A Polícia Civil de Goiás, por meio da 7ª Delegacia Distrital de Polícia de Aparecida de Goiânia, prendeu em flagrante, na quinta-feira (14), um servidor público suspeito de comercializar atestados médicos de forma ilegal na UPA Flamboyant. As investigações tiveram início no dia 8 de agosto, após denúncia anônima recebida pelo Centro de Comando Operacional (CCO), informando que um funcionário administrativo da unidade estaria vendendo atestados médicos no local de trabalho. A equipe de inteligência confirmou o vínculo funcional e sua atuação na recepção da UPA, repassando as informações à Polícia Civil para apuração. Na quinta (14), informações indicaram que o investigado entregaria dois atestados em um supermercado, em Aparecida de Goiânia. A equipe da Guarda Civil Municipal de Aparecida de Goiânia, que apoiou a operação, permaneceu na UPA, e a equipe da Polícia Civil, no supermercado. O funcionário foi visto saindo da unidade às 10h58 e se dirigindo ao local, mas, ao perceber a presença policial, mudou de rota. Durante acompanhamento, o suspeito foi flagrado cortando e descartando atestados nas proximidades da UPA. Na abordagem, fragmentos dos documentos foram encontrados com o servidor. Com autorização da coordenação da recepção, foi realizada busca em um armário, onde foi localizado um bloco de atestados médicos em branco. Os carimbos utilizados pertenciam a dois médicos que negaram ter emitido ou autorizado o uso de seus dados. Diante das evidências, o funcionário foi autuado em flagrante pelo crime de falsidade ideológica e conduzido à sede da 7ª Delegacia de Polícia para os procedimentos cabíveis.
Um bebê de 8 meses foi encontrado morto na quinta-feira (22) depois que a tia, uma criança de 11 anos, saiu para pedir ajuda a vizinhos na Vila Romana, em Aparecida de Goiânia, Região Metropolitana da capital. A vítima morava com a avó, de 44 anos, que foi presa. Os pais são usuários de drogas e vivem em situação de rua. De acordo com o G1, a defesa da avó não foi localizada para que pudesse se posicionar sobre o caso até a última atualização desta reportagem. Vizinhos chamaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e a Polícia Militar. Eles contaram que a menina estava com o sobrinho, sem vida, nos braços, na rua e gritando por socorro. Na casa foram encontradas outras duas crianças. A suspeita é que o bebê morreu por desnutrição. “O estado de desnutrição e perigo completo a que a criança estava submetida foi confirmada pelo médico socorrista do Samu”, disse o delegado Dakir Specht. A avó não estava em casa no momento em que a menina de 11 anos pediu ajuda aos vizinhos, pois tinha saído para comprar comida. A mulher disse ao Conselho Tutelar que o bebê estava sem apetite há alguns dias e chegou a levar o neto a um posto de saúde na quarta-feira (21) para que fosse atendido. Depois de medicado, o menino voltou para casa. As crianças que estavam sozinhas na casa foram resgatadas pelo Conselho Tutelar e deixadas sob a responsabilidade de uma irmã, de 25 anos, que mora em outra casa. Os conselheiros contaram que é a segunda criança da família que morre em dois meses. O Conselho Tutelar informou que acompanha a família desde 2018 e aguarda as investigações para tomar outras providências. A Polícia Civil informou que os pais também serão investigados.