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14/Nov/2025 - 08h15

Mesmo com derrota para o Japão, a Seleção Brasileira vem chamando a atenção por jogo veloz e físico

Mesmo com derrota para o Japão, a Seleção Brasileira vem chamando a atenção por jogo veloz e físico Foto: Pixabay

Apesar da derrota para o Japão, a Seleção Brasileira vive uma fase de reconstrução que começa a despertar respeito lá fora. O time ainda oscila, mas mostra sinais claros de evolução sob o comando de Carlo Ancelotti. O treinador italiano conseguiu dar nova energia ao grupo, tornando o futebol brasileiro mais veloz, mais compacto e muito mais competitivo. Mesmo sem resultados perfeitos nas eliminatórias, o Brasil continua a ser tratado como uma das grandes potências do mundo. Ao verificar o comparador de odds oddschecker, é possível perceber que a confiança permanece alta. A seleção segue entre as favoritas, com um ataque cheio de jogadores de elite e um estilo de jogo que finalmente parece ter identidade.

Um novo ritmo em campo

O Brasil de Ancelotti é diferente. O toque de bola ainda existe, mas agora com outra intenção. O objetivo é acelerar o jogo, chegar mais rápido à área e ocupar espaços com inteligência. O time tenta sufocar o adversário desde a saída, algo que há alguns anos não se via com tanta consistência. Essa pressão alta exige fôlego e atenção, e o técnico tem apostado em jogadores jovens justamente para sustentar essa proposta.

Mesmo no revés diante do Japão, a ideia ficou clara. O Brasil começou forte, abriu o placar com boas jogadas de movimentação e criatividade, mas acabou cedendo na segunda metade. Ainda assim, o comportamento coletivo chamou atenção. Houve organização, intensidade e uma tentativa real de manter o padrão até o fim. É esse tipo de atitude que Ancelotti quer transformar em hábito.

O meio-campo se tornou o coração dessa nova fase. Casemiro continua como ponto de equilíbrio, mas agora trabalha mais em sintonia com Bruno Guimarães e Lucas Paquetá. O trio oferece solidez e saída rápida. A diferença é visível: quando o Brasil recupera a bola, a transição é imediata. O time parte com velocidade, aproveitando o espaço antes que o rival se reorganize. É um estilo que aproxima a seleção do futebol moderno, sem perder o toque brasileiro.

As peças de confiança do treinador

Depois de meses de observação, Ancelotti parece ter encontrado o esqueleto da equipe. Alisson segue firme no gol, transmitindo segurança e experiência. Marquinhos e Beraldo têm se mostrado complementares na defesa, e Danilo, ao lado de Guilherme Arana, ajuda a equilibrar o sistema com boas subidas pelos lados. No meio, Casemiro é o líder silencioso, enquanto Bruno Guimarães dita o ritmo e Paquetá cria as conexões entre setores.

Na frente, o Brasil ganha em velocidade e improviso. Vinícius Júnior e Martinelli são praticamente intocáveis nas pontas. A intensidade dos dois se encaixa no modelo que o treinador quer. Rodrygo aparece por dentro, alternando entre articulador e segundo atacante, o que dá flexibilidade ao sistema. Quando é preciso presença física, Endrick entra como opção, trazendo vigor e profundidade.

Ancelotti gosta de atacar com jogadores móveis. Ele evita prender o time a um centroavante fixo. Prefere que o trio ofensivo troque posições e desestabilize as defesas. Esse movimento constante exige sincronia, e ainda há falhas, mas a evolução é evidente. A goleada sobre a Coreia do Sul mostrou o quanto esse estilo pode funcionar. Já o tropeço contra o Japão serviu de alerta sobre o que precisa ser ajustado na recomposição defensiva.

O técnico tem conseguido algo raro: unir juventude e maturidade. Casemiro e Alisson dão estabilidade; Vinícius, Martinelli e Rodrygo trazem ousadia. O grupo parece mais leve, mais competitivo e mais consciente de seu papel em campo.

Neymar e o equilíbrio entre gerações

Neymar continua a ser o grande ponto de interrogação. Recuperando-se de lesões, ele tenta voltar com uma nova postura. Ancelotti já deixou claro que conta com o craque, mas não no mesmo papel de antes. A ideia é colocá-lo mais centralizado, como armador, usando sua visão e técnica para abastecer os pontas. Menos explosão, mais leitura de jogo. É uma forma de preservar o talento e adaptar o jogador à nova realidade da equipe.

O curioso é que o grupo parece ter amadurecido na ausência dele. Vinícius e Rodrygo assumiram responsabilidades, e Paquetá se firmou como motor criativo. O time aprendeu a jogar sem depender de um único nome. E, no fim das contas, isso só fortalece o coletivo. Quando Neymar voltar ao melhor nível, vai encontrar um ambiente mais estável, em que ele pode brilhar sem precisar carregar tudo nas costas.

O próprio técnico já mostrou que pretende dar minutos ao camisa 10 de forma gradual. O plano é simples: deixá-lo confortável, mas dentro da nova lógica coletiva. Se conseguir encaixar-se nesse contexto, Neymar pode ser o diferencial de um time que já demonstra identidade própria.

Um Brasil que volta a ser respeitado

A derrota para o Japão gerou críticas, mas também ensinamentos. A equipe ainda comete erros, principalmente na defesa, mas demonstra progresso. O mais importante é que existe um norte, algo que faltava nos últimos anos. A seleção voltou a jogar com propósito. Cada amistoso tem uma intenção, cada teste ajuda a ajustar uma engrenagem.

O Brasil de Ancelotti está longe da versão final, mas transmite algo essencial: confiança. O futebol voltou a ser vibrante, rápido e emocional. E isso, para quem conhece a história da Seleção, é o que mais importa. Ainda há tempo até a Copa, e o que se vê é uma equipe em construção sólida, com talento de sobra e uma mentalidade moderna.

Mesmo em meio às críticas, o respeito internacional permanece. O Brasil continua a inspirar expectativa, e com razão. Quando esse grupo encontrar o equilíbrio entre juventude e experiência, o futebol que encantou o mundo pode renascer em grande estilo.

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