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Governador assina contrato de empréstimo para obras em rodovias da Bahia Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste

O governador Jerônimo Rodrigues (PT) formalizou nesta semana a contratação de um empréstimo de 150 milhões de dólares junto ao Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD), instituição ligada ao Banco Mundial. Os recursos serão destinados ao Programa de Manutenção Proativa e Resiliência das Rodovias da Bahia (ProRodovias), que prevê a modernização e recuperação da malha rodoviária estadual.

De acordo com publicação no Diário Oficial do Executivo, o contrato foi assinado por Jerônimo, que representou o Estado, pelo gerente geral do Banco do Brasil, Ricardo Luiz Ribeiro Silva, e pela procuradora da Fazenda Nacional, Ana Rachel Freitas da Silva. O governo federal figura como garantidor da operação financeira, condição exigida pelo BIRD para a liberação do crédito.

Embora a assinatura só tenha ocorrido agora, a autorização para a contratação do empréstimo não é nova. Ela foi concedida ainda durante a gestão do ex-governador Rui Costa (PT). Em dezembro de 2022, nos últimos dias de seu segundo mandato, Rui enviou projeto de lei à Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) e conseguiu aprovar a autorização. A lei foi sancionada na época, mas o contrato acabou ficando para ser efetivado já no governo de seu sucessor.

O financiamento internacional vai permitir investimentos em trechos estratégicos da malha viária baiana, com foco na redução de custos de manutenção, aumento da durabilidade das estradas e garantia de maior segurança para os motoristas. Além da requalificação asfáltica, o ProRodovias também prevê a adoção de técnicas de engenharia voltadas para ampliar a resiliência da infraestrutura frente às mudanças climáticas, como sistemas de drenagem mais eficientes e obras de contenção de encostas. 

A operação é mais uma dentro do conjunto de financiamentos buscados por Jerônimo desde o início de seu mandato, em janeiro de 2023. Levantamento aponta que, até setembro de 2025, o governo estadual já encaminhou à Assembleia Legislativa 19 pedidos de autorização para novos empréstimos. O montante total dessas solicitações chega a aproximadamente R$ 23 bilhões, somando operações nacionais e internacionais.

Malhada de Pedras: Inadimplência zero em empréstimos de produtividade rural Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste

Em entrevista ao site Achei Sudoeste e ao Programa Achei Sudoeste no Ar, o secretário municipal de agricultura, Lucas Ataíde, destacou que a cidade de Malhada de Pedras apresenta inadimplência zero no que diz respeito ao crédito rural. Ele afirmou que, de acordo com levantamento realizado em agosto deste ano, foi feito um investimento de crédito rural próximo aos R$ 7 milhões na cidade. “Com isso, temos dinheiro no campo diante do crédito rural e nossa taxa de inadimplência beira os 0%”, afirmou. Segundo Ataíde, essa porcentagem demonstra que os agricultores rurais têm a responsabilidade de efetivar o crédito e colocá-lo em prática. Além disso, o secretário apontou que os agricultores ainda são contemplados com valores de bonificação, visto que, do total do crédito rural, 40% fica de bônus para os mesmos. “Isso fortalece a economia rural e, principalmente, a economia do município”, completou. Na região, a maior parte dos municípios possui população predominantemente rural. Em Malhada de Pedras, segundo dados do IBGE, 52.8% da população vive no campo. Para Ataíde, se as políticas públicas para o homem do campo forem facilitadas, há uma maior possibilidade de ascensão dos agricultores e agricultoras familiares.  

AL-BA autoriza 19º empréstimo de Jerônimo no valor de R$ 4,5 bilhões Foto: Divulgação/GOVBA

Foi aprovado, em caráter de urgência, na sessão ordinária da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) desta terça-feira (26), o 19º pedido autorização para empréstimo do governador Jerônimo Rodrigues (PT). O valor solicitado é de 122,5 bilhões de ienes japoneses, o que equivale a cerca de R$ 4,5 bilhões. O petista pretende fazer a contratação junto ao Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (Bird), com garantia da União. O Projeto de Lei nº 25.894/2025 recebeu o parecer conjunto das comissões de Constituição e Justiça, de Educação, Cultura, Ciência, Tecnologia e Serviço Público e de Finanças, Orçamento, Fiscalização e Controle.  O governador justificou que os recursos vão ser destinados à “melhoria do perfil de endividamento do estado” com a substituição de parte da dívida atual por outra com “condições mais favoráveis, com menor custo e maior prazo”. Antes da votação, o deputado Tiago Correia (PSDB) criticou o parecer ao questionar o direcionamento do empréstimo. “Diante dos indicadores do nosso estado, nós [oposição] entendemos que esses recursos estão sendo jogados pelo ralo, porque o governo do estado fala que nunca se investiu tanto em educação, segurança e saúde e a Bahia continua tendo o maior número de analfabetos adultos, sendo o estado mais violento do país e a fila da regulação continua matando como sempre matou. Esses indicadores não são bons para nosso estado. Esses recursos não estão produzindo os efeitos que deveriam”, avaliou o parlamentar. A oposição votou contra a autorização solicitada pelo governador. Desde que assumiu o governo do estado baiano, Jerônimo já solicitou outros 18 empréstimos. Somados ao novo pedido, chega a R$ 23 bilhões o valor concedido em operações de crédito ao petista. Em abril, o governador fez o 18º pedido de autorização para a contratação de empréstimo. Na ocasião, o valor foi de R$ 4,5 bilhões, em duas contratações. No mês seguinte, as operações de crédito foram aprovadas pela Alba.

Governador solicita empréstimo de R$ 4,5 bilhões para 'melhoria do endividamento' Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste

O governador Jerônimo Rodrigues (PT) enviou um Projeto de Lei à Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) para receber a autorização de contratação de um empréstimo de 122,5 bilhões ienes japoneses, o que corresponde a cerca de R$ 4,5 bilhões na cotação atual. As informações são do Bahia Notícias, parceiro do Achei Sudoeste. Na matéria, Jerônimo afirmou que a quantia será utilizada para a melhoria do perfil de endividamento do governo. O governador também solicitou que o texto seja apreciado em regime de urgência. A requisição será votada em plenário e, caso aprovada, terá seu trâmite acelerado na Assembleia. A informação foi divulgada pela assessoria de imprensa da AL-BA nesta segunda-feira (11). O empréstimo será tomado junto ao Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD), com garantia da União. De acordo com Jerônimo, a melhoria do perfil de endividamento se dará por meio da substituição de parte da dívida atual por um financiamento em condições mais vantajosas, com menor custo e maior prazo. No texto, o petista também disse que a Bahia possui um dos menores níveis de endividamento do Brasil. Conforme o petista, a dívida se mantém estável, em patamar reduzido, e possui um dos principais indicadores de solidez das contas públicas estaduais. Este é o 19º pedido de empréstimo do governador desde o início de seu mandato, em 2023. Somando os valores requeridos pela gestão de Jerônimo, as solicitações de concessão de crédito ao governo ultrapassaram R$ 23 bilhões.

Com recordes em arrecadação, Bahia acumula bilhões em empréstimos e atrasos em obras Foto: Mateus Pereira/GOVBA

Apesar de viver o maior ciclo de arrecadação da sua história, o Governo da Bahia, sob a gestão de Jerônimo Rodrigues (PT), tem recorrido de forma intensa à autorização de novos empréstimos junto à Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA). As informações são do Bahia Notícias, parceiro do Achei Sudoeste. Em apenas dois anos e meio de mandato, já foram aprovados mais de R$ 18,2 bilhões em autorizações para contratação de crédito, um volume superior ao que Rui Costa conseguiu em oito anos, R$ 6,99 bilhões, e mais do que o dobro do que foi contratado nos dois mandatos de Jaques Wagner, R$ 8,31 bilhões (dados IPEA). Ainda que nem todo o montante aprovado tenha sido efetivamente contratado com instituições financeiras até o momento — fato que depende da negociação e assinatura de contratos com os bancos — o ritmo de pedidos revela uma gestão fortemente dependente de endividamento para manter compromissos e financiar projetos. O dado chama ainda mais atenção quando confrontado com a saúde fiscal do Estado, que arrecadou valores recordes nos últimos anos, impulsionados especialmente pelo ICMS e transferências federais. Entretanto, mesmo diante desse cenário de alta arrecadação e crescente endividamento, o que se observa são inúmeras obras paralisadas, pagamentos a fornecedores e prestadores de serviços em atraso, além de ordens de serviço assinadas com pompa, mas sem o devido início da execução por falta de liberação orçamentária. Situação essa que tem gerado desconfiança entre prefeitos, que estão recebendo muitas promessas de investimentos do governo estadual, mas já começam a duvidar se as obras realmente sairão do papel. “O Governador prometeu muitas obras para o município e é claro que vamos aceitar. Mas desconfiamos que não há tempo hábil para licitar e iniciar essas obras antes da eleição. Vamos ver no que vai dar”, afirmou um prefeito que não votou em Jerônimo e que foi procurado para aderir ao governo. O contraste entre o volume de recursos disponíveis e a execução real das políticas públicas evidencia falhas graves de planejamento, prioridades distorcidas e, possivelmente, problemas de gestão financeira. É preciso entender quais são os critérios para o endividamento em larga escala, como os recursos vêm sendo empregados e por que, mesmo com arrecadação histórica, obras continuam sem execução e pagamentos seguem represados.

Brumado: Eduardo Vasconcelos deixou dívida de empréstimos de R$ 129 milhões Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste

A gestão do ex-prefeito Eduardo Vasconcelos (Sem Partido) contraiu empréstimos avaliados em R$ 129 milhões para investir na área de infraestrutura do município. Questionado pelo site Achei Sudoeste sobre o assunto, o atual prefeito Fabrício Abrantes (Avante) apontou que o Município possui uma dívida milionária para ser quitada e nenhum investimento de qualidade nas vias públicas. Prova disso são as ruas esburacadas e com mais de 280 pontos críticos após as últimas chuvas. “Toda população sabe dos empréstimos que foram feitos justamente para poder cuidar do nosso município e fazer obras de qualidade, que iriam melhorar realmente a vida das pessoas e desenvolver a cidade. Mas o que podemos ver da herança que ficou só foram as contas a pagar”, criticou. Um estudo preliminar revelou, segundo o gestor, que o ex-prefeito contraiu um empréstimo junto à Caixa Econômica Federal de R$ 73 milhões que, com juros e mora, chega a quase R$ 130 milhões. “Teremos responsabilidade com o recurso público, coisa que, infelizmente, o antigo prefeito não teve”, enfatizou.

Crédito na Bahia supera média nacional Foto: Divulgação

O saldo das operações de crédito na Bahia cresceu 13,5% no primeiro semestre de 2024, superando a média nacional de 10,3%, conforme dados do Banco Central. Com um saldo total de R$ 230,3 bilhões, o estado se mantém como o principal mercado de crédito do Nordeste. O desempenho baiano destaca o fortalecimento do setor financeiro local e aponta para um cenário de maior dinamismo econômico no estado. Esse avanço reflete a tendência de aceleração observada na carteira de crédito do Nordeste, região que registrou um aumento de 12,1% no mesmo período. O Sistema Financeiro Nordestino apresentou um saldo de operações de crédito de R$ 839,77 bilhões, impulsionado pelo crédito a pessoas jurídicas, que aumentou 13,1%, e a pessoas físicas, que subiu 11,6%.  

Começa a valer novo teto de juros do consignado do INSS Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Entrou em vigor nesta quarta-feira (13) o novo teto de juros do consignado para aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A medida, aprovada em 4 de dezembro pelo Conselho Nacional da Previdência Social (CNPS), estabeleceu que o novo limite de juros é 1,8% ao mês para essas operações. O valor é 0,04 ponto percentual menor que o antigo limite, de 1,84% ao mês, que vigorava desde outubro. O teto dos juros para o cartão de crédito consignado caiu de 2,73% para 2,67% ao mês. As mudanças foram propostas pelo próprio governo. A justificativa para a redução foi o corte de 0,5 ponto percentual na Taxa Selic (juros básicos da economia). No fim de setembro, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reduziu os juros básicos de 12,75% para 12,25% ao ano. Desde agosto, quando começaram os cortes na Selic, o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, disse que a pasta deveria acompanhar o movimento e propor reduções no teto do consignado à medida que os juros baixarem. Essas mudanças passam pelo CNPS.

Procura por empréstimos cai 14% nos últimos 12 meses Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

O consumidor brasileiro tem diminuído a procura por empréstimos. Dados do Indicador de Demanda dos Consumidores por Crédito, da Serasa Experian, apontam que em julho houve uma queda de 2,4% na comparação com junho. Já na comparação com julho de 2022, a retração foi de 10,9%. Nessa comparação anual, o resultado tem sido negativo por 14 meses seguidos, ou seja, desde junho de 2022. Os dados foram obtidos com exclusividade pela Agência Brasil. Ao longo de 2023, o recuo na procura por crédito é de 12,3%. Já no acumulado de 12 meses, a queda é maior ainda, 14%. A Serasa Experian chega a esses números por meio de um acompanhamento mensal de consultas para concessão de crédito relacionadas a Cadastro de Pessoas Físicas (CPFs) que fazem parte do banco de dados da empresa. Nenhuma Unidade Federativa (UF) registrou crescimento na busca de crédito por consumidores. No começo de agosto, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reduziu a taxa de juros básicos da economia (Selic) para 13,25% ao ano. Foi o primeiro corte em três anos. A Selic influencia diretamente o comportamento dos juros cobrados pelos empréstimos oferecidos às pessoas físicas. Segundo comunicados do BC, a taxa vem sendo mantida em níveis altos como forma de controlar a inflação. Porém, um efeito adverso é que a Selic alta também é recessiva, ou seja: dificulta o crédito, o consumo e investimentos.  

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