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China proíbe importação de carne de frango do Brasil por causa da gripe aviária Foto: Reprodução/Tribuna da Bahia

A China suspendeu toda a importação de carne de frango e derivados do Brasil após a confirmação de casos de gripe aviária no país, informou a Administração Geral de Alfândegas chinesa. De acordo com o Tribuna da Bahia, a medida amplia o embargo anterior, que o governo brasileiro esperava restringir ao município de Montenegro, no Rio Grande do Sul, onde foi identificado o único caso em granja comercial. A decisão segue protocolos sanitários internacionais. A China também determinou inspeção de resíduos de origem animal e vegetal provenientes do Brasil. O país asiático é o maior comprador de frango brasileiro — em 2024, o Brasil exportou cerca de US$ 10 bilhões em carne de frango, 35% do mercado global. Atualmente, o Brasil investiga 13 casos suspeitos da doença em sete estados. Do total de 170 casos confirmados desde 2023, 166 ocorreram em aves silvestres, três em criações domésticas e apenas um em produção comercial. Minas Gerais decretou estado de emergência após encontrar aves mortas com suspeita da doença. A gripe aviária, causada pelo vírus H5N1, é altamente letal para aves e pode, raramente, contaminar humanos em contato direto com animais doentes. Entre 2003 e 2024, foram registrados 889 casos em humanos no mundo, com 463 mortes — letalidade de 52%. O consumo de carne de frango e ovos segue seguro, segundo autoridades sanitárias.

Gripe Aviária: Agrônomo assegura que não há riscos de consumo de frango e ovos Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste

O agrônomo Lucas Ataíde falou ao site Achei Sudoeste e ao Programa Achei Sudoeste no Ar sobre a gripe aviária. A doença infecciosa que atinge aves e mamíferos ganhou repercussão após os casos identificados no Rio Grande do Sul. No último dia 15, dois focos foram registrados na região sul: em uma granja industrial e em um zoológico. Ataíde informou, quando contaminada, as aves apresentam dificuldades respiratórias, secreção nasal e ocular, espirros, torcicolo, diarreia e dificuldades motoras. A doença possui alta taxa de mortalidade. No que se refere à comercialização, o agrônomo ressaltou que, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a carne de frango e os ovos não são vetores de contaminação. O fechamento das vendas para outros países acontece apenas por uma questão de protocolo nesses casos. “Acontece o fechamento da exportação porque a carne pode levar o vetor do vírus para outros país. É apenas por uma medida de proteção sanitária. Não há registros até hoje de contaminação pelo consumo da carne de frango e dos ovos”, esclareceu. Segundo Ataíde, apesar de o vírus ser mutante, também não há relatos de contaminação direta da ave para o ser humano. Para proteger as aves, o agrônomo alertou para a importância de manter as vacinas em dia, de manejar corretamente as criações para evitar o controle com outras granjas e de higienizar regularmente os aviários, especialmente no local de alimentação dos animais.

OMS confirma primeira morte por variante H5N2 da gripe aviária Foto: M. Eickmann/Divulgação

A Organização Mundial da Saúde (OMS) confirmou a primeira morte pela variante H5N2 da gripe aviária. O paciente, de 59 anos, vivia no México. Este foi o primeiro caso de infecção em humano confirmado em laboratório em todo o mundo. A morte foi reportada por autoridades sanitárias mexicanas no dia 23 de maio. Em nota, a OMS destacou que o paciente, morador da Cidade do México, não tinha histórico de exposição a aves ou outros animais. A variante H5N2 já havia sido identificada em aves do país. “O paciente tinha múltiplas condições médicas subjacentes. Os familiares relataram que ele já estava acamado há três semanas, por outros motivos, antes do início dos sintomas agudos”, destacou a organização. Com base nas informações disponíveis até o momento, a OMS avalia como baixo o risco representado pelo vírus para a população em geral.

Ministério da Agricultura prorroga estado de emergência para gripe aviária Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

O Ministério da Agricultura e Pecuária prorrogou por mais 180 dias o estado de emergência zoossanitária no Brasil, em decorrência da infecção pelo vírus da influenza aviária H5N1 de alta patogenicidade (IAAP) ser detectada em aves silvestres. A medida foi publicada no Diário Oficial da União (DOU), desta terça-feira (7), através da portaria número 680. A decisão foi assinada pelo titular da pasta, Carlos Fávaro. O documento, via estadão, diz que a decisão passa a contar a partir do fim do prazo estabelecido pela Portaria número 624, de 6 de novembro de 2023. No início do mês passado, o ministro Fávaro já tinha indicado à imprensa que o estado de emergência zoossanitária seria renovado. Na época, o ministro disse que "o Brasil é um dos quatro países do mundo que não tem gripe aviária no plantel comercial. O sistema de defesa agropecuária brasileiro é muito eficiente. Vamos manter o status de emergência para evitar uma possível crise que possa vir a acontecer”, afirmou.

Bahia decreta emergência zoossanitária para influenza aviária H5N1 Foto: Marcos Prinz

O Governo da Bahia publicou, no Diário Oficial deste sábado (22), decreto de estado de emergência zoossanitária para influenza aviária H5N1, que tem afetado aves silvestres migratórias e de subsistência em alguns estados do Brasil. O anúncio foi resultado de um acordo nacional entre o Ministério da Agricultura e da Pecuária (MAPA) e os 27 governadores de Estado, com o intuito de controlar a transmissão sanitária que ocorre no país. Segundo análises divulgadas pelo Ministério da Saúde, o vírus não infecta humanos com facilidade e, em ocorrências registradas em outros países, a transmissão de pessoa para pessoa não foi sustentada. Para haver contaminação é necessário um contato muito próximo entre o animal e o ser humano. Por isso, as autoridades alertam que a população não deve manipular aves encontradas mortas ou debilitadas. A Bahia também faz parte de uma das principais rotas migratórias de aves silvestres que atravessam o continente. A Rota Nordeste Atlântica tem Mangue Seco, Baía de Todos-os-Santos, Cacha-Prego, Baía de Camamu, Barra Velha, Ilha da Coroa Vermelha, Corumbau e Ponta do Curral como lugares de agregação de aves. O primeiro caso registrado, no entanto, foi no Espírito Santo, em maio. Na Bahia, a primeira contaminação foi notificada no dia 17 de junho e, até o momento, mais três casos foram registrados. Todos em aves silvestres nas cidades de Caravelas (1), Alcobaça (1), Prado (1) e Porto Seguro (1). De acordo com informações do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS), da Secretaria de Saúde do Estado (Sesab), desde o primeiro caso no país, a Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab) e o MAPA intensificaram a vigilância e o monitoramento das aves no estado. A Sesab, através da Vigilância Sanitária e da CIEVS, também tem acompanhado as pessoas expostas às aves, fazendo testagem. Para apoiar os estados, o MAPA vai disponibilizar um recurso de R$ 200 milhões no controle e combate da Influenza Aviária. Uma portaria também foi publicada e já está sendo usada para orientar os gestores sobre os trabalhos que estão sendo realizados, a partir de agora, para erradicação da doença.

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