Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste Aliado do Partido dos Trabalhadores (PT) durante 31 anos, o deputado federal Marcelo Nilo não poupou críticas à sigla, ao governador Jerônimo Rodrigues (PT) e ao presidente Lula (PT) durante entrevista ao site Achei Sudoeste e ao Programa Achei Sudoeste no Ar.
Ele afirmou que foi eleito oito vezes deputado e o PT nunca contribuiu com 1 único voto em toda sua trajetória política. Presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) cinco vezes, Nilo afirmou que o partido só o apoiou nessa empreitada uma vez. “Quem me lançava era a oposição. Diziam que era melhor ter Marcelo na presidência porque cumpre acordo; já o PT, se colocar, não cumpre”, comentou.
Na última vez em que foi presidente da AL-BA, ele relatou que teve o apoio de 13 dos 15 partidos existentes. “O PT saiu em fila indiana para não votar comigo. Portanto, não devo nada ao PT. O PT que me deve. Ajudei muito o PT, quando era presidente da assembleia, dando governabilidade aos governadores Jaques Wagner e Rui Costa”, disparou.
Sem medo de ser oposição, o parlamentar apontou que pior é ser aliado sem apoio. “Mudei de lado e não existe a menor chance de eu voltar”, assegurou.
Para Nilo, no cenário atual, ACM Neto é favorito ao Governo da Bahia, visto que Jerônimo Rodrigues será julgado pelo que deixou de fazer à frente da administração no estado. “Ele foi o pior governador em todas as áreas”, disparou.
Além disso, segundo salientou, o presidente Lula está mal avaliado no momento atual, o que contribuirá para as derrotas do PT na Bahia e no Brasil.
Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste O governador Jerônimo Rodrigues (PT) encaminhou à Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) um novo Projeto de Lei que autoriza o Estado a contratar uma operação de crédito de até R$ 300 milhões junto à Caixa Econômica Federal. A proposta, enviada sob regime de urgência, foi protocolada nesta segunda-feira (17), sendo o 21º pedido de empréstimo desde o início do mandato de Jerônimo, somando mais de R$ 25 bilhões em empréstimos.
De acordo com o texto, os recursos serão captados no âmbito do Programa de Financiamento à Infraestrutura e Saneamento (Finisa), linha de crédito operada pela Caixa destinada exclusivamente a entes públicos. O governo afirma que o valor será utilizado para garantir contrapartidas de projetos já firmados com a União, além de financiar diretamente novas intervenções nas áreas de infraestrutura urbana, mobilidade, saneamento, saúde e educação.
O projeto esclarece que o empréstimo poderá ser aplicado em obras de pavimentação, construção e recuperação de vias, reforço de sistemas de abastecimento e drenagem, melhorias em hospitais da rede estadual, ampliação de escolas e demais investimentos considerados prioritários pela gestão estadual.
A proposição também determina que o orçamento estadual passe a registrar, anualmente, as despesas relativas ao pagamento do financiamento, bem como autoriza a abertura de créditos adicionais para cumprir obrigações futuras decorrentes da operação.
Na mensagem enviada à AL-BA, Jerônimo reforça que o objetivo é assegurar a continuidade de projetos estruturantes e afirma que os investimentos pretendidos “impulsionarão o avanço e a modernização do Estado da Bahia”. O governador também destaca que, assim como em outras operações de crédito já aprovadas na Casa, o limite de gastos com pessoal e endividamento se mantém dentro do permitido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
Ainda neste mês de novembro, a AL-BA aprovou um pedido de empréstimo do governador na casa dos R$ 2 bilhões junto ao Banco do Brasil. Os recursos, de acordo com o texto, serão destinados a ações de mobilidade urbana e interurbana, infraestrutura hídrica, viária, urbana e edificações públicas. As informações são do Bahia Notícias, parceiro do Achei Sudoeste.
Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste Em entrevista ao site Achei Sudoeste, o ex-deputado federal e ex-presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) Marcelo Nilo confirmou que é pré-candidato a senador na chapa de ACM Neto (União Brasil) nas eleições 2026.
Nilo destacou que as divergências existentes no passado com Antônio Carlos Magalhães (ACM) não foram passadas para ACM Neto. “Eu tinha divergências com o avô, não posso passar isso para o neto. Sou pré-candidato a senador na chapa de ACM Neto”, assegurou.
Duas vezes Marcelo mais bem votado da Bahia para o cargo de deputado estadual, ele garantiu que se mantém coerente com todas as suas posições políticas.
Caso eleito, garantiu que irá olhar com sensibilidade e atenção para as demandas do interior. “Digo a você, de coração, quero ser senador, mas senador do interior com prioridade. Não existe senador preocupado com o semiárido”, avaliou.
Nesse ponto, o deputado adiantou que, entre as suas pautas de gestão para o interior, estarão a saúde, educação, a geração de emprego e renda, a segurança pública e, especialmente, os recursos hídricos. “Quero ser senador do interior, do semiárido e dos recursos hídricos”, enfatizou.
Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste Um estudo da Universidade de São Paulo (USP) apontou que Amazonas, Bahia, Pará, Rondônia e Santa Catarina oferecem menos aulas do que o previsto na reforma, sendo os problemas mais graves no Amazonas e na Bahia. Nesses estados, os alunos da rede estadual perdem até um semestre do ensino médio por não cumprirem a carga horária mínima que não cumprem a carga horária mínima determinada por lei.
Antes da recente reforma do ensino médio, aprovada em 2024, a carga mínima destinada às disciplinas de formação feral era de 1800 horas. O estudo “Cargas Horárias no Ensino Médio” aponta que muitas redes ainda não adaptaram suas grades para as novas regras.
As disciplinas de formação geral são português, matemática, ciências, história, geografia, artes e educação física, inglês, química, filosofia e sociologia.
Segundo o estudo da USP, na Bahia, a rede estadual oferece cinco aulas de 50 minutos por dia, quando teriam que ser de 60 minutos. Além disso, a matriz curricular não especifica essa duração de menos de uma hora. Os estudantes, conforme o estudo da USP, concluem o ensino médio com o equivalente a dois anos e meio de curso, ou 100 dias letivos a menos. O estudo ouviu diretores e professores que apontaram a deficiência no cumprimento das horas.
Em nota enviada à Folha de São Paulo, o Ministério de Educação (MEC) disse que a redução da carga horária mínima implica danos à aprendizagem. O Enem 2024 apontou queda nas médias de matemática, ciências humanas e ciências da natureza em comparação a 2023.
A reportagem tentou contato com a Secretaria de Educação da Bahia (SEC), mas não obteve sucesso. O espaço segue aberto.