Foto: Reprodução/G1 Uma família quilombola da cidade de Macururé, no norte da Bahia, denunciou o sumiço de um adolescente de 15 anos após uma intervenção policial que deixou duas pessoas mortas em uma festa de aniversário.
De acordo com o G1, o garoto desapareceu há oito dias e, até a tarde desta segunda-feira (17), não há informações sobre ele.
O menino foi identificado como Anderson Gabriel dos Santos. Segundo a irmã dele, Jucimeire dos Santos, no dia 9 de novembro todos comemoravam o aniversário de um primo, quando policiais chegaram no local.
“Fomos surpreendidos pela polícia quando comemorávamos um aniversário. Eles já chegaram efetuando vários disparos”, contou.
Dois homens foram baleados e morreram na ação policial: José Nilton dos Santos, de 35 anos, e Anibal Herculano dos Santos, que não teve a idade divulgada.
A Polícia Civil confirmou as duas mortes, porém apresentou uma outra versão sobre os acontecimentos. Em nota, foi informado que os policiais foram até o local para averiguar uma denúncia relacionada a homens armados e suspeitos por tráfico de drogas. Os dois homens resistiram a abordagem policial, atiraram contra a viatura e foram baleados.
Na mesma ação, a Polícia Civil informou que dois homens foram presos em flagrante por tráfico de drogas e porte ilegal de armas. Três armas de fogo, munições e mais de 50 porções de drogas foram apreendidas.
Apesar de ter confirmado as mortes de José Nilton e Anibal Herculano, a Polícia Civil não deu informações sobre o adolescente Anderson Gabriel dos Santos.
“Logo após a ação, a gente procurou por toda a tarde e só encontramos o sangue e a sandália de Anderson”, contou a irmã do menino.
Os familiares denunciaram o desparecimento na delegacia e no Ministério Público.
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA) informou que determinou que a Corregedoria da Polícia Militar apure a denúncia e que a Polícia Civil instaure um inquérito para investigar o desaparecimento.
Foto: Divulgação/SSP-BA A cidade de Macururé, no Norte baiano, não registra mortes violentas há 770 dias, segundo dados da Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP). As informações são do Bahia Notícias, parceiro do Achei Sudoeste. Outros municípios da mesma região também contabilizam um longo período sem contabilizar homicídios: Pedro Alexandre (514), Abaré (413), Várzea do Poço (212), Umburanas (139), Chorrochó (121) e Mirangaba (109). Somados, os números totalizam 2.236 dias sem crimes deste tipo computados. De acordo com a SSP, os resultados fazem parte das ações desenvolvidas pelas unidades subordinadas ao Comando de Policiamento da Região Norte (CPRN) e pelas 16ª, 18ª e 19ª Coordenadorias Regionais de Polícia do Interior (Coorpins). Para o coronel Valter Araújo, comandante do CPR-N, o trabalho é intenso nas zonas urbana e rural. “Temos a Operação Distrito, a Ronda Rural entre outras estratégias contra o tráfico de drogas. Outro ponto é a união que temos com a Polícia Civil, além de gestores municipais”, destacou. A Polícia Militar cumpre as missões preventivas e ostensivas por meio das 24ª e 91ª Companhias Independentes da Polícias da Militar (CIPM), pelos 6º e 20º Batalhões da Polícias Militar (BPMs), além do apoio das Rondas Especiais (Rondesp) Norte, além do apoio das Companhias Independentes de Policiamento Especializado (Cipes) Caatinga e Semiárido. O coordenador da 16ª Coorpin/Jacobina, Antônio Eduardo Santos Brito, que cobre cinco dessas cidades, informou que a Polícia Civil segue na realização do trabalho conjunto, planejando operações nas localidades, além do cumprimento de mandados contra traficantes e homicidas. Além dessas cidades, Ourolândia também não computou homicídios este ano.
Foto: Silvano Nunes Um caminhão-cegonha, carregado com 11 veículos novos, pegou fogo nesta quinta-feira (21), na BR-116. O caso aconteceu próximo ao povoado de Formosa, que fica na zona rural do município de Macururé, no norte da Bahia. O motorista contou que as chamas começaram nas rodas, com o caminhão ainda em movimento. Ele disse que só teve tempo de sair do veículo e que não conseguiu conter o incêndio. Apesar do susto, o condutor não sofreu ferimentos. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) esteve no local para coordenar o trânsito e organizar a remoção do veículo da pista, que foi parcialmente interditada. A corporação não foi informou a quem pertencia o caminhão, nem o prejuízo causado pelo incêndio.
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