Em entrevista ao site Achei Sudoeste e ao Programa Achei Sudoeste no Ar, o neuropediatra Hugo Carvalho alertou para os efeitos nocivos das telas no desenvolvimento cognitivo das crianças típicas e das crianças atípicas, como aquelas com Transtorno do Espectro Autista (Tea) e com Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). “As telas estão fazendo mal para os nossos filhos”, afirmou. O médico esclareceu que as telas não causam autismo ou TDAH, porém, devido ao seu uso excessivo, as crianças típicas têm apresentado interação social e linguagem prejudicadas. Em muitos casos, devido a esses sintomas, o neuropediatra apontou que muitas crianças são diagnosticadas equivocadamente com os transtornos acima referidos. “Faço esse apelo para que tiremos as telas e respeitemos os limites impostos pela ciência”, finalizou.
Em entrevista ao site Achei Sudoeste e ao Programa Achei Sudoeste no Ar, o neuropediatra Hugo Garcia explicou o que é o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Trata-se de uma dificuldade relacionada ao controle dos impulsos. “É uma criança, adolescente ou adulto que não consegue, de certa forma, inibir coisas indesejadas e acaba cedendo a essas coisas de forma rotineira, crônica e sistemática”, relatou. O médico explicou que é preciso diferenciar a criança que tem algum problema comportamental em decorrência da educação dos pais e do seu meio da criança que tem um transtorno. No primeiro caso, ele afirmou que, apenas com alguns intervenções e redirecionamentos, essa criança volta a se comportar da forma desejada. No caso da criança com TDAH, é necessário tratamento ambiental, psicológico e, muitas vezes, medicamentoso. “É preciso regular o sono da criança, colocar pra fazer atividade física, retirar da tela na medida do possível. Tem que ter rotina. Essas questões ambientais precisam ser controladas porque senão o tratamento psicológico e medicamentoso não vai fazer o efeito desejado”, alertou. Nesse ponto, o especialista orientou o acompanhamento psicológico com base na Terapia Cognitivo Comportamental (TCC), que vai ajudar a organizar a vida da família e da criança a fim de obter resultados positivos no dia a dia. Além disso, Garcia destacou que o TDAH possui um componente genético grande e é comum o pai ou a mãe da criança também serem diagnosticados com o transtorno.
O neuropediatra Hugo Carvalho Garcia falou ao site Achei Sudoeste e ao Programa Achei Sudoeste no Ar sobre o Transtorno do Espectro Autista (Tea), transtorno do neurodesenvolvimento caracterizado por alterações na comunicação social e no comportamento. O tema tem tido cada vez mais relevância e repercussão na sociedade, dado o número maior de diagnósticos ao longo dos últimos anos. Para o médico, é urgente informar às pessoas sobre essa condição, que não é causada por um único fator. “É multifatorial, com um componente genético gigantesco. Todas as coisas que acontecem conosco vão reverberar até os nossos bisnetos. Então, sabemos que algumas coisas que aconteceram com os nossos pais, avós e bisavós podem ter aumentado o risco de nós e nossos filhos termos autismo”, detalhou. Dentre esses fatores, Carvalho citou variantes como poluição, uso de remédios e agrotóxicos. Para além dessas questões, o neuropediatra afirmou que aspectos neonatais podem contribuir para o diagnóstico de autismo.
Nesse sentido, ele apontou que, na atualidade, com um suporte neonatal mais sofisticado e robusto, os prematuros, os recém-nascidos com baixo peso ou mesmo bebês com síndromes genéticas e intercorrências graves estão sobrevivendo em maior número. “Esses fatores neonatais são grandes demais para serem ignorados e são, com certeza, uma das causas do aumento de diagnóstico de autismo no nosso meio”, ressaltou. Carvalho alertou que os principais sinais para identificar o transtorno estão relacionados com os marcos do desenvolvimento. Em muitos casos, as crianças autistas apresentam atrasos nesses marcos, como para andar e falar. Além disso, movimentos repetitivos e interação social de baixa qualidade também são sinais de alerta. Segundo o especialista, em meio ao crescente número de pacientes com autismo, também há muitos erros de diagnóstico. Embora hoje haja profissionais mais qualificados na área, a realidade pode ser falseada por diagnósticos precipitados. Segundo o neuropediatra, crianças expostas a telas desde muito cedo podem apresentar comportamentos similares ao autismo, o que influencia nesses falsos diagnósticos.
Agora, o Centro de Visão da Bahia (Cevib) também conta com atendimento pediátrico. Ao site Achei Sudoeste, a médica pediatra Thamirys Abreu falou sobre os perigos da dengue em crianças. Abreu explicou que o mosquito aedes aegypti, que transmite a doença, possui hábitos predominantemente diurnos, isso significa que a maior parte das picadas ocorre durante o dia. Em caso de ser contaminada, a criança pode levar de 5 a 6 dias para manifestar os primeiros sintomas. Segundo a pediatra, os sintomas da dengue nas crianças são bem semelhantes aos apresentados nos adultos: febre alta, dor muscular e nas articulações, dor de cabeça e atrás dos olhos, manchas no corpo e fraqueza geral. Nos casos mais graves alguns sintomas chamam atenção, como vômitos persistentes, dor abdominal contínua, sangramentos e evacuações com sangue, sonolência e irritação excessiva, temperatura muito baixa e desconforto para respirar. A pediatra alertou os pais que, caso algum desses sintomas apareça, o atendimento médico deve ser imediato. Embora não haja um protocolo específico de atendimento para dengue, os sintomas são tratados para melhoria do quadro geral do paciente. Além disso, a hidratação é muito importante para recuperação do paciente diagnosticado com dengue. “O ponto chave do tratamento da dengue é a hidratação”, frisou Abreu. Na forma clássica da dengue, os sintomas tendem a desaparecer entre 5 e 7 dias. Em Brumado, o Centro de Visão da Bahia fica localizado na Rua Euclides da Cunha, 175, Centro. Os telefones são: (77) 3441-6967 e (77) 99929-6967.