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Mesmo com derrota para o Japão, a Seleção Brasileira vem chamando a atenção por jogo veloz e físico Foto: Pixabay

Apesar da derrota para o Japão, a Seleção Brasileira vive uma fase de reconstrução que começa a despertar respeito lá fora. O time ainda oscila, mas mostra sinais claros de evolução sob o comando de Carlo Ancelotti. O treinador italiano conseguiu dar nova energia ao grupo, tornando o futebol brasileiro mais veloz, mais compacto e muito mais competitivo. Mesmo sem resultados perfeitos nas eliminatórias, o Brasil continua a ser tratado como uma das grandes potências do mundo. Ao verificar o comparador de odds oddschecker, é possível perceber que a confiança permanece alta. A seleção segue entre as favoritas, com um ataque cheio de jogadores de elite e um estilo de jogo que finalmente parece ter identidade.

Um novo ritmo em campo

O Brasil de Ancelotti é diferente. O toque de bola ainda existe, mas agora com outra intenção. O objetivo é acelerar o jogo, chegar mais rápido à área e ocupar espaços com inteligência. O time tenta sufocar o adversário desde a saída, algo que há alguns anos não se via com tanta consistência. Essa pressão alta exige fôlego e atenção, e o técnico tem apostado em jogadores jovens justamente para sustentar essa proposta.

Mesmo no revés diante do Japão, a ideia ficou clara. O Brasil começou forte, abriu o placar com boas jogadas de movimentação e criatividade, mas acabou cedendo na segunda metade. Ainda assim, o comportamento coletivo chamou atenção. Houve organização, intensidade e uma tentativa real de manter o padrão até o fim. É esse tipo de atitude que Ancelotti quer transformar em hábito.

O meio-campo se tornou o coração dessa nova fase. Casemiro continua como ponto de equilíbrio, mas agora trabalha mais em sintonia com Bruno Guimarães e Lucas Paquetá. O trio oferece solidez e saída rápida. A diferença é visível: quando o Brasil recupera a bola, a transição é imediata. O time parte com velocidade, aproveitando o espaço antes que o rival se reorganize. É um estilo que aproxima a seleção do futebol moderno, sem perder o toque brasileiro.

As peças de confiança do treinador

Depois de meses de observação, Ancelotti parece ter encontrado o esqueleto da equipe. Alisson segue firme no gol, transmitindo segurança e experiência. Marquinhos e Beraldo têm se mostrado complementares na defesa, e Danilo, ao lado de Guilherme Arana, ajuda a equilibrar o sistema com boas subidas pelos lados. No meio, Casemiro é o líder silencioso, enquanto Bruno Guimarães dita o ritmo e Paquetá cria as conexões entre setores.

Na frente, o Brasil ganha em velocidade e improviso. Vinícius Júnior e Martinelli são praticamente intocáveis nas pontas. A intensidade dos dois se encaixa no modelo que o treinador quer. Rodrygo aparece por dentro, alternando entre articulador e segundo atacante, o que dá flexibilidade ao sistema. Quando é preciso presença física, Endrick entra como opção, trazendo vigor e profundidade.

Ancelotti gosta de atacar com jogadores móveis. Ele evita prender o time a um centroavante fixo. Prefere que o trio ofensivo troque posições e desestabilize as defesas. Esse movimento constante exige sincronia, e ainda há falhas, mas a evolução é evidente. A goleada sobre a Coreia do Sul mostrou o quanto esse estilo pode funcionar. Já o tropeço contra o Japão serviu de alerta sobre o que precisa ser ajustado na recomposição defensiva.

O técnico tem conseguido algo raro: unir juventude e maturidade. Casemiro e Alisson dão estabilidade; Vinícius, Martinelli e Rodrygo trazem ousadia. O grupo parece mais leve, mais competitivo e mais consciente de seu papel em campo.

Neymar e o equilíbrio entre gerações

Neymar continua a ser o grande ponto de interrogação. Recuperando-se de lesões, ele tenta voltar com uma nova postura. Ancelotti já deixou claro que conta com o craque, mas não no mesmo papel de antes. A ideia é colocá-lo mais centralizado, como armador, usando sua visão e técnica para abastecer os pontas. Menos explosão, mais leitura de jogo. É uma forma de preservar o talento e adaptar o jogador à nova realidade da equipe.

O curioso é que o grupo parece ter amadurecido na ausência dele. Vinícius e Rodrygo assumiram responsabilidades, e Paquetá se firmou como motor criativo. O time aprendeu a jogar sem depender de um único nome. E, no fim das contas, isso só fortalece o coletivo. Quando Neymar voltar ao melhor nível, vai encontrar um ambiente mais estável, em que ele pode brilhar sem precisar carregar tudo nas costas.

O próprio técnico já mostrou que pretende dar minutos ao camisa 10 de forma gradual. O plano é simples: deixá-lo confortável, mas dentro da nova lógica coletiva. Se conseguir encaixar-se nesse contexto, Neymar pode ser o diferencial de um time que já demonstra identidade própria.

Um Brasil que volta a ser respeitado

A derrota para o Japão gerou críticas, mas também ensinamentos. A equipe ainda comete erros, principalmente na defesa, mas demonstra progresso. O mais importante é que existe um norte, algo que faltava nos últimos anos. A seleção voltou a jogar com propósito. Cada amistoso tem uma intenção, cada teste ajuda a ajustar uma engrenagem.

O Brasil de Ancelotti está longe da versão final, mas transmite algo essencial: confiança. O futebol voltou a ser vibrante, rápido e emocional. E isso, para quem conhece a história da Seleção, é o que mais importa. Ainda há tempo até a Copa, e o que se vê é uma equipe em construção sólida, com talento de sobra e uma mentalidade moderna.

Mesmo em meio às críticas, o respeito internacional permanece. O Brasil continua a inspirar expectativa, e com razão. Quando esse grupo encontrar o equilíbrio entre juventude e experiência, o futebol que encantou o mundo pode renascer em grande estilo.

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Brasil perde para o Japão pela primeira vez na história Foto: Reprodução/X

A Seleção Brasileira encerrou sua temporada de amistosos no continente asiático com um tropeço. Jogando no Estádio de Tóquio, nesta terça-feira (14), a equipe comandada por Carlo Ancelotti foi derrotada pelo Japão por 3 a 2, resultado que freou o embalo do último compromisso.

Os gols brasileiros foram marcados por Paulo Henrique, estreante da noite, e Gabriel Martinelli. Do lado japonês, Minamino, Fabrício Bruno (contra) e Ueda garantiram a vitória dos donos da casa.

O revés representou a segunda derrota da Seleção em seis jogos sob o comando de Ancelotti. Além disso, o duelo entrou para a história: foi a primeira vitória do Japão sobre o Brasil. Agora, o retrospecto geral entre as equipes é de 11 vitórias brasileiras, dois empates e uma derrota em 14 confrontos.

A Seleção volta a campo apenas em novembro, na última Data Fifa do ano. A previsão é que os amistosos sejam realizados na Europa, com Londres e Paris entre as cidades cotadas para receber as partidas. O primeiro adversário deve ser a Tunísia, já classificada para a Copa do Mundo de 2026, enquanto Senegal e Gana surgem como possíveis rivais para o segundo e último compromisso de 2025.

Avião em Tóquio com 379 pessoas pega fogo e 5 pessoas morrem Foto: Issei Kato/Kato

Um avião da Japan Airlines com 367 passageiros e 12 tripulantes pegou fogo após bater em uma aeronave da Guarda Costeira do Japão na pista do aeroporto internacional de Haneda, em Tóquio, nesta terça-feira (2). O choque gerou explosões instantâneas em ambas as aeronaves, que puderam ser vistas pelas câmeras do aeroporto. Imagens da TV pública japonesa NHK mostram o momento da colisão, que ocorreu quando a aeronave da Japan Airlines trafegava na pista de pouso, onde o avião da Guarda Costeira estava parado. Segundo a rede estatal japonesa NHK e a agência estatal Kyodo, cinco dos seis tripulantes do avião da Guarda Costeira morreram no choque. A Guarda Costeira japonesa disse que o piloto da aeronave conseguiu escapar e está internado em estado grave. Apesar da forte explosão, a Japan Airlines afirmou que todas as 379 pessoas a bordo da aeronave foram retiradas a tempo - o avião foi depois consumido pelas chamas. A polícia local disse à imprensa japonesa que 17 passageiros feridos, mas ainda não havia informação sobre o estado de saúde delas até a última atualização desta reportagem. A colisão ocorre apenas um dia depois de um terremoto de 7,6 atingir a costa oeste do Japão, matando 48 pessoas e gerando alertas de “grandes tsunamis”.

Avião em Tóquio com 379 pessoas pega fogo e 5 pessoas morrem Foto: GloboNews/Reprodução

O episódio reacendeu no país o trauma pela tragédia do acidente nuclear de Fukushima em 2011, causado após um terremoto e tsunami atingirem o país. Segundo a Guarda Costeira, sua aeronave que colidiu com a da Japan Airlines estava na pista para decolar em direção à base militar de Niigata, na costa oeste do país, para levar ajuda às cidades atingidas pelo terremoto. O tremor gerou cerca de 50 réplicas ao longo da região de Ishikawa, no oeste do Japão, e alertas por tsunamis com ondas de até 5 metros. Os alertas duraram quase 24 horas e foram retirados na manhã desta terça, mas equipes ainda fazem buscas nas cidades atingidas. Já a aeronave da Japan Airlines era um voo comercial que chegava de Hokkaido, no norte, segundo a companhia. Autoridades ainda não haviam informado, até a última atualização desta notícia, por que os dois aviões estivessem na mesma pista ao mesmo tempo. O gabinete do primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, disse que o premiê estava reunindo informações sobre o que falhou para provocar o choque entre as aeronaves. O aeroporto de Haneda, um dos dois aeroportos internacionais de Tóquio e um dos mais movimentados do Japão, informou que todos os pousos e decolagem foram cancelados após a colisão.

Em virada surpreendente, Japão vence a Alemanha na Copa do Mundo 2022 Foto: Divulgação/Fifa

Mais uma zebra na Copa do Mundo do Catar. Após a Arábia Saudita bater a Argentina, o Japão surpreendeu e venceu a Alemanha por 2 a 1, de virada, na manhã desta quarta-feira (23), no International Khalifa, na abertura do Grupo E. De acordo com o Bahia Notícias, parceiro do Achei Sudoeste, Gündogan abriu o placar para os alemães no primeiro tempo, mas Doan e Asano saíram do banco de reservas para dar a vitória aos japoneses na etapa complementar. Dirigido pelo técnico Hajime Moriyasu, o Japão atuou com: Gonda; Sakai (Minamino), Yoshida, Itakura e Nagatomo (Mitoma); Tanaka (Doan), Endo, Kubo (Tomiyasu) e Kamada; Junya Ito e Maeda (Asano). Enquanto a Alemanha, treinada por Hansi Flick, esteve em campo com: Neuer; Süle, Rüdiger, Schlotterbeck e Raum; Kimmich, Gündogan (Goretzka) e Musiala (Götze); Gnabry (Moukoko), Thomas Müller (Hofmann) e Havertz (Füllkrug). Com o resultado, o Japão larga na frente com três pontos na tabela de classificação do Grupo E, enquanto a Alemanha começa zerada. Ainda nesta quarta, logo mais às 13h, Espanha e Costa Rica completam a rodada inaugural. Na próxima jornada da chave, domingo (27), os japoneses voltam ao gramado primeiro, às 7h, para enfrentar os costa-riquenhos, no Ahmad Bin. Depois, às 16h, alemães e espanhóis se encontram no Al Bayt.

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