O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), por meio da Defesa Civil Nacional, reconheceu, nesta terça-feira (22), a situação de emergência na cidade baiana de Mucugê, na Chapada Diamantina, afetada pela estiagem. A portaria com o reconhecimento foi publicada no Diário Oficial da União (DOU). Agora, a prefeitura já pode solicitar recursos do Governo Federal para ações de defesa civil, como compra de cestas básicas, água mineral, refeição para trabalhadores e voluntários, kits de limpeza de residência, higiene pessoal e dormitório, entre outros. Até o momento, a Bahia tem 84 reconhecimentos vigentes, dos quais 64 por estiagem, 18 por chuvas intensas, um por enxurradas e um por alagamentos.
A Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural (SDR) está realizando um mapeamento dos municípios mais atingidos pela seca na Bahia. Em entrevista ao site Achei Sudoeste e ao Programa Achei Sudoeste no Ar, nesta terça-feira (22), o secretário Osni Cardoso descreveu que o cenário é preocupante, tendo em vista que as chuvas foram bem abaixo do esperado para o período de outubro a março no estado. “Muitos lugares já estão em seca e isso projeta uma seca ainda maior porque, em boa parte dessas regiões, só vai chover em outubro. Teremos um longo período de estiagem”, apontou. No momento, mais de 100 municípios decretaram estado de emergência. O secretário informou que esse número deve aumentar significativamente porque não há previsões de chuvas a contento nos próximos meses. Ciente dessa realidade, o governo do estado está executando um plano de ação com diversas estratégias. Como parte desse projeto, o governador se reunirá ainda nesta quarta-feira (23) com todos os prefeitos e secretários municipais de agricultura para discutir a entrega de insumos para os produtores rurais. A ideia, segundo Cardoso, é manter a subsistência dos animais de criação dos produtores da agricultura familiar. O plano também prevê a distribuição de equipamentos, recursos para contratação de carros pipa, plantio de palmas, reservação de água, ativação de poços artesianos e diálogo com os bancos para abertura de linhas de crédito para os produtores. “Queremos mitigar o processo da seca. A estratégia é manter o homem e a mulher do campo com o mínimo de dignidade”, salientou. Nesse momento, conforme antecipou, os animais são o principal objeto de intervenção do Governo do Estado. Ao longo da semana, o governador deve anunciar novas medidas para convivência com a seca na Bahia. “Há um compromisso muito forte do nosso governador. Estamos atentos”, garantiu Osni.
Devido ao agravamento da seca no interior da Bahia, a Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR) distribuiu 90 mil mudas de palma para famílias agricultoras de Livramento de Nossa Senhora. As mudas servirão como reserva alimentar para rebanhos de caprinos, ovinos e bovinos, auxiliando na subsistência dos animais nesse período de estiagem severa. A iniciativa faz parte de um conjunto de ações do Governo do Estado para enfrentar os efeitos da seca na Bahia. O superintendente de Agricultura Familiar (SUAF/SDR), Euzimar Carneiro, destacou que a palma forrageira funciona como uma reserva estratégica de alimentação animal. Além disso, exerce um papel fundamental na captação de carbono (CO?), contribuindo para o equilíbrio ambiental. Na última quarta-feira (09), o governador Jerônimo Rodrigues esteve em Brasília para discutir os impactos da estiagem prolongada. Na ocasião, foi apresentado um plano com medidas emergenciais e estruturantes voltadas ao apoio dos municípios mais afetados.
Diante da grave seca que assola o município de Malhada de Pedras, o prefeito Beto de Preto Neto (PSD) afirmou em entrevista ao site Achei Sudoeste e ao Programa Achei Sudoeste no Ar, que a população será ouvida antes da prefeitura decidir sobre a realização de eventos tradicionais no município, como o São João e o aniversário da cidade, comemorado em julho. “Eu fiz aqui uma análise, fiz contas e Malhada de Pedras não tem condições de fazer festas e tratar do combate à seca. Então nós vamos fazer uma audiência pública, vou convocar a autoridades do município, as lideranças, vereadores e o povo e vou consultar o nosso povo se eu posso gastar o nosso recurso pouco que nós temos com combate à seca ou fazer festa”, afirmou o prefeito. A decisão será tomada com base na escuta popular. “É claro que a festa é bom, é uma coisa boa demais, porém nós não temos recursos para fazer as duas coisas e eu vou tomar a decisão que o povo tomar. Eu vou ouvir o povo do que a gente deve fazer o que é melhor para eles.”, reforçou Beto. A situação hídrica do município é crítica: diversas aguadas estão completamente secas e a prefeitura tem atuado com caminhões-pipa para abastecer as comunidades rurais. Atualmente, dois veículos da frota municipal atuam diariamente — inclusive aos domingos e a gestão deve abrir credenciamento para contratação de novos pipeiros, aumentando a capacidade de atendimento. O prefeito também destacou uma ação importante no enfrentamento à crise: a liberação de água do Açude do Truvisco. “Já conseguimos, mas não chegou no município e agora estamos recorrendo ao governador para liberar essa água para chegar aqui, porque os açudes da zona rural de Malhada de Pedras já estão secas ou secando, então nós temos que ter um lugar, um açude para poder pegar de carro pipa que é esse açude de malhada de pedras. Estamos na luta e vamos conseguir”, explicou o prefeito. Enquanto a decisão sobre a realização das festas não é tomada, a prefeitura segue concentrada nas ações de enfrentamento à seca, com prioridade máxima no abastecimento de água às comunidades da zona rural do município.
Neste domingo (6), o governador Jerônimo Rodrigues (PT) reuniu no Centro de Operações e Inteligência (COI), no Centro Administrativo da Bahia, secretários estaduais e dirigentes de órgãos ligados à defesa civil, segurança hídrica, desenvolvimento rural, assistência social, entre outros, com o objetivo de consolidar estratégias e definir novas ações do Governo do Estado para a convivência com a seca. A reunião com a equipe serviu como base para a elaboração de um plano emergencial que será apresentado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda nesta semana, em Brasília. “A Bahia sempre teve embates firmes com os efeitos da seca. É histórico. Mais de 70% do nosso território é semiárido e agora temos regiões em transição para condição de áridas, praticamente em processo de desertificação”, explicou Jerônimo. Atualmente, cerca de 70 municípios já decretaram situação de emergência e esse número deve aumentar nos próximos dias. Jerônimo explicou que o decreto facilita o acesso a recursos federais e o aporte do próprio Estado para ações emergenciais. As iniciativas incluem limpeza de aguadas, apoio com carros-pipa, construção de cisternas e entrega de equipamentos para alimentação animal. O Governo do Estado deve anunciar novos investimentos em até dez dias.
Em meio à forte estiagem que atinge o município de Malhada de Pedras, a prefeitura vem intensificando as ações para combater os efeitos da seca e garantir o abastecimento de água para a população. Um dos destaques mais recentes é a perfuração de um poço artesiano na comunidade de Saco Fundo, que apresentou uma vazão surpreendente de 36 mil litros de água doce. O poço, perfurado em frente à igreja da localidade, deve beneficiar diretamente 30 famílias e também vai servir de apoio para outras comunidades vizinhas, inclusive com o uso de caminhões-pipa para a distribuição da água. “Realmente a gente está aqui com uma preocupação muito grande que é a seca e nós estamos buscando recursos para amenizar a situação do nosso povo. Tivemos a benção de Deus nesse poço artesiano. Perfuramos vários, mas esse na comunidade de Saco Fundo deu 36 mil litros de água doce, onde a gente vai poder distribuir para a comunidade e também abastecer outras localidades”, afirmou o prefeito Beto de Preto Neto (PSD), em entrevista ao site Achei Sudoeste e ao Programa Achei Sudoeste no Ar. De acordo com o gestor, o município tem trabalhado de forma contínua na perfuração de novos poços e na ativação de outros que estavam inativos. “Alguns estão funcionando e outros a gente vai instalar agora e instalamos alguns poços que a Cerb tinha perfurado e não tinha instalado e fizemos algumas distribuições através de rede de água e agora estamos planejando para que a gente possa perfurar mais poço e distribuir mais águas para a nossas comunidades, para assim amenizar o sofrimento do nosso povo”, explicou o prefeito. Com a seca se intensificando em regiões da zona rural, a gestão municipal definiu como prioridade em 2025 o enfrentamento à estiagem e o atendimento direto às famílias atingidas. “Inclusive, nesse ano de 2025, a prioridade do nosso governo é ajudar a amenizar o sofrimento do nosso povo diante dessa seca. Os recursos que nós temos, vamos priorizar o atendimento ao nosso povo”, reforçou Beto.
A grave seca enfrentada pelos municípios baianos levou o presidente da União dos Municípios da Bahia (UPB), Wilson Cardoso, a solicitar apoio do Governo Federal, em Brasília, na quinta-feira (03). O prefeito de Andaraí participou com o presidente Lula do lançamento do programa Brasil Dando a Volta por Cima, esteve no Palácio do Planalto, onde relatou a escassez de água que afeta o interior, na região da Chapada Diamantina e Irecê. A estiagem prolongada cortou o Rio Utinga, provocou a morte de rebanhos e já há municípios suspendendo aulas por conta do desabastecimento de água. Cardoso reforçou a importância de dar celeridade na assistência à população dos municípios atingidos. Ele acrescentou ainda que a UPB fará a orientação aos municípios sobre a solicitação do estado de emergência, que deve ser feita à Defesa Civil, com portaria de reconhecimento federal da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil, do Ministério da Integração Nacional. O estado de emergência é uma situação jurídica especial que permite a execução de ações de socorro e assistência humanitária.
O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), por meio da Defesa Civil Nacional, reconheceu, nesta sexta-feira (4), a situação de emergência nas cidades baianas de Bom Jesus da Lapa, na região oeste da Bahia e Ibitiara, na Chapada Diamantina, afetadas pela estiagem. A portaria com os reconhecimentos foi publicada no Diário Oficial da União (DOU). Agora, as prefeituras já podem solicitar recursos do Governo Federal para ações de defesa civil, como compra de cestas básicas, água mineral, refeição para trabalhadores e voluntários, kits de limpeza de residência, higiene pessoal e dormitório, entre outros. Até o momento, a Bahia tem 85 reconhecimentos vigentes, dos quais 65 por estiagem, 18 por chuvas intensas, um por enxurradas e um por alagamentos.
O presidente da União dos Municípios da Bahia (UPB) e prefeito de Andaraí, Wilson Cardoso, chamou de gravíssima a crise hídrica que afeta populações ribeirinhas e o abastecimento de municípios na região da Chapada Diamantina. Em reunião nesta terça-feira (1°), com a presença do secretário de Relações Institucionais, Adolpho Loyola, do secretário de Desenvolvimento Rural, Osni Cardoso, da presidente da Assembleia Legislativa, Ivana Bastos, e da presidente do Consórcio Chapada Forte, prefeita Vanessa Senna de Lençóis, Wilson fez um alerta sobre a necessidade de ações emergenciais e estruturantes que evitem situações como a do Rio Utinga, que secou quase que completamente por conta da estiagem prolongada. “No início do governo de Jerônimo foi uma situação grave, mas sem drama, essa é a mais grave. É gravíssima. Se for pelas previsões aí do Climatempo, nós não vamos ter chuva até início de novembro. Então, se tiver é cinco, 10 milímetros, que não dá nem para tirar a poeira. Então, a situação é muito grave, não só água para o consumo humano, mas nós temos a região de Wagner, que está em uma situação muito crítica, que o abastecimento de água da cidade, depende, pura e exclusivamente do Rio Utinga, onde já cortou”, explicou o presidente da UPB, que na última semana se reuniu com o secretário estadual do Meio Ambiente, Eduardo Sodré Martins, e a diretora do Inema, Maria Amélia Lins. Cardoso pediu o apoio e a articulação do secretário Adolpho Loyola para ações imediatas de abastecimento da população, mas também para obras estruturantes de pequenos barramentos que reduzem as chances de seca do rio. A prefeita Vanessa Senna também apontou demandas como a perfuração e limpeza de poços artesianos, além do uso de cisternas. “A cidade de Wagner está com aulas suspensas. Então, a gente está vivendo uma situação muito difícil”, disse a gestora que preside o Consórcio Chapada Forte. O prefeito de Souto Soares, Doutor Lucas, também esteve presente para alertar que o rio que abastece o município, o Rio Tijuco, também está quase secando. O prefeito de São Gabriel, Mateus Machado, também participou da reunião. Adolpho Loyola afirmou que o Governo do Estado, junto ao Governo Federal, atuará para minimizar os impactos da estiagem. “Nosso compromisso é seguir ampliando os esforços com responsabilidade e sensibilidade social. Vamos seguir mobilizando recursos, ouvindo as lideranças locais e trabalhando em parceria para garantir soluções que cheguem a quem mais precisa”, destacou o titular da Serin pelas redes sociais.
O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), por meio da Defesa Civil Nacional, reconheceu, nesta quarta-feira (2), a situação de emergência em duas cidades baianas afetadas pela estiagem: Vitória da Conquista e Oliveira dos Brejinhos. A portaria com os reconhecimentos foi publicada no Diário Oficial da União (DOU). Mediante a atualização, as prefeituras podem solicitar recursos do Governo Federal para ações de defesa civil, como compra de cestas básicas, água mineral, refeição para trabalhadores e voluntários, kits de limpeza de residência, higiene pessoal e dormitório, entre outros. Até o momento, a Bahia tem 83 reconhecimentos vigentes, dos quais 63 por estiagem, 18 por chuvas intensas, um por enxurradas e um por alagamentos. O reconhecimento de situação de emergência é válido por três meses.
Diante da grave seca que assola o estado, a União dos Prefeitos da Bahia (UPB) já tem se articulado para definir ações estratégicas para auxiliar os municípios baianos nesse momento de crise. Em entrevista ao site Achei Sudoeste e ao Programa Achei Sudoeste no Ar, o prefeito de Andaraí, Wilson Cardoso (PSB), presidente da entidade, informou que se reuniu com representantes do governo do estado nesta terça-feira (01) a fim de socorrer os municípios mais atingidos. “É uma preocupação muito grande”, afirmou. Sem previsão de chuva para os próximos cinco meses, Cardoso disse que a ideia é garantir medidas eficazes de abastecimento da população e ações de convivência com a seca.
A seca também tem castigado Vila Mariana e demais comunidades rurais da cidade de Caraíbas. Ao site Achei Sudoeste e ao Programa Achei Sudoeste no Ar, o morador José Carlos Lima Santos destacou que a região vive um momento delicado devido à estiagem prolongada. Os produtores rurais têm sido especialmente afetados porque, além da água para consumo, a seca diminuiu a água utilizada para plantação e criação animal. “O pessoal está na mão com a cabeça sem saber o que fazer”, afirmou. Segundo José Carlos, a prefeitura não tem condições de dar assistência à demanda total de moradores que têm sofrido com a seca na zona rural. Aqueles que têm melhores condições conseguem viabilizar água por meio de recursos próprios, porém aqueles que não ficam no aguardo de uma solução por parte do poder público. A Barragem do Rio Gavião, em Anagé, é a responsável por abastecer a cidade de Caraíbas. No entanto, o morador apontou que a situação é grave, visto que as aguadas estão todas secas. “Esperamos que nos próximos dias a chuva venha amenizar o sofrimento dessas pessoas. Vivemos uma dificuldade grande”, lamentou. Na região, um caminhão pipa custa, em média, R$ 250.
Nesta sexta-feira (21), o governador Jerônimo Rodrigues (PT) esteve na cidade de Cocos, no oeste da Bahia, na inauguração de um trecho da BR-135. Ao site Achei Sudoeste e ao Programa Achei Sudoeste no Ar, o chefe do executivo estadual falou sobre a seca que tem castigado vários municípios na Bahia. O governador assegurou que o governo está pronto para socorrer os locais com ações de convivência. “O que podemos fazer é socorrer com adução de água, carro pipa, alimentação animal... Vamos ter que renovar o pacote que fizemos em 2023”, garantiu.
O Município de Brumado recebeu do Governo do Estado 50 toneladas de milho para atendimento emergencial aos produtores afetados pela seca na região rural. Ao site Achei Sudoeste, Valdinei Araújo, membro do Sindicato Rural da cidade, disse que, apesar das chuvas recentes, os produtores ainda estão sofrendo com a estiagem e os suprimentos irão auxiliar no enfrentamento à seca na zona rural. “É uma ação do Governo do Estado junto com o Sindicato Rural. Abraçamos esse programa para fazer esse cadastramento”, pontuou. Ao todo, 166 produtores foram cadastrados na cidade para recebimento dos grãos. Cada produtor recebe uma quantidade de sacas correspondente ao número total de cabeças de sua criação. Segundo Araújo, em breve, os kits serão distribuídos aos produtores cadastrados. Presidente do Sindicato Rural de Brumado, Jamille Meira salientou que a ação é de suma importância para os agricultores, tendo em vistas as inúmeras perdas de animais registradas durante a seca. Já José Luiz Alves Ataíde, coordenador do Setaf em Brumado, reforçou que o socorro do Governo do Estado irá amenizar o sofrimento do agricultor, haja vista que os efeitos da seca são prolongados.
Devido ao estado de emergência decretado em diversos municípios da Chapada Diamantina em virtude da seca, o governo do estado tem distribuídos insumos para socorro aos pequenos e médios produtores rurais. Ao site Achei Sudoeste, o prefeito da cidade de Andaraí, Wilson Paes Cardoso (PSB), avaliou que os insumos irão amenizar um pouco à mortandade dos animais, porém logo mais o governo terá de criar ações mais efetivas para atendimento da grande demanda. “Vai amenizar um pouquinho só pra não deixar os animais morrerem. É uma porção bem reduzida”, afirmou. O prefeito acredita que a quantidade distribuída deveria ser maior e contemplar também os suínos. Ele próprio fez o pedido diretamente ao governo do estado, visto que as ações de enfrentamento à seca estão limitadas diante da gravidade do problema na zona rural. “Eles têm que avançar e melhorar de acordo com a situação. Quanto mais vai se agravando os esforços devem ser maiores”, completou.
Cerca de 14 mil pessoas do semiárido baiano terão acesso à água potável em casa. Nesta sexta-feira (19), o Governo da Bahia, em parceria com Ministério de Desenvolvimento Social (MDS), lançou o novo edital do Programa Cisternas, que prevê a instalação de mais de 3,7 mil cisternas em 176 municípios da região. Com um investimento total de R$ 40,8 milhões, a iniciativa vai contratar entidades para implementar tecnologias sociais voltadas ao acesso à água para consumo humano. A solenidade, realizada no Centro Administrativo da Bahia (CAB) em Salvador, contou com a presença do governador Jerônimo Rodrigues, da secretária Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, Lilian Rahal, e outras autoridades. A iniciativa, promovida pela Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social (Seades), em parceria com o Ministério de Desenvolvimento Social (MDS), integra o Programa Bahia Sem Fome. Jerônimo Rodrigues destacou que o programa vai além da construção de cisternas. “Não é política apenas da fazer a obra, mas de unir as forças da comunidade, para compreender a importância de armazenar, tratar a água antes de usar. Esse programa ainda movimenta a economia da comunidade, porque os pedreiros e os ajudantes são da própria comunidade”, afirmou o governador. Ele ainda destacou que o empenho será contínuo. “As cisternas ajudam a comunidade a guardar a água. Mas, vamos trabalhar para que a água chegue permanente na casa das pessoas”, concluiu.
Em 15 de dezembro do ano passado, o Governo do Estado reuniu dezenas de prefeitos e associações, na sede da União dos Municípios da Bahia (UPB), em Salvador. Em um grande ato, o governador Jerônimo Rodrigues (PT) detalhou uma série de medidas que seriam tomadas. Naquela oportunidade, o governador explicou ainda a estratégia do Governo da Bahia em ações conjuntas com várias secretarias estaduais e com as prefeituras, para socorrer o interior, que sofria com a seca extrema que assola grandes regiões do Estado. Na próxima terça-feira (15), completará um mês da realização do evento, e segundo apurou o site Achei Sudoeste junto a quase uma dezena de prefeitos da região, nenhuma ajuda emergencial chegou nos municípios. “Um carro-pipa que disseram que iria mandar, até agora não chegou, a ração em sacas de milho, que viria pela Conab, também não chegou um quilo sequer”, nos confidenciou um prefeito, que é, inclusive, da base do governo da Bahia. “Acredito que no primeiro grande desafio do nosso governador, ele falhou, voto com ele, gosto dele, mas até nós da base, somos unanimidade que o Governo do Estado nos deu uma enorme decepção, sorte que choveu logo depois, mesmo assim, ficou uma impressão muito ruim, tudo que foi nos foi prometido, nada chegou”, afirmou um outro gestor regional.
O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), por meio da Defesa Civil Nacional, reconheceu a situação de emergência em mais três municípios da região sudoeste da Bahia, que enfrentam o período de estiagem. Cordeiros, Condeúba e Contendas do Sincorá tiuveram as portarias com os reconhecimentos foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira (2). Em 2023, 1.263 municípios obtiveram o reconhecimento federal de situação de emergência devido à estiagem. Nesse momento, essa lista chega a 564 cidades. A solicitação de recursos pelos municípios em situação de emergência deve ser feita por meio do Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2iD). Além de socorro e assistência às vítimas, o MIDR também repassa recursos para restabelecimento de serviços essenciais e reconstrução de infraestrutura ou moradias destruídas ou danificadas por desastres. A Defesa Civil Nacional oferece uma série de cursos a distância para habilitar e qualificar agentes municipais e estaduais para o uso do S2iD. As capacitações têm como foco os agentes de proteção e defesa civil nas três esferas de governo. Confira neste link a lista completa dos cursos.
Com a seca intensa e as previsões nada otimistas, o prefeito da cidade de Andaraí, Wilson Paes Cardoso (PSB), declarou que a situação é de calamidade para os pequenos, médios e grandes produtores rurais que vivem da pecuária na Chapada Diamantina. Ao site Achei Sudoeste, o gestor disse que, diante do cenário que se desenha, os produtores não terão pastagem e nenhuma capacidade financeira para sustentar o gado. “Estou vendo um estado de calamidade se realmente acontecer o que a previsão anuncia. A preocupação é grande”, afirmou. Para se ter uma ideia da gravidade do problema, Cardoso informou que mais de 2 mil animais já morreram na zona rural de sede e fome. “O índice de mortalidade animal vai ser muito grande”, completou. Na região, os prefeitos e produtores aguardam pela ajuda emergencial prometida pelo Governo do Estado para amenizar a situação crítica. Os Municípios têm feito o possível para socorro ao homem do campo.
O prefeito da cidade de Malhada de Pedras, Carlos Roberto Santos da Silva (PSD), o Beto de Preto Neto, esteve na capital do estado, na sexta-feira (15), onde participou de uma audiência com o governador Jerônimo Rodrigues (PT) para discutir medidas emergenciais de convivência com a seca. Diversos outros prefeitos também participam da audiência. Em entrevista ao site Achei Sudoeste, o gestor adiantou que o governo do estado já estabeleceu algumas medidas para amenizar a crise nos municípios. Na oportunidade, foi traçado um plano de ação para combate à seca e crise hídrica.
A partir desta segunda-feira (18), segundo o prefeito, o plano já começa a ser colocado em prática. Entre as medidas estão previstas: a liberação de recursos para contratação de carro pipa, disponibilização de vários equipamentos para auxiliar o homem do campo a atravessar essa fase crítica, celebração de convênios com agentes financeiros para liberação de recursos para os produtores rurais, construção de cisternas, limpeza de aguadas, instalação de poços artesianos e a montagem, em cada regional, de um depósito para distribuição de ração animal. Um plano, de médio e longo prazo, também está sendo discutido no encontro.