A conversa de rua é um termômetro que deveria ser observado mais de perto pela classe política de Brumado, pois boa parcela da comunidade local, agora mais politizada e consciente de como direcionar o seu voto, tem se mostrado insatisfeita com o atual cenário da política nacional, o que também afeta a esfera municipal. Tudo por conta dos escândalos de corrupção, tendo como principais autores os caciques da política. Os brumadenses têm feito mais uso das redes sociais para expressarem seus pontos de vista sobre o tema, o que é levado para as conversas de rua, gerando uma corrente forte de pensamento em negar o voto aos pretensos candidatos que se apresentam no momento. Mesmo que alguns estejam se ingressando agora no universo da politica, acabam sofrendo as consequências das ações dos antigos medalhões, que por décadas tem ludibriado a sociedade com falácias de palanque, apenas fazendo cócegas nos ouvidos do povo com as promessas de obras relevantes e políticas públicas de cunho social que são levadas pelo vento após alcançar a cobiçada cadeira de ouro em seus gabinetes de ostentação. Tem sido comum nas rodas de conversas os eleitores locais citarem que pretendem anular os votos ou não comparecerem às urnas para escolha de candidatos. Este ano, foi realizada uma maratona intensa da justiça eleitoral para que os eleitores realizassem o recadastramento dos seus títulos eleitorais para o modelo biométrico - a procura até superou a meta estabelecida, porém boa parte desses eleitores confessou ao site Achei Sudoeste que só atenderam a chamada por conta da imposição para não ser penalizada com a perda de benefícios sociais, aposentadorias e pensões. Diante disse cenário, a anulação do voto ou abstenção do mesmo pode gerar um recorde na história das eleições em Brumado.