, primeiro país a reportar a doença, onde, até 25 de abril, havia 145 casos confirmados, majoritariamente em crianças até 5 anos, segundo o governo do Reino Unido. Os Estados Unidos eram o único país das Américas a registrar casos da hepatite aguda grave e, até 18 de abril, contabilizavam 9 casos em crianças entre 1 e 6 anos. O Brasil não registrou paciente com essas condições. De acordo com os dados reportados às autoridades, morreram uma criança no Reino Unido e outras três na Indonésia por causa desse problema. O governo americano investiga um óbito suspeito. As informações são da Época Negócios.
Os casos de sarampo aumentaram 79% nos primeiros dois meses deste ano em relação a 2021, depois que a Covid-19 e as restrições impostas na pandemia interromperam as campanhas de vacinação infantil em todo o mundo, segundo dados do Unicef e da Organização Mundial da Saúde (OMS). Em janeiro e fevereiro, houve 17.338 casos de sarampo relatados em todo o mundo, acima dos 9.665 no mesmo período do ano passado. O sarampo é uma doença muito contagiosa que pode ser particularmente perigosa para crianças e bebês. Ele se espalha mais rapidamente do que Ebola, gripe ou Covid-19. A diretora executiva do Unicef, Catherine Russell, descreveu as deficiências de imunização combinadas com o retorno às atividades sociais como uma “tempestade perfeita”. “O sarampo é mais do que uma doença perigosa e potencialmente mortal. É também uma indicação precoce de que existem lacunas em nossa cobertura global de imunização, lacunas com as quais as crianças vulneráveis ??não podem arcar”. Os cinco países com os maiores surtos de sarampo nos últimos 12 meses foram Somália, Libéria, Iêmen, Afeganistão e Costa do Marfim. Houve 21 grandes surtos durante esse período. As campanhas de vacinação infantil foram afetadas em todo o mundo durante a pandemia de coronavírus, e não houve uma recuperação total desta situação.
O Brasil ocupa a terceira posição no ranking que lista os países com a gasolina mais cara do mundo. A lista é composta por 29 países mais a zona do euro, segundo cálculos da Oxford Economics divulgados pelo jornal Valor. A pesquisa leva em consideração o poder de compra dos cidadãos e o valor do litro do combustível. Segundo os economistas, em seis anos o preço da gasolina disparou 57% e tende a subir ainda mais se a Petrobras decidir seguir com a política de paridade internacional. O preço de um litro de gasolina comum equivale a 9% do salário médio diário no Brasil, empatando com o Paquistão e atrás apenas de Filipinas (19%) e Indonésia (13%), de acordo com Marcos Casarin, economista-chefe para América Latina, e Felipe Camargo, economista-sênior para a região. O custo do combustível no Brasil é maior do que em outros pares latino-americanos e emergentes, como México (7%), Turquia (5%), Chile (3%), Rússia (3%), África do Sul (2%) e Colômbia (1%), e também do que na China (6%) e na zona do euro (2%). Desde outubro de 2016, a Petrobras adota a política de Preços de Paridade de Importação (PPI), que vincula o preço dos derivados de petróleo ao mercado internacional. Após cinco anos da mudança, o combustível no Brasil concentra a maior alta da história, superando a inflação em mais de 30%. O estudo estima que as eleições atrasem novos reajustes, e, com isso, a gasolina deve se manter no patamar atual de R$ 7.219, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP). Segundo o último relatório da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), a gasolina não está defasada do preço internacional, mas o diesel acumula 10% de diferença, ou seja, R$ 0,50 mais barato do que deveria, se seguisse os parâmetros internacionais.
Mais de 11,5 bilhões de doses de vacinas contra a Covid-19 já foram administradas em pessoas de pelo menos 184 países, segundo um levantamento realizado pela Bloomberg. O desafio é ampliar ainda mais rapidamente, já que, para a imunização, algumas vacinas requerem a aplicação de mais de uma dose. No Brasil, o número de unidades aplicadas é de 426.574.607. A China é o país com mais doses aplicadas. Até o momento, são 3,32 bilhões de vacinas administradas no gigante asiático – ao todo, 88,2% da população do país está imunizada com duas doses. No fim de junho de 2021, a Índia assumiu a segunda colocação no ranking de unidades totais aplicadas. Atualmente, o número é de 1,87 bilhão de doses, o equivalente a 62,8% dos habitantes protegidos. Já nos Estados Unidos, a vacinação começou em 14 de dezembro de 2020 e até agora foram aplicadas 571,7 milhões de doses. Isso foi suficiente para imunizar com duas injeções 65,4% dos norte-americanos. Também se destacam no mapa os Emirados Árabes Unidos (104% dos habitantes vacinados), Portugal, com 91,3%, a Coreia do Sul, com 86%, Espanha, que aplicou duas doses (ou a dose única) em 85,6% dos adultos, a França, que já inoculou 80,6% das pessoas, a Itália, que tem 80,3% da população totalmente protegida, a Bélgica (79,3%) e o Reino Unido (74%), primeiro país do Ocidente a vacinar. Na América Latina, o Chile é a nação melhor colocada em relação à proporção de doses de vacina aplicadas e sua população, com 89,6% dos chilenos totalmente protegidos com as duas injeções. Na sequência aparece Cuba, com 87,7%, a Argentina, com 81,9%, o Uruguai, com 81% e o Equador, com 79,1,6% da população imunizada.
Quatro pesquisadores paulistas que têm se dedicado a estudar drogas potencialmente eficazes para a prevenção e o tratamento da Covid-19 estarão reunidos, na próxima segunda-feira (25/04), em mais um evento do Ciclo ILP-FAPESP de Ciência e Inovação. Um dos participantes será Rafael Victorio Carvalho Guido, do Instituto de Física de São Carlos da Universidade de São Paulo (IFSC-USP), que explicará como o trabalho realizado por seu grupo levou ao descobrimento de novas moléculas candidatas a fármacos para o tratamento da Covid-19. “Pela integração de estudos da física, da química e da biologia conseguimos entender, por exemplo, como o vírus se desenvolve dentro de nossas células”, conta. “Quando estudamos as proteínas essenciais do vírus por métodos físicos, compreendemos como essas moléculas se organizam e quais as consequências biológicas no desenvolvimento da doença”. Guido é integrante do Centro de Pesquisa e Inovação em Biodiversidade e Fármacos (CIBFar), um dos 17 Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPIDs) atualmente apoiados pela FAPESP. Cristiane Guzzo, do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB-USP), detalhará duas abordagens utilizadas por seu grupo na busca de fármacos capazes de neutralizar o SARS-CoV-2. Uma das estratégias foi a triagem virtual de mais de 11 mil medicamentos, com o objetivo de encontrar aqueles que inibissem uma enzima essencial para a sobrevivência do vírus no ser humano, a 3CLpro. “Simulamos a estabilidade de diferentes compostos e nossos dados sugerem que sete medicamentos são potenciais inibidores da 3CLpro”, diz a pesquisadora. A segunda abordagem comprovou que uma solução salina hipertônica é capaz de inibir in vitro a replicação do vírus por intermédio da despolarização da membrana e da privação de energia intracelular. O terceiro palestrante será Fernando de Queiroz Cunha, professor da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP) e coordenador do Centro de Pesquisa em Doenças Inflamatórias (CRID). Os estudos do grupo mostraram que as lesões nos pulmões e em órgãos dos pacientes portadores de Covid-19 se devem ao acúmulo de neutrófilos em seus tecidos. Essas células, que fazem parte dos leucócitos circulantes, liberam verdadeiras “armadilhas” formadas por redes de DNAs, as NETs (do inglês neutrophil extracellular traps). Resultados de experimentos realizados em Ribeirão Preto indicam que a destruição das NETs utilizando DNAse, droga para tratamento de fibrose cística, inibe as lesões pulmonares. O disulfiram, usado no tratamento de dependência ao álcool, apresentou efeitos protetores similares. “Propomos que as duas drogas sejam investigadas em estudos clínicos para prevenir as lesões de órgãos que são observadas em pacientes com COVID-19”, diz Cunha. Por último serão apresentados dados obtidos pelo Grupo de Química Medicinal e Biológica (Nequimed) do Instituto de Química de São Carlos (IQSC-USP), que identificou novas substâncias químicas capazes de inibir eficientemente a 3CLpro, principal protease do coronavírus. O pesquisador Carlos Alberto Montanari trará mais informações sobre essa linha de pesquisa. “São agentes antivirais que reduzem as cargas virais baixas, moderadas e elevadas do vírus SARS-CoV-2 em células hospedeiras sem qualquer efeito tóxico para as células”, adianta. O Ciclo ILP-FAPESP de Ciência e Inovação é uma parceria entre o Instituto do Legislativo Paulista (ILP) e a FAPESP para a realização de eventos de divulgação científica dirigidos à sociedade, legisladores, gestores públicos e demais interessados.
A provedora de informações financeiras Economatica realizou um estudo sobre a rentabilidade dos grandes bancos — aqueles com mais de US$ 100 bilhões em ativos — em 2021. Dos dez primeiros da lista, quatro são brasileiros. O ranking é liderado pelos americanos Capital One (retorno sobre o patrimônio, ROE, de 20,4%) e Ally Financial (ROE de 19,3%). Na sequência aparecem Santander Brasil (18,9%), o canadense RBC (17,3%), Itaú (17,3%), o americano J.P. Morgan (16,9%), Banco do Brasil (15,7%), Bradesco (15,2%), o canadense Bank of Nova Scotia (15,1%) e o americano SVB Financial (15,0%). Entre os 39 bancos do ranking, os EUA lideram a lista com 19 instituições, seguidos por Brasil, Canadá e Reino Unido, com quatro bancos cada. O Japão e a Coreia do Sul têm três bancos, a Espanha e a Índia têm dois bancos e outros quatro países possuem uma instituição nesse ranking. A Economatica também verificou o desempenho desses bancos que lideram a lista na última década. Enquanto Itaú, Bradesco e BB tiveram uma queda expressiva no ROE, Capital One, Ally Financial, J. P. Morgan, SBV Financial e o Santander Brasil tiveram uma alta substancial. “É possível observar que a diferença de ROE entre os bancos mais rentáveis e os demais em 2010 era mais distante em termos percentuais, e, atualmente, passaram a convergir para valores aproximados”, diz o estudo. A rentabilidade mediana dos quatro bancos brasileiros em 2021 foi de 16,5%, com queda de 6,6 pontos percentuais em relação a 2010. Os brasileiros tiveram de 2016 a 2019 uma sequência de crescimento, que foi interrompida pelo resultado de 2020, em função da pandemia de coronavírus, e apresentaram uma recuperação de 4,4 pontos no ano passado. Mesmo assim, os brasileiros seguem com retornos maiores que os 19 bancos americanos da lista, cujo ROE mediano é de 11,8%. O levantamento também compara a rentabilidade dos quatro grandes bancos brasileiros com outras 20 instituições domésticas de menor porte. Se nos grandes o ROE é de 16,5%, nos menores fica em 12,5%. Saindo do setor financeiro, as 374 empresas brasileiras analisadas pela Economatica tiveram um retorno de 14,9% em 2021, com alta de 4,7 pontos sobre 2020. Já as 3.871 empresas americanas tiveram um retorno de 5,9% no ano passado, com avanço de 5,6 pontos sobre o ano anterior.
Quando as tropas russas invadiram a Ucrânia, Aleksandra Makoviy foi tomada pelo medo. Moradora de Kiev, disse ter sido acordada com o “sons ensurdecedores e poderosos de explosões”. De acordo com o jornal o Globo, sem perspectiva sobre como seriam os próximos dias, temeu o que aconteceria com a filha, Vira, de apenas dois anos. Ela decidiu então escrever com uma caneta os dados pessoais nas costas da menina. “Assinei com as mãos tremendo muito. Pensava no caso de algo acontecer conosco e alguém buscar por sobreviventes. Ou ainda que ela poderia se perder, o que, na minha lógica, só aconteceria se eu também fosse vítima de algo”, compartilhou Aleksandra em um post no Instagram na última sexta-feira (01). A ucraniana também escreveu em um papel as informações sobre a filha e o colocou no bolso de um macacão que ela usava. Estavam ali o nome completo, contato dos avós e até o endereço da família na capital. Felizmente, ela e a menina conseguiram fugir da guerra e as informações “tatuadas” no corpo da criança não foram necessárias. “Dói ver a galeria de fotos. Há ali uma vida tão maravilhosa que tivemos. Ainda não consigo tirar do bolso do macacão esse papel embaralhado. Embora estejamos agora num local seguro”, contou. Aleksandra está hoje abrigada no Sul da França. Nesta terça-feira, informou que foi acolhida como refugiada após atravessar a fronteira com a Polônia. A publicação não tem notícias sobre o marido dela, o escultor Vitaliy Makoviy. Homens entre 18 anos e 60 anos foram proibidos de deixar o país. “Quero agradecer aos voluntários da França. E também a todas as pessoas que nos ajudaram a fugir e nos apoiaram. E sou especialmente grata à Polônia. O que este país fez pelos ucranianos é inestimável. Sem a ajuda deles, não teríamos sobrevivido”, ressaltou em outra publicação.
O surgimento de novas variantes da Covid-19 na China e a ascensão de uma cepa potencialmente mais contagiosa no Reino Unido trouxeram de volta o foco no risco contínuo representado pelo vírus, ainda que os especialistas digam que não há motivo para entrar em pânico. As informações são do jornal Valor Econômico. A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou que uma variante híbrida de duas cepas da ômicron — BA.1 e BA.2 — detectada pela primeira vez no Reino Unido e batizada XE pode ser a mais contagiosa já vista. A estimativa é que se espalhe 10% mais facilmente do que BA.2, que já se mostrou mais transmissível do que a ômicron original. Na China, que enfrenta seu maior surto desde Wuhan, as autoridades relataram duas novas subvariantes da ômicron que não correspondem a nenhuma sequência existente. Não está claro se essas infecções foram eventos pontuais de pouca relevância ou sinal de problemas futuros. “Se os esforços das autoridades chinesas para conter o contágio forem ineficazes contra um vírus altamente transmissível, como uma variante ômicron, isso pode se tornar uma ameaça para o resto do mundo”, disse Rajeev Venkayya, que já foi assessor de biodefesa da Casa Branca e assumiu a presidência da farmacêutica Aerium Therapeutics em março. “Sabemos que a transmissão descontrolada do vírus pode levar a mais evolução viral e evolução em torno de vacinas e tratamentos”, tornando-os potencialmente menos eficazes, explicou ele.A circulação contínua da Covid-19 mais de dois anos após a identificação na China — impulsionada pelo desenvolvimento de mutações que causam disparada das infecções e mortes nos mesmos locais repetidamente — ainda é um problema fundamental para um mundo pronto forçado a conviver com o coronavírus. A agência reguladora de alimentos e medicamentos dos EUA (conhecida pela sigla FDA) faz audiência esta semana para discutir quais doses de reforço da vacina serão necessárias e como selecionar alvos entre as estirpes do vírus. O número de infecções causadas pelas novas variantes é pequeno em relação à magnitude dos surtos que ainda estão acontecendo em todo o mundo. Além disso, os cientistas identificaram o surgimento de muitas variações que não avançaram. “Devemos monitorar de perto as novas recombinações, mas não devemos entrar em pânico no momento”, disse o virologista Leo Poon, professor da Universidade de Hong Kong que foi autor de estudos sobre o surgimento de novas cepas.
A Fifa realizou nesta sexta-feira (1º) o sorteio de grupos da Copa do Mundo de 2022, que será disputada no Catar. O principal torneio do futebol acontece entre os dias 21 de novembro e 18 de dezembro. O Brasil caiu na chave G e vai estrear contra a Sérvia, no dia 24 de novembro. Depois, o time Canarinho encara a Suíça no dia 28, e, por fim, pega Camarões, no dia 2 de dezembro, na primeira fase. Capitão do pentacampeonato, último título do Brasil conquistado na Copa de 2002, o ex-jogador Cafu, embaixador do Mundial, participou da cerimônia como auxiliar do sorteio. A função também foi exercida por outros ex-atletas e treinadores como Lothar Matthäus (Alemanha), Adel Ahmed MalAllah (Catar), Ali Daei (Irã), Bora Milutinovic (Sérvia/México), Jay-Jay Okocha (Nigéria), Rabah Madjer (Argélia) e Tim Cahill (Austrália). Único pentacampeão da história, o Brasil vai em busca do hexacampeonato na Copa do Mundo do Catar. O time Canarinho levou o troféu em 1958, 1962, 1970, 1994 e 2002. Confira como ficaram os grupos:
Grupo A
Catar
Equador
Senegal
Holanda
Grupo B
Inglaterra
Irã
Estados Unidos
País de Gales, Escócia ou Ucrânia
Grupo C
Argentina
Arábia Saudita
México
Polônia
Grupo D
França
Emirados Árabes, Peru ou Austrália
Dinamarca
Tunísia
Grupo E
Espanha
Costa Rica ou Nova Zelândia
Alemanha
Japão
Grupo F
Bélgica
Canadá
Croácia
Marrocos
Grupo G
Brasil
Sérvia
Suíça
Camarões
Grupo H
Portugal
Gana
Uruguai
Coreia do Sul
Um avião do modelo Boeing 737-800 da China Eastern Airlines caiu nesta segunda-feira (21) no sul da China, segundo a agência de aviação civil do país. A aeronave transportava 132 pessoas de Kunming para Guangzhou. Ainda não há informação sobre o número de vítimas. Um vídeo que circula nas redes sociais, mostra o momento em que a aeronave despenca do céu. O vídeo foi obtido pela agência Newsflare e divulgado pela Reuters. A Newsflare informa que a imagem é de câmera de segurança da empresa de mineração Wuzhou Beichen Mining, instalada a 5,8 km do local da queda do avião, e foi obtido pela imprensa local chinesa. A queda aconteceu em Guangxi, região montanhosa no sul da China, e provocou um incêndio nas montanhas, segundo a TV estatal chinesa. A agência de aviação civil da China confirmou o episódio e informou que o voo fazia a rota entre as cidades de Kunming e Guangzhou. A aeronave, um Boeing 737-800, tem bom histórico de segurança de voo. A Boeing informou que está coletando mais informações com autoridades locais para iniciar uma investigação sobre o caso. A TV estatal chinesa informou que a operação de resgate está a caminho do local. A emissora havia divulgado inicialmente que o avião transportava 133 pessoas, mas depois corrigiu para 132. Desse total, nove fazem parte da tripulação da aeronave. A queda aconteceu por volta das 14h30 no horário local. As informações são do G1.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou nesta quarta-feira (9) que está monitorando o surgimento de uma nova variante do coronavírus que combina características genéticas duas outras versões do vírus: a Ômicron e a Delta. A mistura das duas variantes tem sido chamada informalmente de Deltacron. A primeira evidência mais sólida de um vírus recombinante Delta e Ômicron foi compartilhada pelo Instituto Pasteur, da França. Eles fizeram o sequenciamento genético completo do vírus para o GISAID, um banco de dados internacional que centraliza as sequências genéticas de todas as variantes do coronavírus. A diretora técnica da Organização Mundial da Saúde (OMS), Maria Van Kerkhove, disse que a entidade está ciente dessa nova variante, já identificada em três países europeus. “Estamos cientes disso, é uma combinação das variantes Delta e Ômicron. Foi detectada na França, na Holanda e na Dinamarca. Isso era algo esperado dado que há uma intensa circulação dessas variantes”, disse durante coletiva de imprensa da OMS. Segundo ela, em países da Europa a variante Delta continuava circulando de forma expressiva quando surgiu a variante Ômicron, o que pode explicar essa recombinação. A epidemiologista ponderou que, até o momento, não foi identificada nenhuma severidade maior da infecção pela nova variante, mas que pesquisas e estudos ainda estão em andamento.
Morreu na última terça-feira (8), no Centro Médico da Universidade de Maryland, o primeiro humano a substituir um coração defeituoso por um de porco geneticamente modificado em uma operação inovadora. Ele faleceu dois meses após o transplante. De acordo com o Tribuna da Bahia, David Bennett tinha 57 anos e morava em Maryland, nos Estados Unidos. Ele era portador de doença cardíaca grave e concordou em receber o coração experimental de porco após ser rejeitado em várias listas de espera para receber um coração humano. Ainda não se sabe se o corpo de Bennet rejeitou o órgão estranho. “Não havia nenhuma causa óbvia identificada no momento de sua morte”, disse uma porta-voz do hospital. Servidores do hospital afirmaram não poder comentar mais sobre a causa da morte, porque os médicos ainda não realizaram um exame completo. Eles planejam publicar os resultados em uma revista científica revisada por pares. Bartley Griffith, o cirurgião responsável pelo transplante, disse que a equipe do hospital ficou "devastada" com a perda de Bennett. “Ele provou ser um paciente corajoso e nobre que lutou até o fim”, disse o médico. “O senhor Bennett tornou-se conhecido por milhões de pessoas em todo o mundo por sua coragem e firme vontade de viver”, completou Griffith.
A Covid-19 pode fazer o cérebro encolher, reduzir a massa cinzenta nas regiões que controlam a emoção e a memória e danificar áreas que controlam o olfato, mostra estudo da Universidade de Oxford publicado na segunda-feira (7) na revista “Nature”, uma das mais importantes do mundo. Os cientistas disseram que os efeitos foram vistos até em pessoas que não foram hospitalizadas com Covid. Mesmo em casos leves, os participantes da pesquisa mostraram “uma piora da função executiva” responsável pelo foco e organização. Além disso, em média, o tamanho do cérebro encolheu entre 0,2% e 2%. “Há fortes evidências de anormalidades relacionadas ao cérebro na Covid-19”, disseram os pesquisadores. Os cientistas frisaram, entretanto, que os efeitos medidos foram uma média calculada entre todos os participantes – e nem todas as pessoas tiveram impactos cerebrais negativos causados pela Covid. O estudo usou imagens cerebrais de 785 pessoas, com idades entre 51 e 81 anos. Os cérebros dos voluntários foram examinados duas vezes – antes de se infectarem com o coronavírus e depois. Entre os voluntários, 401 pegaram Covid entre um exame e outro; as outras 384 permaneceram saudáveis. Um outro ponto é que o estudo é apenas observacional, ou seja, os participantes foram observados antes e depois de pegarem a doença. Por causa disso, não é possível afirmar com certeza absoluta que as mudanças vistas foram causadas pela doença. Além disso, ainda é preciso mais investigação para descobrir se o impacto pode ser parcialmente revertido ou se permanece a longo prazo. O estudo foi realizado quando a variante alfa era dominante no Reino Unido. Segundo os pesquisadores, é improvável que qualquer um dos infectados tenha tido a variante delta.
O mundo ultrapassou, nesta segunda-feira (7), a marca de 6 milhões de mortos por Covid-19, segundo monitoramento da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos. De acordo com o G1, o número foi alcançado pouco mais de 4 meses depois de o globo registrar 5 milhões de óbitos pela doença. Os Estados Unidos são o país com o maior número de mortes: 958,4 mil, de acordo com a Hopkins. O Brasil está em segundo, com 652.207, segundo o consórcio de veículos de imprensa. Só no último mês foram 22 mil óbitos registrados, a maior quantidade mensal desde agosto do ano passado. Ao todo, 4 países da América, 4 da Europa e dois da Ásia compõem os dez com mais mortes em todo o mundo.
Mesmo com o crescimento de 4,6% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2021, o Brasil caiu de 12º para 13º no ranking das maiores economias do mundo, segundo levantamento da agência de classificação de risco Austin Rating. De acordo com o ranking, que compara o PIB dos países em valores correntes, em dólares, o Brasil foi ultrapassado em 2021 pela Austrália. Em 2020, a economia brasileira já tinha sido superada pelo Canadá, Coreia e Rússia, o que tirou o país da lista das 10 maiores economias do mundo. Entre 2010 e 2014, o Brasil se manteve na 7ª posição. Em 2019, o Brasil ficou na 9ª posição e, em 2020, caiu para a 12ª. No pior momento, em 2003, ficou na 14ª posição. O ranking da Austin Rating faz o comparativo das maiores economias do mundo desde 1994. O Brasil teve no ano passado um PIB nominal de US$ 1,608 trilhão, segundo o levantamento, enquanto que o da Austrália ficou em US$ 1,614 trilhão. O maior PIB do mundo em 2021 foi mais uma vez o dos Estados Unidos, com US$ 22,8 trilhões. China tem a segunda maior economia, com US$ 17,5 trilhões, seguida pelo Japão, com US$ 4,9 trilhões. Segundo comparativo feito pela Austin, o desempenho do PIB brasileiro em 2021 ocupa o 21º lugar dentro de um ranking com 34 países, abaixo da média de 5,7% e dos avanços registrados por países como EUA (5,7%), China (8,1%) e México (4,8%).
Um pequeno estudo de pacientes que sofrem de sintomas persistentes muito tempo após um surto de Covid-19 descobriu que quase 60% deles tiveram danos nos nervos possivelmente causados por uma resposta imune defeituosa. A descoberta feita por pesquisadores americanos pode apontar para novos tratamentos. O estudo envolveu exames aprofundados de 17 pessoas com a chamada Covid longa, uma condição que surge dentro de três meses após uma infecção por Covid-19 e dura pelo menos dois meses. “Acho que o que está acontecendo aqui é que os nervos que controlam coisas como nossa respiração, vasos sanguíneos e nossa digestão, em alguns casos, estão danificados nesses pacientes com Covid longa”, disse a médica Anne Louise Oaklander, principal autora do estudo e neurologista do Hospital Geral de Massachusetts. Acredita-se que até 30% das pessoas que têm Covid-19 desenvolvem Covid longa, uma condição com sintomas que variam de fadiga, batimentos cardíacos acelerados, falta de ar, dificuldades cognitivas, dor crônica, anormalidades sensoriais e fraqueza muscular. Oaklander e colegas se concentraram em pacientes com sintomas consistentes com um tipo de dano nervoso conhecido como neuropatia periférica. Todos, exceto um, tiveram casos leves de Covid-19 e nenhum teve danos nos nervos antes de suas infecções. Depois de descartar outras possíveis explicações para as queixas dos pacientes, os pesquisadores realizaram uma série de testes para identificar se os nervos estavam envolvidos. “Nós analisamos todos os principais testes diagnósticos objetivos”, disse Oaklander. A grande maioria tinha neuropatia de pequenas fibras - danos às pequenas fibras nervosas que detectam sensações e regulam funções corporais involuntárias, como o sistema cardiovascular e a respiração. As descobertas são consistentes com um estudo de julho do médico Rayaz Malik, da Weill Cornell Medicine Qatar, que encontrou uma associação entre danos nas fibras nervosas da córnea e um diagnóstico de Covid longa. No estudo atual, 11 dos 17 pacientes foram tratados com esteróides ou imunoglobulina intravenosa (IVIG), um tratamento padrão para pacientes com pequenos danos nas fibras nervosas causados por uma resposta imune. Alguns melhoraram, mas nenhum foi curado. Embora os resultados se apliquem apenas a pacientes de Covid longa com esse tipo de dano nervoso, é possível que a imunoterapia possa ser útil, disse Avindra Nath, coautor do estudo e especialista em neuroimunologia do Instituto Nacional de Distúrbios Neurológicos e Derrame. “Para mim, isso sugere que precisamos fazer um estudo prospectivo adequado desses tipos de pacientes testando as drogas em um estudo randomizado”, disse Nath. As informações são do jornal o Globo.
Após três dias de discursos de mais de cem de países no Fórum da Assembleia Geral das Nações Unidas para defender a paz e a segurança, nesta quarta-feira (2) foi aprovada uma resolução contra a invasão russa da Ucrânia. O Brasil se alinhou à ampla maioria e também votou a favor. Os países que votaram contra foram Rússia, Belarus, Síria, Coreia do Norte e Eritreia. A China se absteve. O texto “deplora nos mais fortes termos a agressão da Rússia contra a Ucrânia”. Ela é não vinculante, o que significa que, a partir dela, os países não são obrigados a fazer nada. Sua importância, portanto, é política: mostra como a maioria dos países vê a invasão promovida por Moscou. Boa parte da comunidade internacional acusa a Rússia de Vladimir Putin de violar o artigo 2 da Carta das Nações Unidas, que pede aos seus membros para não recorrer a ameaças ou à força para solucionar conflitos. O texto, promovido pelos países europeus e Ucrânia, e apoiado por 141 países de todas as regiões do mundo, sofreu inúmeras alterações nos últimos dias para chegar a um acordo mínimo aceitável para os mais relutantes. A resolução deixou de “condenar”, como estava inicialmente previsto, para "deplorar nos mais fortes termos a agressão da Rússia contra a Ucrânia”. Praticamente todos os oradores na Assembleia condenaram a guerra, a insegurança e o risco de escalada do conflito armado em um mundo que começava a se recuperar dos estragos devastadores da pandemia de Covid-19, como demonstra a escalada de preços das matérias-primas, principalmente do gás e petróleo, ou a queda das bolsas de valores. Sem mencionar a iminente crise humanitária que já levou centenas de milhares de cranianos a deixar o país em busca de um lugar seguro e causou dezenas de mortes de civis. A Rússia sustenta que sua invasão é “legítima defesa”. “Não foi a Rússia que iniciou esta guerra. Essas operações militares foram iniciadas pela Ucrânia contra os habitantes de Donbass (a região separatista no leste do país) e contra todos aqueles que não concordavam com ela”, defendeu como um mantra o embaixador russo Vassily Nebenzia, no fórum internacional em Nova York.
Conforme antecipado pelo Ge, a Fifa suspendeu a Federação de Futebol da Rússia. O que significa que o país está proibido de disputar as Eliminatórias para a Copa do Mundo do Catar – e consequentemente do próprio Mundial. A decisão, que foi tomada em conjunto com a Uefa, envolve todas as seleções russas, incluindo seleções de base, masculinas e femininas, além dos clubes do país. A Rússia pode recorrer da decisão ao Tribunal Arbitral do Esporte (TAS). As medidas foram tomadas pelo Bureau do Conselho da Fifa, instância da entidade que inclui os presidentes das seis confederações continentais de futebol, e pelo Comitê Executivo da Uefa – órgão que toma todas as decisões mais importantes do futebol europeu. A Uefa também anunciou a rescisão do contrato de patrocínio com a empresa estatal russa Gazprom. A dura medida ocorre no mesmo dia em que o Comitê Olímpico Internacional (COI) recomendou às federações de cada modalidade que excluam atletas de Rússia e Belarus de todas as competições internacionais. A Rússia disputaria uma partida pela repescagem das Eliminatórias para a Copa no dia 24 de março, contra a Polônia – que se recusava a participar do jogo e enfrentar a Rússia em qualquer circunstância. A mesma posição era compartilhada por República Tcheca e Suécia, que também se enfrentam pelas Eliminatórias – num jogo cujo vencedor pegaria quem ganhasse entre Rússia e Polônia. Ainda não está decidido se a Polônia vai avançar diretamente à próxima fase das Eliminatórias da Europa para a Copa do Mundo ou se alguma outra solução esportiva será encontrada. O certo é que a Uefa é quem tomará essa decisão.
Estudo divulgado nesta sexta-feira (25) pela Universidade de Penn State, nos Estados Unidos, identificou uma série de medicamentos aprovados pela Food and Drug Administration (FDA), órgão regulatório do país, que reduzem “significativamente” a capacidade de a variante Delta, da covid-19, se replicar em células humanas. Os resultados foram publicados em 25 de fevereiro na revista Communications Biology. De acordo com os pesquisadores da Penn State, a descoberta abrange medicamentos que inibem enzimas virais essenciais para replicação do SARS-CoV-2 em células humanas infectadas. “As vacinas SARS-CoV-2 têm como alvo a proteína spike, mas essa proteína está sob forte pressão de seleção e, como vimos com a Ômicron, pode sofrer mutações significativas”, explicou a professora de bioquímica e biologia molecular da Penn State, Joyce Jose. Nesse sentido, acrescentou, “permanece a necessidade urgente de agentes terapêuticos que tenham como alvo partes do vírus, além da proteína spike, que não é tão provável de evoluir”. Segundo nota divulgada pela universidade, pesquisas anteriores demonstraram que duas enzimas SARS-CoV-2 – proteases, incluindo Mpro e PLpro – são alvos promissores para o desenvolvimento de medicamentos antivirais. Professor de bioquímica e biologia molecular da Penn State, Katsuhiko Murakami disse que o novo coronavírus produz proteínas longas, chamadas poliproteínas, de seu genoma de RNA. “Essas proteínas devem ser clivadas em proteínas individuais por essas proteases de maneira ordenada, levando à formação de enzimas e proteínas virais funcionais para iniciar a replicação do vírus assim que ele entra na célula. Caso você iniba uma dessas proteases, a disseminação do vírus na pessoa infectada pode ser interrompida”, detalhou.
Uma brasileira que mora na Ucrânia relatou ao g1, nesta quinta-feira (24), que os homens ucranianos não podem sair do país e que aguardam a convocação pelo Exército para o voluntariado no conflito armado. A Rússia invadiu e atacou regiões ao sul e norte do território ucraniano, nesta madrugada. “Estamos indo para a Polônia porque eles ofereceram apoio nas fronteiras para refugiados. Meu marido ficou, pois todos os homens agora estão no aguardo da convocação”, disse Iasmin Avhustovych, baiana de 29 anos casada com um ucraniano há seis meses. Ela, que é professora de inglês, mora na cidade de Terebovlya, região de Ternopil, no oeste do país. Por causa da insegurança, ela e uma amiga da família buscam refúgio na Polônia, um dos países vizinhos. Durante a conversa com o G1, Iasmin estava em deslocamento, de carro. “A guerra já começou para a gente. Meu marido achou melhor que eu fosse para a Polônia, ainda que eu não quisesse. Por enquanto, as notícias que temos são de ataques em todo o país, especialmente em áreas militares, e que as sirenes de emergência indicarão a necessidade de ir a uma base de proteção”, explicou. Os principais pontos atacados pela Rússia ficam nas cidades de Kherson, Kharkiv (Carcóvia) e Mariupol, onde a situação está sendo controlada. Por causa da iminência de novos ataques, o governo ucraniano recruta homens voluntários em bases espalhadas pelo país. Segundo Iasmin, grande parte dos homens ucranianos possuem treinamento militar. Muitos deles se armaram nos últimos dias, com o crescimento da tensão entre os dois países europeus. Com a convocação do Exército ucraniano, os homens então passarão por um breve treinamento, antes do conflito com os soldados russos. A Embaixada do Brasil em Kiev, capital da Ucrânia, encaminhou orientações para quem está no país.
A líder técnica da resposta à pandemia de covid-19 da Organização Mundial da Saúde (OMS), Maria Van Kerkhove, disse haver um temor de que, após o fim da onda de infecções pela subvariante BA.1 da Ômicron do coronavírus, haja uma nova onda com a BA.2. Em sessão de perguntas e respostas, ela reiterou não estar afirmando que esse movimento irá acontecer, mas sim que a possibilidade está sendo monitorada. “Estamos vendo aumentos proporcionais da BA.2, que é mais transmissível que a BA.1”, disse Kerkhove, que afirmou não haver evidências de que esta subvariante seja mais grave. A líder disse ser “incrível” ver como a Ômicron já superou a onda da Delta ao redor do mundo. De acordo com Kerkhove, ao comparar as mutações da BA.1 com as da Delta, é possível perceber que as variantes “penetram” mais no corpo humano e são mais resistentes à proteção das vacinas ou de uma contaminação anterior. Ainda assim, ela destacou que os imunizantes existentes são altamente eficazes contra hospitalizações e mortes. Kerkhove também afirmou ser necessário garantir melhor testagem da covid-19 ao redor do globo, uma vez que se trata de uma parte crítica no combate à pandemia. “Os testes precisam ser confiáveis, baratos e rápidos”, disse.
Um rapaz de 15 anos foi preso em Elche, Espanha, por ter confessado o assassinato dos pais e do irmão de 10 anos a tiros. Tudo aconteceu após uma forte discussão em família devido às más notas do jovem, revela o La Voz de Galicia. O triplo homicídio ocorreu na passada terça-feira após a mãe ter cortado o acesso ao wi-fi. O rapaz pegou então uma espingarda de caça e disparou dois tiros sobre a mãe. Depois também alvejou o irmão com a mesma arma, quando ele entrou na sala alertado pelo barulho. Esperou então que o pai chegasse do trabalho, e também o alvejou. O jornal Las Provincias relata que ao todo o jovem disparou sete tiros – dois contra a mãe, dois contra o irmão e três contra o pai. Depois de os matar, o adolescente transportou os corpos e levou-os para um barracão que a família utilizava para armazenar ferramentas. Aí ficaram três dias, até ele ter confessado o crime nesta sexta-feira (11), quando relatou o crime à tia, que foi a casa da família depois de não conseguir contactar a irmã. A mulher alertou imediatamente as autoridades. O jovem confessou os fatos na esquadra da polícia de Elche, onde foi preso. Os policiais sublinharam a sua “frieza” e serenidade “fora do comum” e o fato de “ele não expressar remorso”. Os corpos do casal e do seu filho de 10 anos foram levados para o Instituto de Medicina Legal de Alicante, onde serão autopsiados. O presidente da Câmara de Alicante, Carlos González, disse este sábado estar “horrorizado” com o homicídio e decretou três dias de luto oficial.
Um estudo feito pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) mostrou que pessoas que tiveram Covid-19 de forma moderada ou grave passaram a registrar maior incidência de transtornos psiquiátricos após a contaminação. De acordo com a Agência Brasil, o artigo sobre a pesquisa foi publicado na revista científica General Hospital Psychiatry. Foram avaliados 425 adultos, depois de seis a nove meses da alta hospitalar por causa da covid-19. Todos foram pacientes internados no Hospital das Clínicas da USP por pelo menos 24 horas, entre março e setembro de 2020. Aqueles que precisaram de tratamento em unidade de terapia intensiva (UTI) foram considerados casos graves e os demais, moderados. Os pacientes foram submetidos a entrevista psiquiátrica estruturada, testes psicométricos e bateria cognitiva. De acordo com o estudo, a prevalência de transtorno mental comum neste grupo de pacientes pós-covid foi 32,2%, maior do que o relatado na população geral brasileira (26,8%). Quanto ao diagnóstico de depressão, houve prevalência de 8%, superior ao da população geral brasileira (em torno de 4% e 5%). Transtornos de ansiedade generalizada estavam presentes em 14,1%, resultado também superior à prevalência na população geral brasileira (9,9%). Segundo a pesquisa, os resultados psiquiátricos não foram associados a nenhuma variável clínica relacionada à gravidade da doença em fase aguda, ou seja, não foram mais preponderantes naqueles pacientes que apresentaram grau de inflamação maior, por exemplo. “Os comprometimentos psiquiátricos e cognitivos observados a longo prazo após covid-19 moderada ou grave podem ser vistos como uma expressão dos efeitos do SARS-CoV-2 na homeostase [equilíbrio] cerebral ou uma representação de manifestações psiquiátricas inespecíficas secundárias à diminuição do estado geral de saúde”, diz o texto da pesquisa, que tem Rodolfo Damiano, médico residente do Instituto de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da USP como primeiro autor.