A cidade de Paramirim vive com a suspensão temporária das atividades de uma mineradora que atua na região, após decisão do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Bahia (Inema). Em entrevista ao Achei Sudoeste e ao Programa Achei Sudoeste no Ar, o prefeito João Ricardo (Avante) explicou os motivos da paralisação e o impacto econômico para o município. Segundo o gestor, a interrupção não tem relação com danos ambientais, mas sim com problemas de ordem documental. “Sim, tenho conhecimento. Essa mineradora ela opera aqui em dois pontos diferentes, que é na Fazenda Muqém e também na Lagoa da Porta, e houve uma suspensão por uma questão de divergência na documentação da titularidade do imóvel, do CEFIR. E aí não foi um problema de natureza ambiental não, é um problema de ordem documental”, esclareceu. Questionado sobre a possibilidade da empresa corrigir a situação, João Ricardo disse que a solução já está encaminhada. “Sim, sim. Pelo que a Secretaria do Meio Ambiente me informou e as medidas já estão sendo tomadas, a empresa já está adotando providências para corrigir essa questão documental e voltar à operação.” O prefeito destacou ainda a importância da mineradora para a economia local, já que a atividade gera empregos e contribui para a arrecadação municipal. “Certamente, essa empresa é a maior mineradora em operação no município. Ela deve empregar aqui mais de 200 pessoas no município como um todo, só nesse ponto de extração me parece que são quase 100 pessoas trabalhando diretamente com a extração. E isso traz um impacto grande na arrecadação também do CEFEM, que é a contribuição minerária. Mas felizmente, pelo que a gente foi informado, não é uma questão ambiental — acredito que seria mais preocupante — mas sim documental e que é passível de ser resolvida”, disse. De acordo com o prefeito, a mineradora atua em Paramirim há aproximadamente 15 anos e sempre obteve as licenças necessárias para funcionamento. “Essa licença, é bom que se registre, ela é concedida diretamente pelo Inema, pelo Estado da Bahia. Não é uma licença municipal. E pelas informações que a gente obteve, com o licenciamento ambiental está tudo ok, nenhuma restrição, nenhum problema, apenas essa questão documental”, frisou. Sobre o prazo para o retorno das atividades, João Ricardo informou que ainda não há uma data definida “Não, não foi estipulado um prazo. Mas o que a empresa nos passou — isso aí também até através de uma nota oficial que ela própria divulgou — é que já havia tomado todas as medidas para efetuar a correção do problema. E aí estava aguardando, no menor espaço de tempo, o retorno das atividades”, concluiu.