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11% das crianças e adolescentes estão fora da escola no Brasil, aponta Unicef Foto: Carlos Trinca/EPTV

Pesquisa divulgada pelo Unicef nesta quinta-feira (15) aponta que 11% das crianças e adolescentes entre 11 e 19 anos estão fora da escola no Brasil. Isso representa cerca de 2 milhões nessa faixa etária longe dos bancos escolares. Nas classes A e B, o percentual é de 4% e, nas classes D e E, chega a 17% - ou seja, quatro vezes maior. O levantamento “Educação brasileira em 2022 – a voz de adolescentes” foi realizado pelo Ipec (ex-Ibope) a pedido do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e reflete o cenário da educação brasileira após mais de dois anos de pandemia. A chefe de Educação do Unicef no Brasil, Mônica Dias Pinto, faz um alerta para a situação do ensino no país e defende mais investimentos na área para evitar a evasão escolar e garantir a recuperação da aprendizagem. “O país está diante de uma crise urgente na educação. Há, pelo menos, 2 milhões de meninas e meninos fora da escola, somente na faixa etária de 11 e 19 anos. Se incluirmos as crianças de 4 a 10 anos, o número certamente é ainda maior. E a eles se somam outros milhões que estão na escola, sem aprender, em risco de evadir”, afirma.

Brumado: Nuca assiste adolescentes de 12 a 17 anos em busca do selo Unicef 2022 Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste

Em Brumado, o Núcleo de Cidadania de Adolescentes (Nuca) foi criado para que o Município possa conseguir a certificação do selo Unicef. Em entrevista ao site Achei Sudoeste, a mobilizadora do Nuca, Luiza de Marilac, disse que no órgão são debatidos diversos temas de interesse dos adolescentes, como o empoderamento feminino, o cuidado com o meio ambiente e os impactos na saúde mental. “Os adolescentes do Nuca representam todos os adolescentes. Essa mobilização é feita nas escolas, na comunidade, no Cras e em todo município”, destacou. Segundo Marilac, através do Nuca, os adolescentes levam sua voz para gestão pública, fazendo com que outros jovens se unam para um futuro melhor. “Convidamos todos os adolescentes, de 12 a 17 anos, que possam vir fazer parte de todas as ações que temos realizado”, acrescentou.

20% das crianças de países ricos são pobres Foto: Aref Karimi/AFP Photo

Uma a cada cinco crianças nos países ricos vive na pobreza, segundo um relatório da Unicef publicado nesta quinta-feira (15), que estabelece uma classificação sobre o bem-estar infantil. Dois países do norte da Europa - Alemanha e Suíça - lideram em termos de progresso social em favor das crianças, enquanto Romênia, Bulgária e Chile encerram a lista, segundo a Unicef, que observa que os três últimos têm renda per capita menor. Este não é o caso de Estados Unidos (37º entre 41 países) ou da Nova Zelândia (34º), o que revela que “renda nacional elevada não basta para garantir bons resultados em termos de bem-estar para as crianças”, destaca o relatório elaborado pelo centro de pesquisas Innocenti da Unicef. Eslovênia, na nona posição, supera amplamente países mais ricos em vários indicadores. De acordo com o G1, a classificação inclui 41 países da União Europeia (UE) e foi elaborada com base em nove dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável definidos em 2015 pela ONU, como redução da pobreza e da fome, e promoção da saúde, bem-estar e educação. Em média, uma a cada cinco crianças (21%) nestes 41 países de “alta renda” vive na pobreza, apesar de grandes desigualdades: uma a cada dez na Dinamarca e Islândia, enquanto na Espanha (16ª posição) o índice é de 30,5%, no México (38º), 31,6%, e no Chile, 25,5%.

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